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domingo, 23 de junho de 2013

Sobre "Pintar as plantas"

Publicando novamente:

Pintar as plantas
                                                                                  Celdo Braga

Não pinte o tronco da planta,
ela tem própria pintura;
desde semente ela guarda
o dom de ser criatura
de Deus, que cuidou de tudo,
diz a Sagrada Escritura.

Veja bem, fica grosseiro,
pintar o tronco com a cal;
sofre a planta e quem cultua
a beleza natural,
não manche a obra perfeita
do pintor celestial.

Olhe bem para a mangueira
ou para um pé de oiti...
Já está tudo harmonizado
não cabe mau gosto ali,
pinte o poste, o meio fio,
deixe o verde em paz florir.

A planta tem sentimento
e um jeito de se doar:
dá sombra e frutos pra todos
e não sabe reclamar
quando a mão desavisada
vem o seu tronco pintar.

Como Deus percebe tudo
peço a Ele perdoar
os cegos que não conseguem
essa maldade enxergar;
E a quem se juntar comigo
força e luz para lutar.


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Comentário: 
Lenticelas (pontos claros) em caule de acerola.

Sobre a prática de pintar os caules da árvores com cal

Esse costume parece ter surgido durante a primeira guerra mundial numa forma de prevenção do cerco das cidades pelos inimigos. As árvores impediam que a movimentação dos soldados eram vistas pela população da cidade. Então, preventivamente, os troncos das árvores eram pintados com cal. Assim, qualquer movimento de tropas inimigas seria rapidamente visto pelos vigias entrincheirados.
Cobrir o caule da planta com cal prejudica a respiração do caule. Os caules possuem fissuras ou orifícios (lenticelas) para permitir que o oxigênio entre para as células vivas do caule. Ao obstruir tais orifícios com cal, a respiração do caule fica bastante prejudicada. Tudo isso, é claro, sem contar com o aspecto estético horroroso como pode ser observado no "bom gosto" da segunda foto abaixo. O incrível é que vemos árvores pintadas dessa forma em faculdades/universidades que possuem cursos de biologia, agronomia e engenharia florestal!


Ramon Lamar de Oliveira Junior

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Mariazinha-fecha-a-porta (Mimosa pudica) - Seismonastia

Mimosa pudica, sensitiva, dormideira, mariazinha-fecha-a-porta e mais um grande número de sinônimos.

 As fotos originais. [Clique nas imagens para ampliar]

A imagem em gif animado, mostrando a abertura e fechamento: seismonastia.

O termo técnico para a abertura e fechamento das folhas dessa planta é seismonastia (ou tigmonastia). Conceitualmente, as seismonastias são movimentos vegetais determinados pela variação da turgescência de células de tecidos denominados "pulvinos motores" localizados nas articulações de certas folhas e ocasionadas por um abalo mecânico. 
Traduzindo: na base das folhas da sensitiva existem células que armazenam um volume variável de água. Quando as folhas são tocadas, ocorre uma alteração brusca no volume de água dessas células, provocando o fechamento repentino das folhas.
A seismonastia é um movimento vegetal que ajuda a planta a evitar o ataque de determinados herbívoros, como gafanhotos, que não conseguem se equilibrar nas folhas para comê-las.´
Processo semelhante ocorre nas folhas de certas espécies de plantas carnívoras (insetívoras), fechando-as sobre os insetos.

Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

domingo, 16 de setembro de 2012

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Pseudofósseis (dendritos)

Caminhando em Diamantina, olho atentamente onde estou pisando, senão o tombo é certo. Vejo alguns dendritos impressos nas rochas. Dendritos são formações provocadas por incrustrações de óxidos metálicos nas rochas. Ocorrem com frequência em rochas como os quartzitos e arenitos (em geral pela presença de óxidos de manganês ou de cobalto). Até em ardósias podem aparecer figuras semelhantes (no caso são manchas de ferrugem causadas por alteração de sulfetos). 

Dendritos em quartzito das ruas de Diamantina. Não são algas fósseis!!!
Lembram bastante o aspecto de algas marinhas impressas contra a rocha, ou até mesmo folhas de samambaias. Mas não se engane, não são fósseis.

Foto e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

segunda-feira, 26 de março de 2012

Quantas flores há nesta foto?


- Flores abertas, estou contando 9.
- Quêisso, Ramon, você ficou maluco? Só tem uma flor aí!
- Na verdade, a imagem acima não é de uma flor, mas de uma inflorescência. Inflorescência é um conjunto de flores.
- Ah, sim... tipo um buquê, né?
- Não, um conjunto natural de flores. Flores que ficam juntas em uma mesma planta. Existem vários tipos de inflorescências, os mais conhecidos são os cachos. A da foto acima é chamada de capítulo. Assim como a margarida, o girassol e o crisântemo.
- Ué, então essas coisas vermelhas em volta não são pétalas?
- Não, não são. São folhas modificadas que protegem a inflorescência.
- Então, as flores verdadeiras são essas amarelinhas e elas possuem cinco pétalas amarelas?
- Isso mesmo!!!
- Ah, tá! Entendi. Depois você coloca fotos de outros exemplos de inflorescências?
- Pode deixar, coloco sim!
- Valeu!!!