As opiniões emitidas neste blog, salvo aquelas que correspondem a citações, são de responsabilidade do autor do blog, em nada refletindo a opinião de instituições a que o autor do blog eventualmente pertença. Nossos links são verificados permanentemente e são considerados isentos de vírus. As imagens deste blog podem ser usadas livremente, desde que a fonte seja citada: http://ramonlamar.blogspot.com. Este blog faz parte do Multiverso de Ramon Lamar

domingo, 6 de fevereiro de 2011

[Ótima] Explicação do SAAE sobre o PAC ÁGUA.

Em um post anterior (clique aqui) solicitamos esclarecimentos sobre o PAC ÁGUA. A Maria Fátima de Melo Cassini L'Abbate, do setor de engenharia do SAAE, nos esclareceu nos comentários. Sugeri que tal explicação - de tão boa e clara - fosse divulgada amplamente. 

Um dos locais por onde corre o PAC Água. (Foto: Ramon L. O. Junior)
Como não vi divulgação, segue o comentário publicado abaixo:

O SAAE informa: 
Obras na Rua José Sérvulo Soalheiro: “PAC ÁGUA ESTÁ EM RITMO ACELERADO”. 

A obra de Ampliação do Sistema Distribuidor de Água, já foi licitada e as obras já começaram. Está em construção uma das adutoras de água do contrato PAC-Água ao longo da Rua José Sérvulo Soalheiro. Esta obra tem como finalidade a ampliação e melhoria em todo o sistema de água da cidade. Possibilitará a flexibilidade na distribuição da água captada nos poços profundos existentes, permitindo que a produção de uma região possa ser distribuída em outra de maior demanda. Depois de toda a obra executada o SAAE poderá limitar a utilização diária dos poços em 16 horas e não mais em 24 horas ininterruptas como é feito hoje. Esta medida possibilitará a recarga do aquífero responsável pelo abastecimento. O valor total deste investimento é da ordem de 30 milhões de reais.

PAC ÁGUA - (obra em andamento) contempla:
  • Construção de treze reservatórios;
  • Construção de três Estações Elevatórias de Água;
  • Construção de 23.540 m ou 23 Km de sub-adutoras que distribuirão água a partir destes centros de reservação, com vazão suficiente para atender a demanda local e, futuramente, também às demandas dos demais reservatórios a eles vinculados.
  • Reinstalação dos poços do Sistema CDI, com bombas submersas e recalque de suas águas até um centro de tratamento, de onde serão recalcadas ao reservatório Montreal;
  • Ampliação e Substituição de redes de distribuição que estejam com materiais inadequados e ou com diâmetros inferiores a 50 mm.
Vantagens:
  • Aproveitamento de todos os poços atuais e desativação gradativa daqueles que, através de estudo específico, demonstraram ser antieconômicos ou tecnicamente inviáveis.
  • Possibilidade de uma maior flexibilidade na distribuição da água captada pelos poços profundos, independente da região em que se encontrem, permitindo que a produção da região sul possa ser distribuída na região norte de Sete Lagoas, bem como, da região norte para a sul.
  • Limitação da utilização diária dos poços em 16 horas/dia, possibilitando a recarga do aquífero (hoje os poços trabalham 24h/dia).
A obra de captação de água do Rio das Velhas ainda não foi licitada, apesar do contrato de financiamento com o BNDES já ter sido assinado. São obras distintas (PAC Água e Captação de água do Rio das Velhas) e que depois de executadas serão interligadas. Este novo sistema proposto prevê a interligação e integração das águas do Rio das Velhas às aguas captadas através de poços (PAC Agua).

A obra de captação de agua do Rio das Velhas ainda não começou, mas deverá contemplar:
  • Construção de 28 Km de adutoras;
  • Construção de ETA - Estação de Tratamento de Água convencional em Funilândia;
  • Captação de água superficial no Rio das Velhas em Funilândia;
  • Construção de Estação Elevatória de Água;
  • Construção de novo Laboratório junto à ETA;
  • O SAAE, juntamente com a Secretaria Municipal de Obras e os departamentos de Licitação do SAAE e da prefeitura, estão preparando o edital para viabilizar o início imediato das obras de captação de água no Rio das Velhas. O prazo para a execução das obras é de 2 anos.
Maria Fátima de Melo Cassini L'Abbate
Setor de Engenharia/SAAE

Robert Kubica

O piloto polonês, uma das grandes revelações das últimas temporadas da Fórmula 1, sofreu um grave acidente em uma prova de rally na Itália. Kubica sofreu diversas fraturas e está sendo submetido a cirurgias. Vai aqui a minha torcida pela sua melhora.

Robert Kubica na corrida de Interlagos-2010.
Ramon Lamar de Oliveira Junior

Mengip, leve alegria para onde você estiver.

"- Seu José, mestre carpina,
que diferença faria
se em vez de continuar
tomasse a melhor saída:
a de saltar, numa noite,
fora da ponte e da vida?"


João Cabral de Melo Netto
(Morte e Vida Severina)
Essa última madrugada foi dura. Dureza que já vinha se arrastando desde segunda-feira. Nosso gato, o Mengip, apresentou uma complicação de obstrução urinária. Recebeu todo o tratamento veterinário que podia, com toda a atenção possível. Infelizmente não resistiu. Estava fraco, com o olhar vago, sem forças. Na madrugada, partiu. "Saltou, numa noite, fora da ponte e da vida." Não por vontade própria, mas para um merecido descanso. Deixou-nos absolutamente tristes, machucados. Tristeza que temos que curar lembrando de tantos momentos felizes que ele nos proporcionou, e nós a ele.

O gato Mengip.
Pode parecer sentimentalismo bobo, mas a ligação entre nós humanos e nossos bichinhos de estimação é muito forte. São bichinhos de estima, de carinho, de atenção. E nos retribuem cada afago, cada brincadeira, cada vez que enchemos seu pote com ração ou com água fresca. 
Falei com a minha filha logo no primeiro dia que ele veio cá para casa: " - Filha, gatinho vive menos do que a gente. Quando ele for, quando chegar a hora, esteja preparada." Ele foi muito cedo, com quatro anos. Ela não estava preparada, nem eu, nem ninguém.
Fica a saudade imensa. Como a do Lulu, que foi-se há pouco mais de um mês. Agora eles estão juntos, brincando como não puderam brincar juntos em vida.
Vai, Mengip. Lembre-se de nós com o carinho que lembramos de você.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O lixo em Sete Lagoas (PARTE I)

Começo aqui uma série sobre a situação do lixo em Sete Lagoas. Os dados foram coletados junto à SEMMA e a partir das notícias publicadas na imprensa setelagoana. Trata-se de assunto muito complexo e conto com a ajuda de todos os leitores para eventuais correções ou acréscimos. As próximas postagens devem abordar as questões relativas à coleta seletiva, composição do lixo da cidade e possibilidade de reciclagem dos materiais presentes no lixo, incluindo uma discussão sobre a possível vinda da Astronne com sua usina de beneficiamento.

PARTE I: DO LIXÃO À PROMESSA DO ATERRO SANITÁRIO


Até bem pouco tempo, o lixo de Sete Lagoas era todo direcionado para o lixão, localizado na saída para Araçaí. Definitivamente, lixão é o pior destino que pode ser dado ao lixo. Algumas iniciativas de coleta seletiva, inclusive de coleta de resíduos médico-hospitalares foram feitas. Segundo denúncias, o material todo era encaminhado ao lixão, ficando apenas em um monturo diferente. Lixeiras coloridas para coleta seletiva também foram implantadas em algumas ruas e praças. Mera ilusão. O caminhão passava, misturava tudo e despejava para o lixão. Pessoas revirando o lixo, urubus, ratos, baratas, moscas: essa é a difícil realidade de um lixão.
A partir de 2001, o lixão foi substituído por um aterro controlado. No aterro controlado, o lixo é compactado em camadas cobertas com terra. A compactação é feita com trator de esteira e deve ser feita diariamente para evitar a presença de urubus e pessoas que atuam como catadores de lixo de maneira completamente insalubre. Em determinadas épocas - chuvas, tratores antigos quebrados -, o aterro praticamente retorna à condição de lixão, demandando muita energia para recuperar o trabalho perdido. A produção de chorume (líquido rico em matéria orgânica e violento contaminante de cursos e lençóis d'água) e possibilidade de contaminação dos lençóis de água é uma realidade que acompanha o lixão e o aterro controlado, exigindo estudos de monitoramento (que não tenho notícia de que tenham sido feitos, ao menos com uma frequência aceitável).
Iniciaram-se, então, os estudos para a criação de um aterro sanitário na região. O aterro já é um melhor destino para o lixo, mas precisa resolver questões como a da emissão de gases e do chorume. No aterro sanitário é feita uma escavação que retira 80 cm de solo que é compactado em seguida. Aplica-se uma manta de PAD (polietileno de alta densidade) com 2 mm de espessura por cima do solo compactado e cria-se um sistema de drenagem para o chorume. A manta de PAD é então coberta com 40 cm de solo. O lixo é disposto e coberto com camadas alternadas de solo, sendo compactado em seguida. Chaminés para a coleta dos gases produzidos na decomposição do lixo também são colocadas, além dos piezômetros para monitorar a pressão dos gases no interior do aterro. O sistema de drenagem leva o chorume para uma lagoa impermeabilizada onde o mesmo é tratado.
A obra da primeira plataforma do aterro sanitário foi iniciada em julho de 2009, com tomada de recursos, licitação e execução pela Secretaria de Obras. Deveria ter sido concluída até o final de 2009 (como amplamente divulgado na imprensa), mas não foi. O projeto era ruim, a fiscalização foi fraca e a obra atrasou. A FEAM/SUPRAM exigiu uma gama de providências para conceder a Licença de Operação dessa primeira plataforma. A Secretaria de Meio Ambiente (SEMMA) lutou durante o ano de 2010 para adequar a plataforma e cumprir todas as condicionantes. Hoje, tudo está bem encaminhado e negociado com a SUPRAM. Acredita-se que a Licença de Operação seja liberada até maio de 2011.
Essa confusão em relação à liberação da Licença de Operação, acabou resultando, paradoxalmente, em uma vantagem para a cidade. Nos bastidores, a atuação da SEMMA garantiu, com a concordância da FEAM/SUPRAM, um período de mais um ano de sobrevida para o aterro controlado. Caso contrário, a vida útil da primeira plataforma (apenas um ano) já estaria esgotada e a cidade não teria onde colocar o lixo. A SEMMA também conseguiu contratar uma empresa especializada que elaborou o projeto de conclusão e encerramento do atual aterro controlado. Os investimentos com o aterro sanitário já consumiram mais de um milhão e meio de reais.
Fica o alerta: a plataforma construída só irá durar um ano. Depois disso a segunda plataforma tem que estar pronta. A SEMMA terá que contratar um projeto das outras plataformas para garantir onde dispor o lixo doméstico pelos próximos doze anos, no máximo. A descoberta de antigos depósitos de lixo no local acabaram por inviabilizar o projeto original.
Particularmente, tenho algumas restrições ao local onde os aterros foram construídos. Tais restrições estão baseadas em relatórios do Projeto VIDA, da década de 1990, que indicavam ter tal região uma maior permeabilidade do solo, o que poderia afetar os lençóis subterrâneos. Também tenho lá minhas dúvidas sobre a impermeabilização do solo sem se conhecer a possibilidade de formação de dolinas de abatimento devido ao acréscimo de peso no terreno. Fiz questão de externar essas dúvidas quando da audiência pública que se realizou na época em que se discutiu o projeto. Mas parece que vem aí o tal Estudo Hidrogeológico do Município de Sete Lagoas. Talvez tenhamos boas respostas para essas e outras questões. Sinceramente, eu espero estar errado em relação aos meus questionamentos sobre a localização do aterro.
Quanto aos resíduos sólidos de serviços de saúde, estão sendo coletados por um veículo especial, fechado, em todos os estabelecimentos de saúde do município. O mesmo é pesado no aterro controlado de Sete Lagoas e encaminhado para tratamento através de autoclavagem em Betim, em uma unidade da Viasolo. O resíduo é triturado, e incorporado ao aterro sanitário de Betim. Todas estas atividades são devidamente licenciadas pelo Estado (transporte, tratamento aterro sanitário). 

Foto e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Preços de combustíveis em Sete Lagoas

Leiam no www.setelagoas.com.br (cliquem aqui) a pesquisa que mostra:

- uma diferença de apenas 5 centavos por litro entre a gasolina mais cara e a mais barata de Sete Lagoas e
- que a gasolina de Paraopeba é, em média, 29 centavos por litro mais barata do que a de Sete Lagoas.

E agora?
O quê fazer?
Outra Ação Civil Pública?
Boicote?

São tantas coisas, ao mesmo tempo, que o cidadão acaba ficando pasmo e sem ação.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Risco de nova epidemia de dengue em Sete Lagoas

Acabo de ler uma matéria do Celso Martinelli (Jornal Sete Dias), na edição on line. Clique aqui para acessá-la. Destaco, abaixo, o primeiro parágrafo da mesma (grifos por minha conta):
O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa), divulgado na segunda-feira, aponta que Sete Lagoas tem índice de infestação do mosquito da dengue de 4,9%. O percentual é bem acima do desejado pelo Ministério da Saúde – abaixo de 1% - o que deixa a cidade em situação desconfortável. Pela tabela do Ministério, acima de 3,9% o risco de epidemia é iminente. No entanto, o secretário municipal de Saúde, Jorge Correa Neto, demonstra otimismo. Durante entrevista coletiva segunda-feira ele divulgou o plano de ações do município. “No verão a tendência é aumentar. Em janeiro de 2010 o LIRAa foi de 5,7%. Este ano está em 4,9%, o que revela uma queda considerável”, afirma.
O secretário está de brincadeira. Ou então acha que estamos numa cidade de imbecis. Das duas, uma. Desde quando passar de 5,7% para 4,9% é uma queda considerável, senhor secretário? Que matemática é essa? ACIMA DE 3,9% É RISCO DE EPIDEMIA IMINENTE, ENTENDEU? QUER QUE A GENTE DESENHE? Em termos estatísticos fica até difícil, só com esses dados, saber se a queda é ao menos significativa. Tenha dó. Reduza o otimismo e comece a alertar seriamente a população. 

Taí o desenho para entender melhor...
Analisemos este outro trecho da matéria:
O histórico aponta uma crescente da doença em Sete Lagoas: em 2008, 1.849 notificados e 1.428 confirmados; 2009: 1.550 notificados e 1.055 confirmados; e em 2010 foram 3.929 notificações e 3.299 comprovações da doença.
Vamos observar que, em 2010 tivemos 3299 casos comprovados da doença com um LIRAa de janeiro em 5,7%. Com a "queda considerável" para 4,9% podemos esperar (numa análise linear) cerca de 2800 casos para 2011. Coisa pouca, não? Depois é hora de decretar "estado de emergência", "estado de calamidade"... e por aí vai. Compras e contratações sem licitação e a farra da dengue!!! QUE BELEZA!!!
Mais um trecho da matéria:
Jorge Correa reforçou que a nova lei municipal nº 7.974, de 23 de dezembro de 2010, permite que os proprietários de imóveis que não adotarem medidas necessárias à manutenção de seu imóvel limpo sejam multados. O valor da multa varia de R$ 127,50 a R$ 1.020,00. “Ninguém foi multado ainda. Estamos na fase do trabalho educativo e notificações”, finaliza.
Eita!!! Então aproveita e veja, senhor secretário, a foto publicada pelo leitor Maurilo Campolina (aí mesmo no Sete Dias on line) como está a situação do terreno do SAAE na rua Aimorés. Vamos lá. Multe o SAAE. Exemplo começa é de cima!

Enquanto a prefeitura cria leis, como a divulgada em 07/01 no Jornal Sete dias, “A nova legislação municipal nº 7.974 de 23 de dezembro de 2010 foi publicada no Diário Oficial da Prefeitura de Sete Lagoas no dia 31 de dezembro de 2010”, para punir os responsáveis por imóveis que não os mantiverem limpos e livres de criadouros de mosquitos, ação por sinal muito boa para o combate a dengue, o próprio poder público parece não se preocupar “com o seu quintal”. Podemos observar isto pela situação em que se encontra a área dos reservatórios do SAAE situados à rua Aimorés, bairro N. Sra. do Carmo, que, conforme pode ser observado, é um exemplo de falta de cuidados com a limpeza, sem falar nas árvores que, antigas e de porte avantajado ameaçam cair ou perder galhos que podem comprometer o funcionamento dos reservatórios ou ainda os imóveis vizinhos. Texto enviado pelo leitor Maurilo Campolina. (Texto que acompanha a foto)
Ah, só para terminar, aproveite e olhe também pelas famílias que moram ao lado da LAGOA DO ESGOTO DO BREJÃO, cujas crianças estão com 4 protozoários diferentes ao mesmo tempo. Já que a matéria fala em ação integrada do governo, está na hora da Secretaria de Saúde exigir do SAAE e das outras secretarias relacionadas com a questão uma solução para o problema. Em Sete Lagoas não temos inundações, terremotos e deslizamentos... mas em compensação...

Ramon Lamar de Oliveira Junior

Blog da História da Química

Para todos aqueles que gostam da química (professores, alunos, curiosos...). Acessem o blog Hoje, na história da Química. Vale o passeio. Acredito que vocês vão gostar. Cliquem aqui para conhecê-lo.

Imagem do Mendeleev que ilustra o post sobre sua vida e obra. Em cada data, um assunto da história da química.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CARTA ABERTA DOS JORNALISTAS DIPLOMADOS PROFISSIONAIS DE SETE LAGOAS*

Os jornalistas diplomados profissionais que atuam em veículos de comunicação e em empresas públicas e privadas de Sete Lagoas vêm, por meio deste documento, esclarecer que a Associação de Imprensa de Sete Lagoas (Assim) não representa todos os jornalistas e profissionais da área de comunicação e que quaisquer ações e pronunciamentos desta nunca foram e nem serão feitos em nome de todos os jornalistas. A classe de jornalistas diplomados profissionais entende que algumas práticas comerciais da Assim não compactuam com o exercício do jornalismo enquanto instrumento de cidadania e democracia através da informação verdadeira, isenta e imparcial.
Esta iniciativa faz-se necessária, uma vez que a referida Associação se pronunciou em nome da imprensa sete-lagoana durante coletiva no Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sete Lagoas (SAAE) na manhã do dia 19 de janeiro, surpreendendo a todos os presentes. Em público e se dirigindo à presidência da autarquia, um integrante da Assim alertou que, para que o SAAE tivesse o apoio da imprensa local, seria necessário um “faz-me rir”, referindo-se à verba publicitária por meio de anúncios da autarquia nos veículos locais.
Temos ciência de que um jornal não se mantém sem receita e que a prática publicitária é, inclusive, determinante para a sobrevivência de um veículo de comunicação. Até aqui, não há novidade nessa relação. No entanto, o que queremos com esse documento, é evidenciar que a relação corrompida dos veículos de comunicação com suas fontes, que negociam apoio ou ameaçam veladamente a depreciação, em nada contribui para o desenvolvimento da nossa cidade, quando não se ocupa do fundamental papel do jornalismo: ser fonte por onde a população se informa do que acontece na cidade, em seus diversos aspectos. Essa forma arcaica de fazer comunicação, por não se preocupar com a qualidade da informação que produz, mas com interesses outros, torna o ambiente de Sete Lagoas pouco profissional, desvaloriza a categoria e ignora a responsabilidade que o conteúdo dos veículos possuem na formação de opinião dos cidadãos.
Nossa manifestação legítima preza pela prática do jornalismo ético e compromissado com a verdade, que beneficia tão unicamente a população e aponta críticas, caminhos e alternativas para que se possamos, juntos, construir uma cidade menos violenta e mais moderna para se viver. Esta Carta Aberta é também uma forma de dizer que, por acreditarmos em uma Sete Lagoas mais digna, nos manifestamos: informação não é comércio, é um direito de todos.

JORNALISTAS DIPLOMADOS PROFISSIONAIS DE SETE LAGOAS

* Este documento foi elaborado pelos profissionais que atuam em Sete Lagoas, em homenagem ao nosso saudoso colega e jornalista, Fred Rezende.


[Recebi essa CARTA ABERTA, e por achar justo e pertinente o esclarecimento sobre alguns aspectos da atividade jornalística na nossa cidade, achei importante publicá-la. Comentários e críticas podem ser enviados direamente para o twitter @Jornalistas7L ou para o blog jornalistasprofissionais.wordpress.com]

Ocupação das calçadas da cidade

Quase excelente a matéria MÁ CONSERVAÇÃO E OCUPAÇÃO IRREGULAR DOS PASSEIOS ATRAPALHAM A VIDA DOS SETE-LAGOANOS, publicada no www.setelagoas.com.br (clique aqui para ler a íntegra). Nota 99,9.
Para ficar perfeita só faltou citar o nome das pessoas que insistem em usar do jeitinho para com seus amigos, correligionários e cabos eleitorais, ajudando a transformar a cidade em "cidade sem lei"  nessa área. Também seria exigir muito, a citação de tantos nomes, não é mesmo? Vai que algum fica de fora e depois ficaria chateado e tal...
Dá para entender a situação de quem trabalha contra essa maré de mal-feitos. Lembro da polêmica de um fiscal da Secretaria de Meio Ambiente em tentar autuar a colocação de faixas indevidas nas margens da Lagoa Paulino, da luta silenciosa do Secretário de Trânsito e da atuação do Secretário de Planejamento em prol do Departamento de Licenciamento de Obras. Resultado: ou os secretários caíram (e até secretarias foram extintas) ou perderam grande parte da sua autonomia. Que eu saiba (ou que tenha sido divulgado), nenhum deles fez nada de execrável e condenável. Nenhum deles deixou de trabalhar ou de agir (muitas vezes com pouquíssimos recursos e apoio). Mas...

É praça ou é estacionamento? O mundo inteiro já viu (a imagem acima é do Google Street View), mas a fiscalização ou o bom senso ainda não atravessou a rua em direção ao prédio da prefeitura. E lá vem o pedestre, andando na rua, evitando os carros estacionados na calçada.
Eu aproveito para perguntar do FAIXA AZUL (estacionamento rotativo). Será que ele morreu por conta de tantos estacionamentos irregulares na praça da Prefeitura? Ah... não... espera aí. Lá não era local de cobrança do FAIXA AZUL (nem imagino o motivo). Cadê ele? Que fim levou?
Vai um grande abraço para o Felipe Castanheira, que assina a matéria.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O blog oficial do SAAE morreu???

O blog EM FOCO, oficial do SAAE, anota como sua última atividade uma postagem de 28 de dezembro? Será que ele morreu? Será que o Setor de Comunicação do SAAE não existe mais?

 
Um caminho excelente de aproximação com as pessoas, com os consumidores, administrado pela Sayonara e pelo Pablo, de repente não dá mais sinais de vida. Uma pena...


[Ôpa... boa notícia... Sayonara deu sinal de vida. Leiam lá nos comentários.]

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Chico e Zorma

Janeiro já se foi.
Mas levou consigo duas criaturas extraordinárias: Chico Labbate e Dra. Zorma.
Aprendi a admirá-las desde cedo. 
Primeiro foi o Chico Labbate, amigão do meu pai, sério, compenetrado... dava a impressão que ele estava pensando nos grandes problemas da humanidade o tempo todo. Às vezes um sorriso e raramente uma risada. Ele e meu pai demonstravam conhecer cada centímetro das redes de água e esgoto da cidade: tal rua é cano desse jeito, tal rua é manilha de barro, em tal esquina precisamos ficar atentos com o trânsito pesado... E as soluções para os funcionários do SAAE como o café da manhã para os operários no Mucury e o salário-mínimo 20% acima do piso nacional. Não raro estavam os dois acompanhando serviços de reparo do plantão, levando sanduíches para a turma fazer uma janta improvisada.
Depois a Dra. Zorma, que salvou-me e ao meu irmão da morte certa, naqueles tempos em que a gastroenterite levava embora mesmo. Com sua receita infalível de guaraná com um pouquinho de água para aliviar a desidratação, ela cativava as crianças (naquele tempo, guaraná era só em dia de festa... ou se a doutora mandasse). Mais tarde, a alegria e a admiração de tê-la como colega na FEMM. Eu trabalhava no laboratório da FAFISETE (que era no prédio da Faculdade de Direito) e frequentava o café do intervalo em meio aos grandes mestres da FADISETE. E ali, a Zorma dividia com a Dona Cléia (da secretaria) o papel de "minha mãe" naquele ambiente. As discussões da Zorma com o Dr. Marcelo Vianna, meu grande e inesquecível chefe, eram uma mistura aguda de pontos de vista, mas vencia sempre a admiração de um pelo outro, ambos dotados de grande saber sobre as leis e sobre a vida. 
Saudades demais dos dois. Muitas mesmo. 
Ramon Lamar de Oliveira Junior

O céu, a montanha, a mata e a obra do homem

Até onde é possível conviver em harmonia? Quando os limites são ultrapassados? Quando a nossa ótica fica prejudicada? Perguntas difíceis de responder...

Estrada para Santana do Riacho (Serra do Cipó - MG). Clique na imagem para ampliar.
Dúvidas e foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Lagoa do Brejão II: o esgoto itinerante!

Depois das denúncias na imprensa e nos blogs, o SAAE "lacrou" dois pontos de vazamento. Aí o esgoto descobriu que podia vazar por outro ponto. E lá vai o esgoto para a Lagoa do Brejão...

Crédito da foto: Fabiano Abreu. 30 de janeiro de 2011
Confiram clicando aqui.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

domingo, 30 de janeiro de 2011

Diálogos na Serra do Cipó

 

Fotos feitas no zoom. A qualidade não ficou ótima, mas eu não poderia deixar de postar os tais diálogos.

Fotos: Ramon Lamar de Oliveira Junior

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Serra do Cipó: Pousada Chão da Serra

Férias muito curtas só tem um jeito: ir para um local bem pertinho mas com a certeza de um bom descanso. A Serra do Cipó é uma opção mais do que garantida. E aqui, na Pousada Chão da Serra, podemos curtir um ambiente tranquilo, com ótimo atendimento e "pertim" de tudo. Indicada também para férias longas.
Opção ideal para biólogos e não-biólogos, famílias, casais jovens... todos que valorizam e curtem a natureza.

Pousada Chão da Serra, em primeiro plano. Todas as fotos seguintes foram tiradas dentro da Pousada Chão da Serra
A fêmea do canarinho (Sicalis flaveola).
O casal de canarinhos (Sicalis flaveola).
Beija-flor e o ipê-de-jardim (Tecoma stans)
Beija-flor visitando o ipê-de-jardim.
Mandacaru (Cereus) às 8 da noite: preparando para abrir as flores.
Mandacaru à meia-noite: flores abertíssimas.
No dia seguinte: "nasce a flor e não dura mais do que um dia..."

Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Bomba no SAAE: onde estão os culpados?

Previsto para ser terminado em 15 de janeiro último, o inquérito continua em andamento. Então a população começa a formular algumas hipóteses. A que tenho ouvido com frequência fala que a "bomba" estava lá tem muito tempo. Na verdade estava guardada e embrulhada. Sobra de alguma detonação feita pelo próprio SAAE ou sobra de algum projeto do tipo. O funcionário que estava de plantão no dia da confusão era novato na área, cobrindo férias dos titulares. Sem saber do embrulho, talvez por curiosidade, teria derrubado o artefato e desencadeado toda o tsunami. Será??? Mistérios...
A única verdade até o momento é que nós, vizinhos do local, ainda não esquecemos o problema. Atentado ou descuido, a detonação poderia ter colocado em risco as vidas e o patrimônio de muitas famílias.


Ramon Lamar de Oliveira Junior

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Seltur passeia com os jovens

Acabo de ler no www.setelagoas.com.br (clique aqui) que a Seltur fará na próxima sexta-feira (28/01/2011) um city tour com 25 adolescentes do Centro Socioeducativo de Sete Lagoas. Diz a nota, baseada em informações da SECOM/Prefeitura, que os jovens visitarão os principais monumentos históricos da cidade como os museus histórico e do ferroviário, Casarão Nhô Quim, Praça Tiradentes, Teatro Redenção, e as lagoas da Boa Vista e Paulino com encerramento no Monumento Natural Estadual Gruta Rei do Mato. Uma iniciativa muito interessante. Mas...
Teatro Redenção, aguardando sua redenção.
Espera aí... vão visitar o quê no TEATRO REDENÇÃO? Só tem um telhado lá para ser observado. O piso já foi embora faz tempo e o mato está brotando lá de dentro. Isso é passeio ou castigo? 
Ah, cuidado com os escorpiões, viu?

Foto e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

O "causo" dos beijos no espelho.

Recebi, por e-mail, esse "causo" contado pelo amigo Leandro. Não sabemos se é verdade, provavelmente é uma lorota, mas daquelas bem interessantes. Faz pensar um pouquinho na questão da educação...

Numa escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada: meninas de 12 anos que usavam batom, todos os dias beijavam o espelho para remover o excesso de batom. O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom...
Um dia o diretor juntou o bando de meninas no banheiro e explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam. Fez uma palestra de uma hora. No dia seguinte as marcas de batom no banheiro reapareceram...
No outro dia, o diretor juntou o bando de meninas e o zelador no banheiro, e pediu ao zelador para demonstrar a dificuldade do trabalho. O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho.
Nunca mais apareceram marcas no espelho!
 
Moral da história: Há professores e há educadores...
Comunicar é sempre um desafio!
Às vezes, precisamos usar métodos diferentes para alcançar certos resultados.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O SAAE e o Estudo Hidrogeológico

O estudo hidrogeológico da nossa cidade é fundamental e indispensável. O terreno cárstico em que estamos assentados impõe a necessidade do estudo. Quando o assunto começou a palpitar de forma a caminhar para o desfecho de realização do estudo, indaguei ao SAAE por meio do blog (clique aqui) sobre a questão dos valores previstos para o estudo.
O comunicado enviado para a imprensa falava em R$ 600.000,00. O Setor de Comunicação do SAAE avisou, num release para a imprensa e aqui no blog, que o valor seria de R$ 1.495.140,00. Agora, fico sabendo, via jornal Sete Dias em entrevista com o presidente do SAAE, da “contratação do estudo hidrogeológico por R$ 1,62 milhões, em convênio com o Igam, que será concluído somente em 2012.” Da estimativa inicial para o preço contratado, um aumento de UM MILHÃO DE REAIS. E lá vai o preço subindo... mais um retoque aqui... uma adequação ali...
Juro que tento entender, juro... mas não consigo.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

Aqui jaz um pouquinho dos seus impostos. (1)

Será que nossos governantes não pensam quando criam uma obra, por menor que seja, que ela precisará de manutenção e uso no futuro? E será que a cada prefeito eleito a regra é abandonar tudo o que o antecessor fez? Com isso, não há volume de impostos que dê conta do recado. Fazer obras e depois jogá-las no lixo, com o dinheiro dos outros, é fácil demais. Festas, inaugurações, promessas... por água abaixo. Lamentável. E, claro, não é só em Sete Lagoas. Não podemos ser diferentes nesse aspecto?

Miraculosamente ganhou uma capina. E só. Muito pouco para a desapropriação de uma casa e a construção de uma passagem ligando o Bairro Boa Vista ao centro. Estruturas quebradas (clique para ampliar), jardim inexistente e iluminação pobre. Sem contar os problemas com a marginalidade.
Placa indicadora dos buritis da Lagoa Paulino (já falei sobre ela aqui no blog). Virou monumento à incompetência.
Diversas estruturas como a da foto estão espalhadas em torno da Lagoa Paulino. Ali existiam holofotes e uma grade de proteção. Holofotes e muitas das grades foram roubados. Nada se fez, nada se fará. É a Teoria das Janelas Quebradas em ação.
Quiosques para papear e jogar damas, na praça do CAT (Praça Wilson Tanure). Abandono. Sem contar o velho problema do paisagismo das terras aparentes.
Cumpre lembrar que os tais "esquecimentos", que serão apontados nesta série, não são obra (ou falta de obra) apenas do prefeito atual.

Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior