O nível da Lagoa Paulino já foi consideravelmente rebaixado e brevemente devem começar os trabalhos de recomposição dos taludes (margem da lagoa), paisagismo, recuperação de calçadas e bancos (só espero que não coloquem os condenados bancos de granilite com encosto - ver clicando AQUI).
O tratamento da Lagoa Paulino se faz necessário. Temos denunciado, ano após ano, o lançamento de esgotos na lagoa, não por tubulações diretas, mas pelo escoamento na rua e caindo junto com a água de enxurradas. Agora, o próprio prefeito reconheceu e presenciou um lançamento próximo ao Restaurante Grillus. Parece que o esgoto cai na galeria pluvial um ou dois quarteirões acima e vem poluir a lagoa. Mas também parecem existir outros pontos de lançamento, visíveis agora pela presença de oleosidade ou de turvação em alguns pontos. Próximo aos buritis há indicativo da presença de minadouros, mas parecem estar contaminados com alguma oleosidade. Talvez fosse interessante aplicar ali o mesmo tratamento que o Dr. Lairson Couto aplicou na Lagoa do Cercadinho, revitalizando os minadouros e perenizando assim o espelho d'água.
Em conversa que tive com o prefeito já a alguns meses (leia AQUI), na Ilha do Milito, o mesmo já acenou com a possibilidade acertada de rebaixamento do nível e tratamento imediato da orla, com a remoção de parte da terra que se acumulou em alguns pontos, formando "ilhas". Uma decisão acertada, sem sombra de dúvidas, restando apenas correr contra o relógio para que as chuvas não atrapalhem a arrumação dos taludes. Futuramente, com certeza, um novo esvaziamento da lagoa será necessário para resolver a remoção dos sedimentos e realização de um novo peixamento com espécies nativas. Na oportunidade, encaminharei algumas ideias para a renovação da água da lagoa, evitando a ocorrência recorrente de eutrofização.
Abaixo algumas fotos do estágio atual do esvaziamento da lagoa.
Ah, a comunicação está falhando em informar corretamente a população sobre a obra. Muita gente estava reclamando com expressões do tipo "- Sete Lagoas está ficando horrível, olha só o estado da lagoa!". Até tentei argumentar com algumas pessoas, explicando que era uma obra necessária e tal... mas não sei se entenderam. Um pouquinho mais de divulgação das obras cairia bem...
Observem a faixa esverdeada indicando a forte eutrofização da lagoa. |
Caramujos que proliferam em locais de água fortemente poluída por matéria orgânica (esses parecendo parafusos). |
O mesmo local do lançamento de esgoto visto da calçada. Observem a cor turva da água. Felizmente não se percebe o mau cheiro pela foto... mas dá para imaginar. |
Região que abriga pequenos minadouros que precisam ser revitalizados. |
Cor estranha demonstrando uma certa oleosidade de água que mina em alguns pontos da margem. Pode ser da própria decomposição da matéria orgânica associada aos sedimentos. |
Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior
Parabéns pela iniciativa e pela divulgação é necessário que as pessoas tenham acesso integral as informações relativas às obras que estão sendo executadas na cidade, eu já havia percebido a alguns anos que jogavam sim esgoto na Lagoa Paulino houveram até pesquisas sobre a qualidade da água. Finalmente hoje estão cuidando desse bem natural de Sete Lagoas.
ResponderExcluirSim, Fernanda. As últimas análises de qualidade de água (fim de 2012) excederam todos os padrões para coliformes fecais. O problema é que nada era feito para resolver o problema... e os flanelinhas lá, lavando os carros com aquela água...
ExcluirEspero que desta vez o prefeito e todos os responsáveis pelas óbras à serem executadas na lagoa, tenham um pouco mais de respeito pelos animais que vivem nela, e principalmente pelos cágatos que habitam nessa lagoa...
ResponderExcluirMarluci, a Lagoa Paulino não deverá secar totalmente (como aconteceu com a da Boa Vista). Contudo, compartilho do seu receio, uma vez que os animais podem ter passado para o Córrego do Diogo (via sangradouro). Inclusive filhotes de pirarucu, o que seria um dano sério para os ecossistemas adiante (o pirarucu é um predador violento e poderia ameaçar a fauna dos nossos outros cursos d'água, inclusive do Velhas até o São Francisco. O problema, ao meu ver, é que a Secretaria de Meio Ambiente encontra-se um pouco "apagada" para agir de forma preventiva nesses casos, sua ação tem sido preferencialmente punitiva e, às vezes, um pouco truculenta.
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