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sexta-feira, 11 de março de 2011

E nossas APAs?

Hoje, passando pela estrada ao lado da Lagoa Grande, veio a dúvida: o nível da Lagoa Grande está abaixando? Teria alguma relação com a explotação do aquífero? 

Parte da Lagoa Grande, vista da MG238, perto do 4o GAAAe, da AMBEV e da IVECO.
Alguém conversou sobre isso comigo tem coisa de uns dois ou três meses. Na época, achei que poderia ser um exagero. Talvez o efeito da estiagem, algo assim. Mas agora, com o estudo do RIMA da Lagoa da Chácara e a suposição dos responsáveis pelo RIMA de que a explotação (exploração excessiva) dos aquíferos na região poderia ter causado a morte das nascentes do Diogo e da Lagoa da Chácara, fiquei pensativo. Suposições, apenas?
Então encontrei essa imagem na internet (clique aqui). [Os direitos da imagem são reservados da Skysete, então clique no link anterior para olhar a bela foto aérea. Lá, você clica na foto para ampliá-la.] A imagem sugere um recuo das águas em relação à margem da Lagoa Grande. Hummm... será? A imagem é impressionante. Mata ciliar praticamente não existe mais.

Margem da Lagoa Grande em maio de 2010.
E por falar em Lagoa Grande, um assunto puxa o outro... Como está a situação da legislação das nossas APAs (Áreas de Proteção Ambiental)? 
Peço socorro aos amigos, em especial aos vereadores Dalton, Claudinei, Renato Gomes e Lico que frequentam o blog com certa frequência, e também ao Flávio de Castro, ao Ênio Eduardo, ao Lairson Couto, a Alessandra Lisboa e tantos outros. Será que vocês poderiam explicar nos comentários em que pé está a situação jurídica das nossas APAs?

Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

13 comentários:

  1. Será que os aquiferos da área estão virando cerveja?

    Frederico Dantas

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  2. Cláudio,
    cacetada!!! Sua proposta é muito, muito interessante. Mas não daria para começarmos com algo mais simples?

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  3. Professor

    Quem comentou isso com você foi eu, aqui no blog, em um post sobre as sete lagoas. Salvo o engano.
    Meu comentário partiu de alguns colegas e alunos, que moram na cidade de Deus e alegam que o espelho d'água da Lagoa Grande está diminuindo. Como o Fred perguntou no comentário acima, é a mesma desconfiaça de todos nós. Eles perceberam isso. Só que não ha nenhum estudo sobre isso e nem mesmo um histórico de medição...Mas fiquei curioso agora que "nosso" blog sala de aula levantou o assunto da lagoa.
    Será possível lermos o RPA da tal fábrica? Quando vieram para Sete Lagoas, muito se falou dos pequis que seriam cortados e da alteração das leis para fazê-lo mas, pouco se falou na explotação dos aquíferos da região.Será que tal explotação consta no RPA?
    Por favor, vamos aprofundar no assunto gente...

    Um abraço
    Paulinho do Boi

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  4. Correto, Paulinho. Você comentou sobre isso no tópico "Esgoto atingindo a Lagoa do Cercadinho". Mas teve outra pessoa que comentou também.
    Eu não tinha, até então, visto a tal foto da Skysete (você abriu o link? terrível, não?). A gente acaba perdendo um pouco de noção sobre a área e aquela foto é impressionante.
    Vamos ver o que a Alessandra Lisboa tem a dizer a respeito, se consegue o RCA/PCA da Ambev e também da IVECO. Não tenho conhecimento pleno do processo de licenciamento de ambas.
    Mais uma vez, abraços!

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  5. Ramon.

    Apenas para ilustrar como exemplo de outro caso de lago secando. Este, um caso bem mais grave e com outras causas. Certamente você conhece o caso do Mar de Aral. Segue o link, aliás, de um blog que tem muitas outras coisas interessantes.

    http://the-rioblog.blogspot.com/2011/03/mar-de-aral-o-primeiro-desastre.html

    Frederico Dantas.

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  6. Frederico,
    muito obrigado pelo link. Eu conhecia o problema, claro, mas o link está muito bom e muito didático. Vou recomendar para meus alunos.
    Vejo na Represa de Assuan, no Egito, problema semelhante: diminuição da vazão do Nilo, diminuição das cheias, aparecimento de condições para proliferação de doenças (malária e xistose), aumento da salinidade na foz (com diminuição da pesca)... e vai por aí afora. O homem, esse sapiens!!!
    Mas, parafraseando o Fernando Pessoa, "o problema do Mar de Aral não é pior do que o problema de nossas lagoas, porque não é com nossas lagoas...". Na luta, enquanto há tempo!
    Abração!!!

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  7. Desculpem-me o erro!
    A sigla correta é RCA. (Relatório de Controle Ambiental).

    Me veio uma situação agora: Nenhum de nós,nem a imprensa local, abordamos este assunto da explotação dos aquíferos antes, quando as fábricas estavam se instalando naquela região. Será que fomos desviados para a questão dos pequis? Meu Deus! Teoria da conspiração...Credo!
    Começo a pensar e me dá até medo.
    O certo é que eu me lembro bem de algumas reuniões da câmara de vereadores abordando somente a questão do corte dos pequizeiros.

    Será quanto que se gasta de água para fabricar uma cerveja?
    Entrei no site da revista exame http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/ambev
    Recortei a seguinte parte do texto: "Em 2003, precisávamos de 4,88 litros de água para produzir um litro de cerveja. "Hoje, gastamos 3,9 litros de água a cada litro de cerveja produzido" (palavras de um dos diretores da fábrica, segundo o site da revista Exame).

    No wwww.setelagoas.com.br descobri o seguinte texto com a manchete:
    "Ambev anuncia a antecipação de investimentos em Minas"
    Publicado em Ter, 17 de Novembro de 2009 07:40.

    Recortei uma parte do texto, segue abaixo.

    "A fábrica da Ambev em Sete Lagoas está produzindo 18 milhões de litros de cerveja por mês, em garrafas de 1 litro. Além da nova linha de cervejas em lata, o grupo também pretende produzir refrigerantes (em latas, PET e vidro), chás e isotônicos. O projeto da Ambev em Sete Lagoas teve início em outubro de 2008 e estará concluído em 2013, quando a fábrica atingirá capacidade instalada anual de produção de 4,7 milhões hectolitros de cerveja em garrafas de vidro retornáveis e/ou latas de alumínio; e 2,4 milhões de hectolitros de refrigerante em latas de alumínio, garrafas de vidro retornáveis e/ou garrafas PET."

    Não consegui fazer as contas do quanto de água se gasta por mês para suportar a produção 18 milhões de litros/mês de cerveja, com base nos dados da reportagem. Alguém pode fazer e enviar no post?

    Quem sabe a pergunta do Fred pode começar a ser respondida aí?

    Sigamos adiante...

    Abraço
    Paulinho do Boi

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  8. Para a atividade máxima, achei 8 milhões de litros por dia. Para a atividade atual, cerca de 2,5 milhões de litros por dia.
    Só para lembrar, o Boulevard precisaria de 5 milhões de litros por dia.
    Plausível o impacto da remoção da água sobre o aquífero, muito plausível.
    Precisamos saber o volume exato de água que está sendo retirado do aquífero.
    Isso é um trabalho para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Conhecem alguém lá?

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  9. Ramon,

    Tenho informação que o Zoneamento Ambiental da APA Santa Helena elaborado pela EMATER a serviço da Prefeitura no ano de 2006/2007, foi encaminhado pelo Executivo para a Câmara no ano de 2008 para analise e votação. Mas, misteriosamente, (misteriosamente mesmo) a SEMMA pediu a devolução do Projeto de Regulamentação.

    Na atual Gestão, o mesmo foi encaminhado pela SEMMA para a Procuradoria para dar continuidade ao processo, só que mais uma vez, (misteriosamente) o mesmo encontra-se parado na douta Procuradoria do Município.

    Para além, fico pensando o quanto de $$$$ que o Município perde com a não regulamentação de suas APAS. Não consigo nem imaginar o quanto de grana das compensações financeiras (0,5%) de empreendimentos como IVECO, Brennand, AMBEV, Siderúrgicas, Forjarias etc, a cidade perde com esta falta responsabilidade.
    Acho que com isso, teríamos não apenas o Parque da Lagoa da Chácara e sim vários outros espalhados pela cidade, além do enquadramento das lagoas para uso humano.

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  10. Rodrigo,
    você poderia escrever um pequeno texto com essa explicação para eu poder publicar no blog? Ou posso publicar o comentário mesmo com status de postagem?
    Desde já, muito obrigado pela informação!
    Abraços!!!

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  11. Ramon,
    não vejo problema que publique com status de postagem. Essas informações são do Lairson, da Alessandra quando era Consultora da Câmara e da própria secretaria da Câmara que me mostrou o ofício de 2008 do Executivo (não lembro a data), solicitando devolução do Projeto de Regulamentação da APA da Serra de Santa Helena ainda no governo passado.
    Acho que podemos partir deste ponto para debatermos a situação das APAS do município.
    Sobre a questão das 'compensação ambiental' mesmo não sendo especialista no assunto, posso tentar escrever de como funciona.

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  12. Rodrigo,
    se não for incomodar, escreva um pouco. Amanhã eu publico, sem muita pressa, ok? O seu comentário já está batuta de bom! Vai aquecer essa conversa que está precisando de ampliar-se.
    Abração.

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  13. Ramon,
    a situação da Lagoa Grande não esta muito boa,na época em que a Ambev veio para nossa Cidade o então Prefeito além de vários incentivos fiscais,concedeu a exploração de 20 anos de água,não opinião um absurdo já que em vários bairros sofrem com a falta de água em casa e paga a conta.
    Agora sobre as APAs vou me informa melhor do assunto.

    abraço.

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