Fotos: Ramon Lamar de Oliveira Junior
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
É rir para não chorar...
No início do ano passado, foi divulgado o "conceito" hermético e indecifrável do Boulevard Santa Helena. Agora, apareceu um novo "conceito" no convite para a apresentação do empreendimento para os engenheiros e arquitetos. Bom, pelo menos ficou mais verde...
Coitada da Santa Helena. Tenho certeza que ela não aprova tal agressão. Deveria até ser proibido usar o nome de uma santa numa situação dessas. Por que não mudam o nome para Boulevard Catilina?
A frase latina passaria a fazer mais sentido, também para nós:
Quousque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?
Ramon Lamar de Oliveira Junior
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
A lagoa não está para peixe!
Lagoa Paulino,
lagoa rasa,
matéria orgânica,
manhãzinha,
pouco oxigênio,
peixes fazendo de tudo
para sobreviver.
Biólogo passando,
máquina em punho,
tem que registrar,
senão durante a aula
ninguém acredita.
E noutras lagoas
o drama se repete.
Algumas têm água,
outras só têm nome.
Esgoto no Brejão.
Lixo na Catarina.
Ganância na Chácara.
Um dia, quem sabe,
serão os homens
a buscar o oxigênio
não sei em qual lugar.
Remorso não vai apagar
as ações e omissões
do dia de hoje.
Foto e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Apresentação do Boulevard Santa Helena
Amanhã, às 16 horas, o projeto preliminar do Boulevard Santa Helena será apresentado para engenheiros e arquitetos numa reunião no Museu Municipal. Dessa vez não deve ser apenas o "conceito", aquela coisa vaga.
Não estou querendo "ensinar o Pai Nosso para o vigário", mas peço aos que vão comparecer, que observem bem o mapa da área ou a imagem de satélite.
Boa oportunidade para os engenheiros e arquitetos que têm consciência ambiental fazerem da apresentação uma prévia da Audiência Pública sobre o empreendimento, que será realizada dia 24 de fevereiro.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
É um condomínio de alto padrão? É um avião? Não, é apenas um negócio.
Existe um foco de tensão no pé da Serra de Santa Helena. Escolha a melhor alternativa:
(A) Constrói-se ali um condomínio de alto padrão, em meio a um parque natural com a vegetação preservada o máximo possível, com área de lazer para toda a população;
(B) preserva-se a natureza do local e sua relação com a Área de Proteção Ambiental e o Parque da Cascata criando um Parque Natural Municipal ou;
(C) vamos esquecer esse papo de natureza, de verde, de preservação e construímos um triplo loteamento com cerca de 1773 lotes (sendo 1625 "unifamiliares", 90 "multifamiliares" = prédios e 58 lotes comerciais).
Pois é. O propalado "Parque Residence" ou "Boulevard Santa Helena" será nada mais nada menos do que consta na terceira opção acima. Nada a ver com o discurso divulgado amplamente nos meios de comunicação, como o trecho citado abaixo.
“A proposta de criação de um Parque Residence, inovador e diferenciado, que ao mesmo tempo valoriza Sete Lagoas do ponto de vista de planejamento urbano, contempla a comunidade com o tão sonhado espaço de lazer naquela região, agora possível de ser viabilizado pelo empreendimento e, sobretudo, resgata e revitaliza a Lagoa da Chácara, devolvendo a cidade o seu legítimo nome.” [...] “Agora é diferente, e com tudo isto não poderia faltar um empreendimento imobiliário com esta visão e envergadura para, paralelamente, alavancar o crescimento de nossa terrinha.” (in www.setelagoas.com.br)
Quem acreditou nessa história, comprou gato por lebre. E as imagens poéticas? O "conceito" do "boulevard"? Prosopopeia flácida para acalentar bovino (ou conversa mole para boi dormir, se você prefere assim).
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| Conceito... conceito? Publicado em www.setelagoas.com.br. |
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| Que verde todo é esse? São 1773 lotes!!! Publicado em www.setelagoas.com.br. |
A verdade pode até tardar, mas um dia aparece. Veja na imagem abaixo a planta do empreendimento, obtida a partir do RIMA (Relatório de Impacto Ambiental), documento público disponível na Secretaria Municipal de Meio Ambiente:
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| [Clique na imagem para ampliar] |
A tabela, em cima à direita no mapa, que descreve o número de lotes:
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| [Clique na imagem para ampliar] |
A imagem da área, inclinada para mostrar o relevo:
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| [Clique na imagem para ampliar] Crédito: Google Earth |
A sobreposição da imagem da planta com a imagem da área:
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| [Clique na imagem para ampliar] Crédito: Google Earth |
Algumas observações, para quem não percebeu:
1) Vários lotes "multifamiliares" (em rosa, à direita) estão na proximidade da área alagável, ou seja, quase brejo.
2) Grande parte das "áreas verdes" é representada pela encosta da Serra de Santa Helena.
3) A área institucional (espaços de livre acesso, com fins comunitários de utilidade pública como hospitais, escolas, convivência de idosos, lazer, prática de esportes etc) - identificada na planta como área laranja, não dividida em lotes - encontra-se na encosta da Serra de Santa Helena ou numa área de densa vegetação, assumindo o poder público o ônus financeiro, político e ambiental do desmatamento das mesmas.
4) Os lotes comerciais - em cor laranja, com subdivisões - inexistem no interior dos três blocos de condomínios. São lotes de grande área (em média 2.400 metros quadrados), provavelmente voltados para grandes empresas. Padaria, açougue, livraria... nem pensar.
5) O verde mesmo restringe-se, no fundo, às Áreas de Preservação Ambiental em torno do curso d'água. Nada daquela imagem chique de uma mansão no meio do verde.
Complicado, viu gente. Você pode até defender o empreendimento, compreendo isso. Pode falar em progresso, necessidade de habitações, crescimento da cidade. Compreendo perfeitamente. A família tem todo o direito de advogar um ganho financeiro com a área. Concordo plenamente. Mas por favor, não me fale em preservação ambiental da área em um empreendimento "com esta visão".
Para finalizar, um trechinho publicado na imprensa. Só para fazer pensar:
"Os representantes da empresa foram incisivos ao afirmar que qualquer investimento a ser feito, além de obedecer às normas legais, também só vai acontecer a partir de uma discussão com a sociedade organizada. Sobre os investimentos de imediato, os investidores garantiram que não há nenhuma definição ainda, o que vai depender de levantamento junto ao mercado para conhecer as necessidades da população." in www.setelagoas.com.br, 23/09/2009
Ramon Lamar de Oliveira Junior
PS.: As citações ao www.setelagoas.com.br apenas aconteceram pelo fato do informativo manter seu arquivo de notícias para ampla consulta online, fato este extremamente louvável. Já tenho todas as notícias referentes ao empreendimento (e revistas inclusive) guardadas. No entanto, fica mais prático para o leitor que eu me referencie a páginas ativas na internet. Desde já agradeço e parabenizo todos do www.setelagoas.com.br .
Se em Lavras pode, por que não em Sete Lagoas?
O Parque Ecológico Quedas do Rio Bonito fica localizado em Lavras, Minas Gerais. Para atender o público possui uma ótima infra-estrutura, que oferece conforto e segurança aos seus visitantes, além de preservar uma das mais bonitas paisagens da região. O seu principal objetivo é a preservação ambiental.
O Parque Ecológico Quedas do Rio Bonito, no sul de Minas Gerais, é a maior área verde do município de Lavras e guarda algumas das mais deslumbrantes paisagens da região.
Com uma área de 235 hectares, o Parque apoia-se em um dos contrafortes da Serra do Carrapato, que por sua vez representa uma disjunção da Serra Geral ou do Espinhaço. Estende-se sobre uma região de serras coberta pelo verde de uma floresta tropical fluvial, num prolongamento da mata atlântica.
A água pura e cristalina que brota de várias nascentes forma o ribeirão Vilas Boas que se arroja sobre pedras, resultando em bonitas quedas e em uma piscina natural no sopé da principal queda – a cachoeira do Poço Bonito. Além disso, abriga extensas áreas de campo de altitude, campo rupestre, cerrados, florestas e uma fauna variada que inclui espécies como lobo guará, jaguatirica, tucano, gavião, siriema, macaco sauá, entre outras.
É um lugar privilegiado, principalmente para as pessoas que procuram bem-estar junto à natureza. Possui infra-estrutura para toda à família e conta com atrativos como: cachoeira, piscinas com toboágua, arvorismo, tirolesa, caminhada ecológica, teatro de arena, estacionamento e restaurante.
Uma das principais atrações é a trilha do sauá, em meio à mata nativa, habitat deste primata, onde acontecem várias atividades educativas e que proporcionam momentos de verdadeira interação com a natureza.
Os funcionários são treinados para situações emergenciais, inclusive de resgate em água e terra, proporcionando segurança e bem-estar aos visitantes. Qualquer pessoa é bem vinda ao Parque Ecológico Quedas do Rio Bonito, desde que seja compromissada com a preservação da natureza.
Com uma área de 235 hectares, o Parque apoia-se em um dos contrafortes da Serra do Carrapato, que por sua vez representa uma disjunção da Serra Geral ou do Espinhaço. Estende-se sobre uma região de serras coberta pelo verde de uma floresta tropical fluvial, num prolongamento da mata atlântica.
A água pura e cristalina que brota de várias nascentes forma o ribeirão Vilas Boas que se arroja sobre pedras, resultando em bonitas quedas e em uma piscina natural no sopé da principal queda – a cachoeira do Poço Bonito. Além disso, abriga extensas áreas de campo de altitude, campo rupestre, cerrados, florestas e uma fauna variada que inclui espécies como lobo guará, jaguatirica, tucano, gavião, siriema, macaco sauá, entre outras.
É um lugar privilegiado, principalmente para as pessoas que procuram bem-estar junto à natureza. Possui infra-estrutura para toda à família e conta com atrativos como: cachoeira, piscinas com toboágua, arvorismo, tirolesa, caminhada ecológica, teatro de arena, estacionamento e restaurante.
Uma das principais atrações é a trilha do sauá, em meio à mata nativa, habitat deste primata, onde acontecem várias atividades educativas e que proporcionam momentos de verdadeira interação com a natureza.
Os funcionários são treinados para situações emergenciais, inclusive de resgate em água e terra, proporcionando segurança e bem-estar aos visitantes. Qualquer pessoa é bem vinda ao Parque Ecológico Quedas do Rio Bonito, desde que seja compromissada com a preservação da natureza.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Prefeito e imprensa visitam obras.
Importante a visita a algumas obras feitas pelo prefeito, acompanhado pela imprensa. Fato notório, também levantado pelo prefeito, que diversos problemas de Sete Lagoas não surgiram hoje. A situação precária, pela péssima qualidade da pavimentação de algumas (muitas) ruas e estrutura antiga da canalização de água e esgoto do SAAE, em muito colaboram para os problemas.
Entretanto, cumpre lembrar que muitos membros da atual administração também estavam em mandatos passados. Funcionários de carreira podem apontar os problemas e também as soluções. É necessário ouvir mais os funcionários. A própria oposição precisa ser mais responsável e apontar problemas e soluções. Conversinha de canto de jornal, fofoquinhas, disse-me-disse não levam a nada, apenas a um novo governo que também não atenderá ao "do povo, para o povo e pelo povo".
Precisamos parar com a cultura da descontinuidade de um governo para o outro: não adianta jogar a culpa no passado, e no próximo governo repetir a ladainha e repetir de novo até a exaustão. Quem se candidata a prefeito, sabe o que vai receber de "herança maldita" e de "herança bendita". Todos sabemos que de novembro a março as chuvas chegam e esburaqueiam a cidade. Cai água e o mato cresce, normal. Chuva não é novidade. Novidade será o dia em que nos prepararmos com antecedência para enfrentar o problema: turmas de reparo prontas, turmas de capina preparadas... sem correrias, sem improvisos... sem esperar a grita geral acontecer.
Soluções existem, mas são soluções técnicas. Não existem soluções políticas para esses problemas. Volto a bater na tecla do calendário, do planejamento. O grande dividendo político será conseguido pelo prefeito (governador, presidente...) que souber ouvir os seus técnicos, buscar os recursos necessários e compreender o que o povo precisa a cada momento.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
[Clique aqui para ler uma matéria sobre a visita no www.setelagoas.com.br]
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Caminhões na rua João do Vale
Já comentei aqui no blog a respeito da proibição do trânsito de caminhões em algumas ruas da cidade devido a fragilidade de suas redes de água e esgoto, muito antigas. Infelizmente, placas só não adiantam. Ou fazem obras de engenharia nas esquinas para evitar a conversão dos monstrengos (e aí acabam atrapalhando todos os outros motoristas) ou então uma boa campana e belíssimas multas! Os caminhoneiros certamente não fazem por maldade, mas por desconhecimento do problema abaixo do asfalto. Mas não podem alegar que desconhecem a sinalização proibitiva que se encontra nessas vias.
Os moradores da rua João do Vale (eu mesmo já morei lá) sempre reclamam do barulho dos caminhões nas madrugadas, freadas bruscas, cheiro de freio queimado, pó de carvão e, claro, trincas nas casas. A própria placa de proibição do trânsito de caminhões (esquina com rua Santa Catarina) é depredada muitas vezes ao se chocar com a própria carroceria dos caminhões.
Hoje, eu estava por lá, quando veio um caminhão carregado de carvão subindo a rua. Não tive tempo para fazer uma boa foto. Entre tirar a máquina da capa e ligar, o danado já estava longe. Mas deu para registrar o fato (desculpem a falta de qualidade da foto, mas é para uma boa causa).
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| Caminhão carregado de carvão subindo a João do Vale (06/02/2011 às 21 horas). |
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| A sinalização de "proibido tráfego de caminhões" na esquina da João do Vale com a Santa Catarina. |
Fica o pedido de uma solução para o problema. Quem se habilita? Quem sabe algum vereador pode apresentar um pedido de providências, né?
Fotos ruins e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior
Por falar em Rio das Velhas, olha ele aí...
[Ótima] Explicação do SAAE sobre o PAC ÁGUA.
Em um post anterior (clique aqui) solicitamos esclarecimentos sobre o PAC ÁGUA. A Maria Fátima de Melo Cassini L'Abbate, do setor de engenharia do SAAE, nos esclareceu nos comentários. Sugeri que tal explicação - de tão boa e clara - fosse divulgada amplamente.
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| Um dos locais por onde corre o PAC Água. (Foto: Ramon L. O. Junior) |
Como não vi divulgação, segue o comentário publicado abaixo:
O SAAE informa:
Obras na Rua José Sérvulo Soalheiro: “PAC ÁGUA ESTÁ EM RITMO ACELERADO”.
A obra de Ampliação do Sistema Distribuidor de Água, já foi licitada e as obras já começaram. Está em construção uma das adutoras de água do contrato PAC-Água ao longo da Rua José Sérvulo Soalheiro. Esta obra tem como finalidade a ampliação e melhoria em todo o sistema de água da cidade. Possibilitará a flexibilidade na distribuição da água captada nos poços profundos existentes, permitindo que a produção de uma região possa ser distribuída em outra de maior demanda. Depois de toda a obra executada o SAAE poderá limitar a utilização diária dos poços em 16 horas e não mais em 24 horas ininterruptas como é feito hoje. Esta medida possibilitará a recarga do aquífero responsável pelo abastecimento. O valor total deste investimento é da ordem de 30 milhões de reais.
PAC ÁGUA - (obra em andamento) contempla:
PAC ÁGUA - (obra em andamento) contempla:
- Construção de treze reservatórios;
- Construção de três Estações Elevatórias de Água;
- Construção de 23.540 m ou 23 Km de sub-adutoras que distribuirão água a partir destes centros de reservação, com vazão suficiente para atender a demanda local e, futuramente, também às demandas dos demais reservatórios a eles vinculados.
- Reinstalação dos poços do Sistema CDI, com bombas submersas e recalque de suas águas até um centro de tratamento, de onde serão recalcadas ao reservatório Montreal;
- Ampliação e Substituição de redes de distribuição que estejam com materiais inadequados e ou com diâmetros inferiores a 50 mm.
Vantagens:
- Aproveitamento de todos os poços atuais e desativação gradativa daqueles que, através de estudo específico, demonstraram ser antieconômicos ou tecnicamente inviáveis.
- Possibilidade de uma maior flexibilidade na distribuição da água captada pelos poços profundos, independente da região em que se encontrem, permitindo que a produção da região sul possa ser distribuída na região norte de Sete Lagoas, bem como, da região norte para a sul.
- Limitação da utilização diária dos poços em 16 horas/dia, possibilitando a recarga do aquífero (hoje os poços trabalham 24h/dia).
A obra de captação de água do Rio das Velhas ainda não foi licitada, apesar do contrato de financiamento com o BNDES já ter sido assinado. São obras distintas (PAC Água e Captação de água do Rio das Velhas) e que depois de executadas serão interligadas. Este novo sistema proposto prevê a interligação e integração das águas do Rio das Velhas às aguas captadas através de poços (PAC Agua).
A obra de captação de agua do Rio das Velhas ainda não começou, mas deverá contemplar:
A obra de captação de agua do Rio das Velhas ainda não começou, mas deverá contemplar:
- Construção de 28 Km de adutoras;
- Construção de ETA - Estação de Tratamento de Água convencional em Funilândia;
- Captação de água superficial no Rio das Velhas em Funilândia;
- Construção de Estação Elevatória de Água;
- Construção de novo Laboratório junto à ETA;
- O SAAE, juntamente com a Secretaria Municipal de Obras e os departamentos de Licitação do SAAE e da prefeitura, estão preparando o edital para viabilizar o início imediato das obras de captação de água no Rio das Velhas. O prazo para a execução das obras é de 2 anos.
Maria Fátima de Melo Cassini L'Abbate
Setor de Engenharia/SAAE
Setor de Engenharia/SAAE
Robert Kubica
O piloto polonês, uma das grandes revelações das últimas temporadas da Fórmula 1, sofreu um grave acidente em uma prova de rally na Itália. Kubica sofreu diversas fraturas e está sendo submetido a cirurgias. Vai aqui a minha torcida pela sua melhora.
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| Robert Kubica na corrida de Interlagos-2010. |
Ramon Lamar de Oliveira Junior
Mengip, leve alegria para onde você estiver.
"- Seu José, mestre carpina,
que diferença faria
se em vez de continuar
tomasse a melhor saída:
a de saltar, numa noite,
fora da ponte e da vida?"
João Cabral de Melo Netto
(Morte e Vida Severina)
Essa última madrugada foi dura. Dureza que já vinha se arrastando desde segunda-feira. Nosso gato, o Mengip, apresentou uma complicação de obstrução urinária. Recebeu todo o tratamento veterinário que podia, com toda a atenção possível. Infelizmente não resistiu. Estava fraco, com o olhar vago, sem forças. Na madrugada, partiu. "Saltou, numa noite, fora da ponte e da vida." Não por vontade própria, mas para um merecido descanso. Deixou-nos absolutamente tristes, machucados. Tristeza que temos que curar lembrando de tantos momentos felizes que ele nos proporcionou, e nós a ele.
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| O gato Mengip. |
Pode parecer sentimentalismo bobo, mas a ligação entre nós humanos e nossos bichinhos de estimação é muito forte. São bichinhos de estima, de carinho, de atenção. E nos retribuem cada afago, cada brincadeira, cada vez que enchemos seu pote com ração ou com água fresca.
Falei com a minha filha logo no primeiro dia que ele veio cá para casa: " - Filha, gatinho vive menos do que a gente. Quando ele for, quando chegar a hora, esteja preparada." Ele foi muito cedo, com quatro anos. Ela não estava preparada, nem eu, nem ninguém.
Fica a saudade imensa. Como a do Lulu, que foi-se há pouco mais de um mês. Agora eles estão juntos, brincando como não puderam brincar juntos em vida.
Vai, Mengip. Lembre-se de nós com o carinho que lembramos de você.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
sábado, 5 de fevereiro de 2011
O lixo em Sete Lagoas (PARTE I)
Começo aqui uma série sobre a situação do lixo em Sete Lagoas. Os dados foram coletados junto à SEMMA e a partir das notícias publicadas na imprensa setelagoana. Trata-se de assunto muito complexo e conto com a ajuda de todos os leitores para eventuais correções ou acréscimos. As próximas postagens devem abordar as questões relativas à coleta seletiva, composição do lixo da cidade e possibilidade de reciclagem dos materiais presentes no lixo, incluindo uma discussão sobre a possível vinda da Astronne com sua usina de beneficiamento.
PARTE I: DO LIXÃO À PROMESSA DO ATERRO SANITÁRIO
Até bem pouco tempo, o lixo de Sete Lagoas era todo direcionado para o lixão, localizado na saída para Araçaí. Definitivamente, lixão é o pior destino que pode ser dado ao lixo. Algumas iniciativas de coleta seletiva, inclusive de coleta de resíduos médico-hospitalares foram feitas. Segundo denúncias, o material todo era encaminhado ao lixão, ficando apenas em um monturo diferente. Lixeiras coloridas para coleta seletiva também foram implantadas em algumas ruas e praças. Mera ilusão. O caminhão passava, misturava tudo e despejava para o lixão. Pessoas revirando o lixo, urubus, ratos, baratas, moscas: essa é a difícil realidade de um lixão.
A partir de 2001, o lixão foi substituído por um aterro controlado. No aterro controlado, o lixo é compactado em camadas cobertas com terra. A compactação é feita com trator de esteira e deve ser feita diariamente para evitar a presença de urubus e pessoas que atuam como catadores de lixo de maneira completamente insalubre. Em determinadas épocas - chuvas, tratores antigos quebrados -, o aterro praticamente retorna à condição de lixão, demandando muita energia para recuperar o trabalho perdido. A produção de chorume (líquido rico em matéria orgânica e violento contaminante de cursos e lençóis d'água) e possibilidade de contaminação dos lençóis de água é uma realidade que acompanha o lixão e o aterro controlado, exigindo estudos de monitoramento (que não tenho notícia de que tenham sido feitos, ao menos com uma frequência aceitável).
Iniciaram-se, então, os estudos para a criação de um aterro sanitário na região. O aterro já é um melhor destino para o lixo, mas precisa resolver questões como a da emissão de gases e do chorume. No aterro sanitário é feita uma escavação que retira 80 cm de solo que é compactado em seguida. Aplica-se uma manta de PAD (polietileno de alta densidade) com 2 mm de espessura por cima do solo compactado e cria-se um sistema de drenagem para o chorume. A manta de PAD é então coberta com 40 cm de solo. O lixo é disposto e coberto com camadas alternadas de solo, sendo compactado em seguida. Chaminés para a coleta dos gases produzidos na decomposição do lixo também são colocadas, além dos piezômetros para monitorar a pressão dos gases no interior do aterro. O sistema de drenagem leva o chorume para uma lagoa impermeabilizada onde o mesmo é tratado.
A obra da primeira plataforma do aterro sanitário foi iniciada em julho de 2009, com tomada de recursos, licitação e execução pela Secretaria de Obras. Deveria ter sido concluída até o final de 2009 (como amplamente divulgado na imprensa), mas não foi. O projeto era ruim, a fiscalização foi fraca e a obra atrasou. A FEAM/SUPRAM exigiu uma gama de providências para conceder a Licença de Operação dessa primeira plataforma. A Secretaria de Meio Ambiente (SEMMA) lutou durante o ano de 2010 para adequar a plataforma e cumprir todas as condicionantes. Hoje, tudo está bem encaminhado e negociado com a SUPRAM. Acredita-se que a Licença de Operação seja liberada até maio de 2011.
Essa confusão em relação à liberação da Licença de Operação, acabou resultando, paradoxalmente, em uma vantagem para a cidade. Nos bastidores, a atuação da SEMMA garantiu, com a concordância da FEAM/SUPRAM, um período de mais um ano de sobrevida para o aterro controlado. Caso contrário, a vida útil da primeira plataforma (apenas um ano) já estaria esgotada e a cidade não teria onde colocar o lixo. A SEMMA também conseguiu contratar uma empresa especializada que elaborou o projeto de conclusão e encerramento do atual aterro controlado. Os investimentos com o aterro sanitário já consumiram mais de um milhão e meio de reais.
Essa confusão em relação à liberação da Licença de Operação, acabou resultando, paradoxalmente, em uma vantagem para a cidade. Nos bastidores, a atuação da SEMMA garantiu, com a concordância da FEAM/SUPRAM, um período de mais um ano de sobrevida para o aterro controlado. Caso contrário, a vida útil da primeira plataforma (apenas um ano) já estaria esgotada e a cidade não teria onde colocar o lixo. A SEMMA também conseguiu contratar uma empresa especializada que elaborou o projeto de conclusão e encerramento do atual aterro controlado. Os investimentos com o aterro sanitário já consumiram mais de um milhão e meio de reais.
Fica o alerta: a plataforma construída só irá durar um ano. Depois disso a segunda plataforma tem que estar pronta. A SEMMA terá que contratar um projeto das outras plataformas para garantir onde dispor o lixo doméstico pelos próximos doze anos, no máximo. A descoberta de antigos depósitos de lixo no local acabaram por inviabilizar o projeto original.
Particularmente, tenho algumas restrições ao local onde os aterros foram construídos. Tais restrições estão baseadas em relatórios do Projeto VIDA, da década de 1990, que indicavam ter tal região uma maior permeabilidade do solo, o que poderia afetar os lençóis subterrâneos. Também tenho lá minhas dúvidas sobre a impermeabilização do solo sem se conhecer a possibilidade de formação de dolinas de abatimento devido ao acréscimo de peso no terreno. Fiz questão de externar essas dúvidas quando da audiência pública que se realizou na época em que se discutiu o projeto. Mas parece que vem aí o tal Estudo Hidrogeológico do Município de Sete Lagoas. Talvez tenhamos boas respostas para essas e outras questões. Sinceramente, eu espero estar errado em relação aos meus questionamentos sobre a localização do aterro.
Quanto aos resíduos sólidos de serviços de saúde, estão sendo coletados por um veículo especial, fechado, em todos os estabelecimentos de saúde do município. O mesmo é pesado no aterro controlado de Sete Lagoas e encaminhado para tratamento através de autoclavagem em Betim, em uma unidade da Viasolo. O resíduo é triturado, e incorporado ao aterro sanitário de Betim. Todas estas atividades são devidamente licenciadas pelo Estado (transporte, tratamento aterro sanitário).
Foto e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior
Preços de combustíveis em Sete Lagoas
Leiam no www.setelagoas.com.br (cliquem aqui) a pesquisa que mostra:
- uma diferença de apenas 5 centavos por litro entre a gasolina mais cara e a mais barata de Sete Lagoas e
- que a gasolina de Paraopeba é, em média, 29 centavos por litro mais barata do que a de Sete Lagoas.
E agora?
O quê fazer?
Outra Ação Civil Pública?
Boicote?
São tantas coisas, ao mesmo tempo, que o cidadão acaba ficando pasmo e sem ação.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Risco de nova epidemia de dengue em Sete Lagoas
Acabo de ler uma matéria do Celso Martinelli (Jornal Sete Dias), na edição on line. Clique aqui para acessá-la. Destaco, abaixo, o primeiro parágrafo da mesma (grifos por minha conta):
O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa), divulgado na segunda-feira, aponta que Sete Lagoas tem índice de infestação do mosquito da dengue de 4,9%. O percentual é bem acima do desejado pelo Ministério da Saúde – abaixo de 1% - o que deixa a cidade em situação desconfortável. Pela tabela do Ministério, acima de 3,9% o risco de epidemia é iminente. No entanto, o secretário municipal de Saúde, Jorge Correa Neto, demonstra otimismo. Durante entrevista coletiva segunda-feira ele divulgou o plano de ações do município. “No verão a tendência é aumentar. Em janeiro de 2010 o LIRAa foi de 5,7%. Este ano está em 4,9%, o que revela uma queda considerável”, afirma.O secretário está de brincadeira. Ou então acha que estamos numa cidade de imbecis. Das duas, uma. Desde quando passar de 5,7% para 4,9% é uma queda considerável, senhor secretário? Que matemática é essa? ACIMA DE 3,9% É RISCO DE EPIDEMIA IMINENTE, ENTENDEU? QUER QUE A GENTE DESENHE? Em termos estatísticos fica até difícil, só com esses dados, saber se a queda é ao menos significativa. Tenha dó. Reduza o otimismo e comece a alertar seriamente a população.
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| Taí o desenho para entender melhor... |
O histórico aponta uma crescente da doença em Sete Lagoas: em 2008, 1.849 notificados e 1.428 confirmados; 2009: 1.550 notificados e 1.055 confirmados; e em 2010 foram 3.929 notificações e 3.299 comprovações da doença.Vamos observar que, em 2010 tivemos 3299 casos comprovados da doença com um LIRAa de janeiro em 5,7%. Com a "queda considerável" para 4,9% podemos esperar (numa análise linear) cerca de 2800 casos para 2011. Coisa pouca, não? Depois é hora de decretar "estado de emergência", "estado de calamidade"... e por aí vai. Compras e contratações sem licitação e a farra da dengue!!! QUE BELEZA!!!
Mais um trecho da matéria:
Jorge Correa reforçou que a nova lei municipal nº 7.974, de 23 de dezembro de 2010, permite que os proprietários de imóveis que não adotarem medidas necessárias à manutenção de seu imóvel limpo sejam multados. O valor da multa varia de R$ 127,50 a R$ 1.020,00. “Ninguém foi multado ainda. Estamos na fase do trabalho educativo e notificações”, finaliza.Eita!!! Então aproveita e veja, senhor secretário, a foto publicada pelo leitor Maurilo Campolina (aí mesmo no Sete Dias on line) como está a situação do terreno do SAAE na rua Aimorés. Vamos lá. Multe o SAAE. Exemplo começa é de cima!
Ramon Lamar de Oliveira Junior
Blog da História da Química
Para todos aqueles que gostam da química (professores, alunos, curiosos...). Acessem o blog Hoje, na história da Química. Vale o passeio. Acredito que vocês vão gostar. Cliquem aqui para conhecê-lo.
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| Imagem do Mendeleev que ilustra o post sobre sua vida e obra. Em cada data, um assunto da história da química. |
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
CARTA ABERTA DOS JORNALISTAS DIPLOMADOS PROFISSIONAIS DE SETE LAGOAS*
Os jornalistas diplomados profissionais que atuam em veículos de comunicação e em empresas públicas e privadas de Sete Lagoas vêm, por meio deste documento, esclarecer que a Associação de Imprensa de Sete Lagoas (Assim) não representa todos os jornalistas e profissionais da área de comunicação e que quaisquer ações e pronunciamentos desta nunca foram e nem serão feitos em nome de todos os jornalistas. A classe de jornalistas diplomados profissionais entende que algumas práticas comerciais da Assim não compactuam com o exercício do jornalismo enquanto instrumento de cidadania e democracia através da informação verdadeira, isenta e imparcial.
Esta iniciativa faz-se necessária, uma vez que a referida Associação se pronunciou em nome da imprensa sete-lagoana durante coletiva no Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sete Lagoas (SAAE) na manhã do dia 19 de janeiro, surpreendendo a todos os presentes. Em público e se dirigindo à presidência da autarquia, um integrante da Assim alertou que, para que o SAAE tivesse o apoio da imprensa local, seria necessário um “faz-me rir”, referindo-se à verba publicitária por meio de anúncios da autarquia nos veículos locais.
Temos ciência de que um jornal não se mantém sem receita e que a prática publicitária é, inclusive, determinante para a sobrevivência de um veículo de comunicação. Até aqui, não há novidade nessa relação. No entanto, o que queremos com esse documento, é evidenciar que a relação corrompida dos veículos de comunicação com suas fontes, que negociam apoio ou ameaçam veladamente a depreciação, em nada contribui para o desenvolvimento da nossa cidade, quando não se ocupa do fundamental papel do jornalismo: ser fonte por onde a população se informa do que acontece na cidade, em seus diversos aspectos. Essa forma arcaica de fazer comunicação, por não se preocupar com a qualidade da informação que produz, mas com interesses outros, torna o ambiente de Sete Lagoas pouco profissional, desvaloriza a categoria e ignora a responsabilidade que o conteúdo dos veículos possuem na formação de opinião dos cidadãos.
Nossa manifestação legítima preza pela prática do jornalismo ético e compromissado com a verdade, que beneficia tão unicamente a população e aponta críticas, caminhos e alternativas para que se possamos, juntos, construir uma cidade menos violenta e mais moderna para se viver. Esta Carta Aberta é também uma forma de dizer que, por acreditarmos em uma Sete Lagoas mais digna, nos manifestamos: informação não é comércio, é um direito de todos.
JORNALISTAS DIPLOMADOS PROFISSIONAIS DE SETE LAGOAS
* Este documento foi elaborado pelos profissionais que atuam em Sete Lagoas, em homenagem ao nosso saudoso colega e jornalista, Fred Rezende.
[Recebi essa CARTA ABERTA, e por achar justo e pertinente o esclarecimento sobre alguns aspectos da atividade jornalística na nossa cidade, achei importante publicá-la. Comentários e críticas podem ser enviados direamente para o twitter @Jornalistas7L ou para o blog jornalistasprofissionais.wordpress.com]
Ocupação das calçadas da cidade
Quase excelente a matéria MÁ CONSERVAÇÃO E OCUPAÇÃO IRREGULAR DOS PASSEIOS ATRAPALHAM A VIDA DOS SETE-LAGOANOS, publicada no www.setelagoas.com.br (clique aqui para ler a íntegra). Nota 99,9.
Para ficar perfeita só faltou citar o nome das pessoas que insistem em usar do jeitinho para com seus amigos, correligionários e cabos eleitorais, ajudando a transformar a cidade em "cidade sem lei" nessa área. Também seria exigir muito, a citação de tantos nomes, não é mesmo? Vai que algum fica de fora e depois ficaria chateado e tal...
Dá para entender a situação de quem trabalha contra essa maré de mal-feitos. Lembro da polêmica de um fiscal da Secretaria de Meio Ambiente em tentar autuar a colocação de faixas indevidas nas margens da Lagoa Paulino, da luta silenciosa do Secretário de Trânsito e da atuação do Secretário de Planejamento em prol do Departamento de Licenciamento de Obras. Resultado: ou os secretários caíram (e até secretarias foram extintas) ou perderam grande parte da sua autonomia. Que eu saiba (ou que tenha sido divulgado), nenhum deles fez nada de execrável e condenável. Nenhum deles deixou de trabalhar ou de agir (muitas vezes com pouquíssimos recursos e apoio). Mas...
Eu aproveito para perguntar do FAIXA AZUL (estacionamento rotativo). Será que ele morreu por conta de tantos estacionamentos irregulares na praça da Prefeitura? Ah... não... espera aí. Lá não era local de cobrança do FAIXA AZUL (nem imagino o motivo). Cadê ele? Que fim levou?
Vai um grande abraço para o Felipe Castanheira, que assina a matéria.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
O blog oficial do SAAE morreu???
O blog EM FOCO, oficial do SAAE, anota como sua última atividade uma postagem de 28 de dezembro? Será que ele morreu? Será que o Setor de Comunicação do SAAE não existe mais?
Um caminho excelente de aproximação com as pessoas, com os consumidores, administrado pela Sayonara e pelo Pablo, de repente não dá mais sinais de vida. Uma pena...
[Ôpa... boa notícia... Sayonara deu sinal de vida. Leiam lá nos comentários.]
[Ôpa... boa notícia... Sayonara deu sinal de vida. Leiam lá nos comentários.]
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Chico e Zorma
Janeiro já se foi.
Mas levou consigo duas criaturas extraordinárias: Chico Labbate e Dra. Zorma.
Aprendi a admirá-las desde cedo.
Primeiro foi o Chico Labbate, amigão do meu pai, sério, compenetrado... dava a impressão que ele estava pensando nos grandes problemas da humanidade o tempo todo. Às vezes um sorriso e raramente uma risada. Ele e meu pai demonstravam conhecer cada centímetro das redes de água e esgoto da cidade: tal rua é cano desse jeito, tal rua é manilha de barro, em tal esquina precisamos ficar atentos com o trânsito pesado... E as soluções para os funcionários do SAAE como o café da manhã para os operários no Mucury e o salário-mínimo 20% acima do piso nacional. Não raro estavam os dois acompanhando serviços de reparo do plantão, levando sanduíches para a turma fazer uma janta improvisada.
Depois a Dra. Zorma, que salvou-me e ao meu irmão da morte certa, naqueles tempos em que a gastroenterite levava embora mesmo. Com sua receita infalível de guaraná com um pouquinho de água para aliviar a desidratação, ela cativava as crianças (naquele tempo, guaraná era só em dia de festa... ou se a doutora mandasse). Mais tarde, a alegria e a admiração de tê-la como colega na FEMM. Eu trabalhava no laboratório da FAFISETE (que era no prédio da Faculdade de Direito) e frequentava o café do intervalo em meio aos grandes mestres da FADISETE. E ali, a Zorma dividia com a Dona Cléia (da secretaria) o papel de "minha mãe" naquele ambiente. As discussões da Zorma com o Dr. Marcelo Vianna, meu grande e inesquecível chefe, eram uma mistura aguda de pontos de vista, mas vencia sempre a admiração de um pelo outro, ambos dotados de grande saber sobre as leis e sobre a vida.
Depois a Dra. Zorma, que salvou-me e ao meu irmão da morte certa, naqueles tempos em que a gastroenterite levava embora mesmo. Com sua receita infalível de guaraná com um pouquinho de água para aliviar a desidratação, ela cativava as crianças (naquele tempo, guaraná era só em dia de festa... ou se a doutora mandasse). Mais tarde, a alegria e a admiração de tê-la como colega na FEMM. Eu trabalhava no laboratório da FAFISETE (que era no prédio da Faculdade de Direito) e frequentava o café do intervalo em meio aos grandes mestres da FADISETE. E ali, a Zorma dividia com a Dona Cléia (da secretaria) o papel de "minha mãe" naquele ambiente. As discussões da Zorma com o Dr. Marcelo Vianna, meu grande e inesquecível chefe, eram uma mistura aguda de pontos de vista, mas vencia sempre a admiração de um pelo outro, ambos dotados de grande saber sobre as leis e sobre a vida.
Saudades demais dos dois. Muitas mesmo.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
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