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sábado, 1 de dezembro de 2018

Postagens no blog

Algumas pessoas me perguntam se parei de postar aqui no blog. Se aconteceu alguma coisa.
Sim, aconteceu. Aconteceu que as pessoas estão cada vez mais complicadas. Tudo que é escrito é interpretado pelo viés que se quer dar, que convém ao receptor. Muitas vezes nada a ver com o que foi pensado pelo emissor. 
O Brasil está dividido, multiquebrado. Sim, não é uma divisão simples. Está quebrado pois dividiu-se de forma violenta. Entre Fora Dilma e Fora Temer. E Fora Isso e Fora Aquilo. Muitos "foras" e poucos "esse sim". Extremismos de direita, de esquerda, de centro (já viu um negócio chamar "Centrão"?) e até o extremismo de não fazer nada... branquear ou anular. Ah... em tempo... o mundo inteiro tá dividido ou quebrado da mesma forma.
Então, muitos amigos sabem, é mais fácil postar a foto de uma florzinha no Facebook. Dá menos discussão e para algumas pessoas já basta. Basta o superficial (apesar de que florzinhas para mim são objetos de estudo e nunca são escolhidas aleatoriamente... tem sempre um detalhe biológico - melhor frisar - a observar... a época do ano, a estrutura, a coloração, a raridade).
Postar especificamente sobre Sete Lagoas está mais complicado ainda. Sinceramente vejo a cidade rastejando a passos muito lentos. Na área ambiental ainda temos algo a colaborar como a ETA e a ETE. Mas aí, vá falar sobre a paternidade dessas obras e narizes torcidos aqui e ali. O centro da cidade está sendo rearborizado, mas ainda sem resgatar certos locais (me refiro especialmente a calçadas... há vários quarteirões sem uma árvore sequer). E isso sem falar do espinhoso tema de "permeabilidade do solo", ferida de morte pela anistia do final de 2012 em que se assumiu o "deixa como está" e nossos lençóis subterrâneos que se danem.
Bom... estou aqui... o blog continua aqui, chegando em 1.700.000 acessos. Esses dias fui elogiado por ele em Belo Horizonte (rs rs rs... "santo de casa"... já diziam...). Parar a gente não para. O cérebro, tenham certeza, processa 100% do tempo. Tá difícil é encontrar a hora e o tom. Tome florzinha!

Ramon Lamar de Oliveira Junior

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Desumano...

Fui instado, por amigos do Facebook, a me manifestar em relação ao estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro no último sábado.
Escrevi: 
"O estupro é uma violação inaceitável, extrema e covarde. Só se pode entender que o indivíduo que o comete não merece ser chamado de humano. E eles, os estupradores existem, estão por aí, em todas as camadas sociais. Às vezes até em cargos públicos ou colunas sociais; entre os neutros, oposição e situação; entre ateus, agnósticos e religiosos. A marca deixada pelo estupro é indelével, especialmente na alma. Que a justiça seja feita em todos os casos, sem nenhuma forma de redução de pena. 30 anos é pouco. Prisão perpétua faz falta no Brasil."
Mas há muito mais a se falar e muito, muito mais a se fazer para que não aconteça mais. 
Relutei em escrever pois numa situação anterior fui criticado por ter defendido direitos femininos. Uma pessoa me disse que não posso "ser protagonista" da defesa dos direitos femininos pois não sou mulher, não sou oprimida e faço parte do grupo de opressores. Fiquei sem ação. Revi alguns conceitos. Procurei entender motivos... deixa pra lá.
Mas precisamos entender que não é só a mulher que foi estuprada. Foram estuprados todos os seus familiares. E também todos aqueles que escutaram o relato dela, especialmente se a abraçaram e sentiram as lágrimas molhando os seus ombros. É muita dor. É muito sofrimento. Foi estuprada toda uma sociedade que se alicerça em valores fugazes (poder, dinheiro, fama...) e também os que nada têm a ver com isso e sofrem as consequências.
Hora de repensar muitas coisas. O planeta merece uma visão ágil sobre todos os aspectos da vida humana. Enquanto nos concentramos num ponto, numa notícia... milhares de outras estão acontecendo e sendo deixadas em segundo plano. Os avisos estão por toda a parte. Temos muito trabalho a fazer...

Ramon Lamar de Oliveira Junior