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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Futebol, racismo e jogos de torcida única.

O último Cruzeiro x Atlético (um insosso 0x0) foi um jogo onde 10% dos ingressos foram destinados aos torcedores do Atlético e 90% aos torcedores do Cruzeiro, mandante do jogo.
Brigas aconteceram entre os torcedores e a cena que ficou mais marcante foi de uma "injúria racial" cometida por "torcedores" do Atlético contra um segurança. Essa cena triste jogou muitos holofotes a discussão da violência no futebol.
Advogados me ensinaram (nas notícias pós-jogo) que não foi um ato de racismo. Que ato de racismo é contra toda uma população. O que aconteceu, por ter sido contra uma única pessoa foi "apenas" "injúria racial". Ah, para!!! Racismo agora tem níveis e categorias? Para o bonde que eu quero descer!
A partir das violências acontecidas com quebra de cadeiras e tal vem a proposta fenomenal de resolver o problema da selvageria nos estádios: "jogos de torcida única". Essa velha fórmula já mostrou várias vezes que não funciona. "Torcedores" brigam com torcedores do mesmo time em jogos de torcida única... ou não. A maior agressão no caso em pauta nem foi contra torcedor rival, foi contra um segurança ("olha a cor da sua pele", disse o agressor furioso). Já vi brigas mais de uma vez em estádios (com torcida única ou não) e olha que eu frequento estádios muito pouco. "Torcidas" rivais marcam encontros fora dos estádios onde ali sim o pau come de verdade. São barras de aço, rojões e até tiros. Esses elementos precisam ser identificados, fichados e punidos no rigor máximo da lei. 
O verdadeiro torcedor tem que ser preservado. Pessoas civilizadas têm que ter o direito de assistir ao jogo que quiserem. E de preferência lado a lado com o torcedor adversário em clima de camaradagem, brincadeiras e zoações. Mas em paz! Um dia se ganha, outro se perde. A solução "torcida única" faz a sociedade perder. É a vitória da selvageria sobre o bom senso, sobre a civilidade.
Sim, torcedores morrem. E sim, existe lei para punir. E a aplicação extrema da lei é que pode manter esses criminosos sob controle, dentro de uma celazinha 2m x 2m e, de preferência, com um bom serviço de quebrar pedras com marreta durante um bom tempo... uns 30 anos, por exemplo. Mas no lugar disso, o que vemos: atenuantes, acusações confusas, defesas esmeradas e, se for condenado, uma pena leve de um ano com progressão, ou a substituição da pena de prisão por "medidas sócio-educativas". Por que isso?
"A polícia prende e o juiz solta." Esse chavão tem que ter seu fim, ser extinto. Futebol tem que ser lugar de festa, mas também de respeito. Que sinalização estamos dando com "jogos de torcida única"? Estamos aceitando que os selvagens não podem se encontrar dentro do estádio? Só isso? Nas ruas, no entorno do estádio, nos postos de gasolina o pau pode quebrar pois o "templo sagrado do esporte bretão" está livre e sereno. Será mesmo?
Provoquei no Facebook porque penso que o que deflagrou essa decisão não foi o confronto de torcidas, mas sim a tal "injúria racial" que teve infinita maior repercussão. Ninguém matou ou morreu dentro do Mineirão. Mas uma pessoa foi humilhada, cuspida na cara em vários sentidos além do literal. Uma sociedade está recebendo mais cuspe na cara e parece não enxergar. Tem gente "graúda" envolvida na tal "injúria racial"? Ah... tá... explicado.
Agora há pouco vi um dos "torcedores" envolvidos dizendo que não é racista porque há negros na família dele e até, pasmem, o cabeleireiro "dele" é negro. Puxa vida, que palhaçada é essa!!!
Diante de tamanha repercussão da "injúria racial" e a decisão de "torcida única" eu só posso com tristeza pensar uma coisa: será torcida só de brancos ou torcida só de negros?
Lamentável.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Engarrafamento e "bons motoristas"

Engarrafamento monstro ontem entre Paraopeba e Sete Lagoas. Dizem que foi por causa de uma carreta que quebrou e demorou para ser removida. Enquanto os motoristas que respeitam as leis passavam raiva, os "bons motoristas", os "espertos", os que "gostam de levar vantagem em tudo" aproveitavam para dirigir quilômetros pelo acostamento. Nada de PRF ou Via040 para olhar pelo que estava acontecendo. Retrato do Brasil!



O veículo flagrado trafegando pelo acostamento é autuado por infração gravíssima, que corresponde à multa de R$ 2.640,00 e em caso de ultrapassagem pelo acostamento, o valor da multa é de R$ 4.400,00. Isso sem contar os 7 pontinhos retirados da carteira!!!

terça-feira, 6 de março de 2018

FRAUDE NO 1o VESTIBULAR DE MEDICINA EM SETE LAGOAS MOSTRA FRAGILIDADE DO SISTEMA DE PROVAS

Link para matéria: http://portalsete.com.br/?p=24304

Filho de vereador de outra cidade (Nazareno-MG) foi beneficiado com fraude no vestibular de Medicina em Sete Lagoas. Felizmente a fraude foi descoberta a tempo. Uma quadrilha já bastante conhecida (mas que continua atuando...) infiltrou um "candidato" com documentação falsa que fez as provas no lugar do real candidato.  Candidato e um dos membros da quadrilha estão presos (resta saber se permanecerão presos!).
É por isso que um vestibular tão sério, tão visado e tão concorrido como o de Medicina não pode se restringir a uma pequena prova de 32 questões e uma redação. É necessário que ocorra uma avaliação mais robusta (até para dificultar a logística dessas quadrilhas), uma primeira etapa com um maior número de questões e uma segunda etapa com questões discursivas que praticamente eliminam essa possibilidade de alguém fazer prova por outra pessoa (ou de passar respostas por ponto eletrônico), pois a comparação da grafia é suficiente para saber que houve uma fraude. 
Essa comparação pode ser facilmente feita exigindo-se no ato da matrícula ou das primeiras aulas que os aprovados redijam um texto que será comparado com a grafia durante as provas. O registro das impressões digitais e análise por pessoa capacitada, permite também a identificação desse tipo de fraude.
A parte discursiva, aliada a uma equipe de aplicação atenta (não só de aplicação, mas também toda a equipe que atua nas inscrições, segurança e matrícula), com gente que entende do assunto para gerenciar o sistema é que garante a lisura do processo. Também a correção rápida das questões de múltipla escolha da primeira etapa permite levantar situações discrepantes e jogar luz sobre "candidatos" suspeitos e que possam ser observados mais de perto durante a segunda etapa.
Ah, o precinho? R$ 60.000,00!!!
Lamentável o acontecido!
No mais, registre-se nossos parabéns à Delegacia de Falsificação e Defraudações de Sete Lagoas, com o apoio da Delegacia de Homicídios, sob o comando da delegada Fernanda Mara de Assis Costa e contando com os investigadores Junio Maurício, Leonardo Tinoco, Pedro, Magno, Janaína Jardim, Wendel Felipe e o perito Loredo, fizeram levantamentos sobre o vestibular, que apontaram a fraude na realização do mesmo.