Estive na região da queimada na Serra de Santa Helena para verificar como a área está se recuperando da fogo recente. Mesmo não tendo ocorrido chuva substancial (alguns milímetros apenas na quarta-feira), a vegetação já mostra sinais de recuperação. O problema maior é mesmo a fauna.
As plantas do cerrado são bem adaptadas para resistir ao fogo: casca espessa e órgãos vegetativos enterrados no solo são os aspectos mais visíveis, salvando as árvores, os arbustos e a vegetação herbácea. Excetuando-se as formigas e cupins (que sobrevivem em suas galerias), nenhum outro inseto foi observado na área da queimada, bem como nenhum aracnídeo, seu inimigo natural. O cenário conduz para a recuperação da vegetação e a invasão por insetos (que se dispersam mais facilmente), sem o controle de seus principais predadores.
Em relação aos vertebrados, na área queimada, observou-se algumas verdadeiras (columbiformes), um gavião caminhando pelo solo queimado à procura de alguma presa que viu lá do alto e uma pele recém trocada de uma cobra (talvez o alvo do gavião, já que os dois achados eram próximos).
No próximo domingo devo fazer mais registros.
Capim em processo de recuperação. |
Pau-santo (Kielmeyera) com início de brotamento de folhas. |
Pele de cobra recém trocada. |
Gavião procurando alguma presa na região da queimada. |
Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Clique em "Participar deste site" e siga o blog para sempre receber informações sobre atualizações. O seu comentário será publicado após ser lido pelo administrador do blog.