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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Discurso proferido na formatura de meus alunos - 2019 - Terceiro Ano do Colégio Impulso

Senhores Diretores, Coordenadores, Professores e demais funcionários do Colégio Impulso. Senhores pais, familiares e amigos dos formandos. Autoridades presentes. 
Meus queridos formandos das turmas do terceiro ano do Colégio Impulso.

Somos todos seres humanos. Somos todos imperfeitos. Mas nosso íntimo nos empurra incessantemente para a frente. Não para buscar a perfeição, característica que nunca teremos. Mas para nos afastar da imperfeição, do erro, das armadilhas que a vida – aqui e ali – coloca em nosso caminho para testar-nos.

Sim, a vida é um vestibular, um ENEM, um processo seletivo que nos apara a cada prova. E as provas da vida surgem de surpresa, sem data marcada, estejamos preparados ou não.

A Escola e a Família têm o dever de preparar vocês para essas provas. A Escola e a Família ao mesmo tempo que testam vocês, também lhes dão conselhos. Não desprezem os conselhos. Não subestimem as orientações. Nunca, mas nunca mesmo, achem que vocês sabem tudo. Nunca achem que vocês são autossuficientes. Estamos todos longe disso. Na gama das cores, de um extremo ao outro da escala claro-escuro existem milhões de tons de cinza. Cada um de nós está ali no meio dessa escala, com nossas virtudes e com nossos vícios; com nossos erros e com nossos acertos. Todos procurando ser seres humanos um pouco melhores.

Tentem, de agora em diante, um pouco mais longe da Escola que lhes abraça e da Família que lhes dá suporte... às vezes em outra cidade mas com toda certeza em outra realidade, lembrar-se dos bons exemplos, dos bons conselhos, dos bons caminhos. Porque cada um de vocês foi plantado nessa terra com muito amor, cultivado e regado com muito apego e desprendimento por parte dos pais, tutorado e conduzido por hábeis professores e, principalmente, cercados de ajuda – que vocês puderam optar por buscar e aceitar ou não – por todos os lados.

Saiam daqui hoje para entrar no futuro de cada um, com as escolhas individuais que já fizeram ou ainda farão... mas saiam com a cabeça erguida, olhando e encarando tudo o que vem pela frente. Não desistam nunca. Perseverar é o caminho. Força de vontade é a ferramenta principal que todos nós esperamos que vocês tenham adquirido em tanto tempo de convívio familiar e escolar. Nunca desistam de viver a vida.

Mas se um dia, frente às dificuldades se sentirem fracos, bebam da fonte da família, da fonte dos amigos e retornem à nossa escola onde sempre encontrarão palavras de incentivo, onde sempre encontrarão mais apoio. Família e amigos (e hoje todos os seus professores e funcionários dessa escola foram oficialmente promovidos a seus amigos) são o que de melhor existe no mundo. São fonte de vida, fonte de inspiração. Contem sempre com todos nós. Para nós, familiares e amigos, vocês são o que há de mais maravilhoso e só podemos desejar-lhes todas as felicidades que alguém pode ter.

Parabéns formandos! Parabéns pessoas maravilhosas!!!

Ramon Lamar de Oliveira Junior

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Podcast Ramon Lamar

Amigos e amigas,

sempre procurando aderir a novas tecnologias de comunicação, criei um podcast que vocês podem acessar a partir do link https://ramonlamarjr.podbean.com/ 
Por enquanto estou numa fase experimental, "pegando a manha" dessas gravações e definindo um estilo que prefiro que seja como um bate-papo. Espero que gostem.
Inicialmente estou falando sobre meio ambiente, alguns conceitos importantes para balizar nossas discussões e compreensão sobre o tema. Estou sempre aberto a críticas e outros comentários que podem ser feitos por aqui ou diretamente nos podcasts, e agradeço muito todas as contribuições.

Abraços!!!

Ramon Lamar de Oliveira Junior


terça-feira, 19 de novembro de 2019

Educação X Cultura: pode uma coisa dessas?

Às vésperas da segunda prova do ENEM, dias atrás, eu estava assistindo ao programa Estúdio-I, da GloboNews. É um programa, para quem não conhece, onde vários jornalistas e afins dividem uma bancada onde falam sobre diversos temas nas tardes do meio da semana. Muito comum é a abordagem de temas culturais. Chegam a entrar em êxtase quando falam sobre Cultura, sobre representações da Cultura, em como o governo atual não é lá muito fã da Cultura e tal e coisa e tal.
Em certo momento falou-se da prova do ENEM que seria dali a 2 ou 3 dias. E que a mesma seria de Matemática, Química e Física... Caramba, aí começou uma lenga-lenga sobre "nunca me dei bem nessas matérias", "matemática não é para mim (nós)", "física e química não entram na minha cabeça"... só faltou a máxima "não sei para que é preciso estudar esse lixo".
Fico demasiadamente triste ao ver jornalistas de um canal fechado (pago) que adora falar de Cultura e que nessa ponta mostra desprezo pela Educação. Não consigo conceber a ideia de Cultura que não esteja alicerçada na Educação de qualidade. Mas parece que para alguns Educação deveria se resumir à órbita mais próxima da Filosofia e Sociologia, com sua quase inseparável conotação política, com a possibilidade de doutrinamento ideológico e vai por aí afora.
Ouvi ontem, também na GloboNews, uma fala do filósofo Mangabeira Unger (figura cheia de vai e vem no espectro político), defensor de uma nova Educação Libertadora. Espera aí! Há muito espaço para a Educação ser tão diferente da que é feita hoje (nos locais onde é feita com qualidade, programas cumpridos e tudo o mais) nas áreas de Matemática, Química, Física e até Biologia? Há como sair do formato predominantemente conceitual dessas quatro disciplinas, alicerces que são para as carreiras das áreas de Exatas e Biomédicas? Que nova Matemática será essa onde não é necessário aprender exponencial, logaritmo, sistemas, matrizes, trigonometria e números complexos? 
É preciso lembrar que essas ciências que aí estão nos levaram ao desenvolvimento científico mundial em que nos encontramos hoje. Se temos robôs industriais, internet beirando a 5G, satélites e drones, sondas em outros planetas e congêneres, chegamos até aí com a boa e velha Matemática e suas parceiras. E se vamos mais longe, vamos nos fundamentar nessas mesmas disciplinas com as suas novas descobertas obtidas com o uso das mesmas ferramentas.
Não há espaço para discussões filosóficas ou de extremismos políticos na Matemática, Química e Física. Talvez na Biologia ainda possa entrar uma parte subjetiva nos estudos de evolução e de ecologia, mas há também o peso do rigor científico dos dados das pesquisas e da análise estatística.
Talvez, pela falta desse espaço político, certos "jornalistas" desprezem a Educação e enalteçam a Cultura. Afinal de contas é mais fácil admirar uma tampa de privada numa exposição de artes do que o desenvolvimento de um problema matemático que ocupa a lousa inteira.
De toda forma, acho triste ver que a defesa da Educação é um tanto quanto seletiva e talvez vista por outras lentes que não as que buscam o progresso da humanidade.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Sobre plantio de árvores ameaçadas de extinção

Li, dias atrás, um pedido na internet para se divulgar a ideia de contactar e estimular as prefeituras e as pessoas a plantarem em suas calçadas, praças e outros locais espécies de árvores ameaçadas de extinção, notadamente da Mata Atlântica.
Não canso de dizer que internet está cheia de especialista que não é especialista. Não estou discutindo o mérito da boa intenção, ninguém fala em favorecer a arborização e proteger espécies nativas sem estar bem intencionado, é claro. A pessoa, em questão, que divulgou tal ideia - salvo engano de minha memória - tem formação na área do Direito.
À primeira vista a ideia é louvável. Vamos resolver dois problemas de uma vez: a escassa arborização urbana e a natureza que vem perdendo suas espécies. 
Contudo, posso elencar três "contras" em relação à ideia proposta e convido-os a refletir sobre o assunto.

1) A maioria das árvores ameaçadas são árvores que necessitam de condições de habitat muito específico. São árvores chamadas climácicas, ou seja, de comunidades-clímax. Essas árvores estão habituadas a locais mais úmidos, sombreados e com pouco vento. Sabidamente nas calçadas e praças a situação é exatamente o contrário.

2) As árvores climácicas de florestas normalmente têm raízes superficiais. Isso nas praças menores e nas calçadas pode e vai provocar danos à pavimentação e eventualmente a equipamentos subterrâneos como tubulações de água, esgoto e águas pluviais, ou fiação e cabos enterrados.

3) As árvores nativas para se plantar em uma determinada região são as nativas regionais. Ou seja, aqui em Sete Lagoas, se resolvermos plantar alguma nativa, devemos plantar nativas do cerrado como o pau-terra, por exemplo. Essas são mais adaptadas ao solo, ao clima e às pragas que existem em nossa região.

Talvez a ideia possa ser melhor aproveitada em grandes praças ou parques botânicos com locais adequados para esse trabalho de preservação.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Futebol, racismo e jogos de torcida única.

O último Cruzeiro x Atlético (um insosso 0x0) foi um jogo onde 10% dos ingressos foram destinados aos torcedores do Atlético e 90% aos torcedores do Cruzeiro, mandante do jogo.
Brigas aconteceram entre os torcedores e a cena que ficou mais marcante foi de uma "injúria racial" cometida por "torcedores" do Atlético contra um segurança. Essa cena triste jogou muitos holofotes a discussão da violência no futebol.
Advogados me ensinaram (nas notícias pós-jogo) que não foi um ato de racismo. Que ato de racismo é contra toda uma população. O que aconteceu, por ter sido contra uma única pessoa foi "apenas" "injúria racial". Ah, para!!! Racismo agora tem níveis e categorias? Para o bonde que eu quero descer!
A partir das violências acontecidas com quebra de cadeiras e tal vem a proposta fenomenal de resolver o problema da selvageria nos estádios: "jogos de torcida única". Essa velha fórmula já mostrou várias vezes que não funciona. "Torcedores" brigam com torcedores do mesmo time em jogos de torcida única... ou não. A maior agressão no caso em pauta nem foi contra torcedor rival, foi contra um segurança ("olha a cor da sua pele", disse o agressor furioso). Já vi brigas mais de uma vez em estádios (com torcida única ou não) e olha que eu frequento estádios muito pouco. "Torcidas" rivais marcam encontros fora dos estádios onde ali sim o pau come de verdade. São barras de aço, rojões e até tiros. Esses elementos precisam ser identificados, fichados e punidos no rigor máximo da lei. 
O verdadeiro torcedor tem que ser preservado. Pessoas civilizadas têm que ter o direito de assistir ao jogo que quiserem. E de preferência lado a lado com o torcedor adversário em clima de camaradagem, brincadeiras e zoações. Mas em paz! Um dia se ganha, outro se perde. A solução "torcida única" faz a sociedade perder. É a vitória da selvageria sobre o bom senso, sobre a civilidade.
Sim, torcedores morrem. E sim, existe lei para punir. E a aplicação extrema da lei é que pode manter esses criminosos sob controle, dentro de uma celazinha 2m x 2m e, de preferência, com um bom serviço de quebrar pedras com marreta durante um bom tempo... uns 30 anos, por exemplo. Mas no lugar disso, o que vemos: atenuantes, acusações confusas, defesas esmeradas e, se for condenado, uma pena leve de um ano com progressão, ou a substituição da pena de prisão por "medidas sócio-educativas". Por que isso?
"A polícia prende e o juiz solta." Esse chavão tem que ter seu fim, ser extinto. Futebol tem que ser lugar de festa, mas também de respeito. Que sinalização estamos dando com "jogos de torcida única"? Estamos aceitando que os selvagens não podem se encontrar dentro do estádio? Só isso? Nas ruas, no entorno do estádio, nos postos de gasolina o pau pode quebrar pois o "templo sagrado do esporte bretão" está livre e sereno. Será mesmo?
Provoquei no Facebook porque penso que o que deflagrou essa decisão não foi o confronto de torcidas, mas sim a tal "injúria racial" que teve infinita maior repercussão. Ninguém matou ou morreu dentro do Mineirão. Mas uma pessoa foi humilhada, cuspida na cara em vários sentidos além do literal. Uma sociedade está recebendo mais cuspe na cara e parece não enxergar. Tem gente "graúda" envolvida na tal "injúria racial"? Ah... tá... explicado.
Agora há pouco vi um dos "torcedores" envolvidos dizendo que não é racista porque há negros na família dele e até, pasmem, o cabeleireiro "dele" é negro. Puxa vida, que palhaçada é essa!!!
Diante de tamanha repercussão da "injúria racial" e a decisão de "torcida única" eu só posso com tristeza pensar uma coisa: será torcida só de brancos ou torcida só de negros?
Lamentável.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

ESCOLAS, “ESCOLAS” E VÍRUS ou "A OUTRA HISTÓRIA DO PERÍODO DE MATRÍCULAS ESCOLARES"


- “O vírus é um parasita intracelular obrigatório.”
- Coméquié?
- O vírus só sobrevive às custas do parasitismo que ele exerce em um organismo, começando por atingir suas células. O vírus invade uma célula, usa a mesma para multiplicar-se, arrebenta a célula, e seus “filhotes” passam a fazer o mesmo com as demais células. Isso progride até matar um organismo antes bom e saudável. O vírus é um “sujeito do mal” que invade e destrói um “sujeito do bem” apenas para o seu próprio benefício. Até a célula inicial que lhe serviu de abrigo vai perceber, tardiamente, as intenções do vírus... tarde demais.
- E o que que as escolas têm a ver com isso?
- Existem boas escolas (“sujeitos do bem”) e existem escolas que só sobrevivem por seu comportamento viral. Na verdade, estas nem são “escolas para se ensinar”, são simplesmente negócios ou escolas para se ganhar dinheiro. Não estão preocupadas em ser boas para o ambiente onde se inserem. Estão ali com um propósito claro: crescer para ganhar dinheiro... ou até encolher, desde que estejam ganhando mais dinheiro. Escolas que veneram o “vil metal”. É extremamente comum estas escolas “escolherem” alguns pais de alunos de boas escolas (ou de qualquer outra escola) e fazerem a proposta viral: “te dou x% de desconto (ou até bolsa total) se você trouxer mais 5 coleguinhas do seu filho ou filha”! Pronto, a família está parasitada. E vai fazer de tudo para cumprir o “acordo” com o vírus. Vai fazer reuniões na surdina, mandar whatsapp, criar reclamações do nada... tudo para poder angariar 5 outras famílias e sua bolsa pretendida. Mal sabe (ou até sabe) que está trocando uma escola melhor por uma escola pior; uma escola mais bem qualificada por outra nem tanto; uma escola onde existe a ética por outra de comportamento puramente predatório. Mas até então seus objetivos são parecidos: um quer ganhar dinheiro e outro não quer gastar dinheiro (está economizando nas únicas heranças verdadeiras que pode deixar para os filhos que são a educação e o exemplo). Quando arrepender, será tarde! Quando perceber que seu filho ou filha ficou para trás no desenvolvimento acadêmico e moral (ética é moral), não haverá como voltar atrás... até porque aquela escola boa já morreu (ou está vacinada e não aceitará aquele parasita de novo).
- Mas você está falando sério?
- Estou! Infelizmente estou! Escolas são feitas de seres humanos e seres humanos, como sabemos, carregam imperfeições. E imperfeições atraem imperfeições. É mais fácil continuar imperfeito (e só olhar para o próprio umbigo) do que procurar vencer as dificuldades e crescer em virtudes. Já vi isso acontecer. Já vi isso acontecer com minha escola que foi parasitada de forma vil... até com panfletagem na porta e dentro da mesma. Por essas e outras tive que fechar as portas em 2014 e carrego compromissos a quitar até hoje... graças a Deus venho conseguindo quitar. Como concorrer com outras escolas que fazem esse parasitismo e sequer registram seus funcionários e professores, que não pagam (sonegam) a mesma carga estapafúrdia de impostos dos justos, que gritam “nem um direito a menos” e negam os direitos básicos a seus funcionários?
- E o que fazer?
- Resista a esses vírus. Sem espaço, sem o que parasitar, eles vão morrer. E seremos melhores! Não se iluda. Está acontecendo. Essa época do ano sempre ocorre... já recebi notícias... está mais perto de você do que você pensa... é uma epidemia e ao mesmo tempo uma endemia pois encontrar terreno propício para progredir.

Ramon Lamar de Oliveira Junior


PS.: Ah, em tempo. Essa virose, ou melhor dizendo, essa praga, vai da crechinha, maternal, jardim de infância, ensino fundamental, ensino médio até o nível universitário!!!

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Floresta Amazônica e outras!

Precisamos defender nossas florestas sim. 
Elas são importantes sim. 
Amazônia não é o "pulmão do mundo", mas ajuda bastante como "umidificador de ambientes". 
A questão central é o desenvolvimento sustentável, ou seja, a necessidade de desenvolvimento e a necessidade de sustentabilidade. Encontrar o ponto certo do equilíbrio entre esses dois extremos é que parece ser a questão real a ser respondida. 
Não adianta atacar os países que já desmataram ou poluem o planeta. Como também não adianta querer preservar 100% da floresta amazônica e ver o país despencando juntamente com seu povo no desenvolvimento, educação, saúde, segurança e tudo o mais. 
O Brasil precisa descobrir um jeito de usar os recursos da Amazônia em detonar com a Amazônia.

Ramon L. O. Junior

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Uma análise minha da foto postada por Macron & Cia

Clique na imagem para ampliar!

Lá e cá...

(Trazendo do Facebook com mais informações)

Sabe a Amazônia, né? Época de menor ocorrência de chuvas por lá, aliada a temperaturas muito altas (climograma abaixo para conferir)! O resto precisa ter um pouco de cérebro (pelo menos dois neurônios) para entender...
Isso se chama sazonalidade. Assim como os famosos incêndios na Califórnia ou aqueles terríveis na Europa...


Agora, convém lembrar que conforme o Código Florestal é função dos órgãos ambientais abrir inquérito administrativo sobre queimadas, desmatamentos ou seja lá que dano for nas áreas sobre sua jurisdição. E quando falamos órgãos ambientais, estamos falando de Secretarias Municipais de Meio Ambiente (deve estar acontecendo focos de incêndio em áreas sobre suas responsabilidades), Secretarias Estaduais de Meio Ambiente (idem) e Ministério do Meio Ambiente (idem). Será possível que os quase 25.000 focos de queimadas registrados na Amazônia até agora estejam todos sobre a responsabilidade administrativa do Governo Federal? Estados e Municípios como estão lidando com a questão?

LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012 (NOVO CÓDIGO FLORESTAL)
Art. 51. O órgão ambiental competente, ao tomar conhecimento do desmatamento em desacordo com o disposto nesta Lei, deverá embargar a obra ou atividade que deu causa ao uso alternativo do solo, como medida administrativa voltada a impedir a continuidade do dano ambiental, propiciar a regeneração do meio ambiente e dar viabilidade à recuperação da área degradada.§ 1º O embargo restringe-se aos locais onde efetivamente ocorreu o desmatamento ilegal, não alcançando as atividades de subsistência ou as demais atividades realizadas no imóvel não relacionadas com a infração.§ 2º O órgão ambiental responsável deverá disponibilizar publicamente as informações sobre o imóvel embargado, inclusive por meio da rede mundial de computadores, resguardados os dados protegidos por legislação específica, caracterizando o exato local da área embargada e informando em que estágio se encontra o respectivo procedimento administrativo.§ 3º A pedido do interessado, o órgão ambiental responsável emitirá certidão em que conste a atividade, a obra e a parte da área do imóvel que são objetos do embargo, conforme o caso.
Acima: Artigo 51 do Novo Código Florestal (negritos por minha conta)
A ação dos competentes órgãos ambientais lembra, mais ou menos, aquele famoso desmatamento na Serra de Santa Helena, próximo à nascente do Ribeirão Paiol. A Secretaria de Meio Ambiente iniciou um processo administrativo contra a proprietária da área com uma multa de 100 mil reais e a obrigação de recompor a área desmatada (infelizmente, por não se dar a devida divulgação na internet também prevista no Código Florestal, jamais ficamos sabendo se a multa foi paga ou a área recuperada... ah... ops... temos uma imagem de satélite recente da região... a área não foi recuperada) (link da notícia para os esquecidinhos: http://setelagoas.com.br/noticias/cidade/20656-infracao-gravissima-gera-multa-de-r-100-mil-e-recuperacao-da-area-para-quem-devastou-terreno-na-serra)!!!

Última imagem de satélite disponível no Google Earth sobre a área desmatada na Serra de Santa Helena (e tem a "confecção da estrada" também... parece até obra do DNER) 
Ramon L. O. Junior

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Sobre Floresta Amazônica, queimadas e tal...

(Texto trazido do Facebook)

Você dá aula, explica porque o "pulmão do mundo" não é a floresta amazônica e sim os oceanos... E só vê a floresta sendo chamada de "pulmão" do mundo. Bem... os oceanos também estão em situação crítica.#sucessãoecológica #produtividadelíquida
Lá na região amazônica tem floresta sendo queimada, cerrado sendo queimado, pasto sendo queimado, assentamento sendo queimado e ninguém nos informa quanto de cada um separadamente. Jogam tudo numa conta só. 
Importante é entender que precisamos de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL!!! Só tenho visto a defesa de um ou do outro. Tá osso a polarização a que chegamos, recheada de ativismo digital de ambas as partes.
Isso vai passar?
Ramon L. O. Junior

PS.: E é bom lembrar que a Floresta Amazônica Brasileira (não confundir com Amazônia, Amazônia Legal ou o Estado do Amazonas) ocupa uma área de aproximadamente 3.500.000 de quilômetros quadrados. Muitas vezes, por isso, evitam divulgar a área queimada (que pode ser queimada e requeimada vários anos, como acontece com os pastos) e divulgam o número de focos de incêndio. E aí tem foco grande e foco pequeno na mesma conta...

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Márcio Vicente

A perda do grande Márcio Vicente é irreparável. Muitas décadas vão se passar até um novo Márcio Vicente surgir em nossas terras. Pobres daqueles que não tiveram o prazer do seu convívio. 
Que suas obras sigam eternas!
Que os jovens possam, ao menos, ter contato com suas obras e conhecer um pouco da história de Sete Lagoas.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Exercitando os olhares...

Eu me amo... eu me adoro...

Viva São João!!!

"Na casa do meu Pai há várias moradas..."

Ao Mestre Mário De Maria e ao Éder!!!

Três Marias

Três Marias

Legado...
Fotos: Ramon Lamar de Oliveira Junior
Nikon P510

quinta-feira, 4 de julho de 2019

UFMG E SISU: NOSSOS ALUNOS AMEAÇADOS

A UFMG precisa estipular alguma regra que evite a invasão massiva de alunos de outros estados (especialmente São Paulo) em seus cursos de graduação de alta procura. Até porque muitos apenas invadem, tiram as vagas dos alunos do nosso Estado e quando sai a lista de aprovados de UNICAMP, USP ou UNIFESP retornam para São Paulo... isso depois de terem removido vários excedentes mineiros da lista de espera. 
Levantamentos feitos no Curso de Medicina têm mostrado desistência de 50% dos aprovados (!!!) e a UFMG faz um silêncio sepulcral sobre isso, só que os excedentes mais bem colocados não podem ficar esperando esses prazos (pois os prazos do SiSU são exíguos) e acabam tendo que deixar Minas Gerais para estudar em outros Estados na incerteza que o sistema provoca.
Uma opção para resolver o problema é o bônus de 10% nas notas para os alunos comprovadamente residentes em nosso Estado (e que cursaram o Ensino Médio em nosso Estado)... outras instituições já fazem coisa semelhante, valorizando a prata da casa. Aqui, acha-se lindo "a diversidade de estudantes migrando de Estado em Estado" em detrimento de nossos alunos. Mude-se então o nome da UFMG para UFBR (Universidade Federal do Brasil).

Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Professores que estão na preparação de alunos mineiros de ótimo rendimento sabem do que está sendo falado acima. Leigos ou "estudiosos da faculdade virtual" defenderão que em qualquer sistema passam os melhores. Essa lenga-lenga eu já conheço. Mas garanto, não é desse jeito!

Governo deverá promover feiras de ciência nas escolas todos os anos

O governo federal deverá promover todos os anos, em parceria com os governos estaduais, feiras de ciência e tecnologia envolvendo as escolas públicas de ensino médio e fundamental. É o que determina relatório do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) ao PLS 360/2017, aprovado nesta terça-feira (2) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). A análise do projeto já pode seguir para a Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso pedindo análise no Plenário do Senado.
O projeto original, da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), propunha a promoção das feiras de ciências no ensino médio. O relator, porém, alterou o texto para estender o incentivo também ao ensino fundamental.
— É preciso dinamizar o ensino de ciências no Brasil e aproveitar os espaços didático-pedagógicos para desenvolver nos estudantes não somente o gosto pelo método científico, mas também competências fundamentais para o trabalho, ligadas à inovação e ao senso crítico. E as feiras de ciência e tecnologia são instrumentos preciosos, pois atuam em duas frentes: ao mesmo tempo em que contribuem para a formação dos estudantes, também oferecem espaço para a disseminação da produção de iniciação à educação científica, promovendo pesquisa e inovação — afirmou o senador na leitura de seu relatório na comissão, em 4 de junho.
Alessandro ainda mencionou que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) já lança editais visando conceder recursos para a realização de feiras científicas, tanto em nível médio como fundamental.

Fenômeno nos EUA
A autora do projeto lembrou que as feiras educacionais de ciência e tecnologia são um fenômeno de grande popularidade nos Estados Unidos.
“Nos EUA, a Intel ISEF (International Science and Engineering Fair), mostra de trabalhos científicos do ensino médio, ocorre desde 1950. O evento tem o objetivo de incentivar a pesquisa científica entre estudantes pré-universitários. Todos os anos, milhares de estudantes dos 50 estados americanos e de outros 75 países têm a oportunidade de expor trabalhos científicos e concorrer a US$ 4 milhões em prêmios. Já no Brasil, infelizmente, as feiras científicas e tecnológicas ainda constituem um fenômeno pouco comum no cotidiano escolar”, lamentou Maria do Carmo na justificativa da proposta.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

sábado, 22 de junho de 2019

Patinetes elétricos em Sete Lagoas!!!

É difícil comentar algumas publicações que vemos nas redes sociais pois nunca sabemos realmente qual o objetivo de tal postagem. Mesmo que as pessoas peçam a nossa opinião (e no caso em pauta foi feito esse pedido), fica difícil opinar (pois geralmente o que se quer com a nossa opinião é a chancela sobre o quê foi publicado). 
Humanos não gostam de ser contrariadas e não fazem o mínimo esforço para entender opiniões adversas, por mais simples que seja o assunto. Dizem respeitar nosso ponto de vista, mas escorregam feio nas entrelinhas. E olha que em certos assuntos nem precisa de um cérebro inteiro para compreender os outros argumentos... um bom par de neurônios já é suficiente.
A "bola da vez" foi um projeto de lei da vereança sete-lagoana com o objetivo de proibir o uso de patinetes elétricas nas calçadas. Apesar da condição lamentável da maioria de nossas calçadas (e exaustivamente mostradas aqui no blog e em trabalhos acadêmicos que orientamos), parece um projeto bastante óbvio e sem necessidade de contestação. Especialmente pelo fato de nossas melhores calçadas estarem em áreas como o entorno das nossas lagoas é que é necessário colocar uma lupa na questão. Acidentes com bicicletas na margem da Lagoa Paulino não são incomuns... imagine com patinetes a 20 km/h (velocidade de campeão de corrida de São Silvestre). 
Vemos as grandes cidades sofrendo com essa questão dos patinetes elétricos por não ausência de precaução logo no início do problema... no nosso caso, pelo projeto de lei, estamos nos antecipando ao problema. Gera algum gasto? Nenhum!!! Apenas autoriza a Secretaria de Trânsito a disciplinar a questão e estabelecer multas na momento da regulamentação da lei. Acho que São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte gostariam de ter tido esse instrumento legal logo no início do problema.
Algumas pessoas por condenarem sempre o trabalho dos vereadores (é... às vezes eles realmente dão bons motivos para isso... mas não é sempre!) viram ali um absurdo: gastar tempo com isso? Com nossas calçadas? Com tanta gente morrendo na oncologia? 
  • Espera, não se gastou dinheiro algum que era ou seria da oncologia! Fica parecendo que legislar de maneira preventiva que é algo fundamental venha a ser "a vergonha"... que só devemos agir quando os "números" nos mostram que é necessário. Talvez como no caso da Oncologia, onde os números são realmente assustadores e que já levou meu pai e fez minha mãe ser operada felizmente com sucesso. Mas que poderia ter se evitado a questão econômica  severa que envolve o tema talvez antes mesmo do seu início... preventivamente... orçamentos, inclusive, são pra isso... não só agir de forma curativa, mas também de forma preventiva. Se não houve prevenção quanto a esse assunto, devemos considerar que não deve haver prevenção contra nada? 
São esses argumentos mirabolantes e desproporcionais misturando coisas simples e elementares com desgraças escabrosas que nada têm, na realidade, a ver com o assunto. Nem vou usar o argumento aqui que semana passada se deu a primeira morte de usuário de patinete elétrica na Europa. Não acho esse tipo de argumento válido. Lembro do "pós-Boate-Kiss" em que qualquer reunião de pessoas era dada como altamente provável de se repetir o trágico evento de Santa Maria, inclusive acho até um desrespeito com as vítimas por banalizar uma tragédia dessa natureza. 
No fundo, parece  haver uma grande dificuldade em se entender como funcionam as coisas, especialmente as relações entre eleitores e o legislativo. É o velho problema de achar que "eu faço melhor" sem estar dentro da pele de fulano ou ciclano. Resta a via democrática de se candidatar, construir uma frente parlamentar (lembre-se que um vereador só não muda a cidade... votações para aprovação de projetos são feitas com base em se receber a maioria dos votos... a outra opção tem 8 letras e começa com D).
Às vezes me divirto... pelo menos ajuda a decidir sobre algumas coisas... votos, por exemplo!

Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Não tenho nenhum tipo de relação com o vereador (no caso, vereadora) autora da matéria, inclusive sou filiado a outro partido. Não olho as questões da cidade com essa mesquinharia de amigos e inimigos, meu partido ou seu partido; procuro analisar se realmente vai haver uma vantagem para a população (costumo ser chamado de radical por causa disso!). Essa posição sem-partido em relação a esses temas procuro deixar bem clara seja aqui, na sala de aula ou em outros ambientes.

domingo, 16 de junho de 2019

Como será que foi possível?

Com essa maravilhosa imprensa investigativa que temos... que como vemos não larga o pé do presidente e dos ministros 25 horas por dia... que divulga e divulga e divulga todas as notícias... que tem whatsapp dos ministros e do porta-voz... que faz plantão nas madrugadas frias, quentes, secas ou úmidas de Brasília... como é que pode... como é que o PT desviou tanto dinheiro durante seus 3 governos e meio sob tanta vigilância? 
Não pode ser... só pode ser armação!!!

sexta-feira, 14 de junho de 2019

ÁGUA EM SETE LAGOAS: AVANÇOS E RETROCESSOS

  • A construção da ETA para captação de água no Rio das Velhas foi, sem dúvida alguma, um avanço. Só quem acompanhou os dados sobre o Estudo Hidrogeológico sabe o risco do colapso do solo em vários pontos da área central da cidade por causa da extensa utilização dos lençóis subterrâneos. Pode-se ler a TESE do Paulo Galvão na internet, disponível no site da USP (Clique AQUI). O resumo é o que se segue:

Modelo hidrogeológico conceitual de Sete Lagoas (MG) e implicações associadas ao desenvolvimento urbano em regiões cársticas
Esta pesquisa integrou estudos geológicos, hidrogeológicos, geoquímicos e de isótopos estáveis no município de Sete Lagoas (MG), Brasil, com o objetivo de entender a circulação da água em terreno cárstico e propor alternativas para o seu melhor uso, a fim de se evitar problemas geotécnicos. A área é constituída por calcários neoproterozoicos da Formação Sete Lagoas, onde se desenvolveram condutos cársticos, dando origem ao aquífero homônimo, o qual está coberto por sedimentos cenozoicos inconsolidados e, ocasionalmente, por rochas metasedimentares neoproterozoicas da Formação Serra de Santa Helena. Foi observado que neste aquífero a porosidade primária é muito baixa e a secundária (micro-fraturas) é igualmente reduzida, devido ao preenchimento por calcita. O grande volume de água subterrânea migra através da porosidade terciária caracterizada dominantemente por dois planos de acamamentos carstificados e, em menor grau, por fraturas sub-verticais carstificadas. A recarga, relacionada às chuvas que ocorrem no período de outubro a dezembro, se dá através de sumidouros, entradas de cavernas e onde o calcário está sob os sedimentos cenozoicos. Um detalhado estudo avaliando os efeitos de escala permitiu também o estabelecimento da distribuição das permeabilidades do Aquífero Sete Lagoas. Outros resultados obtidos também estabeleceram que as extrações de águas subterrâneas estão associadas aos eventos geotécnicos cársticos localizados na área urbana do município. A elevada extração das águas subterrâneas faz com que o plano de acamamento carstificado mais raso, em algumas áreas, esteja inteiramente na zona não saturada, provocando os eventos geotécnicos. Um mapa de risco geotécnico identifica, a partir da litologia e do nível de água subterrânea, cinco níveis. Este tipo de mapeamento deveria orientar as extrações e os cuidados na ocupação do terreno urbano em Sete Lagoas, prevenindo ou retardando a ocorrência de novas subsidências ou colapsos.
  • Por outro lado vemos a AMBEV com uma outorga de retirada de águas do subsolo equivalente à metade de toda a água que é retirada pelo SAAE para os fins de abastecimento público... haja aquífero...
  • E para piorar as mudanças do Plano Diretor reduziram basicamente em toda a cidade, de 30 para 25%, a exigência de área permeável nos imóveis novos a ser construídos... sem contar a vexaminosa anistia dada no final de 2012 para os imóveis que não cumpriam a lei sobre a área de permeabilidade.
  • Iniciativas de plantio de árvores ainda são modestas e concentradas em áreas centrais, mais como "embelezamento" do que com as finalidades práticas de melhorar a qualidade do ar, conforto térmico e aumento da absorção de água pelo solo.


Ramon L. O. Junior 

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Quem for inocente que atire a primeira postagem!!!

Eu gostaria de ver as mensagens dos celulares de...

Dilma, porque deve ter muito texto interessante e criativo!!!
Lula e Seus Advogados... mas esses acho que nem Hacker consegue invadir!!! Deve ter até feitiço de Harry Potter!
Grupo de Comentaristas da Globo e GloboNews!!! Imaginem só...
Bolsonaro e seus filhos... grupo da família... deve ser uma zorra só!!! Coitado do administrador do grupo, principalmente se for o Bolsonaro!!! kkkkkk
Dilma, porque deve ter muito texto interessante e criativo!!!
Adélio, seus advogados e os que pagam os advogados!!! Nuuuuuuuuuuuuu.....
Grupo do STF!!! Só gostaria de ver, ok? Só uma vontade, nada demais. Não pretendo invadir... nem sei invadir... nem conheço quem possa invadir!!! Mas seria interessante ver as mensagens... fica a sugestão para abrirem o grupo para podermos ler! Tudo bonitinho, nos termos da lei...
E, finalmente, Dilma, porque deve ter muito texto interessante e criativo!!!

Mas Hacker que se preza sabe onde invadir!!!


terça-feira, 11 de junho de 2019

SOBRE GILMAR E AS GRAVAÇÕES E PROVAS ILEGALMENTE OBTIDAS

"- Servem sim e podem ser usadas... menos se forem contra mim!"

só rindo nesse Brasil de Meu Deus...

(antes que bloqueiem o blog, Gilmar é um antigo goleiro de futebol...)

ELEIÇÕES EM SETE LAGOAS... A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM!

Duas coisas boas das eleições não acontecidas em Sete Lagoas e marcadas para 2 de junho.

- Foram pagas duas folhas salariais devidas (não entendi porque ficaram atrasadas pois se o último pleito foi ganho dizendo que não havia crise e o antigo prefeito não pagava porque não queria!!!).

- O prefeito em exercício que saiu e o prefeito reconduzido que reentrou fizeram uma maquiagem nas ruas e praças... Talvez seja um pouco também na onda do Show Juntos (nem tanto) e Shallow Now.

Em vez de maquiagem de 4 em 4 anos, agora a Cidade passou por maquiagem de 2 em 2 anos!!!

sábado, 2 de março de 2019

Sobre Lula, neto falecido, desconhecimento das leis e intolerância.

LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984. (Lei da Execução Penal)

Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, MEDIANTE ESCOLTA, quando ocorrer um dos seguintes fatos:
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, DESCENDENTE ou irmão;
II - necessidade de tratamento médico.
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso.

Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração necessária à finalidade da saída.


(A lei vale para todos os presos, mas nem todos têm advogados para pedir a saída em tempo hábil, ou nem sabem do seu direito. No caso do Lula, certamente, é uma saída mais complicada, mas plenamente justificada, observando-se a finalidade da saída. O resto da discussão é fruto da falta de conhecimento desse cipoal de leis a que estamos submetidos, da falta de saber pesquisar e de não saber a hora de ficar, ao menos, calado.)

Calma, gente, calma!!!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Brumadinho: trecho de entrevista concedida para o Jornal Sete Dias

O biólogo Ramon Lamar é especialista em assuntos relacionados a biologia, além daquilo que envolve ecologia e meio ambiente, e por isso foi escolhido como o profissional ideal para esclarecer sobre ângulos diversos o trágico acontecimento de Brumadinho. 

O que aconteceu em Brumadinho? O que aconteceu em Brumadinho foi a repetição do que aconteceu em Mariana, só que agora em uma dimensão muito maior em termos de descaso, porque a lição já havia sido dada.  

O que são essas barragens de rejeitos? O rejeito é aquela parte que é retirada da exploração de minério e que é inútil. É o lixo, que não tem como se retirar o ferro desse material. São outros materiais que vêm misturados com o mineiro de ferro. Então isso é carreado e armazenado dentro de uma grande lagoa, de uma grande barragem.  

Qual é o comparativo da tragédia de Mariana com a de Brumadinho? A tragédia de Mariana envolveu um volume maior de rejeitos e um dano ambiental, parece até o momento, muito maior que do que o dano ambiental de Brumadinho. Mas a questão de Brumadinho foram 350 vidas, e que poderiam ter sido totalmente evitadas por causa da lição de Mariana. Eu considero que Brumadinho é pior que Mariana. Muito pior do que Mariana, pela reincidência, por não se ter sido feito nada.  

A Agência Nacional da Águas (ANA) classificou a barragem de Brumadinho como uma estrutura de pequeno porte com baixo risco e alto dano potencial. O que isso significa? Significa que eles erraram feio! Significa que eles precisam ter mais atenção com essas questões das barragens. Todas têm risco. São estruturas feitas pelo homem, sujeitas a defeitos de engenharia e de tudo mais. Todas têm risco. Mas essa em particular, não sei a situação de outras, mas essa mostrou-se a face real dela como sendo uma coisa muito trágica.

Entrevista de 10 minutos para o Sete Dias no Youtube: Clique AQUI

Entrevista maior (30 minutos), para o PROGRAMA ENTRELINHAS do Juninho Sinonô: AQUI


sábado, 2 de fevereiro de 2019

Brumadinho, um crime ambiental.

Quanto VALE a vida humana?
Pelos aproximadamente 350 mortos na tragédia de Brumadinho, a vida humana vale muito pouco. VALE mais a economia de despesas necessárias, VALE mais negar a opinião contrária e optar por correr um risco e pagar uma multa. Realmente, para uma empresa que pode se dar ao luxo (será que pode?) de perder 70 bilhões de reais numa queda vertiginosa de suas ações na Bolsa de Valores, multas de 50, 100 ou 500 milhões parecem um troco, uma esmola... que aliás nem sempre é paga ou se possível, procrastinada ao máximo (só ver a situação de Mariana, com os mesmo tentáculos sujos de lama da VALE).
Qual desastre foi pior?  Oras, pelo volume de resíduos e impacto ambiental, Mariana tem o triste primeiro lugar no pódio. Mas Brumadinho ceifou quase 20 vezes mais vidas, sua lama contém materiais mais problemáticos (é indubitável a presença de metais pesados), Brumadinho ameaça a barragem de Três Marias e, nessa esteira, o São Francisco, "rio da unidade nacional". Mas mais do que tudo, Brumadinho é o escândalo criminoso de uma lição não aprendida. Após (a tragédia de) Mariana, com todos os seus tropeços jurídicos e de assistência às famílias, (a tragédia de) Brumadinho jamais poderia ter ocorrido.
É revoltante ver como uma grande empresa acha que VALE mais do que as outras, que seu poder econômico tudo permite. Construir a parte administrativa e o refeitório abaixo da barragem, no primeiro minuto da rota de destruição? Que absurdo é esse? Que Engenheiro Responsável foi esse que conduziu essa obra? 
A tragédia escancara a máxima que a fiscalização não é cega como a justiça. Uma das maiores reclamações é o achincalhe que é feito com os pequenos (ameaçados por todos os tipos de multas no limite máximo do seu alcance) e que contrata com a subserviência aos grandes, aos poderosos, aos doadores de campanha ou de caixa 2. Isso deixa a pergunta: essas empresas são grandes mesmo ou sua grandeza tem pés de barro?
Por trás de Brumadinho e Mariana existe uma figura oculta que nunca recebe a culpa pelos acontecimentos: a Bolsa de Valores. Recordes são comemorados porque o dinheiro está trabalhando para produzir mais dinheiro, numa espiral desenfreada, criando bolhas aqui e ali e que de vez em quando estouram. Perde-se 70 bilhões num dia e recupera-se 20 bilhões no outro porque a empresa foi boazinha e doou às famílias 100 mil reais por cada ser humano perdido. Puxa... façam a conta! 350 x 100.000 são 35 milhões de reais. Ou seja, promete-se o gasto de 35 milhões para recuperar 20 bilhões e deixar os acionistas menos insatisfeitos e com a perspectiva que logo as perdas se transformarão em lucros.
Da mesma forma, a solução de acabar com esse modelo de barragens de rejeitos implica em diminuir um pouco a produção... mas na outra ponta sobe o preço do ferro e aço, refazendo lucros e implicando em maiores despesas para quem? Olhe-se no espelho... sim... nós mesmos!
Vamos ver como a situação vai evoluir. Vamos ver como colará ou não a desculpa dada pelo presidente da VALE que "a sirene não tocou porque a barragem desceu muito rápido e cobriu a sirene". Meu Deus!!! Certas pessoas para não serem julgadas como bestas deveriam ficar de boca fechada. Uma fala dessas é praticamente confessar um crime.
Mais uma vez ficam os aplausos para os bombeiros e uma série de outros profissionais e voluntários trabalhando arduamente. 
Não sei as firulas jurídicas do tema, mas uma operação nos moldes da Lavajato faz-se necessária para trazer as explicações e conduzir os responsáveis para o lugar que lhes convém e que atende por presídio.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Salinhas de Biologia e Química de 2018: 26 aprovados até agora, 12 em Medicina!

Nem todos mandaram fotinhas, mas aí estão alguns. Parabéns a todos eles, aos familiares e a todos os professores que, em algum tempo, colaboraram com a aprovação dos mesmos!!! Parabéns às escolas que tão bem conduziram esses jovens! Parabéns ao Brasil por mais uma leva de cidadãos responsáveis e animados a trabalhar muito por nosso povo! 
Os cursos de 2019 já estão começando, hoje inclusive tem aula!!! 
Para mais informações, consultem www.salinhasbh.blogspot.com