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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Mudanças na Tabela Periódica

Em primeiro lugar, é importante entender que a química não sofreu mudança alguma. A IUPAC, União Internacional de Química Pura e Aplicada, resolveu fazer uma "maquiagem" na Tabela Periódica.
Quando localizamos um elemento na tabela periódica, três informações são mostradas com mais ênfase: o símbolo do elemento, seu número atômico e sua massa atômica. O elemento Boro, por exemplo, tem símbolo B, número atômico 5 e massa atômica igual a 10,811 unidades. O nome e o símbolo do elemento é decidido pela IUPAC em longos processos de consenso entre os membros da comissão responsável (elementos descobertos na última década estão ainda sem nome definitivo). O número atômico é igual ao número de prótons que o átomo possui em seu núcleo, portanto trata-se de um valor exato, inteiro e indiscutível (uma vez determinado corretamente). A mudança proposta diz respeito à massa atômica.

Fragmento de uma tabela periódica do tipo geralmente usado pelos estudantes do ensino médio. Observe o número atômico, o símbolo químico e a massa atômica.
Não existe um único tipo de átomo de boro na natureza. Existem "boros" que possuem 5 prótons e 5 nêutrons em seu núcleo; e existem os que apresentam 5 prótons e 6 nêutrons em seu núcleo. Simplificadamente, assumimos que a massa dos prótons e nêutrons seja rigorosamente idêntica. Sendo assim, existem átomos de boro de número de massa 10 (5+5) e de número de massa 11 (5+6). O número de massa, então, também tem um valor exato, inteiro e indiscutível. 

Representação simplicada de um átomo de boro-10.
A questão em pauta diz respeito à diferença entre número de massa e massa atômica. Enquanto o número de massa refere-se a um átomo isolado, a massa atômica se refere a uma amostra de átomos. Se você pudesse isolar e examinar um átomo de boro, iria perceber que ele ou tem número de massa 10 ou número de massa 11. Acontece que nós não manuseamos átomos isolados. Se você vai fazer reagir o elemento boro com algum outro elemento, a sua amostra de átomos de boro terá átomos dos dois tipos, ou seja boro-10 e boro-11, chamados de isótopos do boro. Daí surgiu a necessidade de se estabelecer uma “massa média” para o boro. É mais ou menos a mesma coisa que assumir que a “massa média de uma pessoa é igual a 70 kg”, como vemos em muitos elevadores: “capacidade 6 pessoas ou 420 kg”. Imagino que esse valor de 70 kg deva ter sido calculado a partir de uma média das massas dos usuários de elevador.
A massa atômica é calculada a partir da média dos números de massa dos elementos, levando-se em consideração a proporção existente na natureza entre os seus diversos isótopos. O boro-10 e o boro-11, por exemplo, correspondem respectivamente e aproximadamente a 20% e 80% dos tipos de átomos de boro presentes na natureza. O cálculo da massa atômica é a média aritmética ponderada entre esses dois valores, ou seja: [(10x20) + (11x80)] / 100. O valor encontrado será 10,8 unidades e é definido como sua massa atômica.
Não precisa ser gênio para perceber que o problema é a determinação da composição isotópica do elemento, ou seja, “quantos porcento de boro-10 e quantos porcento de boro-11 existem na natureza”. A composição isotópica varia conforme a amostra obtida na natureza. O que se está tentando fazer é tornar claro que a massa atômica do boro obtido no Brasil pode ser diferente da massa atômica do boro obtido no Japão, ou seja, os percentuais de cada isótopo do boro podem ser diferentes conforme a sua origem. A coisa vai mais adiante, é claro. A composição isotópica ou abundância relativa do boro no planeta Terra não deve ser a mesma da existente no planeta Marte. Isso já sabemos faz tempo! Aliás, a confirmação da origem extraterrestre de meteoritos é feita exatamente pela determinação da composição isotópica dos mesmos, diferente da composição encontrada aqui na Terra. Em outras palavras: uma tabela periódica terrestre e uma tabela periódica marciana teriam massas atômicas diferentes para os mesmos elementos.
A IUPAC agora quer oficializar essa diversidade na Tabela Periódica. Tudo bem! Só não concordo que se trate isso como uma grande descoberta e principalmente como uma inovação.
As notícias divulgadas pela instituição (clique aqui) dão conta dos elementos hidrogênio, lítio, boro, carbono, nitrogênio, oxigênio, silício, cloro, enxofre e tálio. Tais elementos passarão a ter suas massas atômicas grafadas como intervalos (e os outros? serão notícia no futuro?). O boro, por exemplo, terá sua massa indicada como o intervalo entre 10,806 e 10,821. Como a gigantesca maioria dos estudantes de química trabalha com tabelas simplificadas, onde o valor da massa atômica é dado como 10,8, a mudança não tem a menor relevância para eles. O enxofre (S) mudará de 32,065 para o intervalo entre 32,059 e 32,076. Apenas os químicos que trabalham com as tabelas técnicas, usadas para cálculos de precisão em laboratórios de análises ultraquantitativas é que serão afetados pela mudança... e continuarão sem saber qual massa usar (essa é a parte incrível da “novidade”), a não ser que a IUPAC publique uma outra tabela indicando qual massa atômica usar para uma determinada amostra que se conheça a procedência.
"Por mais de um século e meio, muitos foram ensinados a usar massas atômicas padronizadas - um valor único - encontrado nas capas dos livros didáticos de química e na tabela periódica dos elementos", disse Ty Coplen, diretor do Reston Stable Isotope Laboratory. "Embora essa mudança ofereça benefícios significativos na compreensão da química, pode-se imaginar o desafio, agora, aos educadores e estudantes que terão que selecionar um único valor de um intervalo ao fazer cálculos de química."* 
"Nós esperamos que os químicos e os educadores tomem este desafio como uma oportunidade única para incentivar o interesse dos jovens em química e gerar entusiasmo para o futuro criativo da química," afirma a doutora Fabienne Meyers, diretora adjunta da IUPAC.*
Grifos anteriores, por minha conta. Desafio? Oportunidade única? Incentivar o interesse? Entusiasmo? Futuro criativo? Calma aí, né gente. Menos... menos... Bons professores, bons laboratórios farão isso de maneira muito mais eficiente.
2011 é o Ano Internacional da Química. A mudança na Tabela Periódica tem sido vista como uma tentativa de aproximar as pessoas ainda mais da química. Sinceramente, não vejo como isso muda alguma coisa. A tabela periódica é uma das descobertas mais interessantes da química em todos os tempos, mas “de uso exclusivo das forças químicas”, ou seja, não tem muito sentido fora das salas de aula e dos laboratórios. Para chegar até a compreensão dessas mudanças e enxergar alguma beleza nelas, é preciso primeiro ingressar nas salas de aula e nos laboratórios, coisa ainda proibitiva para uma enorme parcela da população mundial. 

Texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

* As citações em alguns sites têm sido referidas a Ty Coplen (site da IUPAC), a Fabienne Meyers ou a Michael Wieser. Acho que ficaremos sem saber exatamente quem fez a afirmativa primeiro.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Cogumelos e musgos

[Clique na imagem para ampliar]
Foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Aberta a temporada de pesca aos bagres!!!

Boa notícia para os pescadores setelagoanos. Aqui, no Rio Professor Abeylard (também conhecido como Rio de Esgoto), a água está bastante turva e propícia para a pescaria de bagres. Uma dica infalível é colocar bastante minhoca no anzol. Entretanto, tenha cuidado para não perder seu equipamento devido ao grande número de garranchos que descem com as cheias. Procure, ao longo do rio, os poços que se se formam nessa época. Aqui está facinho de achar. Aliás, poços desse tipo estão espalhados pela cidade inteira.

Época propícia para a pesca de bagres. Clique nas imagens para melhor visualizar os pesqueiros.
Boa pesca!!! E não se esqueça de mandar as fotos para publicarmos aqui no blog! Já recebi uma foto de um bagre tão grande que só o arquivo pesava um quilo e duzentas gramas.

Texto e fotos: Ramon Lamar de Oliveira Junior

O tempo em Sete Lagoas

Tempo fechado. Temperatura sufocante. O ar está irrespirável. A cidade está sendo varrida por fortes ventos. Máxima: 45 oC na Praça Barão do Rio Branco. Mínima: 13 oC na Serra de Santa Helena.

Fonte: Jornal do Brasil

Se você não entendeu nadica desse post - aparentemente insano - clique na imagem acima e pesquise um pouco sobre essa famosa "primeira página". O objetivo foi construir uma ponte entre o momento atual setelagoano (um certo silêncio pesando sobre coisas já feitas e outras que estão por fazer) e o passado. Não temos mais o Jornal do Brasil, mas temos os blogs. Como as notícias são todas EM OFF, fica difícil ou mesmo impossível repassá-las. Mas não há segredo que perdure. Logo fará sol, então...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Lagoa Paulino e o anel de captação de águas pluviais

Peguei uma boa parte da chuva forte que caiu hoje à tarde. Mas valeu a pena. Consegui, logo após a pancada, as imagens que mostram - para quem não quer acreditar - que o anel de captação de águas pluviais do entorno da Lagoa Paulino está completamento entupido, ou seja, não é mais funcional.

 
O anel de captação foi construído na década de 1980 numa obra conjunta realizada com os recursos da Prefeitura Municipal e do SAAE (é gente, o SAAE e a prefeitura conseguiam fazer obras com recursos próprios naquela época). O anel circunda completamente a Lagoa Paulino e possui vários "postos de visitação" para manutenção e limpeza, que nunca foi feita. Acontece que, na margem oeste da lagoa a quantidade de sedimentos que vem junto com a enxurrada é muito grande e aos poucos foi assoreando a galeria e a própria lagoa. O resultado se traduz no lançamento de toneladas de sedimentos no interior da lagoa a cada estação de chuva. E junto com o sedimento também é lançado um bocado do esgoto que escorre pelas ruas da cidade (muitas vezes já mostrado aqui no blog). E é por causa desse esgoto que os peixes não podem ser pescados, viu? Mas ninguém faz nada para resolver o problema. As placas de proibido pescar estão lá. Cadê as placas de "permitido limpar"?

Se o vídeo demorar a abrir, você pode conferir a enxurrada nessa foto.
Agora é aguardar (sentados ou deitados, para cansar menos) as providências para a limpeza do anel de captação. Espero que o Dalton Andrade - leitor assíduo do blog - peça esclarecimentos lá na Câmara Municipal. Quem sabe o pessoal do SAAE, que lê frequentemente o blog, também se posicione. Vamos lá, gente. Nós podemos fazer!!!
Também tive a oportunidade de registrar a quantidade de lixo que obstrui os poucos e mal planejados bueiros. Poucos porque só algumas ruas possuem (como esse na Paulo Frontin); mal planejados porque não há declividade na pavimentação que dirija o fluxo de água para os bueiros. Apesar de ter vários bueiros, qualquer pessoa sabe que a Paulo Frontin vira uma piscina evitada por todos os motoristas no momento de chuvas fortes. Não deveria ser assim, mas...

Até saco cheio de lixo ajuda a obstruir o bueiro. Pensei que os "resíduos sólidos" estivessem sendo eficientemente coletados. [Clique na imagem para ampliar]
Mais uma vez deixo aqui o apelo à população para não jogar lixo nas ruas. As pessoas podem usar as numerosas lixeiras que existem em toda a cidade. Como é? Não tem? Desculpem, estão avisando aqui que só tem lixeira no centro da cidade. Então guardem o lixo em casa ou tragam para que ele seja jogado nas lixeiras do centro, ok?

Texto e imagens: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Árvores-problema (deu na Folha S.Paulo, online)

Árvore-problema terá remoção rápida na cidade de São Paulo

Figueiras, eucaliptos e pinus, árvores que fazem parte da lista de espécies-problema da prefeitura, poderão ser removidas mesmo que não estejam causando qualquer problema e até sem o aval da Secretaria do Verde e Meio Ambiente.
Segundo reportagem de Vanessa Correa publicada na edição desta segunda-feira da Folha, bastará a avaliação de um agrônomo da subprefeitura local, atestando que o exemplar pode vir a causar danos, para que a árvore possa ser removida.
A medida, que acelera o processo de remoção dessas espécies, foi determinada por decreto do prefeito Gilberto Kassab (DEM), publicado no "Diário Oficial". As "espécies vegetais exóticas invasoras do município de São Paulo" são plantas que se disseminam com facilidade, a maioria de grande porte e crescimento rápido.  (link)
Já faz algum tempo que defendemos a criação de uma lista de espécies-problema para o paisagismo urbano de Sete Lagoas. Contudo, tal lista tem que ser criada por uma comissão que realmente entenda do assunto e tenha o conhecimento necessário para sugerir medidas e dialogar em busca de um consenso. Diversas espécies de figueiras, por exemplo Ficus benjamina, precisam ser extirpadas das calçadas. Acredito que apenas praças têm condição de abrigar essa espécie, com especial atenção para suas condições de fitossanidade. Espécies de frutíferas, como mangueiras, nas calçadas também devem ser alvo de ação semelhante. Mais dia ou menos dia, as frutíferas tornar-se-ão problemáticas sob vários aspectos. Determinadas espécies precisam ser terminantemente proibidas e gradativamente substituídas nas calçadas que se encontram sob fiação aérea. As "podas técnicas" realizadas pela CEMIG, como sabemos, são de péssimo gosto e apenas para resolver um problema de forma paliativa. Até a falsa-murta (Murraya) preferida pelo corpo técnico da CEMIG - por não atingir a rede elétrica - está no caminho de ser totalmente proibida pela possibilidade de abrigar um parasita dos laranjais.

Raízes de Ficus benjamina na Ilha do Milito. Verifique que o passeio encontra-se danificado e as construções em alvenaria na base da árvore também. É possível ter essa árvore em praças, mas de forma planejada. O paisagista tem que pensar o crescimento da árvore, não adianta escolher aquela que está mais barata ou disponível. Numa calçada, Ficus benjamina é inviável.
Acredito que tudo isso seja possível de ser realizado a partir do esclarecimento da população. Só assim a comunidade se engajaria no projeto, dando efetiva colaboração. Mas contar com a população só é possível na medida em que os anseios da mesma sejam levados em consideração. "Para o povo", da boca para fora, não funciona.

Texto e foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Logo da Olimpíada 2016

A criação de uma logomarca não é uma tarefa fácil. Quanto mais se se pretende colocar diversos elementos universais na mesma. Em um mundo digitalizado, como temos agora, a coisa fica mais difícil ainda. Uma rápida olhada numa marca ou figura interessante pode permanecer em nosso inconsciente e se infiltra no futuro em um processo criativo. Aí o limite entre criação e plágio fica nebuloso. Com as músicas se dá o mesmo efeito. Um compositor tem que filtrar durante seu trabalho todas aquelas sequências de acordes que, por um motivo ou outro, estão gravadas em sua memória musical. Difícil demais.
A polêmica recente está relacionada à logomarca da Olimpíada 2016 do Rio de Janeiro, marca que deverá angariar 3 bilhões de dólares com sua comercialização entre os patrocinadores oficiais do evento. 
Eu pensei que a bonita logomarca criada para a "Cidade Candidata" seria mantida, no máximo sofreria algumas alterações de textura ou volume.

Logomarca da "Cidade Candidata"
Que nada! Uma nova logomarca foi criada. E bem bonita, diga-se de passagem. Em relação a ela só tenho uma ressalva, como também na anterior: a "tradição" brasileira de só criar logomarcas de visibilidade nacional ou mundial com as cores da nossa bandeira. Tal tradição é, certamente, é uma barreira restritiva à criatividade. A logomarca da Copa 2014, por exemplo, é até certo ponto hostil: "a taça é nossa e pronto!".

Logomarca da Copa 2014
As acusações de plágio ou "inspiração não comunicada" seguem um longo caminho. O ponto inicial parece ser a pintura "A Dança", de Matisse.

La Danse (A Dança) de Henri Matisse.
Matisse inspirou várias outras obras. Uma das mais conhecidas, por todos aqueles que já visitaram o Jardim Botânico do Rio de Janeiro é o conjunto mostrado abaixo.

La Danse - Homenagem à Matisse, de Alice Pittaluga. Foto: Ramon L. O. Junior
Por caminhos e inspirações que não sabemos de onde veio, surge a marca da Telluride Foundation, ONG americana com o propósito de arrecadar recursos para ações filantrópicas na comunidade de Telluride. Pelas informações do site da ONG, a mesma tem cerca de 10 anos. Acabo de passar um e-mail, perguntando da criação de sua logomarca... duvido um pouco que receberei resposta.

Logomarca da Telluride Foundation
Até aí, tudo bem. Inspiração nítida e clara com motivos universais. A discussão ganha corpo com a logomarca do Carnaval 2004 de Salvador: idêntica à logomarca da Telluride, apenas com a mudança da cor dos bonecos.
Logomarca do Carnaval 2004 de Salvador
Finalmente chegamos à logomarca oficial da Olimpíada Rio 2016, criado pela Agência Tátil Design. Do texto (que pode ser lido clicando no link anterior) eu destaco a parte: "Fugir dos clichês e ser, ao mesmo tempo, uma síntese que traduzisse o Rio de Janeiro como o endereço do maior evento esportivo do planeta em todos os lugares – entre cariocas, atletas e gente do mundo todo." Bem, acho que o pessoal não conseguiu fugir muito dos clichês: está ali a palavra "Rio", o Corcovado, as cores brasileiras e até o Cristo Redentor. Repito, ficou muito bonita e bem resolvida a união das referências. Eu diria que "a fonte inspiradora foi trabalhada de forma muito criativa e inovadora".
Logomarca Oficial da Olimpíada Rio 2016
Fica a cargo do julgamento de cada um, mas é impossível que numa equipe de 40 cocriadores nenhum deles conheça a obra de Matisse ou sua referência no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Não acredito na ideia de plágio, mas o episódio deve servir de lição para uma maior transparência ao se expor um processo criativo. Não seria demérito algum que se citasse a inspiração inicial na obra de um gênio da pintura.

Texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

sábado, 1 de janeiro de 2011

Saldo positivo de 2010

Comentei em outra postagem, 2010 trouxe alguns presentes para mim. Correndo o risco de esquecer de alguns, fiz uma pequena listinha:
  • O ano começou muitíssimo bem com a aprovação recorde de 54 alunos do Núcleo De Aprendizagem no vestibular UFMG-2010, dentre eles sete novos futuros colegas biólogos.
  • No meio do ano, finalmente consegui participar do Curso de Manejo de Áreas Verdes em Holambra, com o mestre Gustaaf Winters, em companhia das queridas colegas Regina Márcia, Adriana Drummond e Rosimayre Gontijo.
  • Em julho foi a oportunidade de retornar a Caxambu, depois de 15 anos de ausência.
  • Muito marcante foi a descoberta dos blogs setelagoanos com especial referência ao No Prelo, Flávio de Castro, cCelle e Poems? Fusiles? Sûr. Uma oportunidade excelente criar novos ou ativar antigos contatos com pessoas especiais.
  • Ao longo do ano foram várias visitas à Serra do Cipó, com ênfase especial às caminhadas no Parque Nacional. Muitas imagens foram capturadas e compartilhadas com os seguidores do blog.
  • O reencontro com o amigo de infância, Rogério Campolina, desta vez em Interlagos para acompanhar o GP de Fórmula I. Eu e Rogério éramos crianças fissuradas com a Fórmula I desde o início da década de 1970, quando não perdíamos a transmissão de um GP pela TV ou pelo rádio. Claro, lá em Interlagos, o reencontro com os amigos Woody e Carlão.

Bom, tem a listinha de coisas não muito boas, como a dengue que me pegou de jeito. Mas é melhor deixar isso de lado. O melhor é torcer para a cada ano a lista de coisas muito boas ser sempre a mais extensa.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

Reveillon 2011 - Fogos na Lagoa Paulino

2011 chegou com uma fina garoa. Milhares de pessoas nas margens da Lagoa Paulino deram adeus ao ano de 2010 e receberam o Ano Novo com muita alegria. No coração de todos, a esperança de tempos cada vez melhores para nossa cidade e para todos os cidadãos.

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 Fotos: Ramon Lamar de Oliveira Junior

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Córrego do Diogo: com a proteção dos céus...

Fico maravilhado com a confiança da Prefeitura Municipal, entra governo... sai governo, entra ano... sai ano, em relação ao Córrego do Diogo. 
Verdadeiramente, não temos aqui um caso típico de "estado laico". Há que se confiar muito na providência divina para evitar mais mortes no Córrego do Diogo. 
A bendita mureta não consegue ser concretizada mesmo. Alguns trechos ela está lá... meio fraquinha... mas está lá. Outros trechos "protegidos" pelo Boulevard (até que a enchente o detone). E em outros espera-se que o matagal seja capaz de impedir a queda dos veículos lá dentro. Aliás, o matagal é muito útil pois os condutores são obrigados a trafegar mais afastados do córrego por razões de visibilidade (principalmente ao cruzá-lo nas pontes) ou ainda para evitar o ataque de onças e dinossauros carnívoros.

 
 
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Vai, 2010!!! Quem sabe em 2011...

Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Sete Lagoas tem bafômetro?

Desculpem-me os leitores. Mas tem horas que eu preferia ser analfabeto para não ser capaz de ler e entender certas coisas. 
De quê adianta uma legislação punitiva em relação ao motorista que dirige embriagado se uma cidade do porte de Sete Lagoas não possui o bafômetro numa época de festas, onde sabidamente as pessoas "enchem a cara"? Teremos o milagroso aparelho aqui no período de carnaval? Ou Sete Lagoas é cidade-sem-lei mesmo e pronto acabou?
Acabo de ler no "Sete Dias" (clique aqui), em relação ao episódio que vitimou a pequena Iasmin, que o bafômetro "estava emprestado para a polícia de Belo Horizonte"EMPRESTADO! Eu já havia lido que ele (o único, o benditeufruto) estava em manutenção, mas EMPRESTADO??? Quer dizer que Belo Horizonte também está carente do aparelho? As vidas de Belo Horizonte são mais valiosas do que as de Sete Lagoas? O quê dizer do resto das nossas Minas Gerais, então? E do resto do país? A "Lei Seca" foi apenas mais um palco iluminado das nossas perdidas ilusões de que o Estado funciona e se preocupa com os cidadãos? A p**** dos impostos que pagamos não pode ser revertida para uma cidade de 214.000 habitantes ter uns 3 bafômetros funcionantes e uns 100 gramas de bom senso (que é grátis!)? Muros vão continuar caindo sobre os nossos filhos e nossas mães vão continuar sendo atropeladas ao atravessarem as ruas?
Difícil, numa hora dessas, saber quem está mais errado. Fácil é saber quem faleceu, quem se encontra com o coração ferido pela perda de um ente querido. Fácil é dar as condolências e fazer promessas vãs em relação ao conceito de justiça "dos homens" ou "de Deus".

Ramon Lamar de Oliveira Junior

Homenagem ao Ângelo Machado

Acabo de receber do cunhado Alexandre um e-mail relatando a homenagem feita pela CEMIG ao meu querido mestre Ângelo Machado, na forma de uma das páginas do calendário 2011.


Fui aluno do Ângelo no curso de medicina, na disciplina Neuroanatomia. O livro-texto, de sua autoria,  é um best-seller dos cursos de graduação da área biomédica em todo o país. 
Formado em medicina, o Dr. Ângelo Machado (conforme relatava para nós alunos) pouco atuou como médico. Corria já em seu sangue e nas suas sinapses a extrema capacidade como pesquisador. Começou trabalhando com a glândula pineal em um episódio que nos relatou de forma muito cômica (aliás, um artista também no teatro, sendo uma das cabeças pensantes do Show Medicina UFMG). Contou-nos ele, mais ou menos assim: "Eu era monitor de anatomia e vivia enchendo o saco de meu orientador. Perguntava o tempo todo o quê eu poderia pesquisar. Um dia ele apelou comigo e me mandou estudar a glândula pineal do tatu. Lá fui eu todo feliz procurando tatus para estudar a pineal. Foi então que descobri que o tatu não tinha glândula pineal. Descoberta mesmo, ninguém sabia disso. E aprendi muito sobre a pineal pois é bem mais difícil provar que alguma coisa não existe." Tornou-se o Ângelo, então, uma das maiores autoridades do mundo em glândula pineal. 
Casou-se com a também pesquisadora Conceição Machado (infelizmente já falecida). Conforme o Ângelo, a Conceição era estagiária no mesmo laboratório, tendo sido a "maior descoberta feita em suas pesquisas". Nem consigo imaginar o dia a dia dos dois. Gênios da pesquisa, disciplinados nas obrigações e discretos no trato com as pessoas, dois grandes cientistas brasileiros sob o mesmo teto. Com a Conceição tive pouca experiência como aluno (apenas algumas aulas durante a graduação, na disciplina de Embriologia Médica) e algumas palestras em congressos. Mas sempre tive a atenção e o auxílio dela quando precisei. Conceição participou da minha banca de seleção ao mestrado. Temida por todos os candidatos, eu via nela uma figura amiga, mas sabia que ela não me pouparia de suas inquisições fortes durante a banca (e não poupou mesmo). Infelizmente o câncer a afastou das aulas e não tive a felicidade de tê-la como professora na disciplina Biologia Celular.  Não sei se foi coincidência, a CEMIG ter reservado o mês de Dezembro para a homenagem ao Ângelo, nas entrelinhas (ali no dia 8) uma citação à Conceição.
Voltando ao Ângelo, o mesmo era um exímio pesquisador de libélulas, seu hobby. Em casa guardava (ou ainda guarda) uma coleção de 30.000 libélulas. Pesquisadores do exterior vinham a BH para estudar os seus espécimes. Até perdido na selva amazônica o Ângelo ficou ao perseguir uma libélula e perder os óculos num tombo.
Aposentou-se da Neuroanatomia depois de 30 anos de dedicação ao Departamento de Morfologia da UFMG e ingressou no Departamento de Zoologia para lecionar sobre os insetos. Uma vez encontrei-o no elevador. Engraçado como sempre ele me contou que teria que dar uma aulas sobre Protistas, para substituir um professor que estava de licença. Nas mãos dois grossos volumes sobre Protistas e a reclamação em tom de gozação: "Agora vou ter que estudar esses tais protistas para dar a aula. Na minha época isso nem existia. Olha só, Protistas!"
Criador da Fundação Biodiversitas, editor da Revista Ciência Hoje e dezenas de outras atribuições. Ângelo Machado é merecedor de todas as homenagens que possa receber. Obrigado à CEMIG por jogar mais luz sobre essa carreira que, no meu entender, é a mais luminosa que já conheci.
Texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Praças e recomposição de sub-bosque

Dia da inauguração da praça. 
Uma festa só. 
Prefeito, vereador, secretários de meio ambiente, turismo, educação e mais uma leva que não entende nada do assunto estão ali para bater palmas, discursar ("nunca antes na história dessa cidade...") e principalmente aparecer nas fotografias, nem que seja como o tradicional "papagaio-de-pirata". 
A área verde da praça está toda gramada, as mudas de árvores com cerca de 2 metros de altura prometem "para breve" uma praça fresquinha e aconchegante. Ali as crianças poderão brincar sob o olhar tranquilo das mamães e dos papais. Be-le-zu-ra!!!
Contudo, após dois ou três anos a grama não existe mais em grande parte da praça. Especialmente debaixo das árvores, que agora frondosas não deixam a luz chegar para o trabalho fotossintético do gramado. O prefeito já é outro, mudou tudo, e não há razão para se tentar recuperar a praça. Afinal de contas, não adianta plantar grama debaixo das árvores. A grama vai morrer de novo. Porcarias de árvores!!!

Ilha do Milito: cartão postal não pode ser desse jeito!
Ô cabecinha fraca (cabus fraquismus, como diz um frequentador assíduo deste blog). O crescimento natural das árvores cria um novo microclima na praça: o sub-bosque. E um novo microclima exige uma nova vegetação rasteira. Grama não é a única forração possível para praças. Existem várias espécies que bem suportam (e adoram) a sombra. Como muitas dessas espécies possuem grandes folhas coloridas, a praça ganha em beleza. As mulheres que apreciam plantas em casa sabem muito bem disso. Uma bela folhagem pode ser tão bonita quanto uma flor. Aliás, o que seria da maioria das begônias (clique aqui) se não tivessem uma folhagem tão interessante?
Por sugestão do meu mestre e guru do paisagismo, Gustaaf Winters, faça uma visita ao site www.racosta.com.br. Depois clique em produtos e confira as calatéias, alocásias, heras, filodendros e difenbáquias. 
A partir disso, cumpra-se um dos mandamentos do paisagismo: o solo do canteiro não deve ficar exposto!
Simples demais, não é? Então o que estamos esperando? Mãos a obra!!!
Como em Sete Lagoas é quase impossível a adoção de uma praça (já estamos tentando há vários meses e nada), esperamos que o pessoal responsável por essa área aprenda um pouco aqui e comecem a fazer as coisas de uma maneira mais técnica. 

Texto e foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Arco-íris

De vez em quando, aqui da minha janela, vejo e registro aquelas nuvens de poluição que levam o pó-de-carvão que ainda castiga o meu querido Boa Vista. Mas algumas outras vezes sou brindado com visões como esta e fico feliz de ter nascido num bairro que esconde um pote de ouro.

Ao entardecer do dia 28 de dezembro de 2010. [Clique para ampliar]
Foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Em apoio ao Flávio de Castro e outras considerações

Cogita-se, no apagar das luzes do ano de 2010, a reforma do secretariado municipal. Realmente, muitos secretários e outros membros do primeiro escalão estão devendo e muito. Alguns são praticamente ausentes da vida pública e quando aparecem soltam ou balbuciam afirmações que mostram um profundo desconhecimento da cidade que "ajudam" a "administrar". Dar a cara a tapa que é bom mesmo, eles não fazem.
O Sr. Flávio de Castro é um dos poucos que se salva. O homem aparece quando é chamado, não se esconde e nem manda mensageiro. Mantém um blog (que só ele não sabe que é proibido* e talvez seja até uma das principais causas dos seus tormentos - mas também das suas alegrias) e a todos responde com conhecimento de causa e serenidade. Responde até aos anônimos - que já expurguei deste blog por absoluta falta de possibilidade de travar um diálogo com o desconhecido. 
O Flávio tem raciocínio claro e um objetivo na administração da Secretaria de Planejamento que ocupa. E é objetivo simples: fazer a secretaria funcionar nos moldes da lei. Ele só não contava que tentar fazer isso numa cidade-sem-lei era tarefa hercúlea. Não acima das suas capacidades e dos seus comandados, mas acima do respeito que uma pessoa que traça essa meta deve receber daqueles que dizem defender os interesses da população. Que critiquem a meta abertamente, não seria melhor? Que digam aos quatro ventos e aos sete lagos encantados que "lei é bobagem" que o que vale é o "jeitinho brasileiro". Que um sujeito não pode atravancar o crescimento de uma cidade exigindo que todos cumpram a lei - a tal lei não foi feita para todos, oras!
A convivência com o Flávio, virtual e real (em um papo descontraído de coisa de uma hora na Serra do Cipó), foi um dos melhores presentes que recebi em 2010**. E a torcida pela sua permanência na Secretaria de Planejamento é sincera.
O pessimismo me abraça justamente numa época de festas. Fico sabendo que, também no apagar das luzes, o executivo municipal deferiu anuência ao projeto (oculto, diga-se de passagem) de ocupação da área verde da Lagoa da Chácara com um condomínio de luxo. Vejo que as APAs da cidade em nada evoluíram e continuam a margem da legislação. Vejo que as únicas áreas verdes pujantes na cidade são os matagais que crescem em lotes vagos, algumas "praças" e no canteiro central da Marechal Castelo Branco - porta principal de entrada da cidade turística. E é esse pior do que está que vem ficando mais e mais a cada ano. "- Ah, são preocupações de biólogo", dirão alguns. Em verdade, prefiro não ter que elencar outros disparates que ocorrem pela cidade, optando por explanar apenas em relação a assuntos pertinentes à minha formação acadêmica. Não sou cego nem bobo em relação a outras questões, apenas prudente.
Desde já afirmo: só votarei para prefeito em 2012 naquele que, de antemão, anunciar quais serão seus futuros secretários. E que assuma o compromisso de apoiá-los em suas ações e diretrizes (devidamente explanadas e debaticas com os eleitores). Se o sistema não pode funcionar assim, então também não precisará do meu voto. Não posso dar um voto (que é de confiança) num sistema sem um norte claro e realizável.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

* Ainda não me convenceram que os blogs de funcionários (diretos ou indiretos) da administração são vistos com maus olhos pela alta cúpula.
** Vou tentar criar um tópico com os grandes presentes que recebi em 2010. Talvez dê cores vivas e espante um pouco o pessimismo.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Essa eu não sabia...

Deu no Sete Dias (clique aqui):

Confira a coluna SEM RESERVA da semana (23/12/2010):

DE FÉRIAS: O presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Ronaldo de Andrade, entrou de férias no dia 16 de dezembro. Coincidência ou não, um dia depois de que foi encontrada uma bomba prestes a explodir em uma das unidades da autarquia. Agora quem está com o abacaxi nas mãos enquanto o chefe descansa é Sandra Nogueira, diretora administrativa-financeira da autarquia.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Moradores do Boa Vista e Bairro Fátima reclamam da falta de água

(Notícia veiculada no www.setelagoas.com.br - clique aqui para vê-la na íntegra.)

Citando depoimentos de moradores dos dois bairros, Cíntia Rezende do setelagoas.com.br presta inestimável serviço de utildade pública. Transcrevo abaixo alguns dos depoimentos:
“A gente liga para lá (SAAE), mas eles dizem que não é falta de água, mas sim um problema na região. Só que até o momento eles não falam qual é o problema e enquanto isso a gente tem que acordar às cinco horas da manhã para pegar água, antes que ela acabe.”
 “É sempre assim. Falta água e eu não aguento mais ficar sem ter água para nada.”
 “O que está acontecendo aqui, também acontece no Bairro Boa Vista. Eu particularmente nunca vi uma equipe do SAAE vir aqui para verificar o problema.”
 Novamente, rogamos ao SAAE uma explicação para levar aos moradores dos dois bairros. 

Ramon Lamar de Oliveira Junior

Pelas ruas da cidade... (2)

Espatódea ou maria-mijona
Extremosa ou resedá
Ficus elastica (pseudofrutos)
Leguminosa
Paineira ou barriguda
Triplaris brasiliensis (pau-formiga) fêmea
Triplaris brasiliensis (pau-formiga) macho
Essas fotos fazem parte de projeto de pesquisa que vem sendo realizado mensalmente por mim e pela arquiteta Regina Márcia Moura. O objetivo é o acompanhamento da variação das características de cerca de 50 espécies utilizadas no paisagismo urbano de Sete Lagoas (MG). Aspectos como época de floração, formação de frutos e queda de folhas estão sendo analisados e tabulados.

Fotos: Ramon Lamar de Oliveira Junior

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Alguns dados do orçamento municipal para 2011

Divulgados pelo blog No Prelo, do Marcão. Aprovados pela Câmara Municipal com 16 emendas:

SÉRIE A
SAAE - R$ 147.744.355,00
Fundo Municipal de Saúde - R$ 116.000.000,00
Secretaria de Educação - R$ 60.000.000,00
Secretaria de Obras - R$ 38.600.000,00
Secretaria de Meio Ambiente - R$ 15.000.000,00
Câmara Municipal - R$ 11.690.000,00

SÉRIE B
Secretaria de Cultura e Comunicação - R$ 3.700.000,00
Chefia de Gabinete - R$ 1.200.000,00
Fundo Municipal de Cultura - R$ 180.000,00

CAMPEONATO DE JOGO DE BOTÃO
Fundo Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural - R$ 28,00
Fundo Municipal de Apoio ao Esporte - R$ 8,00
Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa - R$ 7,00
Fundo Municipal de Turismo - R$ 5,00

Prédio onde funciona a Câmara Municipal. O reflexo ficou um pouco distorcido. Tentei melhorar a imagem mas não consegui. Conclusão: melhorar a imagem nem sempre é tarefa fácil. Quem sabe, com o passar do tempo eu consiga uma foto melhor.
Fiquei sem entender o motivo do Fundo Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural receber um volume de dinheiro 4 vezes maior do que o volume destinado ao Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa.

Foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior