A Leishmaniose Visceral é uma doença causada por um protozoário (Leishmania) e transmitida ao homem pela picada de mosquitos chamados flebótomos (Lutzomyia). Tais mosquitos reproduzem-se especialmente em matéria orgânica úmida do chão das matas (serrapilheira ou folhiço). Importante lembrar que o folhiço é fundamental para a decomposição das folhas e manutenção do ciclo de nutrientes minerais que é responsável pela estabilidade da vegetação.
O mosquito flebótomo (mosquito palha, cangalhinha ou birigui) é tradicionalmente reconhecido pela sua pouca capacidade de voo. Sendo assim, uma das maiores formas de prevenção da doença é evitar a construção de casas muito próximas das matas. Cães nas proximidades das matas podem ser facilmente contaminados pela picadas das fêmeas que estão em época de reprodução (onde precisam de mais sangue para a produção de ovos). O cuidado com os grandes lotes vagos também é fundamental.
O mosquito flebótomo (mosquito palha, cangalhinha ou birigui) é tradicionalmente reconhecido pela sua pouca capacidade de voo. Sendo assim, uma das maiores formas de prevenção da doença é evitar a construção de casas muito próximas das matas. Cães nas proximidades das matas podem ser facilmente contaminados pela picadas das fêmeas que estão em época de reprodução (onde precisam de mais sangue para a produção de ovos). O cuidado com os grandes lotes vagos também é fundamental.
A Leishmaniose Visceral pode matar. Afetando os órgãos internos (vísceras), o protozoário pode provocar lesões que levam a graves hemorragias e falência de órgãos. O diagnóstico nem sempre é fácil uma vez que a doença pode ser confundida com outras enfermidades que afetam os órgãos internos (como a hepatite, por exemplo).
Infelizmente, a Leishmaniose Visceral tem feito vítimas na Região Metropolitana de Belo Horizonte e também aqui em Sete Lagoas.
Imagem do flebótomo: http://leishmanioses.blogspot.com.br/2009/03/agente-transmissor-flebotomineo.html (com mais informações sobre a leishmaniose). |
Já tem um bom tempo que solicitei os dados abaixo à Superintendência de Vigilância em Saúde. Prontamente fui respondido pela Márcia Costa (Médica Veterinária), mas o tempo estava escasso para analisar os dados com mais atenção. O tempo continua apertado, mas é importante falar sobre esse assunto.
Foram enviados os dados humanos desde 1999 e os dados de cães positivos deste 2007. Também foi enviado o trabalho científico feito por Márcia C. V. B. Costa, Vanessa V. Bahia e José E. M. Pessanha.
TABELA 1: Número de casos de cães positivos para leishmaniose visceral
em Sete Lagoas, MG, de 2007 a 2011.
TABELA 2: Número de casos de leishmaniose visceral em humanos
por bairro de infecção, em Sete Lagoas, MG, de 1999 a 2011.
Os bairros que têm apresentado mais casos de cães contaminados são: JK, Planalto, Alvorada, Montreal e Itapoã.
Em seguida, o número de casos de leishmaniose visceral em humanos em nossa cidade no período de 1999 a 2011.
TABELA 2: Número de casos de leishmaniose visceral em humanos
por bairro de infecção, em Sete Lagoas, MG, de 1999 a 2011.
Ramon Lamar de Oliveira Junior com a
colaboração da Superintendência de Vigilância em Saúde
PS.: Falta colocar um mapa com a localização dos casos por bairro.
Interessante! Bairros próximos à matas como Mangabeiras, Jardim Arizona não apresentam casos. Mas JK e Alvorada ( perto das mesmas matas) apresentam a doença... Ser por quê???
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