Palmeiras imperiais (Roystonea oleracea) são encontradas em profusão na nossa cidade. São as palmeiras que adornam a entrada da cidade pela Castelo Branco ou que compõem o cenário da Lagoa Paulino. Certamente, em uma paisagem dão um tom ao mesmo tempo alegre e majestoso.
As palmeiras imperiais podem ser atacadas por algumas pragas. Uma delas é a broca. A broca é a larva de um besouro que é atraído pelo cheiro característico produzido quando os tecidos lesados da planta sofrem fermentação. Além da destruição de tecidos provocada pelas larvas, o besouro também pode trazer um tipo de verme (nematoide) que produz o apodrecimento dos tecidos da palmeira. Evitar ferimentos em palmeiras é uma das formas de evitar doenças nas mesmas. Você já viu palmeiras com o tronco afinado em um ponto? Ou soltando uma espécie de secreção? É isso!
E o quê que a CEMIG tem a ver com as palmeiras?
Basta ver como foram afixadas as lâmpadas da iluminação natalina no entorno da Lagoa Paulino. De quê adianta publicar "Manual de Arborização" se a CEMIG trabalha com empresas que não têm o mínimo respeito com o meio ambiente? É serviço terceirizado? É. Mas a responsabilidade final é da CEMIG. E da prefeitura que não está fiscalizando essa obra. Breve veremos fotos lindas da iluminação funcionando e ninguém vai ver o pequeno estrago que pode comprometer as palmeiras.
As fotos estão aí embaixo. Nem precisa clicar para ampliar. E aí? Vai ter multa pra isso?
Será que não poderiam usar um elástico ou uma borracha para fazer essa fixação? Para ficar bonito tem que lesar o caule da árvore?
E no final das contas, dá para aplicar o artigo 49 da Lei de Crimes Ambientais?
E no final das contas, dá para aplicar o artigo 49 da Lei de Crimes Ambientais?
"Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia.
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente."
Ramon Lamar de Oliveira Junior
Observação: Essas imagens foram encaminhadas à direção de arborização da CEMIG durante o Circuito de Arborização Urbana que ocorreu em Sete Lagoas recentemente (dia 20 de novembro de 2012). O diretor Pedro Mendes mostrou-se indignado pela forma como a fixação da iluminação foi feita e prometeu providências para que o mesmo não se repita este ano.
Ramon, vou dar uma olhada se é assim que a CEMIG faz na Praça da Liberdade.
ResponderExcluirCoitado do Caramelo, tanto empenho para levar a Sete Lagoas o Natal de Luz. Mas pelo que estamos vendo, as Palmeiras é que sofrem.
Ênio, para você ver como sou um cara legal: corintiano e preocupado com as palmeiras!
ResponderExcluirSe é assim também em BH a explicação é simples: lá eles já perderam o hábito de se preocupar com as plantas faz tempo! Espero que não...
Os festejos em relação às árvores são sempre exagerados, mas a realidade (mostrada aqui de forma clara) é que poucos dão o devido valor. "Uma a mais uma a menos...existem tantas".
ResponderExcluirAbraço. Cláudio.
Cláudio,
ResponderExcluirquando posto esse tipo de questão já fico imaginando as pedradas que vou receber.
Você resumiu muito bem o pensamento corrente que nos apavora: "uma a mais, uma a menos...".
Obrigado demais! Em poucas palavras você resumiu aquilo que parece ser o sentimento generalizado. Nós só vamos perceber quando acabar... talvez um dia ou um ano depois.
Abração!!!