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sexta-feira, 1 de julho de 2011

A tipuana e a erva-de-passarinho.

A tipuana (Tipuana tipu) é aquela árvore frondosa da praça Alexandre Lanza. No final do ano, ela costuma cobrir-se com flores amarelas. Algumas pessoas confundem tudo, e acham que é um exemplar de pau-brasil. Veja as imagens abaixo:

 Tipuana da praça Alexandre Lanza e suas flores.

Uma árvore tão bonita merecia mais atenção. O problema dela é que não existe fiação alguma passando por lá, então não ocorrem podas. Mas também, mesmo que fossem feitas podas o problema atual iria persistir. Qual é o problema?
A tipuana, como a gigantesca maioria da arborização urbana da cidade, está coberta com erva-de-passarinho. A erva-de-passarinho (Struthantus flexicaulis) é uma planta parasita que retira a seiva bruta da planta hospedeira, matando-a lentamente ou provocando alterações que levam a queda de galhos, por exemplo. No caso, observem as fotos abaixo, a parasita já está coberta de frutos. São exatamente esses frutos que são ingeridos por pássaros. As sementes viáveis são eliminadas nas fezes dos pássaros sobre outras árvores e a praga sofre dispersão maior ainda.


Detalhe dos frutos da erva-de-passarinho.
Já passou da hora da Secretaria de Meio Ambiente realizar uma campanha de erradicação das plantas parasitas. Há que se assumir a responsabilidade dos cuidados com a arborização urbana. Atualmente, não há cuidado algum. Muito raramente - como foi feito nas castanheiras da Monsenhor Messias e nos paus-ferro da Villa Lobos há coisa de seis meses - é realizada alguma poda para evitar quedas (e podas muito mal feitas, no caso dos paus-ferro com destopamento de várias árvores). No entanto, não se aproveitou do momento da poda para retirar as parasitas: absurdo. Poda mesmo, quem faz é a CEMIG (através de empresas terceirizadas). E que podas terríveis!
Não vejo lá muitos direitos para quem não exerce seus deveres. Como pode a SEMMA pensar em multar quem poda a árvore em frente à própria casa se a Secretaria não cuida como deveria das árvores da cidade? Vamos lá, gente, vamos fazer um Plano Municipal de Arborização Urbana. Vamos estabelecer calendários de podas preventivas, programa de remoção de parasitas, programa de substituição de árvores inadequadas como as figueiras, flamboyants e castanheiras nas calçadas ou outras gigantescas que se encontram sob a fiação... vamos!!!
Dá para fazer? Afinal de contas, a economia da cidade está indo bem ou mal das pernas? Na hora dos delírios para atrair novas e mais empresas, somos dotados de uma economia pujante. Na hora de gastar dinheiro com coisas necessárias (como o caso da Biblioteca Pública), estamos quebrados? Transtorno bipolar, só pode.

Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Antes que algumas pessoas fique nervosinhas, estou cansado de saber que o problema não começou no atual mandato. Mas também estou cansado de saber que se não começarmos a ter planos de trabalho, os problemas nunca serão resolvidos.

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