Já faz muito que os programas "humorísticos" partiram para a apelação explícita. Quadros carregados de tensão apelativa e discriminatória é o que não falta (Zorra Total é mestre nisso, definitivamente não consigo assistir). Há até alguns lampejos de criatividade (como Mion e Mionzinho no "Vale a Pena Ver Direito" num quadro MTV reaquecido no Legendários), mas que são jogados ao ralo num dos quadros seguintes. Quanto ao "Pânico na TV", já perdeu o rumo faz tempo. Partiu para a hiperexposição de bundas, peitos, excentricidades, homofobias e homofilias (existe isso?) que beira a baderna. Já criou tantos factoides que perdeu a credibilidade totalmente. Sem contar que alguém, alguma hora, vai ganhar uma tetraplegia de brinde no quadro "Afogando o Ganso". O CQC é o programa que sofre de maior variação entre seus quadros. Com a proposta de fazer um certo jornalismo, exagera algumas vezes nos gracejos no "Proteste Já" e no acompanhamento dos políticos em Brasília (aí exagera quase sempre). Sem contar o excessivo mershandising: não bastam os comerciais no intervalo, eles também abundam no meio do programa. Tom Cavalcante perdeu a graça há décadas, coitado. E agora ainda temos que tolerar "concurso de humoristas", "concurso de piadas" e "concursos de stand-up" pra todo lado.
Postei, há pouco, um vídeo com o Geraldinho de Goiás. Quem sabe o futuro do humor seja vasculhar o passado no Youtube? Quem sabe?
Ronald Golias e os tipos de cocô.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
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