Árvore-problema terá remoção rápida na cidade de São Paulo
Figueiras, eucaliptos e pinus, árvores que fazem parte da lista de espécies-problema da prefeitura, poderão ser removidas mesmo que não estejam causando qualquer problema e até sem o aval da Secretaria do Verde e Meio Ambiente.
Segundo reportagem de Vanessa Correa publicada na edição desta segunda-feira da Folha, bastará a avaliação de um agrônomo da subprefeitura local, atestando que o exemplar pode vir a causar danos, para que a árvore possa ser removida.A medida, que acelera o processo de remoção dessas espécies, foi determinada por decreto do prefeito Gilberto Kassab (DEM), publicado no "Diário Oficial". As "espécies vegetais exóticas invasoras do município de São Paulo" são plantas que se disseminam com facilidade, a maioria de grande porte e crescimento rápido. (link)
Já faz algum tempo que defendemos a criação de uma lista de espécies-problema para o paisagismo urbano de Sete Lagoas. Contudo, tal lista tem que ser criada por uma comissão que realmente entenda do assunto e tenha o conhecimento necessário para sugerir medidas e dialogar em busca de um consenso. Diversas espécies de figueiras, por exemplo Ficus benjamina, precisam ser extirpadas das calçadas. Acredito que apenas praças têm condição de abrigar essa espécie, com especial atenção para suas condições de fitossanidade. Espécies de frutíferas, como mangueiras, nas calçadas também devem ser alvo de ação semelhante. Mais dia ou menos dia, as frutíferas tornar-se-ão problemáticas sob vários aspectos. Determinadas espécies precisam ser terminantemente proibidas e gradativamente substituídas nas calçadas que se encontram sob fiação aérea. As "podas técnicas" realizadas pela CEMIG, como sabemos, são de péssimo gosto e apenas para resolver um problema de forma paliativa. Até a falsa-murta (Murraya) preferida pelo corpo técnico da CEMIG - por não atingir a rede elétrica - está no caminho de ser totalmente proibida pela possibilidade de abrigar um parasita dos laranjais.
Acredito que tudo isso seja possível de ser realizado a partir do esclarecimento da população. Só assim a comunidade se engajaria no projeto, dando efetiva colaboração. Mas contar com a população só é possível na medida em que os anseios da mesma sejam levados em consideração. "Para o povo", da boca para fora, não funciona.
Texto e foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior
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