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domingo, 13 de julho de 2025

Uma árvore bacana para as calçadas e as podas mal feitas da CEMIG

Olá, pessoal!

Ontem, caminhando pela Rua Goiás, passei em frente à casa que morei quando criança. Essa casa foi vendida por meu pai para nosso amigo Prezado (Prezado Frangos) e até hoje a família dele comercializa lá um delicioso frango assado. Fica em frente ao CEME (Centro Educacional Mundo Encantado), uma referência no ensino em Sete Lagoas, com suas turmas do Fundamental I, capitaneado pela minha cunhada Teca e minhas sobrinhas Priscila e Carolina.

Aproveitei para fotografar a árvore que foi plantada em frente ao "Prezado", uma árvore-samambaia. Conheci-a quando fiz um dos meus cursos de Paisagismo Urbano em Holambra, juntamente com minhas colegas Adriana Drumond (artista plástica) e Regina Márcia (arquiteta). Gostamos muito dessa árvore e também da grama-amendoim. Com muito custo e insistência conseguimos trazer a grama-amendoim para que se tornasse conhecida em Sete Lagoas a partir de um projeto que fizemos para a praça Alexandre Lanza, em que fizemos a proposta que a mesma fosse utilizada. Daí ela, por sugestão minha, foi plantada em algumas das bases das palmeiras da Lagoa Paulino (era para plantar em todas, mas resolveram plantar clorofito e algumas e, como eu previa, não foi pra frente).

Bom, voltando à árvore-samambaia, está aí uma árvore que não é agressiva com calçadas (desde que plantada com espaçamento adequado), e tem uma série de características interessantes (apesar de ser uma espécie exótica, mas sem potencial para tornar-se invasora):

  • Raízes pouco agressivas – geralmente não causam elevação ou rachaduras em calçadas.
  • Tamanho controlado – pode chegar a cerca de 8, mas costuma ser mantida menor com poda.
  • Copa densa e ornamental, com aparência exótica e folhas que lembram samambaias.
  • Pouca sujeira – ao contrário de muitas árvores tropicais, não solta flores ou frutos em excesso.
  • Boa sombra, mas não excessiva ao ponto de escurecer demais calçadas ou jardins.
  • Raramente apresenta pragas ou doenças.

Acho que vale a pena conhecerem. Encontrei outras plantadas aqui em Sete Lagoas: ao lado do Colégio Caetano e em frente ao restaurante Mamute. Essa da rua Goiás precisará, em breve, de receber uma poda de elevação, para permitir melhor passagem de pedestres pela calçada. Vejam a foto:


Descendo um pouco mais a rua, aparecem para mim aquelas árvores fantasmagóricas, disformes pelas podas conduzidas pela CEMIG (geralmente são empresas terceirizadas). É um absurdo! A CEMIG publica um dos melhores MANUAIS DE ARBORIZAÇÃO que conheço, mas parece que é só para inglês ver.


Vejam só essas "podas técnicas" da CEMIG, na rua Goiás:

Francamente! É muito melhor investir num projeto de melhoria da arborização, suprimir essas árvores e plantar espécies mais adequadas que não atinjam a fiação ou que possam ser conduzidas para abrir a copa acima da fiação (muitos países desenvolvidos fazem isso). 
Acho que já passou muito da hora da Prefeitura Municipal e a CEMIG olharem para essa situação. Árvores podadas dessa forma podem ter seus caules apodrecidos por infiltração de água das chuvas e proliferação de cupins e fungos, bem como perdem totalmente o centro de equilíbrio e numa ventania mais forte podem cair provocando tragédias (envolvendo veículos, crianças, idosos...).
E olha que nem estou comentando da péssima arborização da cidade (que depois reclama do calorão). Em certos quarteirões não há uma árvore sequer.
Gente, vamos trabalhar de forma técnica, por favor!!!
Ah, breve comentarei do novo paisagismo de nossas praças e seus problemas!!!

- Ramon, que caramba, você só vê problemas???
- Não gente, eu vejo que falta muita técnica na nossa pobre arborização urbana. Já expliquei muito sobre isso aqui no blog. Por uma série de razões eu havia diminuido a frequência desse tipo de postagem. Mas não dá. Prefiro ser voz solitária a não escutar nenhuma voz. Vai dar certo... uma hora vai dar certo!

Ramon L. O. Junior

PS.: Agora, se você acha que tá tudo bacana... fica difícil!

domingo, 27 de novembro de 2022

Queda de Árvores: Sete Lagoas segue aguardando uma tragédia

(REPOSTANDO FRENTE A ACONTECIMENTOS ATUAIS) (ORIGINALMENTE POSTADO EM 02/12/2020)

Sem um programa efetivo de controle e monitoramento das árvores usadas em nossa arborização pública, Sete Lagoas insiste em cometer os mesmos erros de sempre. Aliás, Sete Lagoas nem enxerga que está no caminho errado.

Enquanto tratamos, no plano teórico e acadêmico, a arborização urbana como "floresta urbana" cheia de benefícios para a comunidade e para o ecossistema urbano, seguimos na prática com um grande percentual das cidades brasileiras simplesmente nem tomando conhecimento desses estudos e avanços.

Gestão da floresta urbana é possível. Nem precisa de coisa muito avançada, mas a Arborização 4.0 (para apropriar de um termo usado na agricultura, prima rica muito mais respeitada) também existe e pode ser feita com softwares específicos, georreferenciamento, drones, câmeras térmicas, equipamentos de ultrassom para diagnóstico e tudo o mais. Tudo para permitir o manejo adequado. Mas...

Mas enquanto isso existe e se desenvolve cada vez mais, afastamo-nos no sentido oposto em velocidade vertiginosa. O negacionismo existe nessa área também.

Ressalvadas as poucas e, às vezes inglórias, lutas para o plantio e cuidado com as árvores, vemos na maioria das vezes o descaso e o abandono. Podas só existem para liberar fiação elétrica ou outro cabeamento, na balbúrdia de cabos aéreos que proliferam. 

A escolha de plantas, na maioria das vezes regida pelo "custo", é para "embelezar"... esquecendo-se de todos demais os atributos. Copiando modelos de cidades que têm clima completamente diferente. Paisagismo sem pensar em irrigação e cuidados. E assim vão diminuindo as árvores nas calçadas. E assim algumas praças seguem cada vez mais feias. Algumas foram abençoadas por adoção. Mas muitas vezes padecem com propostas paisagísticas desgastadas, quase primitivas.

Mas essa postagem é para falar de uma tragédia que é anunciada ano após ano. Faz pouco mais de um ano que várias árvores da espécie Pau-Ferro caíram aqui na Avenida Vila Lobos (Sete Lagoas, MG).  Estive lá com uma turma de alunos e mostrei in loco os problemas. Caíram porque estavam podres. Estavam podres por causa de podas mau executadas. Cansei de documentar e mostrar isso. E mostro para quem quiser ver. Podas mau feitas, parasitas, podridão, formigas, cupins e fungos caule adentro. Resultado: queda! Especialmente em tempos de chuvas e ventos fortes.



Pau-ferro com raiz e caule apodrecidos que caiu
em Outubro de 2019 na Avenida Vila Lobos.
Não foi acidente. Não era uma árvore sadia.

E é isso que se avizinha. Deus queira que não ocorra. Mas Deus queira também que tenhamos juízo para evitar tragédias. A substituição dessas árvores no canteiro central da referida avenida já foi pedida por vários abaixo-assinados, alguns até coordenados por órgãos públicos. Ou trocam por magnólias-amarelas ou trocam por quaresmeiras. Isso já foi pedido. Algumas quaresmeiras foram plantadas, mas não como substituição. Precisamos dessa ação, urgente!

Só rezar para não acontecer o pior não adianta. Façamos a nossa parte!

Ramon L. O. Junior


PS.: Não nos esqueçamos que um dos Buritis na margem da Lagoa Paulino está com tremenda podridão em seu caule. Com um buraco que o atravessa de um lado a outro. Já foi falado e refalado aqui no blog. Até agora, nada! E é uma árvore protegida por lei municipal. E se não fosse, hein? (Veja a matéria de 2013, clicando AQUI.) E sabe-se lá quantas árvores estão aqui com problemas similares... só esperando... só espreitando!

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Proposta de paisagismo temático para a Praça da Bíblia

[POSTAGEM ORIGINAL DE 8 DE JUNHO DE 2016]

"Proposta de paisagismo temático para a Praça da Bíblia, Sete Lagoas, MG" 
Esse é o título do trabalho que será apresentado amanhã no III Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão das Faculdades Santo Agostinho (Fasasete), amanhã. O trabalho foi feito por mim e pelo aluno Filipe Giovani especialmente para esse evento. Filipe é meu orientado em trabalho de TCC versando sobre aspectos da arborização urbana de Sete Lagoas.

(Clique na imagem para ampliar.)


sábado, 22 de julho de 2017

SUGESTÕES PARA A SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE NO QUE DIZ RESPEITO AO PAISAGISMO E ARBORIZAÇÃO URBANA

Prezados,

tenho acompanhado desde muito tempo a situação da nossa cidade "pretensamente turística" no que diz respeito ao paisagismo e arborização urbana. Já escrevi várias vezes sobre o tema e, no curto período de tempo que tive a honra de participar da administração pública (pouco mais de um ano) tentei colocar algumas questões em prática. Infelizmente, a gente descobre que por mais bem intencionados que possamos estar, sempre haverá os que não querem levar as ideias adiante por uma série de razões e a mais grave delas chama-se inveja. Muitos não aceitam sugestões porque as mesmas não serão vistas como ideias próprias e sim criatividade dos outros. 
A gente estuda, e não é pouco, para procurar dar os melhores palpites sobre a questão. A gente investe, compra livros, vai a congressos, lê trabalhos, participa de grupos de discussão sobre o assunto não é por lazer. É por acreditar que podemos fazer a diferença. Fico muito triste quando o gestor público não enxerga a coisa desse jeito... e à medida que vamos descendo na hierarquia (segundo e terceiro escalão) a coisa só piora. 
Então venho propor uma pequena lista de ações. Não é necessário realizar nenhuma, claro, isso não é imposição. Precisamos apenas que se pense um pouco sobre o assunto. Sei muito bem da crise econômica que vivemos, mas não são medidas caras. Muitas vezes trata-se de uma melhor gestão dos recursos já existentes, melhor distribuição das frentes de trabalho, busca de apoios e parcerias... e criatividade, é claro! Já não consigo acreditar mais no propalado "potencial turístico" da cidade. Não vejo ações sérias nessa direção. Ações que comecem do mais simples e não a procura de uma fato espetacular que vai atrair a população do planeta para nos visitar.
Concentro-me aqui nos aspectos de paisagismo (vi que estão trabalhando em algumas praças, então devem estar sensíveis a isso) e na questão da arborização urbana. Então seguem-se as sugestões:

1) É necessário investir em arborização das nossas ruas. Temos muitos e muitos quarteirões que não possuem uma arvoreta sequer. E olha que em muitos locais as calçadas são largas, com mais de dois metros de largura. Compreendo, obviamente, a falta de arborização em calçadas estreitas, mas em calçadas largas é difícil engolir.  Precisamos orientar sobre plantio adequado, espécies adequadas, locais adequados. Falta de arborização adequada em praças então é mais inacreditável ainda. Precisamos partir para o Plano Diretor de Arborização Urbana.
2) Precisamos acabar com as "bordaduras" de pingo-de-ouro ou buxinho no entorno das praças. Isso já caiu em desuso faz mais de 20 anos! Dá um enorme trabalho, precisa de manutenção constante, esconde o interior da praça e até transmite sensação de insegurança para quem está sentado num banco com uma "moita" às suas costas. Vamos partir para o "clean" ("paisagismo limpo"), felizmente vejo alguns exemplos brotando aqui e ali. Vamos investir nisso, que no caso, não é gastar e sim economizar recursos e tempo.
3) Precisamos de um Programa Municipal de Podas e Remoção de Parasitas. Estamos praticamente deixando as podas da arborização por conta da CEMIG e a poda que eles fazem é outra... menos de embelezamento e cuidados com a árvore. É preciso um calendário de trabalho para que essas podas sejam efetivas, talvez até em parceria com a concessionária de energia, mas algo mais amplo do que simplesmente "afaste a árvore dos fios".
4) Sem manutenção não tem jeito! Um caminhão-pipa para molhar as plantas das praças e os locais de arborização recente (canteiros centrais) é fundamental. Bem como uma equipe. Só oito pessoas (algumas sem a mínima condição de trabalhar) não vão conseguir cuidar das nossas 130 praças. As praças são espaços públicos que precisam da manutenção para que tenham o uso público correto e não se tornem pontos de venda de drogas ou outras contravenções. A praça precisa atrair a família, as crianças, os jovens. E uma praça mal cuidada jamais cumprirá esse papel.
5) É preciso fazer a população entender que as áreas centrais, de maior visibilidade, precisam mesmo de mais atenção. Claro que as praças e lagoas mais periféricas não podem ficar ao Deus-dará! Isso faz parte da Educação Ambiental e que, nesse caso, pode se converter em empregos na área do turismo, ou pelo menos um reforço nas atividades já existentes próximo a essas áreas (melhoria do comércio, por exemplo).
6) Segurança é importante em nossas praças e ruas. A Guarda Municipal tem que estar presente nesses espaços. São muitos bons espaços que podem abrigar o lazer sadio mas encontram-se sem qualquer forma de segurança para os potenciais visitantes. A recente obra do Grotão do Canaã é um exemplo. Está largada e poderia ser um ótimo local para caminhadas, mas para isso precisaríamos de uma dupla de Guardas Municipais indo e vindo no local.

São palpites, são colaborações, apenas isso.

Abraços e contem sempre comigo.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Começo de uma obra estranha...

Estava caminhando até o Supermercado Santo Antônio, aqui perto de casa, quando me deparei com um princípio de "obra". Segue a imagem...


Imaginei três possíveis destinos:

1) Banquinhos para o pessoal sentar e curtir a praça. (Improvável pois não há nada para se curtir ali e os "banquinhos" mal estão presos ao cimento abaixo... um inclusive já caiu... deve ter tomado um chute.)

2) Vão apenas fazer murinho em volta da árvore. (Aí o espaço interno vai servir como depósito de lixo... e talvez até outras coisinhas.)

3) Vão fazer um murinho e encher o centro com terra para fazer um jardim elevado. (Então a árvore, no caso uma paineira, está condenada à morte pois não se pode colocar terra cobrindo o caule da planta. Caule é caule, raiz é raiz. A raiz tem um tecido interno chamado endoderme que impede que micro-organismos cheguem até seus vasos condutores de seiva contaminando e matando a planta. Caule não tem endoderme, ou seja, qualquer apodrecimento e contaminação na superfície do caule poderá chegar até os vasos condutores e matar a planta.)

Estou deveras curioso... espero que a criatividade da pessoa (ou órgão) que está gerindo essa "obra" seja maior que a minha pois não consegui pensar em nada diferente. Então resolvi registrar e colocar aqui no blog para consultas futuras.

Ramon L. O. Junior

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Dois TCCs sobre Arborização Urbana em Sete Lagoas apresentados em 2016

Segue o resumo do TCC da minha orientanda Nívea Labanca SOUZA, intitulado "Estudo Quali-Quantitativo e da Percepção dos Moradores em Relação à Arborização Urbana do Entorno da Faculdade Santo Agostinho de Sete Lagoas (Sete Lagoas,MG, Brasil)".


RESUMO: Para que a arborização urbana possa proporcionar todos os benefícios de que é capaz aos cidadãos, é necessário bom planejamento e estudos técnicos. Essa é a maneira destas áreas verdes colaborarem com a saúde mental, física e psicológica das pessoas. O presente estudo teve como objetivo a análise qualitativa e quantitativa da arborização urbana do entorno da Faculdade Santo Agostinho, abrangendo as ruas Atenas, Coimbra, Florença, Genebra, Milão, Nápolis, Nice e Turim, do bairro Jardim Europa, de Sete Lagoas, Minas Gerais. Também foi aplicado um questionário a 41 moradores dessas mesmas ruas escolhidos de modo aleatório, para avaliação da percepção sobre a arborização local. Foram identificados 100 indivíduos arbóreos de 24 espécies, sendo 15 nativas e 9 exóticas. Apenas 21 espécimes não mostraram sinais de podas incorretas. Alto grau de podridão e outros danos provocados principalmente por poda incorreta que sugerem a necessidade de supressão estão presentes em 14 dos espécimes analisados. Não foi observada a presença de plantas parasitas nos 100 indivíduos analisados. A quase totalidade dos moradores do entorno reconhece como principais vantagens da arborização a produção de sombra e sua capacidade de tornar o ar mais fresco. A principal desvantagem apontada relaciona-se com a escuridão e e sensação de insegurança à noite. 56% dos moradores têm o interesse de melhorar a arborização plantando e cuidando de alguma árvore em sua calçada. A quantidade de árvores por quilômetro de calçada e a área verde por habitante na região estudada ficou abaixo dos valores recomendados. As calçadas largas permitem que tal situação seja corrigida no futuro.

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E do meu outro orientando, Filipe Giovani Domingos ARAÚJO, intitulado "A valoração arbórea como instrumento de conscientização dos benefícios das florestas urbanas".



RESUMO: As florestas urbanas promovem benefícios através das suas funções ambientais como: redução das ilhas de calor, ciclagem dos nutrientes, abrigo para fauna, melhoria da qualidade do ar e valorização de imóveis e espaços urbanos. É necessário valorar as florestas urbanas para se demonstrar objetivamente a importância das mesmas para a sociedade e políticas públicas. O presente trabalho utilizou o Método STEM (Standard Tree Evaluation Method), adaptado as condições locais, para a valoração monetária da arborização da Praça Barão do Rio Branco, em Sete Lagoas, Minas Gerais, Brasil. A modificação de alguns critérios fez-se necessária para facilitar a atribuição dos valores numéricos usados para a valoração das 32 árvores presentes na praça. Os dados foram registradas em tabelas e multiplicados por um valor inicial para se obter o valor de cada árvore em dólares americanos, em seguida convertidos para a moeda local. A valoração de cada árvore variou de US$ 2,700.00 a US$ 32,400.00, totalizando um valor de US$ 222,330.00. Os resultados obtidos são compatíveis com as determinações feitas por outros autores no Brasil, o que leva a apoiar a utilização do Método STEM para as nossas cidades. A metodologia utilizada mostrou-se importante no processo de Educação Ambiental e pode embasar novos valores para as multas aplicadas por poda ou supressão de árvores.

terça-feira, 5 de julho de 2016

A árvore é um equipamento vivo!!!

A árvore plantada numa rua ou praça é muito mais do que apenas um objeto colocado ali pela simples obrigação de se colocar. A árvore é um equipamento vivo, um insumo importante para a realização de várias atividades relacionadas à melhoria da qualidade de vida de todos. O único equipamento que aumenta de valor com o passar do tempo pois passa a agregar também outras funções (histórica, cultural e referencial).
A figura abaixo foi montada a partir de todas as funções relatadas para as árvores no levantamento de bibliografia do TCC do meu aluno Filipe Giovani (Engenharia Ambiental e Sanitária - Faculdades Santo Agostinho - Sete Lagoas). O trabalho é sobre a valoração monetária (atribuir valor monetário) das árvores urbanas e, evidentemente, a valoração começa com a valorização (entender a importância) desses seres únicos.


Embasados nesse entendimento, temos proposto alterações no paisagismo da nossa cidade para que o mesmo possa ser dotado de significado mais amplo.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Uma sugestão para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente...

Fotos: Ramon L. O. Junior
Já tem um bom tempo que venho sugerindo o plantio da grama-amendoim em nossos canteiros e praças, nos locais onde não é possível o trânsito de pessoas. Com muita alegria comecei a ver a mesma ser utilizada em locais como a Praça Alexandre Lanza e no entorno de palmeiras e sibipirunas da Lagoa Paulino. No entanto, em algumas plantas da Lagoa Paulino a outra opção de plantio não deu certo e na maioria das árvores o entorno está em terra quase nua.
Sugiro que na próxima vez que for feita a poda (apara) da grama-amendoim suas aparas sejam plantadas nos locais que estão em terra nua. Claro que tem que "fofar" a terra antes e tem que regar diariamente por pelo menos uns 10 dias (pode ser usando água da lagoa mesmo).
Só sugestão...

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

REMOÇÃO DE PARASITAS É URGENTE

Não bastasse a crise hídrica que estamos enfrentando (é gente, não passou ainda não!) e vemos as árvores sendo literalmente sugadas por um agravo extra. Trata-se das plantas parasitas que insistem em permanecer em nossa cidade. A sua remoção precisa ser feita. No caso do cipó-chumbo, o primeiro passo é acabar com as tais bordaduras de pingo de ouro nas praças. Em algumas delas, a contaminação por cipó-chumbo é enorme e é local de dispersão do parasita para outras plantas. A praça em torno do Museu do Ferroviário é o principal exemplo dessa contaminação. Tudo indica que esses parasitas reinfestaram nossa cidade a partir dali, em mudas contaminadas que foram adquiridas sem critério, anos atrás, quando foi inaugurado o museu.
O outro problema é a erva-de-passarinho, quase uma constante em nossas árvores da arborização pública. Alguns casos são tão grosseiros que fica até difícil descobrir qual a espécie da árvore que foi contaminada.

Erva-de-passarinho em Calistemo na Lagoa do Cercadinho.
Cipó-chumbo em pingo-de-ouro na Praça da Prefeitura (Praça Rio Branco).
Vamos lá, gente! Mãos à obra!

Ramon Lamar de Oliveira Junior

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Matando árvores X Salvando árvores

Infelizmente a coisa está acontecendo em várias cidades Brasil afora. Voluntariamente ou não, árvores estão sendo mortas e substituídas por nada. Supressão sumária é o mais comum. Também há as podas criminosas feitas sem critério algum. Anelamento do caule também é feito. No último fim de semana fotografei este delírio na base de um oiti aqui em Sete Lagoas. Sim, custo a acreditar na imagem e principalmente no ato de se ter coberto a base da planta com cimento, desse jeito.


O trabalho ambiental que uma árvore faz é fenomenal. Às vezes temos até dificuldade de listar todos os benefícios, tantos são. Alguma coisa, de fundamental importância, sempre é esquecida. Enquanto isso, outras pessoas só enxergam problemas nas árvores: queda de folhas e frutos, rachaduras em calçadas, muros e construções, esconderijo de ladrões, conflito com fiação (luz, telefone, cabo...) ou com redes de água, esgoto ou drenagem pluvial e ocultação de placas e fachadas de lojas.

FONTE: https://cidadesquerespiram.files.wordpress.com
A grande maioria dos problemas com árvores pode ser resolvida com um PLANO DIRETOR DE ARBORIZAÇÃO URBANA. Não basta apenas plantar, é preciso ter regras claras sobre o quê plantar, como plantar e onde plantar. Também é preciso ter regras em relação à poda (até quando o cidadão pode ele mesmo fazer a poda e a partir de quando é necessário pedir autorização para a mesma), remoção de parasitas e supressão. Sim, supressão. Chega um momento em que a árvore pode precisar ser suprimida. Afinal de contas ela também nasce, cresce, reproduz (nem sempre ou muito, assim como as pessoas) e morre. Um bom Plano Diretor deve indicar o tempo de vida útil que se espera para cada árvore plantada, prevendo vistorias do estado da planta e prorrogação do "prazo de validade" ou determinação que a mesma precisa ser suprimida, não sem antes se preparar para a reposição de outra árvore no mesmo local, para cumprir o mesmo papel. Deve indicar também as espécies que são mais indicadas para determinadas situações e as que são proibidas (exemplo: plantar um flamboyant numa calçada de um metro e meio de largura). Precisa indicar também a área permeável em torno do caule. E o mais importante do Plano de Manejo ou de qualquer outro plano: DIVULGAÇÃO DAS REGRAS.
Aqui em Sete Lagoas temos muitas pessoas que entendem de arborização. Ao contrário do que pensam alguns, na própria Secretaria de Meio Ambiente existe uma turma que entende demais da coisa, que tem capacidade para criar todas essas regras, adequadas aos tempos atuais e que devam ser realmente cumpridas. Precisamos que esses profissionais se aliem aos que atuam nas universidades para criação desse Plano Diretor, o quanto antes, com debates públicos, estudos qualitativos e quantitativos, dentro das reais necessidades e possibilidades do município e dos cidadãos.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

Empresa que trabalha com fornecimento de gramas

Amigos, 
recebi um comentário muito simpático da empresa GRAMAS PARDIM. Segue um link com informações gerais sobre a empresa, as gramas que oferecem e o contato para vendas em todo o Brasil: www.gramaspardim.com.br/ 
O site contém diversas informações úteis como tipos e características de gramas e dicas de plantio. Vale a pena dar uma conferida.

http://www.gramaspardim.com.br/
Grama Esmeralda
Grama Bermudas
Grama São Carlos
Grama Batatais
Grama Santo Agostinho
Grama Coreana

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Duas pragas instaladas na cidade e que precisam ser controladas

Erva-de-touro
Família: Asteraceae (Compositae)
Espécie: Tridax procumbens
Essa pequena planta, nativa da América Central, é relatada como invasora de pastagens, mas agora está invadindo também os jardins públicos e jardins de residências. A sua propagação é muito fácil e estamos agora em plena época de produção de sementes. No ambiente urbano essa planta precisa ser arrancada com raiz e tudo e isso é difícil. Eu mesmo andei arrancando algumas e a parte subterrânea costuma ser muito grande pois geralmente se faz apenas poda superficial e as raízes brotam e crescem cada vez mais, ficando muito fortes. As margens da Lagoa Paulino, o gramado (?) em torno do Museu Ferroviário e vários outros locais públicos e particulares da nossa cidade estão bastante afetados. Desse jeito não haverá condições de mais nada se desenvolver nesses locais, nem grama! Abaixo, algumas fotos. Tenho certeza que vocês já viram ou não vão ter dificuldade em encontrar.


Clique nas imagens para ampliar.
Leucena
Família: Fabaceae (Leguminosae) - Mimosoideae
Espécie: Leucaena leucocephala
Outra praga nativa da América Central, possui porte de arbusto ou até de árvore. Nas áreas rurais pode até ser interessante como alimento para o gado. Mas para por aí! Se escapar para as áreas de mata e cerrado tem potencial invasor e facilidade para virar praga. O número de sementes produzidas é enorme e germinam com muita facilidade. Aqui em Sete Lagoas, como em diversas outras cidades, ela cresce tanto que chega até a ser utilizada na "arborização urbana" pelos incautos. Péssima ideia. Ela propaga-se pelos jardins das praças e canteiros centrais e, novamente, é difícil de ser arrancada pela raiz, pelo mesmo motivo da erva-de-touro: é podada pelas ceifadeiras quando deveria ser arrancada com raiz e tudo! Você também não terá dificuldade em encontrar uma dessas por aí... A segunda foto abaixo é de  uma que existia na praça Dom Carmelo Mota (praça da feirinha)... uma só não... lá havia várias. Felizmente foi removida, mas espalhou suas sementes por lá e vários filhotes ainda estão crescendo no local.


Clique nas imagens para ampliar.
Leucena crescendo entre os "pingos de ouro" na praça Dom Carmelo Mota. Uma praga ambiental (Leucena) crescendo no meio a uma praga do paisagismo (bordaduras com pingo de ouro).
Texto e fotos: Ramon L. O. Junior

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Por uma política real de arborização urbana!

Com o título de "Rua Mais Bonita do Mundo", a Rua Gonçalo de Carvalho (Porto Alegre, RS) é uma inspiração para todos que defendem a Arborização Urbana. Fotos: Paulo Renato Rodrigues e Henrique Amaral.
Dia 28 de dezembro último, devido a uma chuva torrencial, ocorreu a queda de dezenas de árvores na cidade de São Paulo. Quinhentos mil paulistanos ficaram imediatamente sem energia elétrica. No dia 31 de dezembro - 3 dias depois - duzentos mil paulistanos ainda estavam na mesma situação. Incômodo, desconforto, prejuízos...
Fatos como esses não podem fazer com que se organizem "cruzadas" contra as árvores. A arborização urbana é extremamente importante e necessária. Não só a arborização urbana, mas a recomposição de qualquer área que tenha sofrido desmatamento. 
Mas para que a arborização urbana se estabeleça de forma sólida como uma política a ser defendida por todos, são necessárias algumas diretrizes. Vou elencar algumas, sabendo que não serei capaz de abranger todo o universo da questão, mas me arriscarei a fazer uma lista de ações a serem cumpridas.
1) Árvores devem ser plantadas em todos os espaços que permitam o seu correto desenvolvimento. Calçadas, canteiros centrais, praças e rotatórias podem e devem ser arborizados na medida do possível, de forma estética e ambientalmente correta.
2) Espécies nativas devem ser preferencialmente utilizadas e para tanto, cabe às instituições acadêmicas a pesquisa e o desenvolvimento de técnicas de obtenção de mudas, bem como o estudo do comportamento das espécies na floresta urbana. Junto a isso, é importante fortalecer a estrutura de um Horto Municipal para a produção das mudas necessárias de forma adequada e a um custo menor.
3) Árvores são seres vivos que, como todos os outros, possuem tempo de vida limitado. Todas as árvores têm que ser avaliadas quanto à expectativa de vida, ocorrência de doenças e outras situações que impliquem em sua remoção e substituição.
4) A obtenção de mudas sadias, o plantio correto das mesmas, a manutenção (irrigação, poda...) e a educação da população para respeitar as árvores recém-plantadas é fundamental para o estabelecimento de uma correta arborização.
5) O combate a todos os tipos de pragas (cupins, cochonilhas, pulgões, erva-de-passarinho, cipó-chumbo...) deve ser feito de forma constante, pois só assim esses problemas diminuem a níveis toleráveis e que possam ser facilmente controladas.
6) As podas das árvores devem obedecer a critérios técnicos, mas principalmente a critérios biológicos e estéticos. As podas precisam ser feitas dentro de um calendário pré-definido e não apenas como emergências aqui e acolá. Claro que emergências ocorrem, mas não podem pautar os protocolos de poda. O setor de podas deve possuir os equipamentos adequados para a realização das tarefas, sem improvisos.
7) Árvores precisam de adequada área permeável para infiltração das águas junto a suas raízes. Devem ser estabelecidas normas que garantam áreas livres de pelo menos um metro quadrado junto a cada árvore das calçadas e outros locais de piso impermeabilizado.
8) A varrição das folhas e flores que caem deve ser um compromisso também dentro de um protocolo de cuidados com as árvores. Não podemos deixar que as pessoas odeiem as árvores porque não fomos capazes de recolher as folhas que acumulam no chão.
9) Incentivos reais devem ser dados a todos que mantêm árvores adequadas em suas calçadas e quintais, em bom estado fitossanitário. Critérios precisam ser estabelecidos como altura, DAP ("diâmetro na altura do peito" = 1,30 do solo), condição da copa, permeabilidade, etc.
10) Árvores devem ser protegidas de qualquer tipo de dano como fixação de faixas, cartazes e outras estruturas que provoquem ferimentos em seu caule e que permitam a penetração de doenças nas mesmas.
Espero que essas diretrizes sejam úteis e possam ajudar na criação de um Plano Diretor de Arborização Urbana. Aguardo outras sugestões, dentro da linha de pensamento que envolve a necessidade de SUSTENTABILIDADE e MANUTENÇÃO DAS AÇÕES.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Sobre árvores, Sete Lagoas, Porto Alegre e defesa da arborização, não deixem de ler: http://www.agirazul.com/eds/ed13/dayrell1.htm

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Projeto apresentado no Curso de Arquitetura do Izabela Hendrix

A Ana Flávia Oliveira apresentou o projeto seguinte como monografia do curso de Arquitetura da Faculdade Izabela Hendrix (BH). Trata-se de uma proposta de revitalização do entorno da Lagoa do Cercadinho (Sete Lagoas). Uma das principais características do projeto vem do fato de ser sem exageros e bastante exequível, adequando bom gosto e uma ótima proposta de intervenção com a disponibilidade de recursos, cada vez menor.
Parabéns, Ana Flávia, o blog fica bastante feliz por ter servido de inspiração e referencial para o seu trabalho.







quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Nota zero de paisagismo: enfeitando com cipó-chumbo

Minha aluna Samia registrou e informou que em uma cidade próxima à Sete Lagoas está sendo utilizada a praga conhecida como cipó-chumbo para "embelezar" as praças. Simplesmente lamentável. Seguem-se as fotos para que não restem dúvidas:


Fotos: Samia Marques
Cipó-chumbo é uma praga que pode matar as plantas rapidamente. Aqui em Sete Lagoas, enfrentamos um sério problema para remover essa praga e acabar com ela definitivamente. 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Remoção de pragas das praças

Já comentei AQUI sobre a diferença entre capinar e cortar mato.
Aquela questão antiga (sobre remoção de braquiárias) continua no mesmo pé. Agora temos outra questão para atacar também: a praga das bordaduras (feitas com pingo de ouro, buchinho e outras espécies) e as plantas invasoras de espaços (como a Leucena - Leucaena).
As bordaduras já estão completamente fora-de-moda em paisagismo. Elas são complicadas de se manter (requerem podas periódicas e consequentemente um alto custo), escondem o interior dos jardins, dificilmente formam um cordão homogêneo (geralmente a bordadura fica "banguela") e ainda permite que marginais se escondam (ou escondam coisas em seu interior). Não me sinto muito seguro em assentar num banco de praça com essas verdadeiras moitas escondendo a visão, acho que o mesmo ocorre com outras pessoas.
As leucenas são leguminosas invasoras oriundas da América Central. Espalham milhares de sementes com grande potencial de germinação. Crescem muito rapidamente, podendo ser comparadas nesse aspecto ao eucalipto. Tem uso em agronomia, inclusive como alimento para o gado, mas mantendo-as baixas. Se florescerem e frutificarem, é bem capaz do fazendeiro perder o controle de sua proliferação. Havia leucenas no entorno da Lagoa Paulino e na Praça Dom Carmelo Mota. A Secretaria de Meio Ambiente autorizou a supressão das mesmas, mas tarde demais: as sementes já haviam se espalhado como se vê na foto abaixo das duas pragas juntas.


Precisamos arrancar definitivamente essas pragas e pensar nossas praças sem bordadura (como foi feito em frente à Igreja de Santana) e também com forrações que resistam a sombra das árvores (como foi feito na Praça Alexandre Lanza onde foi usada a grama-amendoim). Bom lembrar que a hera e as calateias são ótimas também para o sub-bosque formado pela sombra das árvores.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A diferença entre capinar e cortar mato

Temos observado, já faz algum tempo, uma técnica muito errada sendo aplicada na capina de praças e canteiros centrais em nossa Sete Lagoas (e em outras cidades). Basicamente, a empresa responsável pela capina traz seus funcionários com diversos equipamentos (roçadeiras, telas, etc) mas os mesmos não são orientados sobre como se faz uma capina. Capinar, como qualquer outra atividade, também exige técnica.
Capinar envolve, primeiramente, ARRANCAR as plantas indesejáveis. Ou seja, com a mão protegida por luvas ou usando enxadas, as plantas daninhas têm que ser removidas para não brotarem novamente. 
Em vez disso, vemos simplesmente a roçadeira cortando tudo a alguns centímetros do solo e as daninhas (algumas são verdadeiros arbustos) brotam de novo, vigorosas.

Abril de 2013: as touceiras são cortadas, não removidas.
Dezembro de 2013: as touceiras estão de volta, "embelezando" o canteiro central.
Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

terça-feira, 12 de novembro de 2013

XVII CONGRESSO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA - PALMAS, TOCANTINS

Algumas fotos do evento aqui em Palmas...
Aprendendo um bocado mais. Bom estar com tanta gente que respira arborização urbana!
























JUNTOS EM 2014, MAIS UMA VEZ!!!