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domingo, 24 de maio de 2015

Um pouco de biologia...


Musgos gigantes (5 a 6 centímetros de altura) do gênero Polytrichum. Há um lugar, perto da Estátua do Juquinha (Serra do Cipó), onde esses musgos podem ser encontrados. Infelizmente fizeram uma construção perto do local e da última vez que fui não consegui encontrar nem unzinho vivo. Torcendo para que alguns esporos tenham sobrevivido e produzam novos musgos.


Hepáticas (Briófitas) encontradas na Serra de Santa Helena (Sete Lagoas, MG). O corpo (talo) da planta é achatado e prostrado no chão úmido.


Gutação em quaresmeira. Gutação é um fenômeno que ocorre quando as plantas perdem água na forma líquida por orifícios (hidatódios) na borda das folhas. Ocorre em plantas pequenas, no máximo de porte arbustivo (como essa quaresmeira que ainda é pequena) e com o solo bastante úmido, nas primeiras ou nas últimas horas do dia.


Estróbilos femininos em pinheiro do gênero Pinus (Gimnosperma). Os estróbilos são inflorescências formadas pelo agrupamento de flores em formato de escama. A polinização ocorre com o estróbilo fechado. Os estróbilos que estão abrindo estão se preparando para liberar as sementes. Estróbilo não é fruto, é inflorescência!!!


Estróbilos masculinos em pinheiro do gênero Pinus (Gimnosperma). Também podem ser observadas as folhas em forma de agulha (folhas aciculares).


Estróbilo feminino (maior) e estróbilos masculinos (menores e amarelados) em cipreste (gênero Cupressus, Gimnosperma). Os estróbilos são inflorescências (conjunto de flores). As flores, no caso, são de estrutura bastante simples, não possuindo pétalas e sépalas (flores aperiantadas).



Sensitiva, mimosa, dormideira ou "mariazinha-fecha-a-porta", cientificamente Mimosa pudica. As folhas se fecham quando tocadas por um processo chamado seismonastia. Consiste na variação da quantidade de água em um tecido especial que existe na base das folhas (pulvino motor). O processo tem a finalidade de evitar que a planta seja atacada por alguns herbívoros, como o gafanhoto. O gafanhoto ataca, a folha fecha, o gafanhoto cai e vai procurar uma outra planta menos "nervosa".

Texto e fotos: Ramon Lamar de Oliveira Junior

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Informações importantes sobre a vacina contra dengue

Repasso a informação recebida, por considerá-la importante em relação ao controle da Dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
NOTA DE ESCLARECIMENTO 
Posicionamento do MS sobre vacina contra a dengue
O Ministério da Saúde analisa, continuamente, as diversas pesquisas, no Brasil e no mundo, que buscam desenvolver vacinas contra a dengue, com o objetivo de conhecer seu estágio de desenvolvimento e as possibilidades de uma futura incorporação no país.
O Ministério da Saúde tem apoiado, de forma decisiva, o fortalecimento dos produtores públicos nacionais de vacinas, utilizando o poder das compras centralizadas para o SUS, como garantia de processos de transferência de tecnologia e parcerias de desenvolvimento produtivo desses produtores com laboratórios internacionais. Vale ressaltar que essa política tem possibilitado aos laboratórios nacionais a produção de vacinas como a de influenza, HiB, pneumocócica, rotavirus, tetraviral, HPV e tantas outras. Como a prioridade absoluta é adquirir as vacinas dos produtores nacionais, o Ministério só faz compra no mercado internacional quando esses imunobiológicos não são produzidos no Brasil ou quando os laboratórios nacionais enfrentam problemas em sua produção.
Para a vacina contra a dengue, o Ministério da Saúde tem acompanhado e apoiado os esforços de desenvolvimento realizados pelo Instituto Butantan e por BioManguinhos, que atualmente encontram-se em diferentes estágios.
Ainda não há nenhuma vacina contra dengue licenciada em qualquer país. A Anvisa recebeu, em 31 de março, o primeiro pedido, em todo o mundo, de registro de uma vacina contra a dengue produzida pelo laboratório Sanofi. Essa solicitação está sendo analisada, com todo o rigor técnico que se exige para que uma vacina possa ser aplicada em população humana, principalmente por se tratar de produto inédito.
Se registro for concedido pela Anvisa, o produto pode ser utilizado, entretanto isso não significa sua introdução no Sistema Único de Saúde.
Após o processo de registro, essa vacina, como qualquer outro produto ou tecnologia, será avaliada pelos Comitês Técnicos Assessores em Imunizações e em Dengue, do Ministério da Saúde, que reúnem especialistas e sociedades científicas e, ainda, pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Nessa análise levam-se em conta todas as evidências científicas disponíveis para estabelecer se a incorporação é vantajosa do ponto de vista da saúde pública, analisando-se, além da segurança e da eficácia, o custo-efetividade, o impacto epidemiológico esperado, o protocolo e estratégia de utilização do produto e o impacto orçamentário que será produzido. Esses parâmetros são utilizados em todos os mecanismos de avaliação de incorporação de novas tecnologias que existem em países desenvolvidos.
A vacina contra a dengue que está em desenvolvimento pelo Instituto Butantan ainda não completou todos os estudos necessários para solicitar o registro do produto na Anvisa. Essa vacina encontra-se em processo de finalização do ensaio clínico de fase 2, que deve estar disponibilizado para análise no final de junho. Nessa etapa, busca-se garantir a segurança da vacina para a população e avaliar a resposta dela ao vírus. 
O Instituto Butantan solicitou à Anvisa, no dia 10 de abril, análise do processo de ensaio clínico de fase 3. Esse estudo, que visa comprovar a segurança e eficácia do produto, tem sua realização obrigatória para que se conceda, após sua conclusão, o registro da vacina. O Ministério da Saúde solicitou à Anvisa prioridade na análise do processo da fase 3. Após essa autorização, o Instituto Butantan poderá iniciar essa fase final de estudo.
O Ministério da Saúde tem se preparado para estabelecer as estratégias de utilização de vacinas de dengue, quando estiverem disponíveis. Com o apoio de uma rede de pesquisadores brasileiros, estão sendo estudadas as prevalências de cada sorotipo da doença nas diversas regiões do país, para estimar quais os grupos prioritários a serem vacinados. Esses estudos, realizados em 63 cidades brasileiras, são pioneiros em escala internacional e fornecerão uma base científica consistente para uma futura utilização racional de vacinas contra a dengue.

Mesmo com a possibilidade de contar, no futuro, com uma vacina contra a dengue, o combate ao Aedes aegypti continuará como uma prioridade de saúde pública, seja porque as vacinas poderão ter eficácia limitada, seja porque outros vírus, como o Chikungunya e o Zika, também podem ser transmitidos por esse mesmo mosquito.

As ações de combate ao vetor que são realizadas pelo poder público e pela sociedade são efetivas para reduzir a população de mosquitos transmissores e evitar epidemias de dengue, quando são adotadas de maneira permanente. Da mesma maneira, a boa preparação da rede de atenção à saúde, com divulgação dos protocolos elaborados pelo Ministério da Saúde entre os profissionais de postos, centros de saúde, UPAs e emergências públicas e privadas, é capaz de evitar casos graves e mortes. 
Gerência do Controle da Dengue da SMSSL

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Camuflagem

Impressionante este exemplo de camuflagem:

Serra do Cipó - 2006

Não bastassem as manchas no dorso que imitam com perfeição a casca da árvore, o anfíbio também tem uma coloração ventral na mesma tonalidade dos locais em que a casca se soltou.
Não posso deixar de citar o último parágrafo do livro "A ORIGEM DAS ESPÉCIES", de Charles Darwin:
É interessante contemplar um riacho luxuriante, atapetado com numerosas plantas pertencentes a numerosas espécies, abrigando aves que cantam nos ramos, insetos variados que volitam aqui e ali, vermes que rastejam na terra úmida, se se pensar que estas formas tão admiravelmente construídas, tão diferentemente conformadas, e dependentes umas das outras de uma maneira tão complexa, têm sido todas produzidas por leis que atuam em volta de nós. Estas leis, tomadas no seu sentido mais lato, são: a lei do crescimento e reprodução; a lei da hereditariedade que implica quase a lei de reprodução; a lei de variabilidade, resultante da ação direta e indireta das condições de existência, do uso e não uso; a lei da multiplicação das espécies em razão bastante elevada para trazer a luta pela existência, que tem como conseqüência a seleção natural, que determina a divergência de caracteres, a extinção de formas menos aperfeiçoadas. O resultado direto desta guerra da natureza que se traduz pela fome e pela morte, é, pois, o fato mais admirável que podemos conceber, a saber: a produção de animais superiores. Não há uma verdadeira grandeza nesta forma de considerar a vida, com os seus poderes diversos atribuídos primitivamente pelo Criador a um pequeno número de formas, ou mesmo a uma só? Ora, enquanto que o nosso planeta, obedecendo à lei fixa da gravitação, continua a girar na sua órbita, uma quantidade infinita de belas e admiráveis formas, saídas de um começo tão simples, não têm cessado de se desenvolver e desenvolvem-se ainda!


Fotos: Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Esse tópico está sendo republicado. Uma coisa que não mencionei quando foi publicado da primeira vez é que quem viu o anfíbio não fui eu, foi minha filha, então com 7 anos de idade. Viu e foi correndo me chamar para ver. 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Qual o sexo do animal da foto?


Resposta: Gatos que apresentam as cores amarela e preta na pelagem são do sexo feminino. Isso ocorre porque os genes para a cor da pelagem estão nos cromossomos sexuais X. Então a gata tem os genes Xa (amarelo) e Xp (preto). Os machos são XY, portanto ou apresentam o preto (XpY) ou apresentam o amarelo (XaY). 

Observações: 
1) A cor branca deve-se a outro gene, em outro par cromossômico, portanto não está ligado ao sexo.
2) Machos com preto e amarelo podem acontecer se forem Klinefelter (XXY), mas serão estéreis. 
3) Popularmente, o padrão de cor da gata da foto é chamado de "três cores". Daí a afirmação de que gatos de três cores sempre são fêmeas.

domingo, 17 de maio de 2015

Febre Zika no Brasil: outra doença transmitida pelo Aedes aegypti

PUBLICANDO INFORMAÇÕES DE INTERESSE GERAL

Nova doença transmitida pelo Aedes aegypti no Brasil

Zika - O Ministério da Saúde confirmou a circulação do zika vírus no Brasil na manhã desta quarta-feira (14/05/15). Esse vírus também é transmitido pelo Aedes aegypti. Segundo o ministro Arthur Chioro, 8 amostras provenientes de Camaçari, na Bahia, e 8 do Rio Grande do Norte são efetivamente da doença. Elas foram testadas pelo Instituto Evandro Chagas e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.
Todas as informações apontam para um único caminho: que todos continuem fazendo a sua parte para evitar a proliferação do mosquito Aedes
O mosquito vive dentro de nossas casas. Para garantir a saúde de sua família e de sua comunidade, basta fazer uma checagem de cerca de 10 minutos nos locais onde ele costuma colocar seus ovos.
Esta rotina tem que ser semanal, pois este é o período que o Aedes aegypti precisa para se desenvolver e passar da fase de ovo para a fase de mosquito adulto.
O ciclo de vida do mosquito da dengue, do ovo até a fase adulta, leva cerca de 7 a 10 dias. Se a verificação e eliminação dos criadouros forem realizadas uma vez por semana, podemos interromper o ciclo e evitar o nascimento de novos mosquitos. E afastar o perigo : dengue/chikungunya/zika!

Atenciosamente,
Maria José Torres Ferreira Lanza e Equipe do Controle da Dengue
Gerência do Controle da Dengue da SMSSL

Mais informações:
Os sintomas da Febre Zika são similares aos da dengue, mas são mais brandos e geralmente duram entre 4 a 7 dias. Manifestações hemorrágicas foram documentadas em apenas um caso. Os sinais mais comuns incluem exantema maculopapular, que inicia-se na face e no tronco antes de se espalhar para o restante do corpo, conjuntivite , dor em articulações, febre em variados graus e dor de cabeça.