O INEP/MEC publicou um Guia para se entender as notas do ENEM.
O Guia possui algumas pérolas...
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Em outras palavras: você não tem como calcular sua nota no ENEM porque você não tem conhecimento avançado de estatística e nem usa recursos computacionais compatíveis. Só profissionais com larga experiência na área e com formação em estatística, matemática e psicometria conseguem fazê-lo. Mas mesmo assim é feita uma tripla conferência para garantir que eles também não irão errar!!! |
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E se alguma das equipes chegar a valores diferentes? Uai... o Guia não explica esse caso!!! |
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A qualidade do item é a qualidade da questão. De acordo com o parâmetro de dificuldade, cada uma das questões é igualmente difícil para todos os candidatos (ou igualmente fácil). Não interessa se o candidato se preparou mais ou estava nervoso no momento da questão, se o tempo não foi suficiente ou se as condições ambientais são rigorosamente as mesmas (conforto, por exemplo). |
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Agora ficou legal porque probabilidade de acerto de 85% virou certeza na hora do cálculo. A nota é uma função probabilística ou determinística? |
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Milhares quantas? E com questões fora do programa das provas, né? Como a de matrizes em matemática e a de mecanismo de reações orgânicas em química, né? Quem pré-testou essas questões? E quem pré-testou as questões que tinham textos do final de 2011 e início de 2012? |
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Essa eu já suspeitava faz tempo. Para o INEP/MEC a proficiência em Química, Física e Biologia é compatível, ou seja, quem mais sabe química também deverá saber mais física e biologia. Acho que a coisa não é bem assim. Aplicar lei de refração e da difração é mais fácil do que avaliar combustível mais energético? Sei não... sei não... |
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Valores muito próximos 688,2 e 685,4 para coisas tão diferentes. Estranho, não? |
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Jamais passou pela cabecinha tão inteligente de vossas senhorias que uma pessoa pode acertar uma questão difícil de biologia (porque gosta mais e estuda mais biologia) e errar uma questão mais fácil de física (porque gosta menos ou estuda menos física): são ambas da mesma prova!!! O conceito de "no chute" está portanto completamente furado nesse caso. E também ao se comparar álgebra com geometria, história com geografia ou literatura com gramática. |
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O erro repetido: não há como comparar graus de dificuldade de questões de química, física e biologia numa mesma prova. Existem excelentes alunos em biologia que são ruins em física e vice-versa. Parece que tal situação também ocorre aí no INEP. Ao não entender essas situações fáceis de compreender, mostra-se que a proficiência do INEP nesse assunto não deve ser alta! |
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"Uma mentira repetida mil vezes...". Pois é, volto a lembrar se o item 1 for uma questão de física e o item 5 for uma questão de biologia, é bem possível que um bom aluno em biologia acerte o item 5 e erre o item 1. E aí será penalizado com nota menor. Entenderam? Precisa desenhar? Acho que vocês estão precisando de visitar umas escolas e conversar com professores, não com paredes! |
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Seriam alunos do Terceiro Ano do Ensino Médio em condições de aprendizado compatível com o mês de outubro? Porque essa é a população para a qual a prova se destina. Questões de Química Orgânica ou Eletricidade podem ser bem pre-testadas com alunos do Segundo Ano do Ensino Médio? Sinto muito, mas o empirismo dessa etapa é totalmente furado! |
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Engraçado como 14 itens aplicados no Pré-Teste do Ceará em 2011 foram coincidentemente utilizados na prova! Seleção bem feita, não? Qual a probabilidade desse fenômeno ter acontecido usando toda a metodologia acima? |
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Todos nós perguntamos a mesma coisa! Por que não usam o TRI para seus propósitos de comparação de desempenho e não usam o número de acertos para a seleção de candidatos às universidades? E para quê comparar notas se o ENEM de um ano não vale para o Sisu do outro ano (aliás, como foi afirmado no lançamento do NOVO ENEM)? Está muito bonita a escala de proficiência, viu? O Brasil no penúltimo lugar do ranking mundial! |
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QUAL DESSAS AVALIAÇÕES SELECIONA CANDIDATOS A UM NÚMERO DETERMINADO DE VAGAS, OU SEJA, A UM PROCESSO SELETIVO? |
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Engraçado, não creio que estimar um valor e calcular um valor sejam a mesma coisa. Dessa forma, o INEP/MEC descumpre alguns dos princípios básicos da administração pública que são a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência. Já que é impossível que cada um calcule sua nota (os critérios publicados acima são baseados em estimativas), como fica a legalidade do fato? Como se pode recorrer das notas? Mais uma vez afirmo: gostaria muito de ver tais critérios sendo usados no "Exame da Ordem", da OAB. |
Comentários de: Ramon Lamar de Oliveira Junior
Professor
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