Advogou-se em defesa da supressão o fato da podridão presente na base do caule e nas raízes, atestada pela SMMA e por técnicos do IEF. Em outras palavras, foi considerada doente terminal. O argumento foi o de possível queda e ferimento/morte de pessoas ou lesões ao patrimônio. A supressão mostrou que o caule realmente apresentava importante comprometimento. Contudo, pelo grande diâmetro do tronco principal, ainda acredito que uma poda mais extensa (para redução do risco de queda) serviria como aviso à população: "olha, essa árvore está com problemas". Posteriormente, a supressão poderia ser feita sem menores situações de "suscetibilidades feridas".
Pois bem, agora temos o caso recente do Jatobá em terreno particular da Rua Cel. Eurico de Sousa Gomes.
A situação se repetiu. Novamente há o parecer da SMMA de possíveis lesões no tronco e necessidade de supressão para proteger vidas e patrimônios. Acabei de fotografar o caule cortado e realmente há uma lesão na base, conforme a imagem abaixo.
A lesão na base do caule é bem menos extensa do que a que havia na paineira. Novamente, acredito que uma boa poda de redução do peso da árvore poderia também servir para alertar e preparar os espíritos daqueles que defendem as árvores. Mas não foi assim. A supressão foi feita sem aviso algum. Pelo que ouvi falar foram três caminhões de madeira.
Não sou contra supressões. Eu mesmo já pedi supressão de árvore completamente ameaçada (veja AQUI) e outra que já estava morta e colocando a população em risco (veja AQUI). Em ambos os casos fui atendido. E ainda corroborei a necessidade de supressão de uma linda sibipiruna que encontrava-se ocada junto ao hospital da Unimed (veja AQUI). Solicitei também a reposição no local (aí não fui atendido...).
Não sou contra supressões e podas. A questão é que sou amplamente favorável que as questões técnicas sejam colocados à mesa antes da supressão e não depois. É complicado que a população interessada tenha que correr atrás das informações. A maioria não vai, vai apenas "sentar o pau" no acontecido. Eu procuro me informar, mas não tenho aquela disponibilidade para ficar toda hora indo na SMMA solicitando laudos, pareceres e o escambau. E reconheço quando estou errado. Pode ser um pouco difícil argumentar comigo (muitos dizem que é difícil porque sou cheio de argumentos!!!)... mas o diálogo é assim mesmo.
E olha que coisa pior do que supressão de duas árvores foi a questão da APA da Serra de Santa Helena. A dificuldade de costurar algo viável entre vereadores, empreendedores, ambientalistas e técnicos. Não foi fácil. O que eu pedi? Que o Conselho Gestor fosse imediatamente criado. Fui atendido? Não. Então o Conselho Gestor é o CODEMA e como votará o CODEMA? Aguardemos.
Enquanto isso, até para dar uma caminhada e uma espairecida, tirei alguma fotos agora à tarde e sugiro a urgente supressão das árvores seguintes. Todas mortas e com risco de queda, mortes/ferimentos e lesões ao patrimônio:
Eritrina morta na orla da Lagoa Paulino. |
As duas fotos acima sobre a "arquibancada" do campo do Parque Náutico da Boa Vista. |
Praça Dom Carmelo Motta, morta faz tempo. |
E peço também (de novo) a remoção dos galhos podres da Ficus elastica do lado do Ginásio Coberto.
E peço mais atenção ainda para essa Palmeira Imperial da orla da Lagoa Paulino com a rua Luís Privat. Essa angulação da copa (dá para ver no Google Street View) é indicativa de lesões por broca de palmeira. Pode cair e provocar sérios problemas. Folhas de palmeira, caindo em toda orla, isso nem é novidade (apesar de ser igualmente perigoso e precisar de um serviço de manutenção mais ativo).
Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior
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