Que "matemágica" será essa que aconteceu com os números de 2010? Claro que deve haver uma boa explicação! Afinal de contas, saltar de nenhum caso inconclusivo em 2009 para mais de mil em 2010... claro que tinha algo errado.
Pergunto: Será que dá para confiar nos inconclusivos de 2011 (que já são mais do que os confirmados: 59 a 15)?
Dados anteriores para 2010: 2388 casos de dengue clássica confirmados, 1088 ignorados/inconclusivos
Revisão dos números para 2010: 3234 casos de dengue clássica confirmados, 14 ignorados/inconclusivos
Reunião com o Secretário de Saúde (acho que só na reunião vamos entender como os números mudaram tanto):
Dúvidas: Ramon Lamar de Oliveira Junior
Ramon,
ResponderExcluirA Secretaria de Saúde da cidade deve harmonizar o modelo da apresentação dos dados com o disponível no Ministério da Saúde. Em termos de informação epidemiológica esta apresentação é de pouco valia para ações de prevenção da doença na população.
1) Qual a indicência da doença (100.000 hab) na cidade?
2) Quais as regiões da cidade de maior incidência? Existe um retrato de distribuição da doença? Isto é fundamental!
3)Qual a finalidade de se registrar número de casos ignorados ou não conclusivos? Aliás, como se registra um caso de dengue ignorado?...
4) Um demonstrativo real deve apresentar: 1) número de casos suspeitos, 2)em investigação, 3)confirmados, 4) descartados.
A epidemiologia é uma ferramenta poderosa, mas temos que saber apresentar os dados para conseguir entendê-la e aplicá-la.
abraços
Leandro, você está falando pela Secretaria de Saúde ou são conclusões suas? Concordo com as conclusões, mas estou em dúvida se é a justificativa da Secretaria. Porque isso não explica o número maior de casos inconclusivos/ignorados também em 2011! Mudou-se a metodologia ou apenas foi fei um "acerto" para que 2010 ficasse no padrão do Ministério?
ResponderExcluirAbração!
Ramon,
ResponderExcluirNão falo pela Secretaria. Não consegueria explicar esta diferença entre 2009 e 2010 de casos ingorados ou não conclusivos. Apostaria em uma alteração da metodologia, mas é uma mera suposição minha. A confiabilidade está comprometida, ao meu ver.
Minha observação foi que pelo apresentado em 2011, os dados da Secretaria ainda não foram harmonizados com os do Ministério da Saúde.
Como estudante de epidemiologia, entendo que deve se trabalhar com o conceito de incidência na população para priorizar ações mais pontuais de prevenção.
O Secretário de Saúde deve explicar melhor esses dados, o significado do termo ingorado/não conclusivo e na prática como tem sido trabalhado.
Abração
Ramon.
ResponderExcluirCláudia trabalha na Regional de Saúde (servidora do Ministério da Saúde cedida ao Estado). Em nossas conversas, observamos que a queda pode ser fruto da maior mobilização(União/Estado/Município), notável em: crescentes capacitações dos profissionais médicos e dos agentes de endemias, maior volume de avaliações periódicas, dentre outras ações.
É importante observar ainda a colaboração das rádios locais e outros veículos de comunicação na divulgação do trabalho.
Obviamente que a metodologia para os registros encontra-se inerente a todo o planejamento, mas estas ações isoladas são relevantes.
Os estudos epidemiológicos avançam de forma proporcional à evolução das equipes de saúde.
Abraço.
Acho que os amigos não entenderam bem a dúvida.
ResponderExcluirA primeira tabela foi a divulgada no ano passado, dava conta de estranhíssimos 1088 casos inconclusivos em 2010. Os dados foram "revistos" e na nova tabela divulgada os inconclusivos viraram casos confirmados. Tudo bem, mudança da metodologia! Mas só que em 2011 já temos de novo quase 4 vezes mais casos inconclusivos do que os confirmados. A metodologia mudou só para 2010? A de 2011 vai mudar em 2012???
Isso que vou relatar aqui, somente poucas pessoas sabem. Quando dei assessoria jurídica em um jornal da cidade, coincidentemente faleceu uma senhora vitima da dengue. Um vereador me avisou do velório e fui na mesma semana saber quem era no cartório de paz, onde se fornece os atestados de óbitos. Requeri uma pesquisa no dia anterior e no do suposto velório e não saiu o nome dessa senhora, mas de três homens. Fiquei indignado o pq. dessa ocultação de "de cujos" e depois de muito revirar, no quarto caso de morte descobri, que as pessoas eram levadas para BH, morriam da doença e de lá saia o atestado de óbito, a maioria da Santa Casa de Misericórdia, logicamente BH. Parece caso de Odorico Paraguaçu, mas nesta época negra da historia de Sete Lagoas, se ocultavam os óbitos de dengue pelo alcaide municipal e sua trupe. Estou narrando um caso atemporal, tirem suas conclusões de que época seria esta...
ResponderExcluirMas sempre teve uma dificuldade danada de se mostrar as conseqüências de atos de omissão em nossa cidade, mas não adianta pq. mais dia menos dia a impressa descobre tudo!
Parabéns a todos os meios de comunicação que correm atrás das noticias e as divulgam como realmente o são.
Ah! Me esqueci de uma coisa muito importante. Tem muitos anos que não vejo o tal carro fumacê e me parece que ele era de extrema eficiencia no combate à dengue. Convenhamos que aquele pozinho que jogam no mosquito da dengue, é muito dificil de "acertar o bichinho" e machucá-lo, quanto mais matá-lo. Senão não haveria tanto mosquito da dengue por aí...
ResponderExcluirRecebi novos dados (6 de abril) da Sec. Mun. de Saúde sobre a dengue em Sete Lagoas, mas estão com algumas inconsistências. As inconsistências referem-se ao título das tabelas e os números apresentados em cada uma. Enviei e-mail solicitando explicações. Estão correndo notícias do falecimento de uma paciente com dengue, que estava grávida (nos primeiros meses da gestação). Estou no aguardo de mais informações.
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