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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Congestionamento no site do SISU, de novo!!!

Repetindo o fiasco de 2009! O site do SISU continua, na manhã desta segunda-feira, com um congestionamento monstruoso. É praticamente impossível abrir a página. Muitas vezes os candidatos abrem, fazem as opções de curso e o sistema trava, não sendo possível salvar as alterações. Um ano depois o INEP/MEC não conseguiu resolver o problema. 
Ontem, o MEC fez um pedido de paciência, amplamente divulgado pela imprensa:
"Segundo a assessoria de imprensa do MEC, é preciso paciência. O ministério trabalha para dar mais agilidade ao sistema, mas alega que são muitas pessoas tentando se inscrever ao mesmo tempo – o site chegou a ter 150 mil acessos simultâneos e 600 acessos por minuto. A expectativa dos organizadores é que o acesso seja normalizado até o fim do dia."
Não normalizou e hoje continua luta dos candidatos. Lamentável...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Turismo, capina, obras... descompasso total!!!

Conforme ampla divulgação da Seltur, começou (ou deveria ter começado) hoje mais uma edição do Projeto Conhecer Sete Lagoas.
Fui até a Serra de Santa Helena e perguntei a dois moradores sobre o ônibus do Projeto. Disseram que não viram. A estrada da subida continua sem capina e os buracos aumentando.
É o total descompasso entre a Secretaria de Turismo, a Seltur, a Secretaria de Obras e a Secretaria de Meio Ambiente. Depois insistem em alegar que Sete Lagoas é uma cidade turística. A única cidade turística que conheço que não se prepara para receber os turistas. O Carnasete tem status de turismo. Até o Secretário de Governo faz propaganda dele no Twitter. Os pontos turísticos de beleza cênica ou importância histórica ficam relegados a terceiro plano. Bom mesmo é Carnaval no estilo folia e bebedeira. Conseguiram até acabar com  os desfiles das escolas de samba, que pelo menos tinham um apelo popular, torcida e tudo. Não era uma Marquês de Sapucaí, mas muita gente tem saudade. Talvez, caiba a pergunta: QUAL TURISMO NÓS QUEREMOS?
Quando os cursos superiores de turismo desembarcaram em Sete Lagoas, eu achei que podia dar resultado. Não deu. A mentalidade não mudou. 

 
Sendo biólogo, eu nem deveria reclamar tanto. Afinal, nunca antes na história dessa cidade o verde foi tão preservado. Pena que é o verde do mato. Até árvores imunes de corte estão ameaçadas, como é o caso da Sapucaia dos fundos do Casarão. Aliás, a Secretaria de Planejamento estava lutando para preservar a Sapucaia, será que continuará com poder para isso?
De positivo na Serra de Santa Helena, conforme relato dos moradores, é a ação da Polícia Militar que praticamente acabou com a baderna lá em cima. Mas a placa de "PROIBIDO SOM AUTOMOTIVO" ainda não está lá. Se o entorno da igrejinha é propriedade particular (Diocese), eles não podem colocar esse tipo de placa? Vamos precisar de leis e leis complementares e bla bla bla?
Aproveitando o passeio, paramos às margens da Lagoa do Cercadinho para registrar mais uma vez o descaso com uma das 7 lagoas.

Lagoa do Cercadinho
Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

sábado, 15 de janeiro de 2011

(Tentativa de) explicar as notas do ENEM

Vamos tentar explicar as notas do ENEM. 
Muitos alunos têm perguntado o motivo das notas tão discrepantes entre as disciplinas. A grande confusão está no fato da nota não ser linear, ou seja, não ser proporcional ao número de acertos. Sendo assim, 50% de acertos na prova de LINGUAGENS E CÓDIGOS não corresponderá à mesma nota de 50% de acertos na prova de MATEMÁTICA. Isso ocorre porque a nota obtida refere-se à "posição" conseguida pelo candidato em um "ranking" de todos os candidatos naquela prova. A porcentagem de acertos mediana (aquela que separa os candidatos em dois grupos de exatamente o mesmo tamanho) corresponde à nota 500.
Vamos supor uma prova onde a distribuição dos acertos ocorre de acordo com uma curva que chamamos de curva normal. Poucos candidatos acertaram poucas questões. Poucos candidatos acertaram muitas questões. A maioria dos candidatos teve um acerto próximo a 50%. Nessa curva, a média e a mediana são iguais, dividindo a população de candidatos em dois grupos de mesmo tamanho, ou seja, metade dos candidatos acertaram menos de 50% e metade mais de 50%. Verifique a imagem abaixo:

Nesse caso, o percentual de acertos é diretamente proporcional à nota. Bastaria multiplicar o percentual de acertos por 10 para termos a nota do candidato.
Para entender as notas de LINGUAGENS E CÓDIGOS e MATEMÁTICA, vamos considerar que você acertou 50% das questões.
Na prova de LINGUAGENS E CÓDIGOS o percentual de acertos que representa a mediana é muito alto (a curva está "deslocada para a direita"). Isso ocorre porque, de uma maneira geral, os candidatos têm mais facilidade nessa prova. Analise o gráfico abaixo:

Com isso, a mediana desloca-se para a direita (lembre-se que a mediana é o número de acertos que divide o total de candidatos em dois grupos de mesmo tamanho). A mediana corresponderá à nota 500 (sempre). Então, se a mediana for maior do que 50% de acertos, e você acertou metade das questões  (menos do que a mediana) ficará com nota menor do que 500.
Já a prova de MATEMÁTICA tem um grau maior de dificuldade para os candidatos. A curva "desloca-se para a esquerda". Observe o gráfico:

A mediana agora é menor do que 50% dos acertos, mas continua valendo 500. Logo, se você acertou metade das questões (mais do que a mediana) sua nota será maior que 500.
A ideia geral é essa. Espero que tenham entendido. 
Em caso de dúvidas, podem perguntar nos comentários. Mas lembro: essa é a ideia em torno das notas da avaliação. O método pressupõe alguns ajustes estatísticos. Detalhes sobre a metodologia adotada eu não tenho, apenas o que já foi publicado.

Mas precisamos considerar outras coisas:

- A TRI (Teoria de Resposta ao Item) não confere o mesmo valor a todas as questões. O valor é conferido conforme o grau de dificuldade da questão (avaliado previamente em testes que ninguém sabe quando, onde e como foram feitos). Portanto, candidatos com o mesmo número de acertos podem ficar com notas diferentes. O INEP/MEC deveria divulgar o grau de dificuldade de cada questão e o valor que cada uma recebeu. Isso chama-se transparência.
- A TRI pode desconsiderar aqueles acertos de questões difíceis quando o candidato errou as fáceis. O programa interpreta essa situação como "chute". E o candidato não fica sabendo o que foi considerado certo e o que não foi. A divulgação desse dado também seria um sinônimo de transparência. Isso é uma doideira. Imagine se eu aplico uma prova para meus alunos de colégio e só considero as respostas das questões difíceis se eles tiverem acertado as fáceis. Sou enforcado e esquartejado no dia seguinte.
- Se o Ministério Público resolver questionar esses pontos o INEP/MEC vai ficar em maus lençóis. Terá que apresentar a planilha de notas para cada candidato. Eles têm condição de fazer isso. Seria muito interessante.

Abração!

Texto e gráficos: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Ajuda aos desabrigados do Rio de Janeiro.

Muito boa a iniciativa da Prefeitura em recolher donativos para os desabrigados do Rio de Janeiro. Li no www.setelagoas.com.br:

Sete Lagoas recolhe donativos para as vítimas das chuvas no Rio de Janeiro

A Secretaria de Governo de Sete Lagoas, localizada na Prefeitura Municipal recebeu durante essa sexta-feira, doações para as vítimas das chuvas no Rio de Janeiro.
Foram doados alimentos não perecíveis, colchonetes e roupas. Uma carreta irá recolher as doações e levá-las para as áreas degradadas pelas chuvas no Rio.
Ontem, dia 13 de janeiro, o Governo de Minas anunciou que a Secretaria de Estado de Saúde vai prestar atendimento imediato às solicitações encaminhadas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, oferecendo apoio médico-hospitalar às vítimas das fortes chuvas que atingem a região serrana fluminense.
Até o momento, já chegam a 524 o número de mortos pelas chuvas. Ao todo, são quatro áreas em risco sendo elas Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis e Itaipava.

Só não entendi uma coisa: Não seria uma ação a ser realizada pela Secretaria de Assistência Social? Por que a Secretaria de Governo está coordenando essa ação???

Dúvida: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Carro do Nonô Figueiredo (Stock Car)

Está exposto aqui, em frente ao meu prédio, o carro do Nonô Figueiredo, piloto da Stock Car, da Equipe Boettger. O carro se encontra no pátio da Lubrivip (esquina da Professor Abeylard com Villa Lobos), ostentando o patrocínio da Mobil e a pintura imitando as McLaren da Fórmula 1, exigência do patrocinador que tem seu nome associado às duas equipes.

[Clique na imagem para ampliar.] Foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior
Imagem: globoesporte.globo.com
O post foi muito visitado na última semana. Seguem mais fotos do carro do Nonô.
Para os fãs e admiradores conferirem os detalhes.

Bomba no SAAE: suspeitos serão apontados hoje?

Deu no Sete Dias em 23/12/2010:
Passados nove dias da tentativa de atentado à bomba contra uma unidade do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), o delegado regional de Segurança Pública da Polícia Civil, Oswaldo Wiermann, afirmou que cuida diretamente do caso e, até 15 de janeiro, vai estar com o inquérito concluído. Segundo ele, as investigações estão avançadas e em breve poderá se chegar até os suspeitos de tentarem explodir a casa de máquinas que fica em unidade localizada na Rua Professor Abeylard, próxima à Praça da Feirinha.
Só que depois, em 10/01/2011, saiu esta outra nota:
De acordo com o Delegado de Crimes Contra o Patrimônio, Marco Antônio Rocha Ferreira, a investigação conseguiu apontar a empresa onde foi adquirida a bomba. Ela fica na cidade de Itaúna. [...] As investigações atrasaram, visto o Delegado Regional de Segurança Pública, Oswaldo Wiermann, optou por cuidar diretamente do caso na época da tentativa de atentado. Segundo Marco Antônio Rocha, somente próximo ao dia 31 de dezembro é que o inquérito foi remetido à delegacia de sua alçada. Quando estava com o caso, o delegado Wiermann chegou a afirmor que poderiam estar envolvidos até três suspeitos.
 E então, o inquérito está concluído??? Temos novas datas???

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Tragédias, urbanismo e conscientização

Acabo de receber e-mail do Roda Viva anunciando o entrevistado da próxima segunda-feira (17 de janeiro de 2011). Segue o texto (os grifos em vermelho são por minha conta):

Jaime Lerner
Arquiteto e urbanista

Nos últimos dias o Brasil acompanhou com tristeza o desenrolar da imensa calamidade que se abateu sobre a região serrana do Rio de Janeiro. Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, cidades conhecidas pelo lazer e pelas belas paisagens, sofreram aquela que já é considerada a maior catástrofe urbana do Brasil. Em meio à perplexidade e ao desespero das populações atingidas, o poder público, mais uma vez, chegou tarde. Veio tentar remediar o que poderia ter sido evitado; socorrer quem não precisava ter sofrido; enterrar os inocentes que não deveriam ter morrido.
Sim, todos sabem quem são os inocentes. Mas e os culpados? Há culpados? O Roda Viva dessa segunda-feira não poderia deixar de debater as questões que a tragédia do Rio levanta. Como planejar o crescimento racional das cidades? Como evitar que desastres anunciados venham a acontecer? Como regulamentar a ocupação das encostas? Como educar os governantes e a população e impor limites à ocupação desordenada de áreas de risco? Para ajudar a pensar em respostas a estas questões, vamos receber no centro da nossa roda o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, três vezes prefeito de Curitiba, duas vezes governador do Paraná. Hoje, afastado da política, Lerner é um respeitado consultor internacional, que dispensa maiores apresentações.

Participam como convidados entrevistadores: Paulo Moreira Leite, jornalista; Milton Jung, jornalista da Rádio CBN; Gilberto Scofield, repórter especial do jornal O Globo e Daniel Bergamasco, editor de cotidiano do jornal Folha de S. Paulo.

Apresentação: Marília Gabriela


O Roda Viva é apresentado às segundas a partir das 22h00.
Você pode assistir on-line acessando o site no horário do programa.
http://www2.tvcultura.com.br/rodaviva 


Fiquei pensando na tragédia que se abateu sobre algumas cidades do Rio de Janeiro e na condução da política urbana de Sete Lagoas. 
Logo agora que alguém criou coragem de colocar ordem na casa... o resto da história nós conhecemos.
Queira Deus que a ocupação desordenada, sem infraestrutura e sem destinação adequada do esgoto (como está acontecendo na Lagoa do Brejão) e as obras malucas de engenharia (como o boulevard sobre o Córrego do Diogo) não venham produzir aqui também esse tipo de tragédia.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Estou assistindo a entrevista do Jaime Lerner. Apesar de algumas colocações um pouco confusas e, à primeira vista utópicas, Lerner toca na ferida das questões relativas ao Planejamento Urbano em todos os níveis: moradia, transporte, presença do poder público etc.
Imagem captada durante a entrevista.

Buraco ao lado da Rodoviária

O Paulinho do Boi, ontem, nos alertou para um buraco que se abriu na praça ao lado da rodoviária. 
Hoje, fui lá conferir. Coisa muito estranha. Já tem mais de 24 horas e nem sinalizado está. Pessoas podem cair ali dentro... crianças... políticos... (é perto da obra da NOVA CÂMARA MUNICIPAL).
Parece que um vazamento de água provocou o solapamento do terreno e o gramado afundou. O buraco, externamente com 1 metro quadrado, se expande no solo e caminha para baixo da calçada, bem ao lado do ponto de taxi. No jeito para afundar a calçada e levar algum pedestre lá pra dentro.


Olá, Secretaria de Obras, esse é com vocês, não? Nem precisa de asfalto.
Vamos ao menos sinalizar o local!

Abraços.

Foto e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Serviço para a Secretaria de Assistência Social

E aí, pessoal da Secretaria? Tudo bem aí?
Olha um "causo" para dar uma conferida.
Fica logo ali, na Praça Alexandre Lanza, 123. Bem fácil de encontrar.
Melhor encaminhar o cidadão para um abrigo, não?
Abraços!!!


Foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Lagoa do Brejão: onde está o poder público?

O Fabiano, leitor do blog, enviou um comentário solicitando que eu fizesse uma visita para conhecer a situação em que se encontra a Lagoa do Brejão. Dizia ele do lançamento de esgoto in natura na lagoa e da ausência de solução pelo SAAE e pela Secretaria de Meio Ambiente. 
A Lagoa do Brejão encontra-se na saída da cidade pela "estrada velha". Poucas vezes estive ali antes. Da última vez, já faz muito tempo, estive coletando alguns insetos (coisa de biólogo) e me assustei com a quantidade de caramujos Biomphalaria, transmissores da xistose. Para o ciclo se completar, há necessidade da presença de fezes humanas contaminadas na água, coisa que na época era inexistente ou desprezível. Não encontrei o caramujo por lá dessa vez, mas só tive acesso a uma parte pequena da margem do "brejão". Lagoa mesmo, não existe mais.

Vista da Lagoa do Brejão. São aproximadamente 330 metros de comprimento e 120 metros na largura máxima. [Clique para ampliar e verificar os pontos a e b] Imagem: Google Earth, 29 de junho de 2005.
Ao ler a mensagem do Fabiano, lembrei-me imediatamente da situação. Ontem à tarde, na companhia do Marcão (Estado de Minas e ex-aluno), fui observar o problema de perto. Bem de perto.
Realmente o esgoto está jorrando para dentro da lagoa. No final das ruas Papagaios e Luzia Ferreira da Silva, o esgoto não tem para onde ir, falta uma estação de bombeamento. Ali existe um terreno do SAAE onde, dizem os moradores, o esgoto é armazenado e um caminhão vem recolher. Mas é esgoto demais. Isso não funciona. Não para de jorrar e em determinados horários o volume é muito maior.
Conversando com moradores, tivemos acesso aos exames parasitológicos de fezes de duas crianças que moram bem próximas ao local do lançamento de esgoto. Quatro protozoários em cada uma delas: Entamoeba coli, Entamoeba histolytica e Giardia lamblia estavam presentes nas duas crianças.; uma tinha também a Endolimax nana e a outra a Iodamoeba butschilii. E. histolytica e G. lamblia merecem especial atenção, sendo que as complicações por E. histolytica podem ser fatais. Conforme a mãe, as crianças receberam o tratamento adequado. Os adultos também devem procurar fazer um exame de fezes. Expliquei a eles que as crianças são mais sujeitas à contaminação pelo contato repetido com a terra contaminada, mas os adultos podem ingerir os cistos dos parasitas veiculados para dentro de casas por moscas, por exemplo. Felizmente, nada de xistose nos dois exames.
Vamos ver algumas imagens e os comentários explicativos. Clique nelas para ampliar.

O espelho d'água da Lagoa, que ainda é visível na foto do Google Earth, desapareceu rapidamente em coisa de 2 anos. Foto tirada próximo ao ponto b da imagem anterior.
Imagem do Google Street View obtida em 2009 (infelizmente não temos a data exata) no ponto a. Observe o esgoto minando junto ao poste e a pequena quantidade de aguapés na margem. Uma parte do espelho d'água ainda é visível em meio ao mato.
Foto obtida ontem no ponto a. Verifique que o espelho d'água praticamente desapareceu e os aguapés proliferaram bastante.
Foto obtida no ponto a. Esgoto minando e se espalhando no gramado em direção à lagoa. O cheiro é insuportável. Os aguapés já crescem junto ao local onde o esgoto está minando.

Foto obtida no ponto b. Esgoto correndo em direção à lagoa.
Novamente o esgoto minando no ponto a (observe os aguapés). Mais acima, subindo a rua Papagaios, observe o muro branco pintado de azul. O SAAE "está presente" ali. O tal "tanque para armazenar esgoto" encontra-se lá dentro. Se essa é a melhor solução que a engenharia sanitária do SAAE consegue providenciar no século XXI, estamos perdidos!
Na minha interpretação, é ponto sem contestação. O SAAE falhou na análise técnica, política e humana da situação, tendo deixado os moradores desamparados em relação ao problema. E ainda mais: matou uma lagoa. A resposta, já sabemos antecipadamente, pois é a mesma que vem sendo dada em todos os casos similares: está se sentindo lesado, entre na justiça!
Resta pedir aos leitores do blog que acionem seus conhecidos. Que peçam aos vereadores eleitos que olhem por esses moradores. Que roguem ao executivo municipal e aos novos secretários que tomem alguma providência para resolver o problema. Que implorem ao SAAE, de joelhos talvez, que escutem os problemas que essas famílias estão passando e encontrem solução urgente. Será que a poderosa Secretaria de Obras não tem como ajudar?

Texto e fotos (exceto as referidas ao GE): Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS1: O problema não se resume a SAAE ou COPASA. A COPASA também faz as delas nos municípios onde gerencia o sistema.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Nadab Abelin assumiu duas secretarias?


Claro que não!!! Mas o Secretário de Governo precisa ter mais cuidado ao escrever no Twitter.

Abraços.

Cancelamento de número da Operadora Vivo: um périplo!

"Ganhei" um número da Vivo que poderia falar "de grátis" para o meu celular. 
Ganhei, mas tinha que pagar quase R$ 19,90 por mês. "De grátis" igual a esse eu nunca vi. 
Fui cancelar o tal número na loja Vivo da Lagoa Paulino (tudo em volta da Lagoa, parece até coisa de sapo!) e a funcionária disse que eu tinha que ligar para o *8486 no dia 11 de janeiro. Já estamos no dia 13 e eu não consigo falar na mer...cadoria do número.
Enquanto estou digitando, com o telefone no Viva Voz por mais de 10 minutos, vou escutando uma música que sei lá se é um chorinho-agudo ou um samba-batucado-na-panela que é muito irritante. Música escolhida de propósito para você desistir da operação de cancelamento (só pode!). Ontem não aguentei mais do que 25 minutos de "goteira-na-lata". 
Ops... acabo de ser atendido. Confirmado o cancelamento do meu "prêmio" em uma operação de menos de 2 minutos. Tempo total de ligação 14min e 05segundos.

Texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Conhecendo o Parque da Cascata (2)

3) Briófitas: hepáticas - As hepáticas são plantas muito rudimentares, parentes dos musgos (também pertencem ao grupo das briófitas). São encontradas apenas em locais bastante úmidos no interior das matas ou, preferencialmente, junto a cursos d'água. Apresentam-se como plantas prostradas junto ao solo e sempre ramificadas de maneira dicotômica (dividindo-se em dois). Aliás, a dicotomia nos órgãos das plantas costuma ser um sinal de primitividade da espécie em estudo. As hepáticas das imagens abaixo foram fotografadas no alto da cascata, no córrego, em um local muito bom para escorregar.

Hepáticas no córrego, bem perto da cascata. Parque da Cascata, junho/2008.
4) Pteridófitas: Anemia - A Anemia é uma pteridófita muito interessante. A maioria das pessoas conhece apenas os seus parentes mais comuns: samambaias, samambaiaçus e avencas. No entanto, o grupo das pteridófitas é muito grande e diversificado. O conhecimento popular sobre as samambaias é que elas apresentam “uns pontinhos marrons” debaixo das folhas. Os tais pontinhos são chamados soros e neles são produzidos os esporos reprodutivos das samambaias (reprodução assexuada, diga-se de passagem). No caso da Anemia, os soros não se encontram na face inferior da folha da samambaia, mas constituindo uma folha separada chamada esporófilo (folha que produz esporos). Osmunda é um outro gênero pertencente a esse mesmo grupo e com esporófilo bem desenvolvido. Lembro quando existia uma Osmunda regalis plantada em um vaso num dos corredores do Departamento de Botânica da UFMG, ponto de visitação obrigatória na época do ano quando o esporófilo se desenvolvia.

Na primeira foto, uma Anemia com trofófilo (folha comum, fotossintetizante) e esporófilo. Depois o detalhe do esporófilo. Existem muitas Anemia no caminho da cascata, logo onde começa a trilha no começo do córrego. Parque da Cascata, junho/2008.
Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Conhecendo o Parque da Cascata (1)

Vou começar aqui uma série sobre o Parque da Cascata. Inspirado pelo Claret, proponho mostrar que o Parque da Cascata tem grande importância não só em relação ao aspecto turístico elementar, mas também (e muito) na questão da biodiversidade que merece ser conhecida e preservada. A série constará de algumas imagens e informações sobre os organismos que ali podem ser observados.

1) Cogumelos - A mata fechada é um local propício ao desenvolvimento de uma diversidade de cogumelos e outros fungos. Os micófitos (como também são conhecidos) apreciam os ambientes úmidos, com abundância de matéria orgânica e abrigados da luz solar direta. Na época de chuvas, como agora, os cogumelos fazem a festa. Contudo, o que observamos é apenas uma pequena parte do fungo. A maior parte, as chamadas hifas (filamentos) responsáveis pela nutrição do basidiocarpo ("chapéu" do cogumelo, a "casinha-do-sapo"), prolongam-se por muitos metros no interior do solo ou na madeira apodrecida. O basidiocarpo é apenas o resultado do contato sexual entre as hifas de dois fungos.

Basidiocarpos crescendo sobre madeira apodrecida. Parque da Cascata, janeiro/2011.
2) Briófitas: musgos - As briófitas são plantas muito simples que crescem em ambientes de bastante umidade. É comum observá-los no período de chuvas sobre troncos de árvores, muros antigos e até telhados. Na mata, os musgos crescem vigorosamente apesar de raramente ultrapassarem os 3 centímetros de altura. São plantas extremamente dependentes da água, inclusive para a reprodução. Nas fotos seguintes, observamos duas espécies de musgos com as suas duas fases do ciclo de vida: o gametófito (mais embaixo, com "folhinhas" verdes denominadas filoides) e o esporófito (mais acima, formados por uma haste e uma cápsula produtora de esporos).

Musgos com as fases gametofítica (sexuada) e esporofítica (assexuada). Ao contrário do que se explica na maioria dos livros-texto de biologia, os esporófitos não são completamente aclorofilados. No início do seu desenvolvimento são verdes como pode ser observado nas fotos, posteriormente perdem a clorofila e aí sim, passam a parasitar o gametófito. Parque da Cascata - janeiro/2011.
Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tentando entender a notícia: Projeto Conhecer Sete Lagoas

Acabo de ler no www.setelagoas.com.br a seguinte notícia (clique aqui para acessar a notícia no site do jornal). Em vermelho, meus comentários sobre os pontos que não entendi.

Projeto “Conhecer Sete Lagoas" recomeça dentro de poucos dias


Dentro de poucos dias começa mais uma edição do projeto Conhecer Sete Lagoas, que promove tours pelos pontos turísticos da cidade.  Neste ano, o projeto, que acontece sempre no terceiro domingo do mês,  pretende oferecer aos hóspedes de hotéis e pousadas durante todos os domingos, um pacote turístico. (Vai ser em todos os domingos, só no terceiro domingo, ou estão misturando coisas e seriam duas atividades diferentes? Estou achando que o tour é uma coisa e o pacote turístico é outra. Se for isso mesmo, como seria o tal pacote turístico? Free?)
A informação foi divulgada pelo presidente da Seltur, Sete Lagoas Turismo, Lazer e Cultura S/A, Luciano Lyra. De acordo com Lyra, a previsão é que o primeiro passeio turístico seja já em março. Dentro de poucos dias ou em março? Estará o Lyra falando sobre outro tipo de evento? No calendário ao final da matéria o primeiro passeio é em janeiro. É... acho que são assuntos diferentes misturados na mesma matéria.
Além dos turistas, a Seltur pretende expandir o serviço para grupos específicos com moradores e integrantes de entidades de classe e profissionais liberais. Como assim grupos específicos? Escolhidos "a dedo" ou qualquer cidadão pode ir?
Somente no ano passado, o projeto transportou 960 pessoas em 14 viagens.  Puxa, isso dá uma média de 68 pessoas por viagem. Isso quer dizer 68 pessoas dentro do ônibus? Não seriam 960 pessoas nos dias em que as viagens foram feitas? Aliás, 14 dias é muito pouco para uma cidade turística, não? Vale lembrar que em 2011, o projeto continua a atender ao público com partidas da Praça do CAT. As visitas são feitas na Serra de Santa Helena, Parque da Cascata, Centro Histórico e Gruta Rei do Mato.
Em caso de dúvidas ou agendamento das vistas, basta entrar em contato com a Seltur por meio do telefone (31)3775-2863.  Confira abaixo os dias programados para realização dos passeios:

PROGRAMAÇÃO:
Janeiro – dia 16. (É mês de férias escolares. Por que não em todos os finais de semana (sábado e domingo)? Por que um projeto começa tardiamente em se considerando o avançado do período de férias escolares? A Secretaria de Turismo e a Seltur entram de férias de meados de Dezembro até meados de janeiro?
Fevereiro – dia 20.
Março – dia 20.
Abril – dia 17.
Maio – dia 15.
Junho – dia 19.
Julho – dia 17. (É mês de recesso escolar. Por que não em mais finais de semana (sábado e domingo)?
Agosto – dia 21.
Setembro – dia 18.
Outubro – dia 16.
Novembro – todos os domingos e também dia 24
Em Dezembro, nada?
 
da redação com informações da Seltur e da SECOM/Prefeitura de Sete Lagoas


Dúvidas: Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Vamos correr e mandar dar uma capina geral na estradinha da Serra de Santa Helena, viu gente? Dia 16 tá chegando...

Caminhando para os 10.000 acessos.

Criado em junho do ano passado, o nosso blog está chegando rápido aos 10.000 acessos. O número de visualizações de páginas é bem maior, aproximando-se de 25.000. Atualmente, estamos com uma média mensal em torno de 6.000 visualizações. Todos esses números são bem maiores dos que eu podia imaginar no início.

Um abração para todos que por meio de suas críticas, elogios e sugestões ajudam a construir o blog.

Obrigadão, mesmo!

Ramon Lamar de Oliveira Junior

Teoria das janelas quebradas (4)

Ninguém viu, ninguém vê?
Talvez o OLHO-VIVO, quem sabe?
Ou, no momento, não é prioridade?


Foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Luminárias de LED na feirinha

Tanto no primeiro quarteirão da rua Professor Abeylard, quanto na própria feirinha da praça Dom Carmelo Mota, foram colocadas algumas luminárias de LED.

Dois modelos de luminárias de LED flagrados na feirinha.
A tecnologia de iluminação por LEDs apresenta uma grande economia de energia, apesar do custo inicial alto de sua implantação. Um dos problemas dos LEDs é o foco unidirecional. Uma tentativa de se contornar o problema pode ser vista na segunda foto, que mostra uma luminária onde os LEDs permitem melhor espalhamento da luz. 
E aí, amigos da CEMIG, é isso mesmo? Estamos em testes?

Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Bueiros esperando vítimas

Já tem um tempo que observo o tamanho de alguns bueiros que existem em Sete Lagoas. Apesar de serem extremamente raros, pois concentram-se em apenas algumas ruas da região central, certos bueiros são desproporcionalmente grandes. Aliás, tais aberturas podem ser chamadas de bueiros?

[Clique na imagem para ampliar] Observe, pela proporção com os tijolos que são visíveis no interior do bueiro, que a abertura do mesmo tem cerca de 30 centímetros. Esquina da Rua Amazonas com a Av. Antônio Olinto, logo abaixo do viaduto.
Imagine o risco de uma chuva torrencial arrastar uma criança para dentro da galeria. Nem imagine demais, para não ficar apavorado. Até mesmo a possibilidade (menos dramática) de sacos de lixo serem arrastados lá para dentro, entupindo a galeria e provocando diversos problemas. Que tal uma grade, ou barras que evitem esse tipo de acidente? Pedir desculpas depois não vai adiantar.

Texto e foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Setelagoano assassinado em Recife.

Acabo de ler no www.setelagoas.com.br (clique aqui) sobre a morte brutal de um conterrâneo nosso em Recife. Logo em seguida, recebo telefonema do amigo Paulinho do Boi relatando que se trata do João Luiz, irmão do nosso querido Flávio de Castro. Estou seguindo imediatamente para o velório que irá acontecer no Asilo e já deixo aqui a notícia para todos os leitores do blog e as condolências para a família.

PS.: Estou cheio de assuntos para postar no blog, mas não consigo. Essa agressões gratuitas, insanas e cruéis tiram a nossa energia, roubam a vida de uns e o sorriso da face de todos. Li em alguns jornais de Recife sobre as circunstâncias em que o crime aconteceu. Nem aconselho que leiam a respeito. No velório, entre os amigos Marcão, Paulinho do Boi e o Shell, meu cérebro a todo momento dava um apagão por imaginar o sofrimento do João, vítima da barbárie, e da sua família. Impossível manter a sanidade. E é esse caminho que o mundo está trilhando. Drogados tiraram a vida do João. Talvez por uns trocados, um celular, alguns momentos de não-sei-o-quê nessas mentes doentias, não-humanas. Respeito o trabalho daqueles que se dedicam a remover os drogados desse mundo paralelo, devolvendo-os ao nosso, mas acuso veementemente  e debito esse crime na conta daqueles que demoram, adiam e impõem barreiras para uma ação mais efetiva de socorro aos que ainda podem ser salvos, de prevenção e de combate a esse comércio-da-morte. Enquanto alguns lucram muito nesse balcão (e nem sempre são os traficantes), outros sofrem, engolem em seco, perdem sono, perdem a família, perdem tudo. Está muito próximo de nós. Está à espreita.