No último sábado (01/set/2012), fui com meus alunos do terceiro período da Engenharia Ambiental da FASASETE (Faculdades Santo Agostinho, campus Sete Lagoas) até a Serra do Cipó. O objetivo era mostrar a eles um pouco da biodiversidade dos campos rupestres. Claro que uma visita só é pouco, mesmo saindo às 6 da manhã e voltando às 6 da tarde. Na verdade, para terem uma ampla visão, é necessário que eles visitem a região em época de chuva, estações diferentes... mas agora já aprenderam o caminho e pelo visto, gostaram.
O trajeto foi uma ralação. Chegada antes das 8 da manhã e imediatamente subir a Trilha dos Escravos para sentir a mudança da vegetação com a altitude. A gente começa no cerrado comum e chega até o campo rupestre. No mirante, a observação do Morro da Pedreira com seus terrenos mais alcalinos (calcários) em relação ao da própria Serra do Espinhaço (com seus quartzitos mais ácidos). Lá no alto a observação das canelas-de-ema (velózias), das adaptações das plantas para suportarem o vento, a visita ao riacho, o inesperado encontro com uma cobra (não peçonhenta), os paus-santos (Kielmeyera) em início de nova folhagem... e o caminho até o Chapéu-do-Sol para almoçar. Uma hora e meia depois de novo na van indo em direção aos campos rupestres de regiões mais altas do Espinhaço, próximo à Estátua do Juquinha.
Não há como ficar parado. Muita coisa para mostrar, registrar e ensinar... muita coisa para aprender.
Abaixo algumas imagens. Cliquem nelas para ampliar.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
PS.: Ô alunos, nada de copiar minhas imagens, hein? (rs)
A ninfa da formiga-leão (Neuroptera) e sua armadilha.
Canelas-de-ema (velózias) que foram atingidas pela queimada (e se salvaram) e outras que não foram afetadas pelo fogo recentemente.
O famoso-pequizeiro-de-caule-tortuoso e os que nunca viram água na vida!
Pau-santo com folhagem e botões florais e com folhagem nova.
O onipresente sinal da presença do homem.
Coccoloba cereifera (só existe em 26 km2 da Serra do Cipó) e a planta insetívora Drosera.
Barbacenia macrantha (Velloziaceae) e líquens sobre rocha nua.
A visão geral do aspecto de campo rupestre e a tradicional imagem com o Juquinha.
Lavoisiera campos-portoana (Melastomataceae) e Paepalanthus bromelioides (Eriocaulaceae)
Os animados que subiram o morro ao lado do Juquinha.
Realmente foi um dia para ficar gravado.
ResponderExcluirUm lugar super interessante e que guarda belezas exuberantes.
Podemos ver o outro lado do cerrado e reaprender que de uma vegetação considerada feia ou com aspectos de uma vegetação morta, guarde tanta beleza, vivacidade e biodiversidade.
E só temos a agradecer por nos ensinar e mostrar que estamos no caminho certo, o que realmente devemos defender e pelo que realmente devemos lutar.
Ta tudo muito bonito, mas eu preciso falar, eu já vi água sim , viu . kkkkkkkkkkk.
kkkkkkkkkkkk... uai, nem parecia!!!
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