A teoria do "vamos flexibilizar pois tem leitos disponíveis" só faz manter o nível de leitos ocupados no "máximo permitido". Ou seja, não deixam o número de casos diminuir, liberam comércios não-essenciais, estimulam (de forma direta ou indireta) as aglomerações e colocam a culpa em todos, menos na estratégia errônea. E agora reclamam que o "platô não abaixa", "que tudo o que se pensava estava errado" e tal e coisa. Some-se a tudo isso a absurda ausência de testes em massa (que disseram inúmeras vezes que iriam fazer em nome da boa ciência).
As opiniões emitidas neste blog, salvo aquelas que correspondem a citações, são de responsabilidade do autor do blog, em nada refletindo a opinião de instituições a que o autor do blog eventualmente pertença. Nossos links são verificados permanentemente e são considerados isentos de vírus. As imagens deste blog podem ser usadas livremente, desde que a fonte seja citada: http://ramonlamar.blogspot.com. Este blog faz parte do Multiverso de Ramon Lamar
sábado, 8 de agosto de 2020
sexta-feira, 10 de julho de 2020
Texto de Colaboração: COVID-19 em Sete Lagoas (2)
Minha ex-aluna, Cely Carmo Giraldes, prontificou-se a nos enviar toda semana alguns detalhes da evolução da Pandemia COVID-19 em Sete Lagoas, bem como sua perspectiva. Os links utilizados encontram-se ao final do texto.
Cely Carmo Giraldes é setelagoana, e atua em São Paulo como jornalista e analista de dados.
PS.: Informações de hoje sobre a situação em Sete Lagoas (recebidas após a redação do texto acima):
Segundo novo boletim da Vigilância Epidemiológica, Sete Lagoas tem 17 novos casos registrados (em 10 de julho), onze mulheres e seis homens. São, ao todo, 372 casos confirmados por exames, 9 pacientes hospitalizados, 289 que já se recuperaram e 67 em isolamento domiciliar. O município segue com sete óbitos confirmados.
26 pacientes estão hospitalizados na cidade com Síndrome Respiratória Aguda Grave. 17 destes testaram positivo para o novo coronavírus. Outros nove pacientes aguardam resultados de exames.
quinta-feira, 2 de julho de 2020
Texto de Colaboração: COVID-19 em Sete Lagoas (1)
Minha ex-aluna, Cely Carmo Giraldes, prontificou-se a nos enviar toda semana alguns detalhes da evolução da Pandemia COVID-19 em Sete Lagoas, bem como sua perspectiva. Os links utilizados encontram-se ao final do texto.
Cely Carmo Giraldes é setelagoana, e atua em São Paulo como jornalista e analista de dados.
sexta-feira, 26 de junho de 2020
NOVIDADE!!!
Olá, pessoal!!!
Em breve teremos a participação de alguns colaboradores aqui no blog, postando textos sobre assuntos da área ambiental. São meus ex-alunos formados em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Faculdade Santo Agostinho.
Aguardem!!!
sábado, 6 de junho de 2020
Entrevista concedida ao Jornal TecleMidia sobre a COVID-19
Tecle Mídia: Como se adquire a doença COVID-19, causada pelo Novo Coronavírus?
TM: Sendo o vírus bastante pequeno, ele não atravessaria as máscaras?
TM: O uso da máscara, então, é fundamental fora de casa?
TM: O que fazer com as máscaras usadas?
TM: Como as pessoas que estão trabalhando durante a pandemia devem proceder?
TM: E o cidadão comum, que sai às ruas?
TM: Remédios ou vacinas estão próximos ou ainda muito distantes?
Ramon Lamar: O vírus é um agente muitíssimo pequeno que nos contamina principalmente pela boca, nariz e olhos. Essas são as principais “portas de entrada” do vírus em nosso organismo, mas podem existir outras formas de contaminação menos importantes em termos numéricos. Levar as mãos contaminadas à boca, ao nariz ou aos olhos é contaminação na certa! Devemos aprender a não levar as mãos ao rosto com tanta frequência.
TM: Sendo o vírus bastante pequeno, ele não atravessaria as máscaras?
RL: Muitas pessoas têm essa dúvida pois aprenderam no colégio que o vírus atravessa filtros. Temos que nos lembrar que o vírus é liberado no ambiente em gotículas, principalmente na fala, na tosse e no espirro. Essas gotículas com o vírus é que ficam presas na máscara. Se o vírus estivesse solto, sem estar preso nas gotículas, ele atravessaria a máscara com facilidade.
TM: O uso da máscara, então, é fundamental fora de casa?
RL: Sem dúvida! E precisamos lembrar que a máscara tem que ter qualidade (o ideal são duas ou três camadas de tecido) para segurar as gotículas. E também que as máscaras precisam ser trocadas quando começam a ficar úmidas, ou seja, com duas ou três horas de uso.
TM: O que fazer com as máscaras usadas?
RL: As descartáveis devem ir para o lixo, preferencialmente dentro de um saco plástico para não contaminar ninguém. As reutilizáveis devem ser lavadas com água e sabão ou deixadas em molho por pelo menos vinte minutos numa solução de água sanitária (50 mililitros de água sanitária – o que é mais ou menos um copinho daqueles descartáveis de café – em 2 litros de água). E se você precisar tirar a máscara, para fazer um lanche por exemplo, deve-se trocar a máscara.
TM: Como as pessoas que estão trabalhando durante a pandemia devem proceder?
RL: Com o máximo cuidado em relação ao uso de máscaras, álcool em gel (ou água e sabão) para higienizar as mãos e, se for possível, também com proteção para os olhos. Precisamos lembrar que as máscaras só protegem a boca e o nariz. Os olhos, que também são “portas de entrada” ficam desprotegidos. Ao chegar em casa devem deixar os sapatos de fora, higienizar mãos, maçanetas, chaves, carteira, celular com álcool em gel. Também devem ir imediatamente para o banho, separando as roupas para a lavação, sem reutilizá-las.
TM: E o cidadão comum, que sai às ruas?
RL: Primeiro é importante lembrar que deve-se evitar, sempre que possível, sair de casa. Mas tendo que sair, leve o álcool em gel e observe que o uso correto da máscara é obrigatório. Nada de passar a máscara para o queixo ou pescoço, esses locais recebem gotículas provocando a contaminação da máscara e da pessoa! É preciso lembrar que a máscara não nos protege totalmente: os olhos costumam estar expostos. Então é manter o distanciamento de 1,5 a 2,0 metros e evitar conversar além do necessário. E evitar levar as mãos ao rosto ou manusear a máscara. Ao chegar em casa deve-se ter um comportamento semelhante ao de quem trabalha em termos da higienização do ambiente, e partir logo para o banho. Ah, e evitar levar crianças em ambientes que lhes são completamente desnecessários como supermercados e lojas. As crianças muitas vezes não apresentam sintoma algum, mas transmitem a doença para quem estiver em casa.
TM: Você é biólogo e já lecionou a disciplina de Epidemiologia. Qual a sua maior preocupação em relação à possibilidade de contaminação das pessoas?
RL: Está chegando o inverno e as temperaturas começam a cair muito. Com isso corremos o risco das pessoas se contaminarem nas ruas durante o dia e depois, chegando em casa, janelas fechadas para evitar o frio... pouca circulação de ar... contaminarem os outros familiares. Isso é muito perigoso, principalmente para idosos e os que têm doenças que complicam a COVID-19, como diabetes e hipertensão, por exemplo. É muito importante que quem saia de casa tenha muito, mas muito cuidado ao retornar. Separar copos, pratos e talheres para os idosos pode parecer uma medida extrema, mas nesse momento tem que ser visto como um cuidado e um carinho necessários. Caso existam dois banheiros na casa, separar um só para as pessoas que estão no máximo isolamento (ou higienizar bem o único banheiro antes que seja utilizado).
TM: Remédios ou vacinas estão próximos ou ainda muito distantes?
RL: Para tanto precisamos aguardar os procedimentos científicos das pesquisas. Muitos remédios estão sendo testados. São remédios que já existem para outras doenças e que podem ser eficientes contra esse coronavírus. Mas é complicado, quase uma loteria. É claro que os pesquisadores têm informações sobre outras doenças semelhantes, essa não é a única causada por um coronavírus. Mas é muito complicado, remédio nenhum deve ser usado no momento como prevenção. Pode mudar tudo na semana que vem? Pode. Mas precisamos aguardar para não provocar outros problemas de saúde nas pessoas, que podem até ser piores que a COVID-19. As vacinas são mais difíceis de conseguir pois são feitas especificamente para essa doença. Várias estão em testes. Pode ser que no segundo semestre tenhamos uma vacina eficiente. Vão ser necessárias bilhões de doses para o planeta todo. Muito dinheiro está sendo investido nessas pesquisas. No momento precisamos confiar no que a ciência e os pesquisadores nos dizem, é o melhor caminho, é o único caminho. No mais, fiquem em casa se puderem! Cuidem-se e cuidem dos seus!
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Minhas manifestações sobre Coronavírus - COVID-19
Amigos,
precisamos compreender que NO MOMENTO temos que permanecer em isolamento. Creio que o país tenha como aguentar um mês nessa situação. Entendo as preocupações quanto à economia e aos empregos.
A questão que vejo, ao pensar sobre o assunto, é a lição que estamos aprendendo ou estamos ensinando. Os idosos são descartáveis? Parece que algumas pessoas estão aceitando isso com tranquilidade.
Pois bem, suponhamos que daqui a 20 anos venha outra pandemia dessas. Não é improvável. Essa é a terceira pandemia desde 2002 (e estou excluindo a MERS que ficou mais no Oriente Médio e poucos aqui ficaram sabendo). Voltemos à hipótese de uma nova pandemia em 2040. Vamos usar o mesmo raciocínio de agora? Quem será o grupo de risco da vez? Os idosos novamente (então nós!). Ou as crianças (basta deixá-las em casa!)?. Os negros, os indígenas, as mulheres, os asiáticos, os homossexuais (ops... a abordagem da AIDS andou um tempo por esse caminho, até atingir os heterossexuais)????
Vamos construir uma economia mais sólida e menos especulativa nos próximos 20 anos para aguentar novo tranco? Não fizemos isso até agora! E nem precisa de um vírus para o "mercado" ficar nervosinho! Basta uma guerra comercial ou de palavras entre EUA e China.
Quem é a verdadeira praga? O vírus ou nosso modo de viver? A desigualdade de 90% da riqueza nas mãos de 1% da população? Nossa incapacidade de desenvolver um consenso para achar respostas? Nosso egoísmo de nos acharmos sempre certos?
Meditem um pouco, com calma, antes de responder.
Vamos tentar manter o isolamento social mais um pouco. E vamos analisar o progresso da doença com mais racionalidade!
Talvez voltemos às nossas atividades aos poucos, numa forma de rodízio, sei lá, tentando proteger ao máximo os grupos de risco!
Vamos nos unir e propor uma solução séria. Vamos tentar salvar o que chamamos de humanidade, a racionalidade que nos distingue das várias espécies de gado, à direita ou à esquerda!
Precisamos de um grande debate sobre o assunto, com propostas sérias e possíveis de realizar.
Precisamos ser fonte de esperança e não de temores!
precisamos compreender que NO MOMENTO temos que permanecer em isolamento. Creio que o país tenha como aguentar um mês nessa situação. Entendo as preocupações quanto à economia e aos empregos.
A questão que vejo, ao pensar sobre o assunto, é a lição que estamos aprendendo ou estamos ensinando. Os idosos são descartáveis? Parece que algumas pessoas estão aceitando isso com tranquilidade.
Pois bem, suponhamos que daqui a 20 anos venha outra pandemia dessas. Não é improvável. Essa é a terceira pandemia desde 2002 (e estou excluindo a MERS que ficou mais no Oriente Médio e poucos aqui ficaram sabendo). Voltemos à hipótese de uma nova pandemia em 2040. Vamos usar o mesmo raciocínio de agora? Quem será o grupo de risco da vez? Os idosos novamente (então nós!). Ou as crianças (basta deixá-las em casa!)?. Os negros, os indígenas, as mulheres, os asiáticos, os homossexuais (ops... a abordagem da AIDS andou um tempo por esse caminho, até atingir os heterossexuais)????
Vamos construir uma economia mais sólida e menos especulativa nos próximos 20 anos para aguentar novo tranco? Não fizemos isso até agora! E nem precisa de um vírus para o "mercado" ficar nervosinho! Basta uma guerra comercial ou de palavras entre EUA e China.
Quem é a verdadeira praga? O vírus ou nosso modo de viver? A desigualdade de 90% da riqueza nas mãos de 1% da população? Nossa incapacidade de desenvolver um consenso para achar respostas? Nosso egoísmo de nos acharmos sempre certos?
Meditem um pouco, com calma, antes de responder.
Vamos tentar manter o isolamento social mais um pouco. E vamos analisar o progresso da doença com mais racionalidade!
Talvez voltemos às nossas atividades aos poucos, numa forma de rodízio, sei lá, tentando proteger ao máximo os grupos de risco!
Vamos nos unir e propor uma solução séria. Vamos tentar salvar o que chamamos de humanidade, a racionalidade que nos distingue das várias espécies de gado, à direita ou à esquerda!
Precisamos de um grande debate sobre o assunto, com propostas sérias e possíveis de realizar.
Precisamos ser fonte de esperança e não de temores!
Ramon Lamar de Oliveira Junior
Biólogo - Professor
(25 de março de 2020)
[MODO IRONIA ON]
Gente, se o isolamento social acabar ou diminuir, restando apenas os grupos de risco dentro de casa, lembrem-se de remover todos os Coronavírus que vocês porventura estiverem trazendo pra dentro de casa, ok?
Inclusive, se vocês forem do grupo dos 80% que são portadores assintomáticos e nem sabem que estão carregando o vírus!
Se fizerem isso, que é muito fácil, vai dar certo e ninguém do seu grupo familiar precisará de UTI!
[MODO IRONIA OFF]
(25 de março de 2020)
(Desculpem a ironia, mas tem hora que é preciso desenhar...)
Meu pai me contava, a partir das informações dadas a ele por meu avô, que antes da Crise de 1929 o pessoal estava aplicando na Bolsa de Valores a rodo! Todo mundo estava aplicando, do mais rico (esse sempre aplicou), até o que tinha conseguido juntar alguma merreca e achava que a Bolsa de Valores era um Titanic, inafundável!
Pois bem, a história todo mundo conhece. A Bolsa quebrou e foi todo mundo junto... muita gente perdeu todas as suas economias e ficou a "Deus dará", no desespero muitos suicidaram...
Recentemente, aqui no Brasil - e penso que no mundo também -, o "brasileiro descobriu um novo jeito de investir". Estimulados por todo tipo de facilidades, inclusive aplicativos de todos os tipos e demoradas propagandas na TV e palestras sobre o assunto, começaram a empatar suas economias em aplicações de risco. Risco... essa é a palavra-chave!
De repente a bolsa brasileira cai seu volume de negócios para a metade. Isso significa que o dinheiro ali aplicado foi reduzido para a metade. Bolsa é especulação. Capital ali aplicado é capital especulativo, volátil. Risco! E muitas dessas aplicações não permitem resgate imediato.
Muita gente está louquinha para a economia começar a rodar logo, por cima de todas as recomendações de bom senso... não porque o país vai quebrar. Mas para ver seu dinheiro aplicado reaparecer das cinzas onde se meteu.
Antes de jogar pedras entendam que não estou dizendo que é o caso de todo mundo. Mas fiquem atentos quando grandes grupos financeiros alertam para o caos da economia. Alguns estão bem intencionados... mas não todos!
Pessoal,
(26 de março de 2020)
sei que todos estão ansiosos com essa questão da COVID-19. Claro, temos motivos de sobra para ficarmos ansiosos, preocupados e até neuróticos.
Da mesma forma, muitos têm divulgado todo tipo de "nova descoberta", principalmente aquelas que recebemos a todo momento no Whatsapp.
Ninguém que seja leigo nos procedimentos da Ciência é obrigado a ter plena noção do que acontece nesses meandros. Mas convém que lhes esclareça algumas coisas:
- Testes com medicamentos e vacinas são demorados pois têm que passar por uma série de protocolos que lhes garantam biossegurança (ou seja, que são seguros para os humanos). Esses testes são complicados pois às vezes uma substância é segura em laboratório mas no organismo humano ela tem outra ação ou é transformada em outra que é perigosa. Por isso não dá para confiar apenas em testes "in vitro" (feitos em células isoladas) ou feitos em animais experimentais.
- Testes com medicamentos e vacinas têm que comprovar a efetividade da técnica. Cálculos matemáticos (estatísticos) validam essa efetividade. Não adianta falar em um estudo onde 20 pessoas foram tratadas e 4 pessoas foram curadas. Esses procedimentos estatísticos, para considerarmos como válidos, têm que partir de dados envolvendo um número muito maior de testes em pacientes. Testes e revisão. Testes e revisão...
- Esses protocolos de pesquisa NÃO PODEM SER IGNORADOS simplesmente pela urgência ou emergência de nossas necessidades! O risco de efeitos colaterais indesejáveis, entre eles as sequelas de todo tipo e a morte das pessoas, é muito grande! E obviamente quem validasse essa prática incorreta iria sofrer com processos e mais processos de bilhões de dólares. Em determinadas extensões poderia ser considerado como "crime contra a humanidade".
- Tudo bem que vocês se empolguem com as novas descobertas e vejam luz onde realmente há, na ciência. Mas atentem-se que as coisas são complexas e que, especialmente nesse caso, vidas estão em jogo.
- Talvez fosse melhor substituir o nome "cientistas" por "pesquisadores". Cientista é um termo que carrega em si um poder de referência que não existe na prática... é quase um atestado de validade... um "ganhou no grito"... uma "carteirada"! Na verdade, são pesquisadores... procurando arduamente e sob pressão uma saída para o problema. Trabalham dentro de suas limitações (um pesquisador que trabalha com proteínas vai pesquisar proteínas e não todo tipo de substância) e com base em tudo que aprenderam em sua carreira. Muitos exemplos corretos que querem imitar e muitos exemplos errados que querem evitar a todo custo!
- Precisamos valorizar mais a ciência, valorizar mais o entendimento do que é ser um pesquisador, valorizar mais essas carreiras. Talvez essa seja uma das mais importantes lições que aprenderemos com essa crise.
Abraços (à distância) para todos!
Prof. Ramon Lamar de Oliveira Junior (Biólogo)
(30 de março de 2020)
Acredito que a Prefeitura de Sete Lagoas errou ao liberar certas atividades da situação de isolamento.
Não vejo parâmetros técnicos para tomar esse tipo de decisão, sendo que mal estamos testando os suspeitos de COVID-19.
Mas erra mais quem sair de casa para ir a locais que não têm nenhuma necessidade de estarem funcionando. Nem vou citar os óbvios exemplos!
Também gostaria de saber se tais atividades liberadas localmente para funcionamento abrirão mão do auxílio econômico do Governo Federal! Ou vão nos colocar em risco com a gente pagando a conta???
Prof. Ramon Lamar de Oliveira Junior (Biólogo)
(02 de abril de 2020)
Amigos,
a cloroquina já está sendo usada nos tratamentos de doentes com formas mais graves da doença. Cloroquina, Azitromicina, Antivirais e outras substâncias. Não está proibida!!! Inclusive seu uso é importante para validar mais estudos experimentais e faz parte dos mesmos. E, no risco de morte, é uma alternativa que o médico tem, inclusive por razões morais.
Porém seu uso correto (dosagem, grau de evolução da doença em que se deve fazer o uso, efeitos colaterais diferentes dos já conhecidos, etc) e claro também sua verdadeira efetividade, são objeto de pesquisa científica.
Ciência não é de esquerda ou de direita. Deixem de "teorias da conspiração"! Ciência é baseada num protocolo de confirmação científica que leva em consideração: tamanho da amostra, grupo controle, grupo ou grupos experimentais, aleatoriedade de cada amostra (grupos randomizados, diretamente relacionados ao que se chama de ensaio duplo-cego), ética, revisão por pares, etc.
Então se vocês não sabem o que é isso, estude! Podem pesquisar no Google mesmo, que vocês vão ver boas explicações.
Mas não venham relativizar as coisas. Não é "ciência-com-partido" ou "ciência-sem-partido". Se vocês acham que cientistas são de esquerda, e estão envolvidos num grande complô, é porque vocês não aceitam conclusões que sejam diferentes de dogmas ou de achismos. Aceitam várias coisas da ciência, como toda a tecnologia que nos cerca, por exemplo. Mas não aceitam o que não seja igual aos seus pensamentos. Por favor, evoluam em relação a uma mudança de forma de raciocinar, tá?.
Agora, o que o Governo Federal, principalmente a figura do Presidente da República está querendo?
- Liberar a cloroquina (e/ou hidroxicloroquina) para uso indiscriminado, até para prevenção!
E eu nem sei se algum grupo de pesquisas está trabalhando nisso. As pesquisas estão concentradas nas questões emergenciais e a mais emergencial no momento é a dos pacientes graves, dos grupos de risco. O Governo Federal quer a liberação total para poder quebrar o Isolamento Social, reabrir tudo (comércio, fábricas, escolas...) e não deixar que ocorram grandes perdas na economia. E usa argumentos complicados, emocionais, como a fome das pessoas, o desemprego, etc. Vejam, eu estou dizendo que são argumentos complicados, não que sejam abordagens incorretas.
Claro que a situação é complexa. Eu não gostaria de estar na pele de nenhum dos prefeitos, governadores ou do presidente. Estão sofrendo uma pressão muito grande. Mas como o próprio presidente disse: "Vou montar um ministério técnico!". É o momento de respeitar isso.
Li agora que um membro do governo fez uma chacota do tipo "o médico não abandona o paciente, mas o paciente pode trocar de médico". Coisa linda! O sujeito é escolhido Ministro da Saúde por ser competente e técnico... e está mostrando isso. Mas a competência e os critérios técnicos estão em choque com o governo. Quem prevalece? Quem é descartável? Parece time de futebol onde os jogadores não gostam de acordar cedo porque o Técnico exige e perdem jogos para forçar a saída do técnico.
Pessoas em alguns governos tratam a doença como uma gripezinha, quando convém. E depois tratam como uma doença terrível que precisa da cloroquina, cloroquina e mais cloroquina porque senão milhares vão morrer.
Filtrem... analisem... pensem...
Torço muito pelo encontro de medicamentos, vacinas... o escambau que for necessário. Mas tenho a consciência de que não aparece de forma milagrosa. Não é a aposta do momento. No momento precisamos do isolamento social e quanto melhor for feito, menos vai durar!
Só posso divulgar o que penso, opinião pessoal fundamentada em formação científica. Fora isso é aguentar pedradas!
Abraços virtuais...
Amigos,
a cloroquina já está sendo usada nos tratamentos de doentes com formas mais graves da doença. Cloroquina, Azitromicina, Antivirais e outras substâncias. Não está proibida!!! Inclusive seu uso é importante para validar mais estudos experimentais e faz parte dos mesmos. E, no risco de morte, é uma alternativa que o médico tem, inclusive por razões morais.
Porém seu uso correto (dosagem, grau de evolução da doença em que se deve fazer o uso, efeitos colaterais diferentes dos já conhecidos, etc) e claro também sua verdadeira efetividade, são objeto de pesquisa científica.
Ciência não é de esquerda ou de direita. Deixem de "teorias da conspiração"! Ciência é baseada num protocolo de confirmação científica que leva em consideração: tamanho da amostra, grupo controle, grupo ou grupos experimentais, aleatoriedade de cada amostra (grupos randomizados, diretamente relacionados ao que se chama de ensaio duplo-cego), ética, revisão por pares, etc.
Então se vocês não sabem o que é isso, estude! Podem pesquisar no Google mesmo, que vocês vão ver boas explicações.
Mas não venham relativizar as coisas. Não é "ciência-com-partido" ou "ciência-sem-partido". Se vocês acham que cientistas são de esquerda, e estão envolvidos num grande complô, é porque vocês não aceitam conclusões que sejam diferentes de dogmas ou de achismos. Aceitam várias coisas da ciência, como toda a tecnologia que nos cerca, por exemplo. Mas não aceitam o que não seja igual aos seus pensamentos. Por favor, evoluam em relação a uma mudança de forma de raciocinar, tá?.
Agora, o que o Governo Federal, principalmente a figura do Presidente da República está querendo?
- Liberar a cloroquina (e/ou hidroxicloroquina) para uso indiscriminado, até para prevenção!
E eu nem sei se algum grupo de pesquisas está trabalhando nisso. As pesquisas estão concentradas nas questões emergenciais e a mais emergencial no momento é a dos pacientes graves, dos grupos de risco. O Governo Federal quer a liberação total para poder quebrar o Isolamento Social, reabrir tudo (comércio, fábricas, escolas...) e não deixar que ocorram grandes perdas na economia. E usa argumentos complicados, emocionais, como a fome das pessoas, o desemprego, etc. Vejam, eu estou dizendo que são argumentos complicados, não que sejam abordagens incorretas.
Claro que a situação é complexa. Eu não gostaria de estar na pele de nenhum dos prefeitos, governadores ou do presidente. Estão sofrendo uma pressão muito grande. Mas como o próprio presidente disse: "Vou montar um ministério técnico!". É o momento de respeitar isso.
Li agora que um membro do governo fez uma chacota do tipo "o médico não abandona o paciente, mas o paciente pode trocar de médico". Coisa linda! O sujeito é escolhido Ministro da Saúde por ser competente e técnico... e está mostrando isso. Mas a competência e os critérios técnicos estão em choque com o governo. Quem prevalece? Quem é descartável? Parece time de futebol onde os jogadores não gostam de acordar cedo porque o Técnico exige e perdem jogos para forçar a saída do técnico.
Pessoas em alguns governos tratam a doença como uma gripezinha, quando convém. E depois tratam como uma doença terrível que precisa da cloroquina, cloroquina e mais cloroquina porque senão milhares vão morrer.
Filtrem... analisem... pensem...
Torço muito pelo encontro de medicamentos, vacinas... o escambau que for necessário. Mas tenho a consciência de que não aparece de forma milagrosa. Não é a aposta do momento. No momento precisamos do isolamento social e quanto melhor for feito, menos vai durar!
Só posso divulgar o que penso, opinião pessoal fundamentada em formação científica. Fora isso é aguentar pedradas!
Abraços virtuais...
Ramon Lamar de Oliveira Junior - Biólogo
10 de Abril de 2020
Amigos,
no meu entender o Presidente da República deu um passo muito além de suas pernas de atleta. Trocar o comandante técnico do Ministério da Saúde, tão valorizado por ele mesmo no início do mandato, por um outro profissional mais alinhado a suas ideias (leia-se, aos seus achismos) não me parece atitude sensata.
Estou cantando essa bola já faz tempo. Bolsonaro quer dar fim à "quarentena" que é, em verdade, um isolamento ou distanciamento social. Quer retornar logo a máquina da economia, não quer perder mais impostos ou amargar um PIB negativo, não quer mais ter que pagar abono disso ou daquilo. E o primeiro passo é retornar o chão de fábrica. De preferência com o apoio de uma droga milagrosa, a cloroquina/hidroxicloroquina travestida de viagra da economia.
Tenho meus temores e são muitos. Mas tenho minhas certezas também. E uma delas é que o Presidente da República decidiu por uma jogada de risco. Itália e Espanha tentaram a mesma jogada e deram com um muro sólido à sua frente. Donald Trump, guru-mor e ícone para o presidente brasileiro, também tentou a mesma linha e está colhendo péssimos resultados.
Nunca desejei tanto que eu esteja errado...
Ramon Lamar de Oliveira Junior - Biólogo
17 de Abril de 2020
Amigos,
desculpem-me mas sou pessimista quanto ao pós-Coronavírus.
Em sala de aula, nos últimos anos, tenho me esforçado em comentar ao lecionar sobre os vírus acerca do que deveríamos ter aprendido com a SARS em 2002 (coronavírus que também surgiu num mercado de animais na China) ou com o H1N1 em 2009 (quando paramos as aulas uma semana para aprender a lavar as mãos e colocar álcool em gel nas escolas).
No meu entendimento, aquilo foi - ou deveria ser - um aprendizado para o que viria. E a pandemia veio e nos pegou com "as calças na mão". E nem sei se essa é A pandemia.
Estamos vendo saúde e morte serem relativizados com gritos e urros de apoio. Demissões de vozes dissonantes (e não estou falando só do governo!). Estamos vendo o Estado despreparado, escancarando-se toda a falta de apoio ao SUS e às pesquisas científicas nas últimas décadas.
De repente queremos um SUS perfeito, remédios e vacinas em tempo recorde. Isso numa sociedade em que alguns batiam no peito para criticar vacinas e criticar pesquisadores... sem contar a defesa do terraplanismo! Nem vou falar sobre Teoria da Evolução, tá?
Para o futuro, esperam de nós que sejamos bons professores ou bons youtubers? Essa não seria a resposta aos sonhos dos alunos? Novas aulas e novos métodos? Provas online onde dá tempo de enganar o sistema e consultar o colega ou o google? Afinal de contas para que saber resolver uma equação matemática se há um aplicativo que faz isso?
Tenho medo que nós professores nos transformemos em uma Barsa esquecida num canto da memória de alguém daqui a cinquenta anos.
"- Era assim... tinha um cara que explicava pra 40 pessoas ao mesmo tempo!". "- Nossa, que coisa ultrapassada! Imagina se alguém espirra ali no meio dessa balbúrdia!"
Já se passaram uns 30 anos desde que esse tipo de alerta sobre pandemias é feito com mais frequência. Preferiu-se apostar no risco. Igual uma mineradora prefere investir pouco apesar dos alertas sobre suas barragens. Apostou-se no "não vai acontecer"! E repito... essa pode não ser A pandemia!
Vamos ver daqui a dois ou três anos se realmente mudaremos nossas prioridades. Vamos ver se o SUS estará mais pujante, se os cientistas e universidades estarão mais valorizados, se estaremos menos preocupados em ganhar dinheiro na Bolsa ou em aplicações financeiras, se estaremos mais juntos em conversas reais... ou se não seremos surpreendidos por desastres ambientais evitáveis.
Ou talvez migremos para mais atividades virtuais, aparelhos de celular com mais recursos, afastamento social tecnológico...
Abraços a todos!
Ramon Lamar de Oliveira Junior - Biólogo
19 de Abril de 2020
Pessoal,
várias cidades, inclusive a nossa, estão cogitando reabrir comércios e tal. Se tal acontecer, tenham o máximo cuidado com o distanciamento em relação a outras pessoas, ao uso de máscaras, uso do álcool 70% ou lavar as mãos com água e sabão. Não é uma "black friday"! Não é um "tá tudo bem"! Não está! Tenham o máximo de cuidado especialmente ao retornar para casa e não contaminar os idosos ou outras pessoas que são do grupo de risco. Orientem seus amigos e familiares.
Ramon Lamar de Oliveira Junior - Biólogo
27 de Abril de 2020
Oi gente!!!
Pelo que parece, conforme o presidente da república, nós que estamos nos mais diversos grupos de risco da COVID-19, e alguns outros que não estão, somos dispensáveis. Tudo bem 140.000.000 de brasileiros se contaminarem e 1.000.000 morrerem! Isso porque a economia não pode parar.
A economia parou recentemente, gravemente, por políticas econômicas perversas do governo federal (Crise de 2014/15/16). Um processo daquele tipo é inadmissível pois teve uma origem "nada republicana", como se usa falar agora. Aquela crise econômica jogou muita gente na linha da pobreza e pouco ou quase nada se falou sobre mortes. Deveria ter sido falado. Muitos morreram, creio eu. Inclusive muitas empresas morreram e não ressuscitaram... gerando um desemprego difícil de debelar.
Mas agora não é uma crise "criada pelas mãos dos homens". É uma emergência em saúde. É um problema mundial! Não vamos ser criticados por outros países por gastarmos adequadamente com o problema com a finalidade de diminuirmos o número de mortos pela pandemia. Não haverá julgamento moral em salvarmos vidas, como houve no caso de corrupção desenfreada.
Muitos podem morrer de COVID-19 e muitos podem morrer (atenção você que não é grupo de risco) porque os hospitais não poderão atendê-lo em sua emergência.
Fico pensando se a "pressa" do governo federal (leia-se presidente da república) em terminar o isolamento social não seja para diminuir os gastos com os recursos que estão sendo repassados para os trabalhadores ameaçados de penúria e fome. Paradoxal, não é? Porque se for assim, muita coisa fica clara para mim.
Durma com esse barulho.
Especialmente hoje, "que a força esteja com vocês"!
Ramon Lamar de Oliveira Junior - Biólogo
04 de Maio de 2020
segunda-feira, 6 de abril de 2020
Faleceu o Prof. Ângelo Machado
Foi meu professor na Disciplina Neuroanatomia, ele que é autor da obra NEUROANATOMIA FUNCIONAL, nas últimas edições em parceria com sua filha (que foi minha colega na UFMG). Conforme ele mesmo dizia, lecionou 30 anos Neuroanatomia e depois fez concurso para o Departamento de Zoologia onde "pretendia lecionar mais 30 anos", passando a lecionar a disciplina de Insetos, dentre outras. Ângelo Machado era dono de uma gigantesca coleção de libélulas e uma das maiores autoridades do mundo em glândula pineal, além de co-fundador da conceituada Revista Ciência Hoje. Tive a honra de conversar várias vezes com ele e, maior de todas as honras, ser chamado pelo nome em uma conversa de elevador, sobre Protistas! Jamais vou esquecer desse homem e de sua esposa, também já falecida, Conceição Machado. Pessoas de uma vida inteira dedicada à ciência e à divulgação científica. Ângelo Machado também é autor de vários livros infanto-juvenis para despertar os jovens para a ciência, especialmente a Ecologia. Descanse em paz, querido mestre! Tentamos aqui, muito humildemente, seguir suas pegadas. Você deixou um legado! Seu nome está escrito definitivamente em nossa história e em nossos corações.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
06 de abril de 2020
Escrevi sobre ele, aqui no blog, em 2017, quando foi agraciado com o Título de Biólogo Honorário, homenagem justíssima. Leia aqui: http://ramonlamar.blogspot.com/2017/03/cfbio-homenageia-angelo-machado-nesta.html
Notícia do falecimento:
"Morreu na manhã desta segunda (6), aos 85 anos, o médico, professor, entomólogo e escritor Ângelo Machado. Com saúde frágil, pois sofria de uma doença degenerativa muscular, ele passou mal em casa na sexta-feira (3) e foi internado no CTI do hospital Biocor, em Nova Lima. Morreu após uma parada cardíaca. O velório e sepultamento serão nesta terça (7), reservados para a família. Deixa quatro filhos.https://www.uai.com.br/app/noticia/e-mais/2020/04/06/noticia-e-mais,257314/morre-aos-85-o-professor-entomologo-e-escritor-angelo-machado.shtml
“Pretendo chegar aos 100. Mas quando chegar aos 99, peço prorrogação”, disse ele a Jô Soares durante entrevista ao Programa do Jô, em 2015. Na época, lançada seu primeiro livro para adultos, Borboletas eróticas. Bem-humorado, o professor emérito da UFMG era conhecido pela voz fanhosa. “Achavam que por causa disto eu não poderia ser professor. Dei aulas 55 anos fanhoso. Os alunos se acostumam logo”, ele acrescentou.
Professor, mas também um apaixonado pelo insetos. O entomólogo Ângelo Machado descreveu 100 espécies de libélulas – seu nome foi incorporado a 55 organismos. A paixão vinha desde sempre. Era um adolescente quando foi desafiado por um padre a descobrir o nome científico de quatro besouros que havia guardado em uma caixa de fósforos.
Professor, entomólogo e ainda escritor. E como escreveu. Foram dezenas de livros para crianças. E ainda peças de teatro, a mais conhecida delas Como sobreviver em festas e recepções com buffet escasso, monólogo que é sucesso há 20 anos com o ator Carlos Nunes. Machado era também o ocupante da cadeira 26 da Academia Minas Letras, mesma já ocupada por Henrique Lisboa e Bartolomeu Campos Queirós."
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020
Mortandade de peixes na Lagoa Paulino assusta.
Caminhando na orla da Lagoa Paulino nos últimos dias não pude deixar de perceber a grande ocorrência de morte de peixes, notadamente tilápias (nem sei se ainda há outras espécies na lagoa além de tilápias e carpas).
Até cheguei a pensar que se tratava de peixes abandonados por algum pescador incomodado pela polícia. Mas não! Nesta manhã, flagrei um peixe debatendo-se na superfície da água em aparente falta de oxigenação.
A cor fortemente amarronzada da água indica grande turbidez com pequena penetração de luz. Provavelmente as microalgas estão em declínio populacional, diminuindo assim a taxa de fotossíntese e produção de oxigênio.
Algo precisa ser feito urgentemente antes que o assunto vire manchete de jornais por mais um descuido com a questão ambiental. Ligar os aeradores e até mesmo a fonte (sugiro ligar a fonte somente durante chuvas ou nas madrugadas, para evitar o spray sobre a população... uma vez que a água pode estar contaminada com cianotoxinas).
Já foram dadas diversas sugestões aqui no blog... é só pesquisar. Desde comportas para realizar a troca efetiva da água (obra de baixo custo) até o esvaziamento total, retirada de sedimentos orgânicos e recomposição do leito, bem como um novo peixamento com espécies nativas. Talvez um dia isso seja uma prioridade.
E convém lembrar que essa é a situação na lagoa central da cidade, no maior atrativo turístico que temos, que gera impostos a partir de numerosos comércios ali localizados em sua orla. Imagine só a situação caótica de bairros mais distantes e sem essa visibilidade.
Por enquanto o discurso oficial não é condizente com uma cidade que oficialmente é a nona economia do Estado de Minas Gerais.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
PS.: Convém lembrar que não sou candidato a nada. Que esse blog existe já faz muito tempo e não tem o objetivo de fazer política partidária. Retratamos a realidade quando cabem elogios e quando cabem críticas. Gestão profissional e não simples ações amadorísticas. É disso que a cidade precisa com urgência.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020
Preciso de artista? (Direto do Facebook)
Planetinha tá ficando complicado.
Agora é o tal de "nunca precisei de um artista"... realmente a pessoa nunca assistiu a um filme que tenha gostado... ou novela... ou série... ou seriado. Nunca ouviu uma música que gostasse. Talvez tenha convidado um familiar pra bater uns pedaços de pau na hora do casamento (pois músicos e instrumentos musicais são coisas de artistas desnecessários). Também nunca admirou uma escultura ou um quadro...
Em resumo, duvido que esse que acha que não precisa de artista realmente exista. Talvez não tenha pensado direito no papel da arte em sua vida., quero crer que seja isso. Ou está bravo com um ou outro artista que não segue sua linha de pensamento ou que realmente é criticável por suas ações ou omissões (como todos nós eventualmente e aos olhos de outros, podemos ser). Mas se tal realmente existe, não sei se quero conhecer.
Desculpem-me e não levem para o lado pessoal pois apenas vi esse tipo de postagem várias vezes e realmente não consigo conceber que chegamos a um ponto onde vamos negar uma das capacidades mais sublimes que nos identificam como ser humano... a capacidade de produzir arte.
Não lhe faz bem admirar a pedra depois do tratamento dado por um artista?
sábado, 25 de janeiro de 2020
Sobre Aulões de BIOLOGIA e QUÍMICA para vestibulares e ENEM em BH (2020).
Os Aulões acontecerão na Salinha Ventura (Rua Pernambuco, 1389 - Savassi). Ambiente climatizado em sala de até 10 alunos (é Salinha mesmo... olho no olho!). Os temas propostos são os relacionados abaixo, mas você e sua turma de estudos podem sugerir outros (Whatsapp 98860.6003).
BIOLOGIA
- Obtenção de Energia (Fotossíntese, Fermentação e Respiração Celular)
- Sistema Endócrino (importantíssimo para os vestibulares de Medicina)
- Reprodução Vegetal (Ciclos de Vida de Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas)
- Principais Protozooses e Verminoses (Agentes etiológicos, transmissão, ciclo, características, prevenção)
- Processos de Formação de Moléculas (Interpenetração de Orbitais, Hibridação e Geometria Molecular)
- Cálculos Químicos (Estequiometria)
- Eletroquímica (Oxidação, Redução, Corrosão, Pilha, Eletrólise, Galvanização)
- Termoquímica (Entalpia, Lei de Hess, Entalpia de Formação, Energia de Ligação, Diagramas)
Use o Whatsapp 98860.6003 para solicitar mais informações. Inicie identificando-se como Turma de Belo Horizonte.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
SALINHA ENSINO SUPERIOR
www.salinhaensinosuperior.blogspot.com
Instagram: @salinhaensinosuperior
SALINHA ENSINO SUPERIOR
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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020
Vidros: armadilha fatal para os pássaros
(Postagem atualizada e com novas informações importantes - em 23/01/2020)
Nos dias ensolarados os pássaros saem em revoadas, mas muitos não retornam a seus ninhos, pegos de modo fatal por uma armadilha construída involuntariamente pelo homem: os vidros das janelas.
Silvia e Heitor Reali
Jornal da Serra
Jornal da Serra
Ninguém pensa nisso quando escolhe morar "junto à natureza". Integrar-se é a palavra chave; a Serra da Cantareira, assim como outras regiões de mata que ainda restam, precisa ser poupada da ação depredadora do ser humano, e nela se incluem seus habitantes naturais. Aqui, a interferência no ambiente deve ser a menor possível porque, do contrário, exatamente o que nos atraiu corre o risco de desaparecer sob nossas mãos.
Ameaça invisível
Mas como não ter uma casa com muitas janelas de vidro, já que a natureza lá fora é um convite irresistível ao olhar?Em contrapartida, como impedir que os pássaros se choquem contra elas, porque não veem o vidro (eles não têm esse registro em sua memória) que acaba funcionando como armadilha, pois, em sua transparência, espelha o céu, as nuvens e as árvores.
Quantos pássaros tiveram seu voo feliz brutalmente interrompido pela janela da sua casa? Quantas vezes você se mortificou com isso?
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Sobre colar imagens de falcões/gaviões nos vidros
RECEBI A SEGUINTE MENSAGEM QUE REPRODUZO NA ÍNTEGRA:
Estou entrando em contato para informar que a informação do recorte de falcão preto colado no vidro não funciona. Já vi essa mesma informação em vários locais na internet, e sempre que consigo entro em contato para esclarecer essa confusão.
O recorte do “predador” não funciona simplesmente porque o motivo que faz o pássaro se chocar contra o vidro é que ele não enxerga o vidro, e o pretenso predador solitário, estático, não impede que os pássaros tentem cruzar o vidro de um lado para o outro e morram no choque.
Na prática, inexistem estudos que confirmem a teoria de que o predador colado funcione e, pelos estudos existentes, todo o conhecimento já pesquisado corrobora para desmentir essa informação. Para que o predador colado ao vidro tivesse eficiência, ele teria que ser colado ao vidro bem próximos uns aos outros, em toda a superfície, e não isoladamente.
Estudo e acompanho esse problema desde 2013 e me mantenho bastante atualizada em relação ao tema. Nesse mesmo ano, desenvolvi a Película Amiga dos Pássaros. Se tiver interesse, pode conhecer mais sobre o meu trabalho nos links a seguir:
Seria interessante remover a postagem anterior ou fazer um novo texto no mesmo link com a informação completa correta, o que reduziria a reprodução dessa informação e ajudaria a disseminar a informação correta e, como consequência, reduzir o número de pássaros mortos por colisão em vidros.
Agradeço imensamente a sua atenção, peço desculpas pela intromissão, que foi feita com a melhor das intenções.
Estou à disposição, em qualquer tempo, caso queira mais informações sobre o assunto.
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Vidros: assassinos invisíveis de pássaros (link)
25 de julho de 2010
Por Brenda Buschle (da Redação – França)
Por Brenda Buschle (da Redação – França)
Todo ano, um grande número de pássaros é pego pelos vidros. Para alertar os profissionais da construção e particulares, a Aspas (Associação pela Proteção dos Animais Selvagens), na França, lançou uma ação de sensibilização, financiada em parte pela Fundação 30 Millions Damis.
Varandas, pontos de ônibus, garagens de bicicletas, vitrais… Por causa da transparência ou por refletir o ambiente, o céu ou a vegetação, essas superfícies causam todos os dias acidentes mortais para os pássaros. O choque, muito violento, pode ser fatal, ou provocar lesões graves. A Aspas editou dois documentos para sensibilizar as pessoas dos perigos que representam nossas construções. Um à destinação do grande público, outro aos profissionais: “os prédios em vidro estão na moda. Quem constrói, mas também quem planeja as construções, como arquitetos, deve tomar medidas de proteção, tanto quanto as considerações estéticas”, diz Madline Reynaud, presidente da Aspas.
Varandas, pontos de ônibus, garagens de bicicletas, vitrais… Por causa da transparência ou por refletir o ambiente, o céu ou a vegetação, essas superfícies causam todos os dias acidentes mortais para os pássaros. O choque, muito violento, pode ser fatal, ou provocar lesões graves. A Aspas editou dois documentos para sensibilizar as pessoas dos perigos que representam nossas construções. Um à destinação do grande público, outro aos profissionais: “os prédios em vidro estão na moda. Quem constrói, mas também quem planeja as construções, como arquitetos, deve tomar medidas de proteção, tanto quanto as considerações estéticas”, diz Madline Reynaud, presidente da Aspas.
Foto: Reprodução/30 Millions D'amis
Mais mortal que uma maré negra
“Centenas de milhares de voadores são vítimas desses choques todos os anos”, diz Madline Reynaud. Um número alarmante, que ultrapassa o de uma maré negra, mas que passa relativamente despercebido pelas autoridades, como pelos cidadãos.
Segundo matéria publicada no site da Fundação 30 Millions Damis, entre os prédios perigosos estão: o do Ministério da Ecologia, da Energia, do Desenvolvimento e do Mar. Sua fachada, que reflete os vegetais, é mortal para os voadores. Por outro lado, a pirâmide do Louvre reflete apenas os edifícios do célebre museu que o rodeia. “Ela não representa, assim, nenhum perigo”, confirma Madline Reynaud.
“Centenas de milhares de voadores são vítimas desses choques todos os anos”, diz Madline Reynaud. Um número alarmante, que ultrapassa o de uma maré negra, mas que passa relativamente despercebido pelas autoridades, como pelos cidadãos.
Segundo matéria publicada no site da Fundação 30 Millions Damis, entre os prédios perigosos estão: o do Ministério da Ecologia, da Energia, do Desenvolvimento e do Mar. Sua fachada, que reflete os vegetais, é mortal para os voadores. Por outro lado, a pirâmide do Louvre reflete apenas os edifícios do célebre museu que o rodeia. “Ela não representa, assim, nenhum perigo”, confirma Madline Reynaud.
Soluções e ajustes simples
Certas regras podem ser aplicadas durante a construção dos edifícios: vidros com nervuras ou pintados, opacos ou superfícies envidraçadas de preferência com ângulo inclinado em vez de reto. Essas medidas permitem aos pássaros diferenciar a superfície envidraçada da realidade. Mas o que fazer pelos prédios já construídos e não adaptados? “Os ajustes são simples”, diz a presidente da Aspas, “basta instalar cortinas ou redes que indiquem aos pássaros que os vidros estão presentes”. Pode-se também afastar os alimentadores das janelas para evitar atrair os pássaros, ou ainda limitar a vegetação ao redor de um jardim de inverno.
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PERIGO URBANO link
Vidraça espelhada mata passarinhos
DANIELA PEREIRA
O professor de Ecologia Rudi Ricardo Laps disse que não há explicação única para a morte dos pássaros, pois seria necessário um estudo aprofundado. Porém, há algumas possibilidades. A primeira delas é o sistema de cores que os bichinhos enxergam. Enquanto os homens veem três cores, os pássaros veem quatro. Como enxergam mais, acabam confundindo mais, em especial quando há reflexo.
A luminosidade dos últimos dias, com a alta emissão de raios ultravioletas, também pode ser um fator de risco. Segundo Laps, os pássaros são sensíveis aos raios e podem ter ficado desnorteados com o aumento repentino, uma vez que até o final de outubro os dias eram mais nublados. O reflexo azul do céu ajuda nesta confusão aviária.
Outra hipótese levantada pelo professor é a localização do prédio, logo em frente a uma praça com árvores de copas grandes. A construção pode estar em um local antes usado como rota pelos pássaros, que ainda não se acostumaram com o obstáculo, pois o prédio é novo.
Curiosidades
- Entre as espécies que mais se chocam com vidros espelhados estão as andorinhas, por confundirem a superfície com espelhos d’água. Estes pássaros dão voos rasantes para se hidratarem
- Outro ponto de choque das aves são as antenas de transmissão de TV, rádio e celular. O campo magnético atrai os pássaros. Neste caso, não são eles que batem, eles são puxados
- Fonte: professor de Ciências Biológicas da Furb, Rudi Ricardo Laps
sábado, 18 de janeiro de 2020
INEP/MEC, acabem com essa TRI para as notas dos alunos!!!
Não faz o menor sentido o INEP/MEC continuar insistindo no uso da TRI para calcular as notas dos alunos para o ENEM/SiSU.
Diziam, no passado, que era para igualar as edições pois assim uma edição valeria por dois ou três anos. ISSO NUNCA ACONTECEU!!! Quem quiser que faça o ENEM todo ano... é assim que os alunos têm sido tratados!
O que acontece é que, não raro, os alunos acertam 30 questões e ficam com nota menor do que quem acertou 25. E aí como é que você entende isso?
- Ah, é porque o outro aluno foi mais coerente? Acertou as fáceis e errou as difíceis!!!
E daí? E quais eram as fáceis e quais eram as difíceis? Quanto que vale cada uma?
Como uma pessoa pode saber se a nota dela está certa?
Existe uma fórmula para se utilizar? Não!
Existe um site oficial (de código aberto) para colocar seus acertos e conferir? Não!
Então isso é um embuste! Isso beira, se é que não é realmente, uma inconstitucionalidade!!!
Num concurso, todo cidadão tem que ter condições de entender como sua nota foi atribuída e isso absolutamente não acontece com o ENEM.
Eu adoraria ver a TRI sendo usada na Prova da OAB ou nos concursos da área jurídica. Não duraria uma hora!!!
Agora INEP/MEC reconheceu que errou 1% das notas do ENEM de 2019/2020. Pois é... e nos anos anteriores? Muita gente ficou com dúvida também sobre suas notas nos outros anos. Se fosse algo limpo e transparente isso não aconteceria!!!
Senhores e senhoras do INEP/MEC continuem usando a TRI para SEUS PROPÓSITOS, mas não para a classificação dos alunos no SiSU. Aliás, nem sei que tais SEUS PROPÓSITOS são esses pois essa coisa esdrúxula existe desde 2009 e até hoje não vi que tenha levado ao algum progresso na educação. Olhem lá o PISA... mas olhem bem para baixo!!!
#basta #jádeu
Ramon Lamar de Oliveira Junior
Observação para quem não conhece o sistema: A palhaçada é tão grande que mesmo acertando todas as questões o sujeito não consegue tirar o total da prova!!! Tem lógica isso??? E teve um ano que o cálculo deu pau e gerou notas maiores do que 1000 na prova de Matemática. Desculpem-me... isso não é sério!
PS1.: Gosto de ver os apoiadores da TRI falando que sem a TRI um sujeito pode passar chutando. O mago dos chutes, né? 180 questões e o Mago dos Chutes acerta 80%! Como tem gente que compra o pacote e não raciocina!
Também há os palpiteiros que nunca fizeram o ENEM, não têm a mínima ideia de como funciona (ou têm ideias completamente distorcidas) e julgam que é apenas uma prova como outra qualquer... que quem estiver melhor preparado passa de qualquer jeito, em qualquer tipo de proposta. Ô canseira!
PS2.: A prova de fogo do TRI vai vir agora. Com a ideia de ENEM DIGITAL e com mais de uma prova por ano, a TRI vai ter que convencer que realmente iguala os desempenhos (ou "proficiências") dos alunos. Vamos aguardar...
PS1.: Gosto de ver os apoiadores da TRI falando que sem a TRI um sujeito pode passar chutando. O mago dos chutes, né? 180 questões e o Mago dos Chutes acerta 80%! Como tem gente que compra o pacote e não raciocina!
Também há os palpiteiros que nunca fizeram o ENEM, não têm a mínima ideia de como funciona (ou têm ideias completamente distorcidas) e julgam que é apenas uma prova como outra qualquer... que quem estiver melhor preparado passa de qualquer jeito, em qualquer tipo de proposta. Ô canseira!
PS2.: A prova de fogo do TRI vai vir agora. Com a ideia de ENEM DIGITAL e com mais de uma prova por ano, a TRI vai ter que convencer que realmente iguala os desempenhos (ou "proficiências") dos alunos. Vamos aguardar...
sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
SALINHAS 2020 - MATEMÁTICA, BIOLOGIA E QUÍMICA
Estamos oferecendo as Salinhas de Matemática, Biologia e Química para o primeiro semestre de 2020.
As salinhas de primeiro semestre dão ênfase a apresentação da teoria necessária para a compreensão ampla dos tópicos abordados. No segundo semestre são oferecidas as salinhas baseadas na resolução de exercícios.
Mais informações em www.salinhaensinosuperior.blogspot.com
Ao escolher uma Salinha pense nessas duas possibilidades:
(1) Vou fazer essa salinha porque tenho dificuldades com essa matéria e preciso superar as dificuldades para conseguir mais pontos e atingir meu objetivo no vestibular/ENEM ou
(2) Vou fazer essa salinha porque essa matéria é importante para o meu vestibular/ENEM porque tem peso maior e além do mais vou precisar de uma base muito boa quando estiver na faculdade.
Só não vale escolher fazer salinha ou cursinho por modismo, para socialização ou para ficar conversando e atrapalhando quem realmente precisa!!! Escolha de forma consciente. Estamos aqui para ajudar você a alcançar os seus objetivos!
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
Discurso proferido na formatura de meus alunos - 2019 - Terceiro Ano do Colégio Impulso
Senhores Diretores, Coordenadores, Professores e demais funcionários do Colégio Impulso. Senhores pais, familiares e amigos dos formandos. Autoridades presentes.
Meus queridos formandos das turmas do terceiro ano do Colégio Impulso.
Somos todos seres humanos. Somos todos imperfeitos. Mas nosso íntimo nos empurra incessantemente para a frente. Não para buscar a perfeição, característica que nunca teremos. Mas para nos afastar da imperfeição, do erro, das armadilhas que a vida – aqui e ali – coloca em nosso caminho para testar-nos.
Sim, a vida é um vestibular, um ENEM, um processo seletivo que nos apara a cada prova. E as provas da vida surgem de surpresa, sem data marcada, estejamos preparados ou não.
A Escola e a Família têm o dever de preparar vocês para essas provas. A Escola e a Família ao mesmo tempo que testam vocês, também lhes dão conselhos. Não desprezem os conselhos. Não subestimem as orientações. Nunca, mas nunca mesmo, achem que vocês sabem tudo. Nunca achem que vocês são autossuficientes. Estamos todos longe disso. Na gama das cores, de um extremo ao outro da escala claro-escuro existem milhões de tons de cinza. Cada um de nós está ali no meio dessa escala, com nossas virtudes e com nossos vícios; com nossos erros e com nossos acertos. Todos procurando ser seres humanos um pouco melhores.
Tentem, de agora em diante, um pouco mais longe da Escola que lhes abraça e da Família que lhes dá suporte... às vezes em outra cidade mas com toda certeza em outra realidade, lembrar-se dos bons exemplos, dos bons conselhos, dos bons caminhos. Porque cada um de vocês foi plantado nessa terra com muito amor, cultivado e regado com muito apego e desprendimento por parte dos pais, tutorado e conduzido por hábeis professores e, principalmente, cercados de ajuda – que vocês puderam optar por buscar e aceitar ou não – por todos os lados.
Saiam daqui hoje para entrar no futuro de cada um, com as escolhas individuais que já fizeram ou ainda farão... mas saiam com a cabeça erguida, olhando e encarando tudo o que vem pela frente. Não desistam nunca. Perseverar é o caminho. Força de vontade é a ferramenta principal que todos nós esperamos que vocês tenham adquirido em tanto tempo de convívio familiar e escolar. Nunca desistam de viver a vida.
Mas se um dia, frente às dificuldades se sentirem fracos, bebam da fonte da família, da fonte dos amigos e retornem à nossa escola onde sempre encontrarão palavras de incentivo, onde sempre encontrarão mais apoio. Família e amigos (e hoje todos os seus professores e funcionários dessa escola foram oficialmente promovidos a seus amigos) são o que de melhor existe no mundo. São fonte de vida, fonte de inspiração. Contem sempre com todos nós. Para nós, familiares e amigos, vocês são o que há de mais maravilhoso e só podemos desejar-lhes todas as felicidades que alguém pode ter.
Parabéns formandos! Parabéns pessoas maravilhosas!!!
Ramon Lamar de Oliveira Junior
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
Podcast Ramon Lamar
Amigos e amigas,
sempre procurando aderir a novas tecnologias de comunicação, criei um podcast que vocês podem acessar a partir do link https://ramonlamarjr.podbean.com/
Por enquanto estou numa fase experimental, "pegando a manha" dessas gravações e definindo um estilo que prefiro que seja como um bate-papo. Espero que gostem.
Inicialmente estou falando sobre meio ambiente, alguns conceitos importantes para balizar nossas discussões e compreensão sobre o tema. Estou sempre aberto a críticas e outros comentários que podem ser feitos por aqui ou diretamente nos podcasts, e agradeço muito todas as contribuições.
Abraços!!!
Ramon Lamar de Oliveira Junior
terça-feira, 19 de novembro de 2019
Educação X Cultura: pode uma coisa dessas?
Às vésperas da segunda prova do ENEM, dias atrás, eu estava assistindo ao programa Estúdio-I, da GloboNews. É um programa, para quem não conhece, onde vários jornalistas e afins dividem uma bancada onde falam sobre diversos temas nas tardes do meio da semana. Muito comum é a abordagem de temas culturais. Chegam a entrar em êxtase quando falam sobre Cultura, sobre representações da Cultura, em como o governo atual não é lá muito fã da Cultura e tal e coisa e tal.
Em certo momento falou-se da prova do ENEM que seria dali a 2 ou 3 dias. E que a mesma seria de Matemática, Química e Física... Caramba, aí começou uma lenga-lenga sobre "nunca me dei bem nessas matérias", "matemática não é para mim (nós)", "física e química não entram na minha cabeça"... só faltou a máxima "não sei para que é preciso estudar esse lixo".
Fico demasiadamente triste ao ver jornalistas de um canal fechado (pago) que adora falar de Cultura e que nessa ponta mostra desprezo pela Educação. Não consigo conceber a ideia de Cultura que não esteja alicerçada na Educação de qualidade. Mas parece que para alguns Educação deveria se resumir à órbita mais próxima da Filosofia e Sociologia, com sua quase inseparável conotação política, com a possibilidade de doutrinamento ideológico e vai por aí afora.
Ouvi ontem, também na GloboNews, uma fala do filósofo Mangabeira Unger (figura cheia de vai e vem no espectro político), defensor de uma nova Educação Libertadora. Espera aí! Há muito espaço para a Educação ser tão diferente da que é feita hoje (nos locais onde é feita com qualidade, programas cumpridos e tudo o mais) nas áreas de Matemática, Química, Física e até Biologia? Há como sair do formato predominantemente conceitual dessas quatro disciplinas, alicerces que são para as carreiras das áreas de Exatas e Biomédicas? Que nova Matemática será essa onde não é necessário aprender exponencial, logaritmo, sistemas, matrizes, trigonometria e números complexos?
É preciso lembrar que essas ciências que aí estão nos levaram ao desenvolvimento científico mundial em que nos encontramos hoje. Se temos robôs industriais, internet beirando a 5G, satélites e drones, sondas em outros planetas e congêneres, chegamos até aí com a boa e velha Matemática e suas parceiras. E se vamos mais longe, vamos nos fundamentar nessas mesmas disciplinas com as suas novas descobertas obtidas com o uso das mesmas ferramentas.
Não há espaço para discussões filosóficas ou de extremismos políticos na Matemática, Química e Física. Talvez na Biologia ainda possa entrar uma parte subjetiva nos estudos de evolução e de ecologia, mas há também o peso do rigor científico dos dados das pesquisas e da análise estatística.
Talvez, pela falta desse espaço político, certos "jornalistas" desprezem a Educação e enalteçam a Cultura. Afinal de contas é mais fácil admirar uma tampa de privada numa exposição de artes do que o desenvolvimento de um problema matemático que ocupa a lousa inteira.
De toda forma, acho triste ver que a defesa da Educação é um tanto quanto seletiva e talvez vista por outras lentes que não as que buscam o progresso da humanidade.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
Sobre plantio de árvores ameaçadas de extinção
Li, dias atrás, um pedido na internet para se divulgar a ideia de contactar e estimular as prefeituras e as pessoas a plantarem em suas calçadas, praças e outros locais espécies de árvores ameaçadas de extinção, notadamente da Mata Atlântica.
Não canso de dizer que internet está cheia de especialista que não é especialista. Não estou discutindo o mérito da boa intenção, ninguém fala em favorecer a arborização e proteger espécies nativas sem estar bem intencionado, é claro. A pessoa, em questão, que divulgou tal ideia - salvo engano de minha memória - tem formação na área do Direito.
À primeira vista a ideia é louvável. Vamos resolver dois problemas de uma vez: a escassa arborização urbana e a natureza que vem perdendo suas espécies.
Contudo, posso elencar três "contras" em relação à ideia proposta e convido-os a refletir sobre o assunto.
1) A maioria das árvores ameaçadas são árvores que necessitam de condições de habitat muito específico. São árvores chamadas climácicas, ou seja, de comunidades-clímax. Essas árvores estão habituadas a locais mais úmidos, sombreados e com pouco vento. Sabidamente nas calçadas e praças a situação é exatamente o contrário.
2) As árvores climácicas de florestas normalmente têm raízes superficiais. Isso nas praças menores e nas calçadas pode e vai provocar danos à pavimentação e eventualmente a equipamentos subterrâneos como tubulações de água, esgoto e águas pluviais, ou fiação e cabos enterrados.
3) As árvores nativas para se plantar em uma determinada região são as nativas regionais. Ou seja, aqui em Sete Lagoas, se resolvermos plantar alguma nativa, devemos plantar nativas do cerrado como o pau-terra, por exemplo. Essas são mais adaptadas ao solo, ao clima e às pragas que existem em nossa região.
Talvez a ideia possa ser melhor aproveitada em grandes praças ou parques botânicos com locais adequados para esse trabalho de preservação.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
Futebol, racismo e jogos de torcida única.
O último Cruzeiro x Atlético (um insosso 0x0) foi um jogo onde 10% dos ingressos foram destinados aos torcedores do Atlético e 90% aos torcedores do Cruzeiro, mandante do jogo.
Brigas aconteceram entre os torcedores e a cena que ficou mais marcante foi de uma "injúria racial" cometida por "torcedores" do Atlético contra um segurança. Essa cena triste jogou muitos holofotes a discussão da violência no futebol.
Advogados me ensinaram (nas notícias pós-jogo) que não foi um ato de racismo. Que ato de racismo é contra toda uma população. O que aconteceu, por ter sido contra uma única pessoa foi "apenas" "injúria racial". Ah, para!!! Racismo agora tem níveis e categorias? Para o bonde que eu quero descer!
A partir das violências acontecidas com quebra de cadeiras e tal vem a proposta fenomenal de resolver o problema da selvageria nos estádios: "jogos de torcida única". Essa velha fórmula já mostrou várias vezes que não funciona. "Torcedores" brigam com torcedores do mesmo time em jogos de torcida única... ou não. A maior agressão no caso em pauta nem foi contra torcedor rival, foi contra um segurança ("olha a cor da sua pele", disse o agressor furioso). Já vi brigas mais de uma vez em estádios (com torcida única ou não) e olha que eu frequento estádios muito pouco. "Torcidas" rivais marcam encontros fora dos estádios onde ali sim o pau come de verdade. São barras de aço, rojões e até tiros. Esses elementos precisam ser identificados, fichados e punidos no rigor máximo da lei.
O verdadeiro torcedor tem que ser preservado. Pessoas civilizadas têm que ter o direito de assistir ao jogo que quiserem. E de preferência lado a lado com o torcedor adversário em clima de camaradagem, brincadeiras e zoações. Mas em paz! Um dia se ganha, outro se perde. A solução "torcida única" faz a sociedade perder. É a vitória da selvageria sobre o bom senso, sobre a civilidade.
Sim, torcedores morrem. E sim, existe lei para punir. E a aplicação extrema da lei é que pode manter esses criminosos sob controle, dentro de uma celazinha 2m x 2m e, de preferência, com um bom serviço de quebrar pedras com marreta durante um bom tempo... uns 30 anos, por exemplo. Mas no lugar disso, o que vemos: atenuantes, acusações confusas, defesas esmeradas e, se for condenado, uma pena leve de um ano com progressão, ou a substituição da pena de prisão por "medidas sócio-educativas". Por que isso?
"A polícia prende e o juiz solta." Esse chavão tem que ter seu fim, ser extinto. Futebol tem que ser lugar de festa, mas também de respeito. Que sinalização estamos dando com "jogos de torcida única"? Estamos aceitando que os selvagens não podem se encontrar dentro do estádio? Só isso? Nas ruas, no entorno do estádio, nos postos de gasolina o pau pode quebrar pois o "templo sagrado do esporte bretão" está livre e sereno. Será mesmo?
Provoquei no Facebook porque penso que o que deflagrou essa decisão não foi o confronto de torcidas, mas sim a tal "injúria racial" que teve infinita maior repercussão. Ninguém matou ou morreu dentro do Mineirão. Mas uma pessoa foi humilhada, cuspida na cara em vários sentidos além do literal. Uma sociedade está recebendo mais cuspe na cara e parece não enxergar. Tem gente "graúda" envolvida na tal "injúria racial"? Ah... tá... explicado.
Agora há pouco vi um dos "torcedores" envolvidos dizendo que não é racista porque há negros na família dele e até, pasmem, o cabeleireiro "dele" é negro. Puxa vida, que palhaçada é essa!!!
Diante de tamanha repercussão da "injúria racial" e a decisão de "torcida única" eu só posso com tristeza pensar uma coisa: será torcida só de brancos ou torcida só de negros?
Lamentável.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
quinta-feira, 5 de setembro de 2019
ESCOLAS, “ESCOLAS” E VÍRUS ou "A OUTRA HISTÓRIA DO PERÍODO DE MATRÍCULAS ESCOLARES"
- “O vírus é um parasita intracelular obrigatório.”
- Coméquié?
- O vírus só sobrevive às custas do parasitismo que ele
exerce em um organismo, começando por atingir suas células. O vírus invade uma
célula, usa a mesma para multiplicar-se, arrebenta a célula, e seus “filhotes”
passam a fazer o mesmo com as demais células. Isso progride até matar um
organismo antes bom e saudável. O vírus é um “sujeito do mal” que invade e
destrói um “sujeito do bem” apenas para o seu próprio benefício. Até a célula
inicial que lhe serviu de abrigo vai perceber, tardiamente, as intenções do
vírus... tarde demais.
- E o que que as escolas têm a ver com isso?
- Existem boas escolas (“sujeitos do bem”) e existem escolas
que só sobrevivem por seu comportamento viral. Na verdade, estas nem são “escolas
para se ensinar”, são simplesmente negócios ou escolas para se ganhar dinheiro.
Não estão preocupadas em ser boas para o ambiente onde se inserem. Estão ali
com um propósito claro: crescer para ganhar dinheiro... ou até encolher, desde
que estejam ganhando mais dinheiro. Escolas que veneram o “vil metal”. É
extremamente comum estas escolas “escolherem” alguns pais de alunos de boas
escolas (ou de qualquer outra escola) e fazerem a proposta viral: “te dou x% de desconto (ou até bolsa total)
se você trouxer mais 5 coleguinhas do seu filho ou filha”! Pronto, a família
está parasitada. E vai fazer de tudo para cumprir o “acordo” com o vírus. Vai
fazer reuniões na surdina, mandar whatsapp, criar reclamações do nada... tudo
para poder angariar 5 outras famílias e sua bolsa pretendida. Mal sabe (ou até
sabe) que está trocando uma escola melhor por uma escola pior; uma escola mais
bem qualificada por outra nem tanto; uma escola onde existe a ética por outra
de comportamento puramente predatório. Mas até então seus objetivos são parecidos: um quer ganhar dinheiro e outro não quer gastar dinheiro (está economizando nas únicas heranças verdadeiras que pode deixar para os filhos que são a educação e o exemplo). Quando arrepender, será tarde! Quando
perceber que seu filho ou filha ficou para trás no desenvolvimento acadêmico e
moral (ética é moral), não haverá como voltar atrás... até porque aquela escola
boa já morreu (ou está vacinada e não aceitará aquele parasita de novo).
- Mas você está falando sério?
- Estou! Infelizmente estou! Escolas são feitas de seres
humanos e seres humanos, como sabemos, carregam imperfeições. E imperfeições
atraem imperfeições. É mais fácil continuar imperfeito (e só olhar para o
próprio umbigo) do que procurar vencer as dificuldades e crescer em virtudes.
Já vi isso acontecer. Já vi isso acontecer com minha escola que foi parasitada de forma vil... até com panfletagem na porta e dentro da mesma. Por essas e outras
tive que fechar as portas em 2014 e carrego compromissos a quitar até hoje... graças a Deus venho conseguindo quitar. Como concorrer com outras escolas que fazem esse parasitismo e
sequer registram seus funcionários e professores, que não pagam (sonegam) a
mesma carga estapafúrdia de impostos dos justos, que gritam “nem um direito a menos” e
negam os direitos básicos a seus funcionários?
- E o que fazer?
- Resista a esses vírus. Sem espaço, sem o que parasitar,
eles vão morrer. E seremos melhores! Não se iluda. Está acontecendo. Essa época
do ano sempre ocorre... já recebi notícias... está mais perto de você do que você pensa... é uma epidemia e ao mesmo tempo
uma endemia pois encontrar terreno propício para progredir.
Ramon Lamar de Oliveira Junior
PS.: Ah, em tempo. Essa virose, ou melhor dizendo, essa praga, vai da crechinha, maternal, jardim de infância, ensino fundamental, ensino médio até o nível universitário!!!
terça-feira, 3 de setembro de 2019
Floresta Amazônica e outras!
Precisamos defender nossas florestas sim.
Elas são importantes sim.
Amazônia não é o "pulmão do mundo", mas ajuda bastante como "umidificador de ambientes".
A questão central é o desenvolvimento sustentável, ou seja, a necessidade de desenvolvimento e a necessidade de sustentabilidade. Encontrar o ponto certo do equilíbrio entre esses dois extremos é que parece ser a questão real a ser respondida.
Não adianta atacar os países que já desmataram ou poluem o planeta. Como também não adianta querer preservar 100% da floresta amazônica e ver o país despencando juntamente com seu povo no desenvolvimento, educação, saúde, segurança e tudo o mais.
O Brasil precisa descobrir um jeito de usar os recursos da Amazônia em detonar com a Amazônia.
Ramon L. O. Junior
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