Aquela questão antiga (sobre remoção de braquiárias) continua no mesmo pé. Agora temos outra questão para atacar também: a praga das bordaduras (feitas com pingo de ouro, buchinho e outras espécies) e as plantas invasoras de espaços (como a Leucena - Leucaena).
As bordaduras já estão completamente fora-de-moda em paisagismo. Elas são complicadas de se manter (requerem podas periódicas e consequentemente um alto custo), escondem o interior dos jardins, dificilmente formam um cordão homogêneo (geralmente a bordadura fica "banguela") e ainda permite que marginais se escondam (ou escondam coisas em seu interior). Não me sinto muito seguro em assentar num banco de praça com essas verdadeiras moitas escondendo a visão, acho que o mesmo ocorre com outras pessoas.
As leucenas são leguminosas invasoras oriundas da América Central. Espalham milhares de sementes com grande potencial de germinação. Crescem muito rapidamente, podendo ser comparadas nesse aspecto ao eucalipto. Tem uso em agronomia, inclusive como alimento para o gado, mas mantendo-as baixas. Se florescerem e frutificarem, é bem capaz do fazendeiro perder o controle de sua proliferação. Havia leucenas no entorno da Lagoa Paulino e na Praça Dom Carmelo Mota. A Secretaria de Meio Ambiente autorizou a supressão das mesmas, mas tarde demais: as sementes já haviam se espalhado como se vê na foto abaixo das duas pragas juntas.
Precisamos arrancar definitivamente essas pragas e pensar nossas praças sem bordadura (como foi feito em frente à Igreja de Santana) e também com forrações que resistam a sombra das árvores (como foi feito na Praça Alexandre Lanza onde foi usada a grama-amendoim). Bom lembrar que a hera e as calateias são ótimas também para o sub-bosque formado pela sombra das árvores.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
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