Sinto-me tremendamente homenageado pela coluna do Flávio de Castro no Jornal Sete Dias (clique aqui). Se estiver com preguiça de clicar, segue o trecho a que me refiro:
Vai aí um exemplo simples: o professor e biólogo Ramon Lamar, em seu blog, tem feito a defesa de duas belíssimas gameleiras na ‘estrada dos tropeiros’, ali na esquina das ruas Leopoldina e Floripes Guimarães Cotta, perto da Lagoa do Cercadinho. Ele defende a desapropriação do terreno onde elas estão, garantindo-lhes a preservação pública. Eu diria mais: permitindo-nos o usufruto público dessas ‘árvores majestosas’, diferente da também belíssima sapucaia nos fundos do Casarão Nhô Quim Drumond que, apesar de protegida por lei, ao invés de sombrear uma praça em frente ao Mercadão (haveria lugar mais oportuno?), esconde-se, inacessível, atrás de construções particulares. Como soa uma proposta como esta? Há trinta anos, soaria, poeticamente, como um dever público para com a cidade; nos modernos dias de hoje, soa, pateticamente, sem sentido. Entre a distinção dos buracos e o desprestígio das gameleiras, fico com a impressão de que, por certo, a vida pública andou perdendo muito de seu encanto no meio do caminho. (de Flávio de Castro, Jornal Sete Dias, 27/05/2011)
Realmente, Flávio, propostas como essas soam sem sentido. Mas não vamos deixar de fazê-las, não é mesmo? Ainda mais quando temos você e os frequentadores das praças virtuais para admirar essas ideias e nos dar fôlego, aí é que não paramos mesmo!!!
Recentemente, eu, a Regina Márcia e a Adriana Drummond fizemos um projeto para uma praça que poderia ser feita no Bairro Primavera (em frente ao Santa Helena Primavera). Sabemos que é improvável a implantação da mesma. Mas sabe como ela é? Tem uma pista de caminhada de 400 metros em torno da praça, permite a absorção da água das chuvas, preserva todas as árvores de cerrado (incluindo pequizeiros, pau-terra, cagaiteiras, jatobás e araticum), um "berçário" onde as mudas dessas árvores estão em crescimento natural, um monumento (arte) em referência à Caliandra (flor-símbolo do cerrado), um espaço amplo para eventos (feira de comidas, de artesanato, festa popular), uma área de academia ao ar livre e uma área para esportes (skate, por exemplo), irrigação adequada e iluminação em LED, bancos brutos de pedra (sob as árvores) e bancos de ferro e madeira. Brevemente colocarei o projeto aqui no blog. Gastamos ali umas 50 horas de atividade (sem contar o trabalho no AUTOCAD). E estamos dando o projeto de graça. Onde é que um biólogo, uma arquiteta e uma artista plástica se juntam para fazer esse tipo de trabalho?
Sonhos... temos sim!!!
Ramon Lamar de Oliveira Junior
Na medida do possível e com as limitações que tenho, conte comigo para ajudar a sonhar uma cidade melhor.
ResponderExcluirMinha mulher não cansa de me perguntar porque eu ainda acho que as coisas aqui ainda podem dar certo, apesar de inúmeras indicações em contrário. Não sei dizer o porquê. Deve ser por coisas como estas, por gente como você.
Abraço.
Padecemos do mesmo mal, então. Padecemos por gente como nós. Eles estão por aí, mas pouco falam, pouco manifestam. Agora eu destrambelhei e não paro de falar. Acho que assim a turma acabará se juntando.
ResponderExcluirObrigado pelas palavras e pelo apoio.
Abração.
Ramon,
ResponderExcluirparabens por seu trabalho e sua preocupaçao pela conservaçao destas gameleiras.
Um abraço,