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sábado, 29 de dezembro de 2012
O EFEITO ENEM SOBRE AS VAGAS DA MEDICINA/UFMG PARA OS MINEIROS
Melhor desenhar, aí cada um faz a sua análise. A minha é a que se encontra nos retângulos abaixo.
Diogo, o que vem acontecendo é uma invasão de candidatos paulistas no vestibular medicina UFMG. A mesma coisa que aconteceu no ACRE, onde dos 80 aprovados pelo Sisu nenhum se matriculou em primeira chamada. Só que aqui, ao desistirem da vaga, também alijaram os candidatos locais de fazerem a prova da segunda etapa. Observou os números? As faculdades paulistas exigem até 10 livros para quem vai fazer o vestibular lá, a UFMG não exige a leitura nem de uma revista em quadrinhos para se fazer vestibular aqui. Esse é o problema. Há uma falta de regras, de padronização nessa área, o que provoca uma concorrência desigual. Convém lembrar também que, ao criar uma Universidade em um estado, a União procura com isso privilegiar o ensino para os moradores daquela região. Afinal de contas de onde se originam os impostos? Os impostos não surgem do nada, de dinheiro impresso na Casa da Moeda. É dinheiro dos impostos daqui também, é claro. Daí a ideia de universidades em todos os Estados. Ou não?
Professor: não sei bem qual a premissa do MEC ao manter uma universidade federal em cada Estado, mas seja lá qual for - mesmo que seja oferecer ensino para gente da região - não há como impedir que pessoas de fora venham competir pelas vagas. O dinheiro de todos os brasileiros contribuintes da União, mineiros ou não, vai para o mesmo lugar.
Já vi universidades que cobram conhecimentos regionais, o que, dependendo do curso, pode fazer sentido [Medicina parece ser um caso]. Há um prejuízo para a isonomia da competição, mas faria menos mal do que cobrar obras literárias diferentes de outros vestibulares só com objetivo de proteger os candidatos mineiros, sem que isso contribua para a avaliação dos conhecimentos em Literatura Brasileira.
Diogo, dá no mesmo cobrar conhecimentos regionais (geografia e história do Rio de Janeiro ou do Espírito Santo, como algumas de lá fazem) ou cobrar obras literárias. O que não acho certo é não fazer nada de diferente e ficar como um vestibular nacional e pronto. UNICAMP e USP cobram 10 livros, será por que? Você nunca enxergou isso como uma "proteção aos candidatos paulistas"? Afinal são listas que valem para alguns anos e podem ser lidas por eles ao longo do ensino médio. Além do mais estou apenas constatando uma realidade. Os números e dados são claros e óbvios. Espero que pelo menos os médicos de outros estados que se formarem em Minas Gerais, continuem em Minas Gerais, exercendo a medicina por aqui. Seria menos mal. Abraços.
Quando puder leia a situação da UFAC: http://vestibular.uol.com.br/ultimas-noticias/2012/02/06/com-183-candidatos-por-vaga-medicina-da-ufac-nao-teve-nenhum-matriculado-na-1-chamada.jhtm Não corremos o risco de vagas ociosas aqui na UFMG também?
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Professor, por que as vagas da UFMG têm que ser preenchidas preferencialmente por mineiros? Ela é mantida com recursos federais.
ResponderExcluirDiogo, o que vem acontecendo é uma invasão de candidatos paulistas no vestibular medicina UFMG. A mesma coisa que aconteceu no ACRE, onde dos 80 aprovados pelo Sisu nenhum se matriculou em primeira chamada. Só que aqui, ao desistirem da vaga, também alijaram os candidatos locais de fazerem a prova da segunda etapa. Observou os números? As faculdades paulistas exigem até 10 livros para quem vai fazer o vestibular lá, a UFMG não exige a leitura nem de uma revista em quadrinhos para se fazer vestibular aqui. Esse é o problema. Há uma falta de regras, de padronização nessa área, o que provoca uma concorrência desigual. Convém lembrar também que, ao criar uma Universidade em um estado, a União procura com isso privilegiar o ensino para os moradores daquela região. Afinal de contas de onde se originam os impostos? Os impostos não surgem do nada, de dinheiro impresso na Casa da Moeda. É dinheiro dos impostos daqui também, é claro. Daí a ideia de universidades em todos os Estados. Ou não?
ExcluirProfessor: não sei bem qual a premissa do MEC ao manter uma universidade federal em cada Estado, mas seja lá qual for - mesmo que seja oferecer ensino para gente da região - não há como impedir que pessoas de fora venham competir pelas vagas. O dinheiro de todos os brasileiros contribuintes da União, mineiros ou não, vai para o mesmo lugar.
ResponderExcluirJá vi universidades que cobram conhecimentos regionais, o que, dependendo do curso, pode fazer sentido [Medicina parece ser um caso]. Há um prejuízo para a isonomia da competição, mas faria menos mal do que cobrar obras literárias diferentes de outros vestibulares só com objetivo de proteger os candidatos mineiros, sem que isso contribua para a avaliação dos conhecimentos em Literatura Brasileira.
Diogo, dá no mesmo cobrar conhecimentos regionais (geografia e história do Rio de Janeiro ou do Espírito Santo, como algumas de lá fazem) ou cobrar obras literárias. O que não acho certo é não fazer nada de diferente e ficar como um vestibular nacional e pronto. UNICAMP e USP cobram 10 livros, será por que? Você nunca enxergou isso como uma "proteção aos candidatos paulistas"? Afinal são listas que valem para alguns anos e podem ser lidas por eles ao longo do ensino médio.
ExcluirAlém do mais estou apenas constatando uma realidade. Os números e dados são claros e óbvios. Espero que pelo menos os médicos de outros estados que se formarem em Minas Gerais, continuem em Minas Gerais, exercendo a medicina por aqui. Seria menos mal.
Abraços.
Quando puder leia a situação da UFAC: http://vestibular.uol.com.br/ultimas-noticias/2012/02/06/com-183-candidatos-por-vaga-medicina-da-ufac-nao-teve-nenhum-matriculado-na-1-chamada.jhtm
ExcluirNão corremos o risco de vagas ociosas aqui na UFMG também?