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quinta-feira, 27 de julho de 2023

Construção de mega-estruturas na Serra de Santa Helena

Prezados(as) e queridos(as) leitores(as) do blog.

Lá vou eu me enveredar por um novo caminho complexo. Espero ter a devida compreensão de vocês sobre a minha fala e meu ponto de vista.

A Serra de Santa Helena é um dos nossos patrimônios ambientais mais importantes. Acho que isso é consenso.

Ter um patrimônio ambiental significa que temos que cuidar dele. Isso envolve vários tópicos: número de visitantes, estruturas para os visitantes, impactos sobre o ambiente (pisoteio da vegetação, erosão de encostas, perturbação das espécies nativas, introdução de espécies exóticas, destinação de resíduos sólidos e líquidos, risco de incêndios florestais...) e manutenção dos espaços. Gerenciar tudo isso é função do Conselho Gestor da APA da Serra de Santa Helena, do Codema e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, conjuntamente e solidariamente.

Ouvi nas últimas semanas algumas histórias de que a Diocese estaria interessada em fazer um Complexo na Serra de Santa Helena. Estou chamando de "complexo" porque certamente seria algo bastante complexo. Não tenho muitos detalhes, mas me preocupo por qualquer iniciativa que seja "mega-qualquer-coisa" no local. Imaginem algo como uma mini-Aparecida, com uma visitação diária de 1000 pessoas nos finais de semana, todo o impacto gerado por trânsito, estacionamentos, destinação de resíduos, ruídos e outras formas de prejuízo ambiental. 

Sei muito bem que Sete Lagoas é uma cidade com toda característica que irá abraçar a causa da Diocese. Eu mesmo sou um defensor do Turismo Religioso, como várias vezes me manifestei aqui no blog (e que só agora vi ao menos as fitinhas de Santa Helena anexadas próximas à igrejinha). Parabéns para quem teve a ideia das fitinhas, ou a ouviu de tanto que falei dela, e colocou em prática. Contudo, sendo biólogo, não posso simplesmente deixar estar, passar pano como dizem hoje. 

Se algo vai ser feito, que seja feito estritamente dentro das regras de Zoneamento Ambiental da APA.

Relembrando algumas vezes que a Campanha da Fraternidade da CNBB abordou a temática.

Religiosidade para mim é coisa muito séria, respeito muito e falo bastante em sala de aula (quem é ou já foi meu aluno(a), sabe). Liberdade de Culto, cada um com sua religião, é coisa seríssima e que prezo muito, muito, muito. Mas Meio Ambiente também é coisa muito séria. Ciência é coisa muito séria. A preservação do Meio Ambiente para as futuras gerações é coisa tão séria que está ali, conclamada em nossa Constituição Federal.

Vamos abrir o diálogo.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Agora, imaginem o que eu penso de bondinhos, trenzinhos no meio da mata, hotéis de seis estrelas e restaurantes gourmet na Serra de Santa Helena! Até cabe um restaurante bacana e uma pousada chique, mas nada megalomaníaco!!! Por que não pensamos, em termos de políticas públicas, nas atividades sustentáveis e culturais como o arborismo em área delimitada, rapel, trilhas ecológicas com informações para o caminhante, mirantes de contemplação da natureza e dos pássaros, área de exposições permanentes no "restaurante do Parque da Cascata", mini-biblioteca com acervos sobre a Serra de Santa Helena, área para recepcionar grupos de estudantes para trabalhos de engajamento ambiental...?

sábado, 1 de julho de 2023

ATUALIZADO: Número de Casos de Dengue, Chikungunya e Zika no Brasil

O Ministério da Saúde não publica - sei lá por qual motivo - um gráfico mostrando os casos de Dengue ao longo dos anos. Deveria publicar, atualizado ano a ano, para se ter uma ideia real da situação de endemia-epidemia que vivemos. 
Sendo assim, coleto os dados nos Boletins Epidemiológicos do Ministério da Saúde e vou abastecendo o gráfico abaixo. Para mais detalhes, observem o link dos Boletins Epidemiológicos no rodapé do gráfico seguinte. Entretanto, até agora em 1o de julho de 2023, não houve publicação de Boletim Epidemiológico sobre as Arboviroses. Recorri então a um trabalho publicado pela OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde para preencher esse vácuo. Não sei a razão dessa demora e não quero fazer julgamento precipitado, mas o Ministério da Saúde, em plena epidemia dessas arboviroses (talvez a mais grave de todos os tempos) deveria estar divulgando os dados de maneira atualizada.