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sábado, 10 de novembro de 2012

FRENTE DA SERRA DE SANTA HELENA - NOV/2011 X NOV/2012

Apesar das diferenças de iluminação, que não há como compensar com 100% de eficiência, percebe-se nitidamente que o grande incêndio do Dia dos Pais de 2011 provocou graves efeitos que são visíveis até o mês de novembro daquele ano (na verdade foram muito mais além). Em 2012, como felizmente essa parte ficou livre de incêndios (por enquanto), a recuperação da vegetação se mostra melhor. Contudo, é necessário que tomemos alguma providência por causa da perda de nutrientes nas cinzas que saíram como fumaça. Creio ser possível algum tipo de "fertilização" da área. Eu tenho algumas ideias, mas algum agrônomo poderia sugerir algumas ações simples e principalmente baratas?

Novembro de 2011.
Novembro de 2012. Foto obtida em 12/11/2012 em condições de iluminação mais aproximadas às da foto de 2011.
A minha ideia mais simples é utilizarmos as próprias bombas costais, agora nesse período chuvoso, para espalhar uma solução nutritiva diluída (NPK) por partes da encosta da serra. Poderíamos fazer em algumas partes e deixar outras como controle para comparação. Creio que os resultados seriam visíveis em 1 mês ou um pouco mais.
Aguardo sugestões e voluntários!

Fotos e texto: Ramon Lamar de Oliveira Junior

26 comentários:

  1. Ainda não formei mas arrisco um palpite.
    A primeira medida é sem duvida uma análise de solo. Após isso, acredito que o que mais beneficiaria as plantas seria melhor o ambiente do solo, com uma calagem e gessagem, diminuindo a tóxidez por alumínio e permitindo que as plantas possam crescer com menos problemas.

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    1. Franco, ainda existe aquele mecanismo de análise do solo grátis na UFV? Informe-se aí e dê um toque.

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    2. Até onde eu sei tem isso nao. o Lab. de análise de solos do DPF trabalha quase que independente. Sei porque eles cobram ate das análises da Empresa Junior de agronomia.
      Mas de qualquer maneira, eu ligo pra la na segunda pra perguntar

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    3. Uai... mas já me informaram desse esquema...

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    4. Tenho uma ideia, mais acho que nesta área também é preciso jogarmos sementes, tem uma proposta bem legal que podemos potencializar, é o seguinte no dia 25/11 Domingo estamos preparando junto com um pessoal do Regina Passis de lançarmos bolinhas de argila misturadas com sementes e adubos na serra. Daí podemos fazer disso um evento maior se todos vcs animarem de participar, confeccionar as Bolas de sementes (seed balls em inglês). É uma técnica bem bacana, quem quiser ver como funciona é só pesquisar na net.

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  2. Liguei la no departamento
    o Laboratório disse que pra fazer análise sem cobrar tem que pedir autorização pro chefe de departamento. E ele só libera análise pra pós-graduando da UFV ou quem esteja fazendo pesquisa em conjunto com a UFV
    De qualquer forma peguei os preços:
    Análise de rotina (Macronutrientes + pH + p-rem) = 12,00
    + Matéria orgânica = 17,50
    + Micronutrientes = 24,80
    + B e S = 33,40

    Acredito que para a a situação a análise de rotina já é o suficiente.

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    1. Franco, muito obrigado! Ótima informação. Agora mande os detalhes de como deve ser feita a amostra para que eu possa criar uma postagem sobre isso. Muita gente vai se interessar!
      Abração!!!!!!!!

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  3. O primeiro passo para amostragem é a definição das "glebas" que são as áreas do terreno que são homogêneas quanto à relevo, histórico de uso de área, tipo de solo, cor do solo, vegetação ou quaisquer outras características identificáveis em campo ( se for deixar uma área como testemunha, esse é o momento de separar tal área)(o tamanho da gleba não importa desde que seja menor que 10ha).
    Depois são feitas de 20 a 30 amostras de solo (profundidade de 0-20cm) em cada gleba dispersas por caminhamento em zig-zag dentro da gleba. Essas amostras são então misturadas (muito bem misturadas e não peneiradas) em recipiente limpo (evitar metais), destorroado e então colocado em um saco de 250ml e identificado (ligar para o laboratorio para mais informações sobre identificação).
    Pode-se utilizar um trado comum, ou até mesmo um enxadão para fazer as amostras. O trado é bem mais recomendável, tanto pela velocidade quanto pela qualidade do trabalho.

    Informações retiradas do livro : "Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais - 5ª aproximação. SBCS"

    Caso alguem se interesse pelo livro: http://www.editoraufv.com.br/produtos/recomendacoes-para-o-uso-de-corretivos-e-fertilizantes-em-minas-gerais

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    1. Perguntas:
      250 para cada gleba?
      Cada trecho da frente da Serra, separado um do outro pelas matas, lhe parece ser um exemplo de gleba?

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    2. Não, são de 20 a 30 amostras em cada gleba. Donde tirou 250?
      Pode ser um exemplo. Pelo que já vi das fotos e de andar por la, a parte mais próxima do pé da serra é menos inclinada do que a parte mais alta, isso já diferenciaria glebas. Sem contar que por causa do próprio relevo, seria bastante provável encontrar tipos de solos diferentes, nas diversas "alturas" da serra, e tipo de solo influencia bastante na fertilidade.

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    3. Agora entendi a pergunta do 250.
      Para cada gleba só será enviado uma amostra: que será um saco de 250ml com a mistura das 20 a 30 amostras daquela gleba. Por isso que a separação das glebas é importante. Acho que agora ficou claro.

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  4. Sobre a 5ª aproximação do comentário acima:
    Sim, ela é a mais nova;
    Sim, ela demorou 30 anos pra ficar pronta;
    Sim, ela está desatualizada;
    Sim, ela funciona bastante bem até hoje!

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  5. Ano passado fiz uma amostra de solo na parte de cima da serra,15 glebas, dentre elas várias semelhantes a esta da encosta da serra (topografia e vegetação), cerca de 2 km da igrejinha sentido Jk, e a análise deu teor de Al3+ altíssimo....Dando meu pitaco aq tb como agrônomo, e por conhecer bastante aquela região, acredito sim que uma ação imediata seria aplicação de calcário na área com posterior replantio de espécies nativas,ou sementes tb nativas, como disse o Fracno...Trabalhei no laboratório de solos da ufv por dois anos, tem sim um modo de conseguir a análise de graça, mas a burocracia não compensa, resumindo, 12 reais se resolve tudo,rs...Acho que pela gravidade da situação,pelo tempo que gastaria até retirada das amostras, para envio até a ufv, mais umas duas semanas para resultado, e por estar começando o período chuvoso (aumentando o risco de erosão na área), uma aplicação de 2 toneladas de calcário por ha, a lanço, ajudaria sim e muito a amenizar o problema. O pessoal do departamento de engenharia florestal da UFV tem um trabalho muito bacana com resultados positivos sobre recuperação de encostas, com baixo custo e áreas semelhantes a estas..Enfim, se alguém de lá puder ajudar,acho que seria interessante um trabalho nesta área, ou mesmo algumas dicas sobre o assunto....Qualquer coisa que eu puder ajudar, estamos ai....

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    1. Ôpa!!! Valeu demais, Sam!
      Agora a coisa andou... aliás, voou!!!
      Aplicação de 2 toneladas de calcário por hectare.
      E então, vamos nos mobilizar para isso?

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  6. Então Ramon, ai é que está o problema, infelizmente não estou ai para poder ajudar nessa empreitada, estou na Austrália....O que eu puder ajudar daqui, estou as ordens.
    Sou apaixonado pela Serra de Santa Helena, passei 13 anos da minha vida ali, pois meu pai tem um terreno lá em cima, e é triste ver essas fotos da encosta da Serra, nunca a vi nesse estado, é preocupante e lamentável...Bom, no que eu puder ajudar daqui, é só falar, estou as ordens..
    É preciso de mais pessoas como vc para fazerem as coisas acontecerem, parabéns pela iniciativa, abraço...

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    1. Abração, Sam! Pode deixar que vamos nos mobilizar aqui. Já fiz um contato com o Secretário do Meio Ambiente e ele achou a ideia interessante. Precisamos arrumar o calcário (algum tipo ou fornecedor em especial?). Há algumas áreas mais críticas e acho que deveríamos começar por elas. E mais uma outra não tão crítica para verificar a eficiência por comparação com as áreas vizinhas. Conto demais com sua ajuda online!
      E vamo que vamo!!!

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  7. Então, o calcário é comercializado com base no peso do material, portanto a escolha do corretivo a ser aplicado deve levar em consideração o uso de critérios técnicos (qualidade do calcário) e econômicos, procurando maximizar os benefícios e minimizar os custos. Carbonato de cálcio e carbonato de magnésio são os mais comuns de se achar no mercado. A aplicação de um calcário que contenha Mg terá, aliada ao seu efeito neutralizante da acidez, a adição de Mg, o que evidentemente não acontece quando se utiliza calcário calcítico, pobre em Mg, porém, acho que o preço é mais elevado. Resumindo, a melhor forma de verificar a eficiência de um corretivo de acidez é pelo PRNT (poder relativo de neutralização total), que estima quanto de calcário irá reagir em um período de aproximadamente três anos, ou seja, um calcário com PRNT acima de 60%, é o mais recomendado. Uma alternativa ainda mais barata, e acredito que se encontre fácil ai na região, é escória de indústria siderúrgica de gusa, com um poder neutralizante e teor de Ca e Mg um pouco menor do que o calcário, porém com maior solubilidade que esse. Lembrando que este valor de 2t/ha não foi um chute não,rs, é o recomendado pela literatura para herbáceas e arbustivas, e levando em conta também a análise e os cálculos que fiz para a área vizinha a esta, onde foram feitas as amostragens. Espero ter ajudado, até!

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    1. Então, o calcário dolomítico seria mais recomendado?
      Quanto à escória, temos um problema aqui de contaminação da mesma que impede seu uso até em vias públicas para tapa-buracos (como vinha sendo usado). Se não estou enganado é em relação aos níveis de manganês.

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  8. O dolomítico tem entre 5 e 12 dag/kg de MgO se comparado ao calcítico, menos de 5 dag/kg de MgO. O dolomítico seria melhor nesse aspecto, pois além neutralizar a acidez, ainda disponibilizaria magnésio para as plantas, um macronutriente. Fora a questão do preço, que realmente estou por fora, não sei se é tão mais caro...Com relação a escória, sei que muita gente hoje em dia usa como alternativa mais barata,e já li artigos comprovando sua eficiência, mas realmente não sabia desse problema com manganês.

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    1. Acho que é manganês. Vou consultar minhas anotações antigas...

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  9. Olá Ramon.
    Assim que definir qual o produto correto para tentar fertilizar a encosta Serra, estou disposto a montar uma equipe para realizar a aplicação. Não tenho conhecimento sobre como realizar o procedimento, portanto necessito de instruções.
    Sugestão: A partir da definição do material, poderia fazer um orçamento, já considerando o transporte até próximo do local de aplicação. Com o valor cotado, podemos realizar uma campanha de arrecadação. O que acha?

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    1. Leandro, o assunto está bem embrionário e esses dias eu estou sem tempo. Pedi ao Busu para olhar a possibilidade de ganharmos o calcário. Agora percebo que o melhor é o dolomítico, vamos cotar...

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    2. Penso em trabalharmos em duas áreas, uma bastante alterada e outra em estágio um pouco melhor para podermos comparar efeitos. É ação de longo prazo... precisaremos de uns 3 anos para fazer tudo, principalmente fazendo sozinhos. Mas vamos.

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    3. Vamos tentar! Estou a disposição para ajudar, só avisar.
      Aguardo novidades.

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