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sábado, 12 de janeiro de 2013

Leishmaniose Visceral: Sobre a doença e dados solicitados à Superintendência de Vigilância em Saúde (Sete Lagoas - MG)

A Leishmaniose Visceral é uma doença causada por um protozoário (Leishmania) e transmitida ao homem pela picada de mosquitos chamados flebótomos (Lutzomyia). Tais mosquitos reproduzem-se especialmente em matéria orgânica úmida do chão das matas (serrapilheira ou folhiço). Importante lembrar que o folhiço é fundamental para a decomposição das folhas e manutenção do ciclo de nutrientes minerais que é responsável pela estabilidade da vegetação.
O mosquito flebótomo (mosquito palha, cangalhinha ou birigui) é tradicionalmente reconhecido pela sua pouca capacidade de voo. Sendo assim, uma das maiores formas de prevenção da doença é evitar a construção de casas muito próximas das matas. Cães nas proximidades das matas podem ser facilmente contaminados pela picadas das fêmeas que estão em época de reprodução (onde precisam de mais sangue para a produção de ovos). O cuidado com os grandes lotes vagos também é fundamental.
A Leishmaniose Visceral pode matar. Afetando os órgãos internos (vísceras), o protozoário pode provocar lesões que levam a graves hemorragias e falência de órgãos. O diagnóstico nem sempre é fácil uma vez que a doença pode ser confundida com outras enfermidades que afetam os órgãos internos (como a hepatite, por exemplo).
Infelizmente, a Leishmaniose Visceral tem feito vítimas na Região Metropolitana de Belo Horizonte e também aqui em Sete Lagoas.

Imagem do flebótomo: http://leishmanioses.blogspot.com.br/2009/03/agente-transmissor-flebotomineo.html (com mais informações sobre a leishmaniose).
Já tem um bom tempo que solicitei os dados abaixo à Superintendência de Vigilância em Saúde. Prontamente fui respondido pela Márcia Costa (Médica Veterinária), mas o tempo estava escasso para analisar os dados com mais atenção. O tempo continua apertado, mas é importante falar sobre esse assunto.
Foram enviados os dados humanos desde 1999 e os dados de cães positivos deste 2007. Também foi enviado o trabalho científico feito por Márcia C. V. B. Costa, Vanessa V. Bahia e José E. M. Pessanha.

TABELA 1: Número de casos de cães positivos para leishmaniose visceral
em Sete Lagoas, MG, de 2007 a 2011.

Os bairros que têm apresentado mais casos de cães contaminados são: JK, Planalto, Alvorada, Montreal e Itapoã.

Em seguida, o número de casos de leishmaniose visceral em humanos em nossa cidade no período de 1999 a 2011.

TABELA 2: Número de casos de leishmaniose visceral em humanos
por bairro de infecção, em Sete Lagoas, MG, de 1999 a 2011.


Ramon Lamar de Oliveira Junior com a 
colaboração da Superintendência de Vigilância em Saúde

PS.: Falta colocar um mapa com a localização dos casos por bairro.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Coruscant: nosso futuro?

CORUSCANT
por Aline Brandão

Desde os tempos mais remotos, Coruscant foi considerado o centro da Galáxia de Star Wars. É tão importante que continuou sendo a capital interplanetária ao longo de inúmeros períodos políticos: Velha República, Império, Nova República e mesmo durante a invasão de espécies extragaláticas. Só pra se ter uma idéia, as coordenadas hiperespaciais desse planeta são (0,0,0); a medida de Tempo Padrão Galático se baseia em seus movimentos de rotação e translação (um dia de Coruscant tem 24h e um ano 368 dias, semelhante à Terra). É possível que este também seja o planeta de origem do Basic, linguagem padrão convenientemente parecida com o Inglês terrestre. Além disso, as principais rotas de comércio passam por Coruscant, fazendo desse planeta um dos mais ricos de toda a Galáxia e essencial para a economia interplanetária.
 O planeta inteiro é uma cidade! Sonho ou pesadelo? Como fazer para continuar crescendo? Invadir outros planetas? [Imagens de constellationwars.blogspot.com e inciclopedia/images/f/fc/Coruscant_senate.jpg]
Coruscant é uma ecumenópole, ou seja, uma cidade que cobre toda a superfície de um planeta. Seu solo é visível apenas nos Montes Maranai, duas montanhas próximas ao Palácio Imperial. A população de cerca de um trilhão de humanos e aliens (segundo a literatura; de acordo com os cálculos dos fãs e as evidências filmográficas, esse total pode chegar a alguns quatrilhões) se espalha pelos gigantescos e altíssimos arranha-céus. Problemas como falta de água e matérias-primas são resolvidos através da engenharia: no interior dos prédios foram criados verdadeiros ecossistemas, enquanto pelos canos corre água derretida de geleiras ou armazenada no subsolo. Amortecedores atmosféricos removem do ar o excesso de dióxido de carbono, e quase tudo no planeta é reciclável.
A cidade-planeta é informalmente dividida em níveis. No topo dos prédios vive a elite; à medida que nos aproximamos da superfície do planeta, o requinte e a opulência vão ficando para trás, dando lugar a escuridão e miséria. A violência abunda nos níveis mais baixos, onde vão parar os segregados pela sociedade.
A palavra "coruscant" é de origem francesa, mas também é utilizada no Inglês: significa "brilhante", "cintilante". O nome estaria associado ao brilho das muitas luzes artificiais quando o lado noturno do planeta é visto do espaço; ou, talvez, às variações de ângulo do reflexo dos raios solares sobre a superfície urbana.
É em Coruscant que se localizam, entre outros prédios e associações importantes, o Senado Galático e o Templo Jedi.
Fontes: Star Wars: Databank | Coruscant
Coruscant - Wikipedia, the free encyclopedia
The Complete Wermo's Guide to Basic

Comentário: Vocês perceberam para onde foi a natureza e a biodiversidade, né? Claro que Coruscant é ficção, mas é um bom exercício para pensar nos "limites do crescimento", no "progresso", e nessas coisinhas desprezíveis que habitam os ecossistemas...

domingo, 10 de junho de 2012

Verticalização das Cidades: um texto da Revista Ciência Hoje (SBPC)

Tem muita gente "aprendendo" sobre urbanismo recentemente. Mas para aprender, é necessário escutar ou ler quem entende do assunto. Conversar com o travesseiro, ou com amigos que têm a mesma opinião que você mas nunca leram uma linha sobre o assunto, não adianta. 
O arquiteto e urbanista Flávio de Castro, falou na Audiência Pública de 06 de junho de 2012 sobre a tendência e necessidade de verticalização dos espaços urbanos. Obviamente atendendo a uma série de condições. Exemplificando, aqui em Sete Lagoas é importante um bom e completo estudo do subsolo. 
Para não deixar o Flávio de Castro falando sozinho (e em certo momento alguns não entenderam nada da fala dele), sugiro que cliquem AQUI e acessem o texto da jornalista Isabela Fraga publicado na Revista Ciência Hoje (da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SPBC), baseado em textos de urbanistas consagrados. As partes marcadas em amarelo são de minha responsabilidade.
Sobre os dados levantados no Censo 2010 sobre domicílios desocupados em Sete Lagoas (o texto cita dados do Rio de Janeiro), tomei cuidado de procurá-los e são:

************* Total de domicílios particulares não-ocupados fechados: 430
************* Total de domicílios particulares não-ocupados vagos: 5.425
************* Total de domicílios coletivos sem morador: 85 (Fonte: clique AQUI)

Aliás, o texto já foi publicado aqui no blog em 5 de agosto de 2011 (clique AQUI para ver).

Arte: Mateu Velasco
Para aprender tem que ler, estudar, escutar e pensar, ok? E depois leia, estude, escute e pense mais um pouco...
Ah, e tem gente que precisa desencucar e achar que tudo que falamos ou escrevemos é por causa do Boulevard Santa Helena. Ninguém está elaborando teorias para justificar tudo (ou seria justificar nada?)... bom, pelo menos eu não estou.

Ramon Lamar de Oliveira Junior