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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Lagoa do Brejão: onde está o poder público?

O Fabiano, leitor do blog, enviou um comentário solicitando que eu fizesse uma visita para conhecer a situação em que se encontra a Lagoa do Brejão. Dizia ele do lançamento de esgoto in natura na lagoa e da ausência de solução pelo SAAE e pela Secretaria de Meio Ambiente. 
A Lagoa do Brejão encontra-se na saída da cidade pela "estrada velha". Poucas vezes estive ali antes. Da última vez, já faz muito tempo, estive coletando alguns insetos (coisa de biólogo) e me assustei com a quantidade de caramujos Biomphalaria, transmissores da xistose. Para o ciclo se completar, há necessidade da presença de fezes humanas contaminadas na água, coisa que na época era inexistente ou desprezível. Não encontrei o caramujo por lá dessa vez, mas só tive acesso a uma parte pequena da margem do "brejão". Lagoa mesmo, não existe mais.

Vista da Lagoa do Brejão. São aproximadamente 330 metros de comprimento e 120 metros na largura máxima. [Clique para ampliar e verificar os pontos a e b] Imagem: Google Earth, 29 de junho de 2005.
Ao ler a mensagem do Fabiano, lembrei-me imediatamente da situação. Ontem à tarde, na companhia do Marcão (Estado de Minas e ex-aluno), fui observar o problema de perto. Bem de perto.
Realmente o esgoto está jorrando para dentro da lagoa. No final das ruas Papagaios e Luzia Ferreira da Silva, o esgoto não tem para onde ir, falta uma estação de bombeamento. Ali existe um terreno do SAAE onde, dizem os moradores, o esgoto é armazenado e um caminhão vem recolher. Mas é esgoto demais. Isso não funciona. Não para de jorrar e em determinados horários o volume é muito maior.
Conversando com moradores, tivemos acesso aos exames parasitológicos de fezes de duas crianças que moram bem próximas ao local do lançamento de esgoto. Quatro protozoários em cada uma delas: Entamoeba coli, Entamoeba histolytica e Giardia lamblia estavam presentes nas duas crianças.; uma tinha também a Endolimax nana e a outra a Iodamoeba butschilii. E. histolytica e G. lamblia merecem especial atenção, sendo que as complicações por E. histolytica podem ser fatais. Conforme a mãe, as crianças receberam o tratamento adequado. Os adultos também devem procurar fazer um exame de fezes. Expliquei a eles que as crianças são mais sujeitas à contaminação pelo contato repetido com a terra contaminada, mas os adultos podem ingerir os cistos dos parasitas veiculados para dentro de casas por moscas, por exemplo. Felizmente, nada de xistose nos dois exames.
Vamos ver algumas imagens e os comentários explicativos. Clique nelas para ampliar.

O espelho d'água da Lagoa, que ainda é visível na foto do Google Earth, desapareceu rapidamente em coisa de 2 anos. Foto tirada próximo ao ponto b da imagem anterior.
Imagem do Google Street View obtida em 2009 (infelizmente não temos a data exata) no ponto a. Observe o esgoto minando junto ao poste e a pequena quantidade de aguapés na margem. Uma parte do espelho d'água ainda é visível em meio ao mato.
Foto obtida ontem no ponto a. Verifique que o espelho d'água praticamente desapareceu e os aguapés proliferaram bastante.
Foto obtida no ponto a. Esgoto minando e se espalhando no gramado em direção à lagoa. O cheiro é insuportável. Os aguapés já crescem junto ao local onde o esgoto está minando.

Foto obtida no ponto b. Esgoto correndo em direção à lagoa.
Novamente o esgoto minando no ponto a (observe os aguapés). Mais acima, subindo a rua Papagaios, observe o muro branco pintado de azul. O SAAE "está presente" ali. O tal "tanque para armazenar esgoto" encontra-se lá dentro. Se essa é a melhor solução que a engenharia sanitária do SAAE consegue providenciar no século XXI, estamos perdidos!
Na minha interpretação, é ponto sem contestação. O SAAE falhou na análise técnica, política e humana da situação, tendo deixado os moradores desamparados em relação ao problema. E ainda mais: matou uma lagoa. A resposta, já sabemos antecipadamente, pois é a mesma que vem sendo dada em todos os casos similares: está se sentindo lesado, entre na justiça!
Resta pedir aos leitores do blog que acionem seus conhecidos. Que peçam aos vereadores eleitos que olhem por esses moradores. Que roguem ao executivo municipal e aos novos secretários que tomem alguma providência para resolver o problema. Que implorem ao SAAE, de joelhos talvez, que escutem os problemas que essas famílias estão passando e encontrem solução urgente. Será que a poderosa Secretaria de Obras não tem como ajudar?

Texto e fotos (exceto as referidas ao GE): Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS1: O problema não se resume a SAAE ou COPASA. A COPASA também faz as delas nos municípios onde gerencia o sistema.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Nadab Abelin assumiu duas secretarias?


Claro que não!!! Mas o Secretário de Governo precisa ter mais cuidado ao escrever no Twitter.

Abraços.

Cancelamento de número da Operadora Vivo: um périplo!

"Ganhei" um número da Vivo que poderia falar "de grátis" para o meu celular. 
Ganhei, mas tinha que pagar quase R$ 19,90 por mês. "De grátis" igual a esse eu nunca vi. 
Fui cancelar o tal número na loja Vivo da Lagoa Paulino (tudo em volta da Lagoa, parece até coisa de sapo!) e a funcionária disse que eu tinha que ligar para o *8486 no dia 11 de janeiro. Já estamos no dia 13 e eu não consigo falar na mer...cadoria do número.
Enquanto estou digitando, com o telefone no Viva Voz por mais de 10 minutos, vou escutando uma música que sei lá se é um chorinho-agudo ou um samba-batucado-na-panela que é muito irritante. Música escolhida de propósito para você desistir da operação de cancelamento (só pode!). Ontem não aguentei mais do que 25 minutos de "goteira-na-lata". 
Ops... acabo de ser atendido. Confirmado o cancelamento do meu "prêmio" em uma operação de menos de 2 minutos. Tempo total de ligação 14min e 05segundos.

Texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Conhecendo o Parque da Cascata (2)

3) Briófitas: hepáticas - As hepáticas são plantas muito rudimentares, parentes dos musgos (também pertencem ao grupo das briófitas). São encontradas apenas em locais bastante úmidos no interior das matas ou, preferencialmente, junto a cursos d'água. Apresentam-se como plantas prostradas junto ao solo e sempre ramificadas de maneira dicotômica (dividindo-se em dois). Aliás, a dicotomia nos órgãos das plantas costuma ser um sinal de primitividade da espécie em estudo. As hepáticas das imagens abaixo foram fotografadas no alto da cascata, no córrego, em um local muito bom para escorregar.

Hepáticas no córrego, bem perto da cascata. Parque da Cascata, junho/2008.
4) Pteridófitas: Anemia - A Anemia é uma pteridófita muito interessante. A maioria das pessoas conhece apenas os seus parentes mais comuns: samambaias, samambaiaçus e avencas. No entanto, o grupo das pteridófitas é muito grande e diversificado. O conhecimento popular sobre as samambaias é que elas apresentam “uns pontinhos marrons” debaixo das folhas. Os tais pontinhos são chamados soros e neles são produzidos os esporos reprodutivos das samambaias (reprodução assexuada, diga-se de passagem). No caso da Anemia, os soros não se encontram na face inferior da folha da samambaia, mas constituindo uma folha separada chamada esporófilo (folha que produz esporos). Osmunda é um outro gênero pertencente a esse mesmo grupo e com esporófilo bem desenvolvido. Lembro quando existia uma Osmunda regalis plantada em um vaso num dos corredores do Departamento de Botânica da UFMG, ponto de visitação obrigatória na época do ano quando o esporófilo se desenvolvia.

Na primeira foto, uma Anemia com trofófilo (folha comum, fotossintetizante) e esporófilo. Depois o detalhe do esporófilo. Existem muitas Anemia no caminho da cascata, logo onde começa a trilha no começo do córrego. Parque da Cascata, junho/2008.
Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Conhecendo o Parque da Cascata (1)

Vou começar aqui uma série sobre o Parque da Cascata. Inspirado pelo Claret, proponho mostrar que o Parque da Cascata tem grande importância não só em relação ao aspecto turístico elementar, mas também (e muito) na questão da biodiversidade que merece ser conhecida e preservada. A série constará de algumas imagens e informações sobre os organismos que ali podem ser observados.

1) Cogumelos - A mata fechada é um local propício ao desenvolvimento de uma diversidade de cogumelos e outros fungos. Os micófitos (como também são conhecidos) apreciam os ambientes úmidos, com abundância de matéria orgânica e abrigados da luz solar direta. Na época de chuvas, como agora, os cogumelos fazem a festa. Contudo, o que observamos é apenas uma pequena parte do fungo. A maior parte, as chamadas hifas (filamentos) responsáveis pela nutrição do basidiocarpo ("chapéu" do cogumelo, a "casinha-do-sapo"), prolongam-se por muitos metros no interior do solo ou na madeira apodrecida. O basidiocarpo é apenas o resultado do contato sexual entre as hifas de dois fungos.

Basidiocarpos crescendo sobre madeira apodrecida. Parque da Cascata, janeiro/2011.
2) Briófitas: musgos - As briófitas são plantas muito simples que crescem em ambientes de bastante umidade. É comum observá-los no período de chuvas sobre troncos de árvores, muros antigos e até telhados. Na mata, os musgos crescem vigorosamente apesar de raramente ultrapassarem os 3 centímetros de altura. São plantas extremamente dependentes da água, inclusive para a reprodução. Nas fotos seguintes, observamos duas espécies de musgos com as suas duas fases do ciclo de vida: o gametófito (mais embaixo, com "folhinhas" verdes denominadas filoides) e o esporófito (mais acima, formados por uma haste e uma cápsula produtora de esporos).

Musgos com as fases gametofítica (sexuada) e esporofítica (assexuada). Ao contrário do que se explica na maioria dos livros-texto de biologia, os esporófitos não são completamente aclorofilados. No início do seu desenvolvimento são verdes como pode ser observado nas fotos, posteriormente perdem a clorofila e aí sim, passam a parasitar o gametófito. Parque da Cascata - janeiro/2011.
Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tentando entender a notícia: Projeto Conhecer Sete Lagoas

Acabo de ler no www.setelagoas.com.br a seguinte notícia (clique aqui para acessar a notícia no site do jornal). Em vermelho, meus comentários sobre os pontos que não entendi.

Projeto “Conhecer Sete Lagoas" recomeça dentro de poucos dias


Dentro de poucos dias começa mais uma edição do projeto Conhecer Sete Lagoas, que promove tours pelos pontos turísticos da cidade.  Neste ano, o projeto, que acontece sempre no terceiro domingo do mês,  pretende oferecer aos hóspedes de hotéis e pousadas durante todos os domingos, um pacote turístico. (Vai ser em todos os domingos, só no terceiro domingo, ou estão misturando coisas e seriam duas atividades diferentes? Estou achando que o tour é uma coisa e o pacote turístico é outra. Se for isso mesmo, como seria o tal pacote turístico? Free?)
A informação foi divulgada pelo presidente da Seltur, Sete Lagoas Turismo, Lazer e Cultura S/A, Luciano Lyra. De acordo com Lyra, a previsão é que o primeiro passeio turístico seja já em março. Dentro de poucos dias ou em março? Estará o Lyra falando sobre outro tipo de evento? No calendário ao final da matéria o primeiro passeio é em janeiro. É... acho que são assuntos diferentes misturados na mesma matéria.
Além dos turistas, a Seltur pretende expandir o serviço para grupos específicos com moradores e integrantes de entidades de classe e profissionais liberais. Como assim grupos específicos? Escolhidos "a dedo" ou qualquer cidadão pode ir?
Somente no ano passado, o projeto transportou 960 pessoas em 14 viagens.  Puxa, isso dá uma média de 68 pessoas por viagem. Isso quer dizer 68 pessoas dentro do ônibus? Não seriam 960 pessoas nos dias em que as viagens foram feitas? Aliás, 14 dias é muito pouco para uma cidade turística, não? Vale lembrar que em 2011, o projeto continua a atender ao público com partidas da Praça do CAT. As visitas são feitas na Serra de Santa Helena, Parque da Cascata, Centro Histórico e Gruta Rei do Mato.
Em caso de dúvidas ou agendamento das vistas, basta entrar em contato com a Seltur por meio do telefone (31)3775-2863.  Confira abaixo os dias programados para realização dos passeios:

PROGRAMAÇÃO:
Janeiro – dia 16. (É mês de férias escolares. Por que não em todos os finais de semana (sábado e domingo)? Por que um projeto começa tardiamente em se considerando o avançado do período de férias escolares? A Secretaria de Turismo e a Seltur entram de férias de meados de Dezembro até meados de janeiro?
Fevereiro – dia 20.
Março – dia 20.
Abril – dia 17.
Maio – dia 15.
Junho – dia 19.
Julho – dia 17. (É mês de recesso escolar. Por que não em mais finais de semana (sábado e domingo)?
Agosto – dia 21.
Setembro – dia 18.
Outubro – dia 16.
Novembro – todos os domingos e também dia 24
Em Dezembro, nada?
 
da redação com informações da Seltur e da SECOM/Prefeitura de Sete Lagoas


Dúvidas: Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Vamos correr e mandar dar uma capina geral na estradinha da Serra de Santa Helena, viu gente? Dia 16 tá chegando...

Caminhando para os 10.000 acessos.

Criado em junho do ano passado, o nosso blog está chegando rápido aos 10.000 acessos. O número de visualizações de páginas é bem maior, aproximando-se de 25.000. Atualmente, estamos com uma média mensal em torno de 6.000 visualizações. Todos esses números são bem maiores dos que eu podia imaginar no início.

Um abração para todos que por meio de suas críticas, elogios e sugestões ajudam a construir o blog.

Obrigadão, mesmo!

Ramon Lamar de Oliveira Junior

Teoria das janelas quebradas (4)

Ninguém viu, ninguém vê?
Talvez o OLHO-VIVO, quem sabe?
Ou, no momento, não é prioridade?


Foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Luminárias de LED na feirinha

Tanto no primeiro quarteirão da rua Professor Abeylard, quanto na própria feirinha da praça Dom Carmelo Mota, foram colocadas algumas luminárias de LED.

Dois modelos de luminárias de LED flagrados na feirinha.
A tecnologia de iluminação por LEDs apresenta uma grande economia de energia, apesar do custo inicial alto de sua implantação. Um dos problemas dos LEDs é o foco unidirecional. Uma tentativa de se contornar o problema pode ser vista na segunda foto, que mostra uma luminária onde os LEDs permitem melhor espalhamento da luz. 
E aí, amigos da CEMIG, é isso mesmo? Estamos em testes?

Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Bueiros esperando vítimas

Já tem um tempo que observo o tamanho de alguns bueiros que existem em Sete Lagoas. Apesar de serem extremamente raros, pois concentram-se em apenas algumas ruas da região central, certos bueiros são desproporcionalmente grandes. Aliás, tais aberturas podem ser chamadas de bueiros?

[Clique na imagem para ampliar] Observe, pela proporção com os tijolos que são visíveis no interior do bueiro, que a abertura do mesmo tem cerca de 30 centímetros. Esquina da Rua Amazonas com a Av. Antônio Olinto, logo abaixo do viaduto.
Imagine o risco de uma chuva torrencial arrastar uma criança para dentro da galeria. Nem imagine demais, para não ficar apavorado. Até mesmo a possibilidade (menos dramática) de sacos de lixo serem arrastados lá para dentro, entupindo a galeria e provocando diversos problemas. Que tal uma grade, ou barras que evitem esse tipo de acidente? Pedir desculpas depois não vai adiantar.

Texto e foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Setelagoano assassinado em Recife.

Acabo de ler no www.setelagoas.com.br (clique aqui) sobre a morte brutal de um conterrâneo nosso em Recife. Logo em seguida, recebo telefonema do amigo Paulinho do Boi relatando que se trata do João Luiz, irmão do nosso querido Flávio de Castro. Estou seguindo imediatamente para o velório que irá acontecer no Asilo e já deixo aqui a notícia para todos os leitores do blog e as condolências para a família.

PS.: Estou cheio de assuntos para postar no blog, mas não consigo. Essa agressões gratuitas, insanas e cruéis tiram a nossa energia, roubam a vida de uns e o sorriso da face de todos. Li em alguns jornais de Recife sobre as circunstâncias em que o crime aconteceu. Nem aconselho que leiam a respeito. No velório, entre os amigos Marcão, Paulinho do Boi e o Shell, meu cérebro a todo momento dava um apagão por imaginar o sofrimento do João, vítima da barbárie, e da sua família. Impossível manter a sanidade. E é esse caminho que o mundo está trilhando. Drogados tiraram a vida do João. Talvez por uns trocados, um celular, alguns momentos de não-sei-o-quê nessas mentes doentias, não-humanas. Respeito o trabalho daqueles que se dedicam a remover os drogados desse mundo paralelo, devolvendo-os ao nosso, mas acuso veementemente  e debito esse crime na conta daqueles que demoram, adiam e impõem barreiras para uma ação mais efetiva de socorro aos que ainda podem ser salvos, de prevenção e de combate a esse comércio-da-morte. Enquanto alguns lucram muito nesse balcão (e nem sempre são os traficantes), outros sofrem, engolem em seco, perdem sono, perdem a família, perdem tudo. Está muito próximo de nós. Está à espreita.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Parque da Cascata: um retrocesso?

Já escrevi várias vezes sobre o Parque da Cascata. "Parque da Cascata: um recomeço?" (aqui) e "Parque da Cascata: julho de 2010" (aqui) são dois exemplos.
Em dezembro de 2009, fui surpreendido pelas sucessão de boas mudanças que o Schell da Seltur estava ali implementando. Seis meses depois, fui informado que o Schell não estava mais no comando do Parque. Alguns problemas já estavam bem visíveis. Hoje, pude constatar que o Parque da Cascata está novamente jogado às traças.
Estamos em pleno período de férias escolares e a "cidade turística" não se preparou para receber turistas ali. Parece que a menina dos olhos agora é a Gruta Rei do Mato (aliás, preciso voltar lá para conferir como ficou). Mas será que não dá para manter mais de um ponto turístico???
Alguns turistas estavam no Parque da Cascata hoje, totalmente perdidos... sem nem ao menos uma plaquinha indicando para que lado fica a cascata. Claro que ainda existem atrativos, principalmente para nós biólogos e para os que são capazes de ver ali um pouco de paz e tranquilidade. Mas em termos turísticos está no negativo.
Vamos ver algumas imagens. Primeiro as boas, quase todas por bênção única e exclusiva da natureza. Depois, os estragos e defeitos onde se percebe com clareza a mão do homem, incluindo o acesso à Serra e ao Parque.

Pontos positivos:
Lago do Parque da Cascata.
Flor de uma zingiberácea (lírio-do-brejo): Hedychium coronarium
Borboleta numerada. Diaethria (?)
Cascata.
Vinhático centenário.
Caracol da mata ou  aruá-do-mato: Strophocheilus
Borboleta do gênero Morpho

Pontos negativos:
Falta capina e sobram buracos na subida da Serra.
Falta capina ao chegar no Parque da Cascata.
Falta capina dentro do Parque da Cascata. Vamos ver se ela não virá apenas no último dia das férias, como ocorreu nas férias de julho, né?
Construções abandonadas e tomadas pelo mato.
Construções abandonadas.
Lixeira acumulando água: os mosquitos aprovam!!!
Como o projeto está caminhando? O quê já foi executado? A ADESA é uma esperança para a boa conservação do Parque da Cascata.
Falta capina nas margens da represa.
Essa lixeira moderna não acumula água: não tem fundo. Será o famoso "fundo perdido"?
Resto de faixa. E nem uma plaquinha para orientar melhor os turistas.
Capina boa, não?
Monjolo completamente destruído. [Clique para ampliar]
Hummm... falta capina.
Mais um criadouro de Aedes aegypti e outros mosquitos.

Os vinháticos continuam afastados dos humanos. Contato proibido.
Carramanchão (?) e parquinho já estiveram bem melhor.
Primeira visão que o turista tem do prédio do restaurante: um "baita" vazamento na parede.
O QUÊ SE PASSA NA SELTUR PARA ABANDONAR O PARQUE DESSE JEITO? 
PELA VOLTA DO SCHELL, COM AUTONOMIA PARA RESSUSCITAR O PARQUE DA CASCATA!

 Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Será que é possível usar metade da vultuosa verba que foi destinada no orçamento para o Fundo Municipal do Turismo para arrumar o Parque da Cascata? 

Parabéns ao Celso Martinelli e ao Jornal Sete Dias

Seguindo uma linha que demonstra independência, o Jornal Sete Dias - em especial o Celso Martinelli - tem mostrado que não se pode ficar esperando a notícia aparecer. Infelizmente, durante muitos anos, os jornais setelagoanos eram simplesmente locais onde se publicava a notícia que chegava pronta. O press release da prefeitura e das empresas substituia a pauta dos jornais. Correr atrás da notícia, antecipar os fatos e ouvir verdadeiramente a população estavam em segundo ou terceiro plano.
De uns tempos para cá, tenho visto uma tendência  do nosso jornalismo em descolar-se da função "chapa branca". Acredito que o jornal (e o jornalista) devem ter postura crítica: mostrar o erro e elogiar os acertos, sempre sabendo distinguir os limites. Claro que a "chapa branca" e a "oposição por oposição" não desapareceram, mas perdem acentuadamente a confiança do leitor/ouvinte/telespectador que começa a perceber que existem posturas mais dignas no jornalismo.
Entre as diversas matérias que podem ser lidas no jornal impresso e no Sete Dias online, destaco estas duas - clique aqui e aqui - que mostram as consequências da chuva em Sete Lagoas e um vazamento de água sem controle. Já não somos mais imunes às tragédias que se abatem sobre outras cidades. Apesar de não sofrermos com as enchentes provocadas por rios descontrolados, temos nossas próprias tragédias particulares.

Rua Sulfumiro de Freitas, no Bairro Progresso: moradores ironizam situação. Foto e legenda que ilustra uma das matérias do Jornal Sete Dias.
Ramon Lamar de Oliveira Junior

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ambiguidades

Você já ouviu falar que um rio, depois de transbordar, veio a falecer?
E que uma pessoa foi até a sede do Twitter devolver o passaporte diplomático?

Pois estes dois títulos de matérias, publicados na Folha de S.Paulo online (folha.com), podem muito bem ser interpretados dessa maneira. Coisa para provocar arrepios no Valdemar, meu mestre.

Imagem obtida por cópia da tela (print screen).

Mais patos mortos: virou epidemia!!!

Patos, fujam para as colinas. (Clique aqui para ver o post sobre a morte do primeiro pato.)

Agora, falando sério, já está na hora de quem tem a concessão desse serviço (é assim mesmo?) tomar providências para evitar esse tipo de imagem que traduz desleixo. Os patos estão assim desde o início da semana, pelo menos.
Foto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Teoria das janelas quebradas (3)

A teoria das Janelas Quebradas (clique aqui) ainda está ativa... bem ativa, aliás.

Fotos tiradas hoje na Lagoa Paulino:



A guarda municipal nada viu? Quem é o responsável pelo conserto? Os lavadores de carro / flanelinhas da orla da lagoa, tão defendidos pelos órgãos de defesa social, não podem colaborar evitando essa depredação? [Clique nas imagens para ampliar]

Fotos: Ramon Lamar de Oliveira Junior

Errinho providencial, não?

Acabo de ler no www.setelagoas.com.br que a Caixa cometeu um errinho ao creditar, indevidamente, uma média de R$ 135,00 para mais de 80.000 famílias beneficiárias do Bolsa Família entre os meses de setembro e outubro de 2010. Agora, vai cobrar a diferença. Um fragmento do texto publicado:
A Caixa Econômica Federal admitiu que realizou o pagamento a mais no valor de R$ 11,153 milhões, transferida indevidamente para a conta de 82.595 famílias beneficiárias do Bolsa Família. A informação foi divulgada hoje pelo Agência Estado e confirmada pelo banco. De acordo com a Caixa, o pagamento foi realizado na passagem de setembro para outubro de 2010 e foi provocado por um erro do sistema do banco.
Não que eu queira insinuar alguma coisa. Longe de mim tal ideia. Mas um erro desses em plena campanha eleitoral dá assunto para um bom tempo, não é? Será que foi só esse erro?

PS.: Só para não perder o tom, um comentariozinho sobre o Palocci. O homem teve problema com o violação do sigilo do caseiro Francenildo. E agora foi para a Casa Civil que também estava cheia de problemas. Caseiro, Casa Civil, violações... parece até enredo do Dan Brown. Será que tem alguma mensagem oculta nisso tudo?

[Clique para ampliar]

2011 já chegou: alguma novidade para nós moradores da Professor Abeylard?

Num dos vários tópicos sobre o problema envolvendo o "rio de esgoto" que corre aqui na Professor Abeylard, recebi o comentário abaixo, bastante simpático, emitido pelo SAAE.  [Clique aqui para ver o tópico completo.]
Pois bem, 2011 já chegou. Já temos alguma novidade para nós?

Prezado Sr. Prof. Ramon Lamar,

informamos que seu questionamento é de vital importância e chegou em hora oportuna.
O SAAE já está executando o levantamento planialtimétrico da Rua Prof. Abeylard para elaboração do projeto e em seguida execução da obra de substituição da rede coletora de esgotos em toda a sua extensão.
Estamos nos esforçando ao máximo para que tudo se complete até o final de 2010.
Agradecemos sua preocupação, que também é nossa, e reafirmamos nosso compromisso de, dentro de nossa capacidade orçamentária, aos poucos ir solucionando todos os problemas dessa natureza.

Eng. Gilberto Cunha - SAAE

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Barro na Feirinha

E aí, gente? De onde vem esse barro que se acumula nas margens da Lagoa do Mucury, na praça Dom Carmelo Mota (da "feirinha")? Será que é possível removê-lo? Com umas enxadas, talvez...
 
Além da remoção do barro, seria bom também resolver o problema dessas armadilhas no chão. [Clique nas imagens para ampliar]
Secretaria de Turismo, de Meio Ambiente e Seltur: vamos olhar os nossos pontos turísticos mais de perto...

Fotos: Ramon Lamar de Oliveira Junior