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sábado, 25 de junho de 2011

Última novidade: SOM PEDESTRETIVO

Dia desses estava andando pela cidade e vi uma coisa diferente: um rapaz - aparentava ser um colegial indo embora para casa - com uma mochila e uma caixinha nas mãos que parecia um som automotivo adaptado com duas pequenas caixas acústicas e um pendrive. Ué, que novidade é essa? Pensei comigo.
Agora, depois que vi mais alguns, fiquei sabendo que é a nova moda dos pedestres que sonham em ter um carro para fazer barulho. É, porque carro agora tem essa serventia também: serve como meio de transporte, como ferramenta de trabalho e como local para ouvir e obrigar todos que estão em volta a ouvir o seu mau gosto musical.
Só achei um adjetivo para o SOM PEDESTRETIVO. E olha que tive que buscá-lo no século passado: 

BARANGO!!!

Verdade que o BÔCO-MÔCO também serve, mas oitenta por cento dos leitores do blog não vai saber o que significa essa expressão. É barango mesmo!
Vem sempre à minha mente o artigo publicado no comecinho da década de 1980 num dos jornais da cidade pelo nosso amigo Max, já falecido. Ali, o Max já reconhecia que existia aqui na cidade um glamour do carro. Que o grande barato para os babacas de plantão na época era ficar dando voltinha na Lagoa Paulino para exibir carro (muitas vezes sem conseguir terminar de pagá-lo ou abastecê-lo de forma decente ("ô moço, bota 5 litro de gasosa aê..."). Mal sabia ele que o negócio ainda ia piorar muito com o carro que pode ser pago em 60 vezes, o som automotivo berrando playlists de péssima qualidade e com a instituição do maior lavajato do mundo na orla da Lagoa Paulino. A utilização da água da lagoa é proibida por decreto municipal, mas não existe autoridade nessa cidade-sem-lei que consiga parar com aquilo.
Agora, os candidatos a futuros babacas-do-volante já podem desfilar seu som pelas calçadas, ou quem sabe, adaptá-los em suas bicicletas maravilhosas. Fone de ouvido é que está proibido. Bom mesmo é importunar. A propaganda é a alma do negócio nesse mundo que as celebridades instantâneas querem aparecer a qualquer custo (dos outros, é claro!).
Nem ouso pensar em quais outras besteiras a mente humana inventará aqui na terrinha. Nem ouso...

Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Quando tiver uma foto do "aparelho", eu publico aqui, ok?

3 comentários:

  1. Ramon.

    Não sei do que lamento mais. Se é por pensar no futuro sombrio que nos aguarda com gente deste naipe ou se é por estar entre os 20% que sabem o que é bôco môco.

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  2. Ramon,

    Vc. desencavou um termo mais do que antigo, o "Bôcomôco". Mas tem coisa de tempos em tempos voltam ao nosso convivios e umas peças raras desss que citou podem se enquadrar no termo. Junto temos o bambolê, topogigio, peão, iôiô e outros que não servem simplesmente para nada. Só a mini saia é que não volta para ficar. Tb. nós que viemos ao mundo para sofrer não merecemos isso de ver uma sainha bem curtinha. Mas quem sabe no inferno tem... Ou seria aqui o inferno? Será que tem diaba no inferno como nós temos a bocomoca da "Presidenta"?

    Quanto ao som de carros, basta fazer uma lei municipal regulamentanto a fiscalização e punindo o infrator, mas aí é pedir demais, pois nem o decreto que prometeram nas eleições de aumentar o centro da cidade eles conseguem fazer...

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