- alimentos (milho, feijão, mandioca, rapadura);
- gado em pé e carne fresca para abastecer os arraiais;
- produtos derivados da pecuária, como couro e sebo;
- além de mercadorias vindas de fora, como tecidos, ferramentas, sal e aguardente.
terça-feira, 23 de setembro de 2025
Sete Lagoas, a Estrada dos Tropeiros e as Gameleiras da Memória
domingo, 13 de julho de 2025
Uma árvore bacana para as calçadas e as podas mal feitas da CEMIG
Olá, pessoal!
Ontem, caminhando pela Rua Goiás, passei em frente à casa que morei quando criança. Essa casa foi vendida por meu pai para nosso amigo Prezado (Prezado Frangos) e até hoje a família dele comercializa lá um delicioso frango assado. Fica em frente ao CEME (Centro Educacional Mundo Encantado), uma referência no ensino em Sete Lagoas, com suas turmas do Fundamental I, capitaneado pela minha cunhada Teca e minhas sobrinhas Priscila e Carolina.
Aproveitei para fotografar a árvore que foi plantada em frente ao "Prezado", uma árvore-samambaia. Conheci-a quando fiz um dos meus cursos de Paisagismo Urbano em Holambra, juntamente com minhas colegas Adriana Drumond (artista plástica) e Regina Márcia (arquiteta). Gostamos muito dessa árvore e também da grama-amendoim. Com muito custo e insistência conseguimos trazer a grama-amendoim para que se tornasse conhecida em Sete Lagoas a partir de um projeto que fizemos para a praça Alexandre Lanza, em que fizemos a proposta que a mesma fosse utilizada. Daí ela, por sugestão minha, foi plantada em algumas das bases das palmeiras da Lagoa Paulino (era para plantar em todas, mas resolveram plantar clorofito e algumas e, como eu previa, não foi pra frente).
Bom, voltando à árvore-samambaia, está aí uma árvore que não é agressiva com calçadas (desde que plantada com espaçamento adequado), e tem uma série de características interessantes (apesar de ser uma espécie exótica, mas sem potencial para tornar-se invasora):
- Raízes pouco agressivas – geralmente não causam elevação ou rachaduras em calçadas.
- Tamanho controlado – pode chegar a cerca de 8, mas costuma ser mantida menor com poda.
- Copa densa e ornamental, com aparência exótica e folhas que lembram samambaias.
- Pouca sujeira – ao contrário de muitas árvores tropicais, não solta flores ou frutos em excesso.
- Boa sombra, mas não excessiva ao ponto de escurecer demais calçadas ou jardins.
- Raramente apresenta pragas ou doenças.
Acho que vale a pena conhecerem. Encontrei outras plantadas aqui em Sete Lagoas: ao lado do Colégio Caetano e em frente ao restaurante Mamute. Essa da rua Goiás precisará, em breve, de receber uma poda de elevação, para permitir melhor passagem de pedestres pela calçada. Vejam a foto:
Vejam só essas "podas técnicas" da CEMIG, na rua Goiás:
PS.: Agora, se você acha que tá tudo bacana... fica difícil!
sábado, 12 de julho de 2025
Alerta para a Prefeitura e Gestores Locais: A Importância da Vigilância e Conservação dos Espaços Públicos
Hoje à tardinha, fotografei uma mesa de cimento e um banco quebrados em uma área pública da nossa cidade, junto àquela grande gameleira perto da Estação de Transbordo. Esses sinais de depredação são mais do que apenas danos materiais — eles refletem um problema que pode se agravar rapidamente se não forem tomadas medidas imediatas.
Como já discutimos em nosso blog, a Teoria das Janelas Quebradas mostra que, quando pequenas quebras ou sinais de abandono não são reparados, isso incentiva atos maiores de vandalismo e degradação, gerando um ciclo negativo que afeta toda a comunidade.
Criar espaços públicos de lazer é fundamental para o bem-estar da população, promovendo convivência, saúde e qualidade de vida. Porém, a manutenção constante desses espaços é tão importante quanto sua construção. Mesmo que essas áreas tenham sido implantadas em administrações anteriores, é compromisso das gestões atuais garantir que o investimento feito no passado não se perca por falta de cuidado e vigilância.
Zelar pelos patrimônios públicos é investir no presente e no futuro da cidade, evitando o desperdício de recursos e promovendo um ambiente mais seguro e agradável para todos. Por isso, reforçamos a necessidade urgente de atenção e ação para conservar nossos espaços públicos, garantindo que eles continuem cumprindo seu papel social.
Vamos juntos cuidar do que é nosso!
sábado, 28 de junho de 2025
Sete Lagoas: desafios e problemas urbanos. (OPINIÃO DO CHATGPT... Reclamem com ele!)
Pedi ao ChatGPT para criar um texto elencando os problemas de nossa cidade. Segue abaixo:
Sete Lagoas, localizada no estado de Minas Gerais, é uma cidade conhecida por suas belezas naturais, especialmente suas lagoas que dão nome ao município, e por sua importância econômica regional. No entanto, apesar das qualidades, a cidade enfrenta diversos desafios e problemas que afetam a qualidade de vida de seus habitantes.
Um dos principais problemas de Sete Lagoas está relacionado ao saneamento básico. Embora a cidade tenha avançado em infraestrutura, muitas lagoas e cursos d’água localizados em áreas mais periféricas ainda são atingidos por despejos irregulares de esgoto. Embora lagoas centrais como a Paulino e a Boa Vista apresentem melhores condições, não sendo afetadas pelo lançamento direto de esgoto, também há preocupação com sua preservação a longo prazo.Essa contaminação compromete a qualidade da água e causa impactos ambientais e sanitários significativos para as comunidades próximas.
Outro aspecto crítico é a qualidade da pavimentação das ruas e das calçadas. No centro da cidade, as vias e calçadas apresentam condições razoáveis, mas ao se afastar apenas alguns quarteirões da região central, a situação piora consideravelmente. Em bairros periféricos, a pavimentação é frequentemente precária, com muitas ondulações, buracos, falta de manutenção e calçadas danificadas e mal construídas (quando sequer existem), dificultando a mobilidade, especialmente para idosos, pessoas com deficiência e pedestres em geral.
No que se refere à mobilidade urbana e transporte público, o crescimento populacional e a expansão da frota de veículos geram congestionamentos nos horários de pico. Soluções mais modernas como viadutos e semáforos inteligentes, com contagem de tempo ou sincronização adequada são raríssimas. O transporte coletivo, em especial para os bairros mais afastados, tem poucas opções e pouca concorrência, é insuficiente e ineficiente, o que limita o acesso dessas populações aos serviços básicos e ao centro da cidade, agravando as desigualdades sociais.
A segurança pública permanece um desafio crescente em Sete Lagoas. A atuação da Guarda Municipal, embora importante, tem se mostrado insuficiente para conter problemas como a depredação de patrimônio público e particular. Além disso, o aumento da criminalidade, incluindo furtos e violência urbana, preocupa os moradores e exige ações mais efetivas e integradas com as forças policiais estaduais. A própria ação policial preventiva de problemas no trânsito é precária. A população constantemente reclama da falta de blitzes educativas ou de ações mais coordenadas para coibir avanços de sinal principalmente por bicicletas e motos, ou do som automotivo em altas horas da noite e nas madrugadas ou nas proximidades de escolas e hospitais.
Os problemas ambientais vão além do saneamento. A cidade enfrenta questões relativas à poluição do ar, com a emissão de particulados finos oriundos de atividades industriais e do tráfego intenso, afetando a qualidade do ar, especialmente em regiões próximas às indústrias. O mau cheiro proveniente de algumas fábricas é frequentemente relatado pela população, o que impacta a qualidade de vida local. Ademais, a existência de loteamentos irregulares em áreas de proteção ambiental e a realização de eventos sem o devido controle ambiental nessas regiões agravam a degradação ambiental, ameaçando a biodiversidade e os recursos naturais.
No âmbito social, Sete Lagoas enfrenta desafios relacionados à desigualdade social. Há um número significativo de moradores em situação de rua, refletindo a insuficiência de políticas públicas de acolhimento e assistência social. Além disso, os bairros mais afastados carecem de infraestrutura adequada, como saneamento, iluminação, áreas de lazer e saúde, o que limita a qualidade de vida desses moradores. O transporte público precário para essas áreas também dificulta o acesso a oportunidades e serviços essenciais, reforçando ciclos de exclusão social.
A percepção da população sobre a representação política legislativa e executiva em Sete Lagoas costuma ser bastante variável e depende muito do contexto político, dos mandatos em exercício, e dos resultados percebidos pelas pessoas em relação à gestão municipal.
De modo geral, algumas reclamações comuns da população incluem:
Falta de transparência e comunicação clara sobre decisões e investimentos públicos, o que gera desconfiança.
Demora ou insuficiência nas soluções para problemas crônicos da cidade, como saneamento, segurança e infraestrutura urbana.
A sensação de que a atuação política, tanto da Câmara Municipal quanto da Prefeitura, não acompanha a urgência dos problemas enfrentados, causando frustração.
Em alguns momentos, protestos e manifestações apontam para uma insatisfação com decisões polêmicas ou com a percepção de prioridades equivocadas na gestão.
Por outro lado, há também setores da população que reconhecem avanços em determinadas áreas e valorizam projetos sociais, culturais ou investimentos em infraestrutura que foram implementados.
Em suma, embora Sete Lagoas possua potencial para se desenvolver de forma sustentável, é fundamental que as autoridades e a sociedade civil trabalhem juntas para superar essas questões críticas. Investimentos em infraestrutura, saneamento, mobilidade, segurança, meio ambiente e inclusão social são essenciais para garantir uma melhor qualidade de vida para todos os seus habitantes e a preservação dos recursos naturais que fazem parte da identidade da cidade.
ChatGPT (na dúvida, submeta esse texto a ele e peça confirmação dos dados apresentados).
sábado, 25 de janeiro de 2025
PERMEABILIDADE DO SOLO URBANO E ARBORIZAÇÃO URBANA NA PROVA DO ENEM 2024
segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
LEIS INÓCUAS SOBRE A ARBORIZAÇÃO DE SETE LAGOAS - UM VEXAME
Meus amigos,
como é possível que duas leis publicadas no intervalo de quatro meses ao longo de 2024 sejam solenemente esquecidas? Uma publicada em Julho e a outra publicada em Novembro, emanadas das propostas de dois vereadores, tratando do mesmo tema da Conscientização sobre Arborização Urbana.
Uma prevendo o primeiro domingo de dezembro para ações de plantio e outra prevendo a semana subsequente como semana de conscientização sobre a importância da arborização.
Pois é... o domingo passou, a semana passou e NADA FOI FEITO! VEXAME!!!
Com a palavra a prefeitura de Sete Lagoas, a Secretaria de Meio Ambiente (que assina em conjunto as duas leis), a Câmara Municipal e os dois vereadores autores dos projetos (Caio Valace e João Evangelista) que seguem abaixo (imagino que os vereadores devam estar bem desapontados):
quarta-feira, 10 de janeiro de 2024
Parque dos Ferroviários...
Como a Prefeitura Municipal anunciou que irá fazer o “Parque dos Ferroviários” no terreno das antigas oficinas da RFFSA, eu que sou neto e sobrinho de ferroviários, solicitei uma audiência com o prefeito para DOAR um PROJETO de PARQUE BOTÂNICO para o local, sem interferir no desenho do “arruamento” já feito.
Estou aguardando a realização desse encontro para obter mais informações e desenvolver o projeto.
Ramon L. O. Junior
quinta-feira, 27 de julho de 2023
Construção de mega-estruturas na Serra de Santa Helena
Prezados(as) e queridos(as) leitores(as) do blog.
Lá vou eu me enveredar por um novo caminho complexo. Espero ter a devida compreensão de vocês sobre a minha fala e meu ponto de vista.
A Serra de Santa Helena é um dos nossos patrimônios ambientais mais importantes. Acho que isso é consenso.
Ter um patrimônio ambiental significa que temos que cuidar dele. Isso envolve vários tópicos: número de visitantes, estruturas para os visitantes, impactos sobre o ambiente (pisoteio da vegetação, erosão de encostas, perturbação das espécies nativas, introdução de espécies exóticas, destinação de resíduos sólidos e líquidos, risco de incêndios florestais...) e manutenção dos espaços. Gerenciar tudo isso é função do Conselho Gestor da APA da Serra de Santa Helena, do Codema e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, conjuntamente e solidariamente.
Ouvi nas últimas semanas algumas histórias de que a Diocese estaria interessada em fazer um Complexo na Serra de Santa Helena. Estou chamando de "complexo" porque certamente seria algo bastante complexo. Não tenho muitos detalhes, mas me preocupo por qualquer iniciativa que seja "mega-qualquer-coisa" no local. Imaginem algo como uma mini-Aparecida, com uma visitação diária de 1000 pessoas nos finais de semana, todo o impacto gerado por trânsito, estacionamentos, destinação de resíduos, ruídos e outras formas de prejuízo ambiental.
Sei muito bem que Sete Lagoas é uma cidade com toda característica que irá abraçar a causa da Diocese. Eu mesmo sou um defensor do Turismo Religioso, como várias vezes me manifestei aqui no blog (e que só agora vi ao menos as fitinhas de Santa Helena anexadas próximas à igrejinha). Parabéns para quem teve a ideia das fitinhas, ou a ouviu de tanto que falei dela, e colocou em prática. Contudo, sendo biólogo, não posso simplesmente deixar estar, passar pano como dizem hoje.
Se algo vai ser feito, que seja feito estritamente dentro das regras de Zoneamento Ambiental da APA.
Religiosidade para mim é coisa muito séria, respeito muito e falo bastante em sala de aula (quem é ou já foi meu aluno(a), sabe). Liberdade de Culto, cada um com sua religião, é coisa seríssima e que prezo muito, muito, muito. Mas Meio Ambiente também é coisa muito séria. Ciência é coisa muito séria. A preservação do Meio Ambiente para as futuras gerações é coisa tão séria que está ali, conclamada em nossa Constituição Federal.
Vamos abrir o diálogo.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
PS.: Agora, imaginem o que eu penso de bondinhos, trenzinhos no meio da mata, hotéis de seis estrelas e restaurantes gourmet na Serra de Santa Helena! Até cabe um restaurante bacana e uma pousada chique, mas nada megalomaníaco!!! Por que não pensamos, em termos de políticas públicas, nas atividades sustentáveis e culturais como o arborismo em área delimitada, rapel, trilhas ecológicas com informações para o caminhante, mirantes de contemplação da natureza e dos pássaros, área de exposições permanentes no "restaurante do Parque da Cascata", mini-biblioteca com acervos sobre a Serra de Santa Helena, área para recepcionar grupos de estudantes para trabalhos de engajamento ambiental...?
domingo, 27 de novembro de 2022
Queda de Árvores: Sete Lagoas segue aguardando uma tragédia
(REPOSTANDO FRENTE A ACONTECIMENTOS ATUAIS) (ORIGINALMENTE POSTADO EM 02/12/2020)
Sem um programa efetivo de controle e monitoramento das árvores usadas em nossa arborização pública, Sete Lagoas insiste em cometer os mesmos erros de sempre. Aliás, Sete Lagoas nem enxerga que está no caminho errado.
Enquanto tratamos, no plano teórico e acadêmico, a arborização urbana como "floresta urbana" cheia de benefícios para a comunidade e para o ecossistema urbano, seguimos na prática com um grande percentual das cidades brasileiras simplesmente nem tomando conhecimento desses estudos e avanços.
Gestão da floresta urbana é possível. Nem precisa de coisa muito avançada, mas a Arborização 4.0 (para apropriar de um termo usado na agricultura, prima rica muito mais respeitada) também existe e pode ser feita com softwares específicos, georreferenciamento, drones, câmeras térmicas, equipamentos de ultrassom para diagnóstico e tudo o mais. Tudo para permitir o manejo adequado. Mas...
Mas enquanto isso existe e se desenvolve cada vez mais, afastamo-nos no sentido oposto em velocidade vertiginosa. O negacionismo existe nessa área também.
Ressalvadas as poucas e, às vezes inglórias, lutas para o plantio e cuidado com as árvores, vemos na maioria das vezes o descaso e o abandono. Podas só existem para liberar fiação elétrica ou outro cabeamento, na balbúrdia de cabos aéreos que proliferam.
A escolha de plantas, na maioria das vezes regida pelo "custo", é para "embelezar"... esquecendo-se de todos demais os atributos. Copiando modelos de cidades que têm clima completamente diferente. Paisagismo sem pensar em irrigação e cuidados. E assim vão diminuindo as árvores nas calçadas. E assim algumas praças seguem cada vez mais feias. Algumas foram abençoadas por adoção. Mas muitas vezes padecem com propostas paisagísticas desgastadas, quase primitivas.
Mas essa postagem é para falar de uma tragédia que é anunciada ano após ano. Faz pouco mais de um ano que várias árvores da espécie Pau-Ferro caíram aqui na Avenida Vila Lobos (Sete Lagoas, MG). Estive lá com uma turma de alunos e mostrei in loco os problemas. Caíram porque estavam podres. Estavam podres por causa de podas mau executadas. Cansei de documentar e mostrar isso. E mostro para quem quiser ver. Podas mau feitas, parasitas, podridão, formigas, cupins e fungos caule adentro. Resultado: queda! Especialmente em tempos de chuvas e ventos fortes.
E é isso que se avizinha. Deus queira que não ocorra. Mas Deus queira também que tenhamos juízo para evitar tragédias. A substituição dessas árvores no canteiro central da referida avenida já foi pedida por vários abaixo-assinados, alguns até coordenados por órgãos públicos. Ou trocam por magnólias-amarelas ou trocam por quaresmeiras. Isso já foi pedido. Algumas quaresmeiras foram plantadas, mas não como substituição. Precisamos dessa ação, urgente!
Só rezar para não acontecer o pior não adianta. Façamos a nossa parte!
Ramon L. O. Junior
PS.: Não nos esqueçamos que um dos Buritis na margem da Lagoa Paulino está com tremenda podridão em seu caule. Com um buraco que o atravessa de um lado a outro. Já foi falado e refalado aqui no blog. Até agora, nada! E é uma árvore protegida por lei municipal. E se não fosse, hein? (Veja a matéria de 2013, clicando AQUI.) E sabe-se lá quantas árvores estão aqui com problemas similares... só esperando... só espreitando!
sábado, 23 de abril de 2022
Se dizem que nossas ruas são ruins...
O que dizer das nossas calçadas.
Recolhi algumas imagens do Google Earth, e nem escolhi as piores, e nem escolhi as mais distantes do centro da cidade. É simplesmente um assombro. A cidade está feia, mal cuidada, com aspecto de abandonada. E dizem ser um belíssimo polo turístico com projetos baseados em Florianópolis, Gramado, Pomerode.... kkkkkkkkkkkk.
É para matar. Seria cômico se não fosse trágico. E a responsabilidade dessa feiúra toda é de quem? Porque como sabemos, "filho feio não tem pai".
Precisamos de uma agenda pública para resgatar a auto-estima do setelagoano também neste aspecto. Não nos dá orgulho algum ver a cidade assim...
quinta-feira, 14 de outubro de 2021
SETE LAGOAS PRECISA DE ÁRVORES... E LEIS QUE AS GARANTAM!
A situação da arborização urbana de Sete Lagoas é lamentável. São diversos quarteirões da cidade em que não encontramos no máximo uma árvore nas calçadas, experimente observar. Muitas vezes, nem arbustos. A cidade, hoje, respira principalmente às custas das árvores que alguns mantêm nos quintais e jardins. E os quintais e jardins estão acabando.
Pululam aqui e ali argumentos para um verdadeiro combate às árvores: (1) está atrapalhando a fachada da minha loja, (2) cai muita folha, flor e fruto no chão, (3) passarinho fica na árvore e faz cocô no meu carro, (4) essa árvore é feia, (5) a árvore tá na minha calçada, é minha, e faço com ela o que eu quiser, (6) fulano de tal pediu para cortar e fulano de tal é poderoso, não podemos decepcioná-lo, (7) precisamos criar mais um loteamento (em vez de regularizar as dezenas de loteamentos irregulares), (8) a lenha dessa árvore vai ser boa, principalmente agora que o gás tá caro e (9) deu vontade de cortar uma árvore hoje. Lembrando que existem argumentos técnicos para a supressão e substituição de árvores. Supressão e substituição!!!
Estamos numa cidade quente, onde as árvores auxiliam muito para um melhor microclima, com temperaturas mais amenas e umidade mais alta. Sem contar o trabalho de melhorar a absorção da água das chuvas pelo solo e consequente alimentação dos nossos importantíssimos lençóis subterrâneos.
Agora, imagine só se nossa cidade resolvesse legitimar o ataque às árvores na forma de legislações que permitam aumentar a área impermeável das construções urbanas, não vinculem compensações ambientais a uma exata fiscalização pelos órgãos competentes, diminuam a quantidade de árvores plantadas a cada árvore suprimida, ou que privilegiem a compensação ambiental na forma de praças e outros espaços sem arborização.
Argumentos técnico-científicos existem, e são inúmeros, para procurar aumentar a área verde de um município. Para isso temos a possibilidade de nos assessorarmos na SBAU - Sociedade Brasileira de Arborização Urbana e em outros grupos de profissionais que atuam de forma semelhante. Mas quando os argumentos técnico-científicos perdem para argumentos econômicos e políticos que, ainda por cima , subvertem a construção do arcabouço legal, então a coisa fica feia.
Dia da Árvore, Semana da Árvore, Mês da Árvore... tudo isso perde o sentido quando não compreendemos a importância das árvores todos os dias. Tudo isso perde o sentido quando não é a árvore o verdadeiro objeto a ser preservado pelas legislações ambientais, inclusive as urbanas.
Ramon L. O. Junior
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
Pontas de esperança...
Aqui e ali, timidamente, brotam pontinhas de esperança.
Como no recente caso da Jiboia na perimetral, em que a maioria dos que comentaram a notícia se preocuparam com o adequado resgate do animal e soltura em local propício.
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
Quase chutando o balde! (Meio Ambiente)
Como diria Rui, o Barbosa: "De tanto ver triunfar as nulidades..."
Hoje acordo mais indignado do que nunca. Ontem recebi um pedido de apoio a uma causa contra a Vale (sempre a Vale) a respeito da proteção de cursos d'água em Nova Lima (MG). Agora recebo outra sobre a Reserva Extrativista Chico Mendes e extinguir o Parque Nacional da Serra do Divisor. Assinei ambas, claro.
Estou achando que o máximo que conseguimos fazer é colocar nosso nome e cpf numa lista de petição, moção ou apoio a uma causa. Enquanto isso, penso na risada das hienas que frequentam certos jantares. Hienas felizes por saberem que aquela assinatura nem faz cócegas em seus planos.
Nem mesmo aqui no nosso quintal conseguimos trazer quem tem poder real de decisão para a causa ambiental. Puxa vida, estamos numa crise climática e hídrica... e está aí Sete Lagoas que não cuida das suas águas subterrâneas e de superfície. Que depende de jovens idealistas para colaborar para a melhoria da arborização urbana.
Nascentes estão secando, lagoas já secaram (inclusive que dão nome para cidade como a Lagoa do Vapubuçu e a Lagoa da Chácara) e matas estão virando carvão (em vários sentidos). Sete Lagoas, em vez de aumentar a proteção do solo com o aumento dos percentuais de permeabilidade dos lotes, vem agindo no sentido de diminuir esse percentual. Tiro no pé!
Estou a um milímetro de chutar o pau da barraca. Já estou deveras cansado de tentar fazer alguma coisa e só ver a boiada passando: gorda, feliz e satisfeita. Vamos deixar essa causa para os mais novos...
Talvez um dia que não sei qual mas pode estar próximo, quando não tiver mais jeito, vão se lembrar que um velho professor, um tal de Raimundo, Raymond, Ramon ou algo assim havia alertado sobre um monte de problemas que precisavam ser enfrentados. Quando não tiver mais jeito, ou quando for muito mais caro e complexo do que foi ontem e que é hoje... talvez lembrem.
Estou realmente a um milímetro... e olhar pela minha janela como agora e ver o céu cinza, ou o belo pôr do sol como o de ontem que esconde em sua beleza a quantidade de cinzas no ar, me deixa ainda mais próximo de jogar a toalha. Hienas, podem comprar os fogos de artifício...
Ramon Lamar de Oliveira Junior
PS.: Respostas aos amigos no Facebook
"Amigos, acabo de renunciar a minha cadeira nos Conselhos Gestores das Apas Serra Santa Helena e Paiol. Três meses sem reuniões em plena crise ambiental, climática e hídrica. E vídeos, relatos e fotos pipocam em minhas redes mostrando fogo na Serra Santa Helena e outros desastres.Uma andorinha só não faz verão. Precisamos de mais andorinhas e assim, vou me dedicar a outros projetos. A defesa do meio ambiente e a educação ambiental sempre estarão nas minhas ações, esteja dentro ou fora de conselhos. Mas não posso apenas ser número e indicador de uma pseudo-representatividade. Afastar, dar dois passos para trás, é importante para recuperar a visão do todo.Abraços!"
"Vou podar a árvore. Tirar os ramos mortos, aqueles que a gente sabe que não adianta cuidar mais. Tentar concentrar em uma ou duas batalhas só."
"Não parei! Só vou me concentrar nos meus canais onde posso ter mais eco. Certas ações só estavam contribuindo para desgaste."
sábado, 11 de setembro de 2021
Carta ao amigo Tião.
Tião, meu querido amigo e colega (cujo único defeito é não torcer para o Corinthians),
recentemente vi algumas de suas publicações sobre a dificuldade que é trabalhar as questões práticas da nossa profissão de Biólogos, especialmente no que diz respeito ao Meio Ambiente. Realmente, colega, em alguns momentos a ideia de desistir, de "chutar o pau da barraca", aparece com força! É muito complicado estudar, estudar, estudar e ter que explicar, explicar, explicar e o pessoal não ouvir! E ainda aparecem aqueles "tapinhas nas costas" que logo em seguida viram "punhaladas nas costas".
Todo mundo que já teve uma aula de Biologia (às vezes nem assistiu direito) já acha que é Biólogo. É praticamente um "exercício ilegal da profissão" em cada esquina. Chegam cheios de teorias que não resistem à análise sequer de um estudante de primeiro período de Ciências Biológicas. Quanta "abobrinha" já escutei e tive que ficar calado... pois não adianta tentar convencer uma porta com argumentos científicos. É é cada porta de aroeira que não entende nada!!! Nem param para pensar e rever seus conceitos. Muitos não conseguem diferenciar uma Lei Científica de uma mera opinião.
E a questão do Meio Ambiente talvez seja a pior (se bem que agora temos que explicar e reexplicar vacinas, material genético, mutações, seleção natural e as coisas mais óbvias, frente ao negacionismo científico). O Google agora é a fonte de pesquisas! Ou melhor, a Alexa... pois nem precisam cansar os dedinhos digitando uma pergunta (aliás, mudando um pouco de assunto, você viu que nem digitar uma URL do tipo www.cienciahoje.org.br as pessoas fazem mais... a preguiça tomou conta... o grupo do Whatsapp é mais rápido!!!). Abrir um livro daqueles grossos e com poucas figuras... nem se fala!
Tá difícil, sujeito! E o pior é que muita gente (acho que a gigantesca maioria) duvida das nossas intenções: "- Aquele cara deve estar ganhando pra falar aquilo!" "- Aquele cara tá querendo um cargo na prefeitura!" "- Aquele cara quer é ser vereador e ficar na mamata!" "- Esses biólogos é (sic) tudo um bando de maconheiro desocupado... deviam cuidar da vida deles!". Mal sabem que a nossa intenção é simplesmente honrar nosso diploma, devolver para a sociedade um pouco do que devemos a ela (afinal, eu e você somos crias de duas grandes universidades, a UFMG e a UFV... universidades públicas e gratuitas).
Aguenta firme, amigão.
Precisando estamos aí na área.
Conte sempre comigo nessas lutas, que sei que são extremamente importantes. Especialmente numa cidade que tem problemas microclimáticos sérios, que tem uma grande dependência das águas subterrâneas, que tem carência de ambientes naturais bem cuidados para um lazer sadio, que precisa compreender que a contemplação da natureza "limpa" nosso cérebro de tantos problemas do dia a dia.
E sigamos educando os jovens, sem partidarismos, sem lavagem cerebral, mas mostrando o caminho da Ciência, da Educação e da Solidariedade!
Antes de encerrar, deixo dois trechos para refletirmos juntos:
O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo. Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos – e o homem branco poderá vir a descobrir um dia; nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e feri-la é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos. (Trecho da carta do Cacique Seattle ao presidente dos Estados Unidos, em 1855)
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. (Capítulo VI da Constituição da República Federativa do Brasil)
Abraços,
Ramon Lamar de Oliveira Junior
PS.: Tião, se um dia você resolver se candidatar a um cargo eletivo, conte comigo! Sei que vai sair coisa boa para nossa cidade. Mesmo sendo uma andorinha ou um bando de poucas.
segunda-feira, 5 de julho de 2021
Proposta de paisagismo temático para a Praça da Bíblia
terça-feira, 15 de junho de 2021
Hospital Regional: Capítulo Final ou apenas o final da 11ᵃ Temporada
A não-conclusão do Hospital Regional de Sete Lagoas é um grande exemplo de descaso da classe política, em todos os níveis (cada qual com uma parcela maior ou menor), com nossa cidade e região.
A representatividade de nossa região é insuficiente, infelizmente. Tanto no cenário estadual quanto no federal. Apenas um deputado estadual eleito por nossa cidade que, mesmo que tenha o máximo empenho, não destrava esses processos. Não estou em defesa e nem em acusação ao deputado, é apenas uma constatação óbvia a qual ele mesmo já deve ter chegado.
Precisamos eleger mais representantes... não dividir tantos votos... não eleger "candidatos de fora" que por mais bem intencionados no discurso, não nos colocam em primeiro plano. Ou aprendemos e nos unimos em torno de nomes com potencial de alavancar esse e outros passos, ou ficamos nessa mesmice, despencando nas posições do ranking estadual.
Agora vem aí outra eleição no próximo ano e o mundo político já está alvoroçado. Promessas e mais promessas e uma delas é a conclusão do referido Hospital, que muito tem feito falta para toda a região (é um hospital regional) nesses tempos de pandemia.
Mas não é só terminar a obra. Há ainda que se equipar o hospital e contratar pessoal. Não basta terminar a obra (que já deve ter vários comprometimentos pelo tempo parado, e várias inequações) que os equipamentos e funcionários pagos vão brotar do chão.
Eu, particularmente, acho que acabamos esse ano a 11ᵃ temporada da série e ano que vem vamos para a 12ᵃ temporada, ainda sem expectativa de ver o final. Tá mais perdido que Lost.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
sexta-feira, 10 de julho de 2020
Texto de Colaboração: COVID-19 em Sete Lagoas (2)
Segundo novo boletim da Vigilância Epidemiológica, Sete Lagoas tem 17 novos casos registrados (em 10 de julho), onze mulheres e seis homens. São, ao todo, 372 casos confirmados por exames, 9 pacientes hospitalizados, 289 que já se recuperaram e 67 em isolamento domiciliar. O município segue com sete óbitos confirmados.
26 pacientes estão hospitalizados na cidade com Síndrome Respiratória Aguda Grave. 17 destes testaram positivo para o novo coronavírus. Outros nove pacientes aguardam resultados de exames.
quinta-feira, 2 de julho de 2020
Texto de Colaboração: COVID-19 em Sete Lagoas (1)
sexta-feira, 26 de junho de 2020
NOVIDADE!!!
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020
Mortandade de peixes na Lagoa Paulino assusta.
Caminhando na orla da Lagoa Paulino nos últimos dias não pude deixar de perceber a grande ocorrência de morte de peixes, notadamente tilápias (nem sei se ainda há outras espécies na lagoa além de tilápias e carpas).





















