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sexta-feira, 8 de julho de 2016

Lagoa Paulino: como resolver seus problemas ambientais e de qualidade da água.


Para resolver em definitivo os problemas da Lagoa Paulino precisamos:

1) Esvaziar totalmente a lagoa para que se possa:
- Remover o excesso de nutrientes depositados no sedimento.
- Aprofundar um pouco o leito da mesma.
- Desobstruir os minadouros que se encontram na orla oeste da lagoa (Av. Getúlio Vargas).
- Compactar o leito para impedir perda de água por infiltração após a remoção do sedimento (uso de argila).
- Construir nova comporta que permita que se troque a água do fundo da lagoa durante fortes chuvas e não a água da superfície.
- Mudar o peixamento para um que seja feito com espécies nativas, especialmente lambaris e traíras, e forma a remover as carpas que revolvem o fundo e ainda não deixam desenvolver as algas de fundo que seguram e estabilizam o sedimento.
2) Desobstrução a cada dois anos da galeria de águas pluviais do entorno da lagoa de forma a evitar a entrada de sedimentos durante fortes chuvas.
3) Troca da rede coletora de esgotos da Av. Getúlio Vargas no trecho entre R. Nestor Fóscolo e R. Monsenhor Messias onde ocorre um estreitamento da mesma (conforme informações do SAAE), evitando assim eventos que possam provocar transbordamento de matéria orgânica para a lagoa.
4) Proibição da lavação de carros na orla, pois os detergentes usados contêm fosfatos que pioram a qualidade da água por aumentarem a disponibilidade de nutrientes para proliferação de algas (eutrofização).
5) Reconstrução do talude pois a última reforma feita deixou muitas irregularidades (a construtora que ganhou a licitação desistiu da obra na metade e a prefeitura estava tocando simultaneamente a reforma da Lagoa da Boa Vista... e o tempo de chuvas não espera).
6) Revisão da dimensão da faixa de vegetação da orla da lagoa de forma a permitir um melhor trato daquilo que é plantado e um melhor controle de pragas que lá se estabeleceram (especialmente tiririca e erva-de-touro).
7) Análises periódicas da água para estarmos alertas a qualquer alteração potencialmente preocupante.

Com isso espera-se:

1) Resolver o problema da eutrofização (água verde, morte de peixes por falta de oxigenação, mau cheiro da água).
2) Ter um peixamento com espécies nativas que não provocam alterações adversas na lagoa.
3) Reestabelecer a presença de "vegetação enraizada", notadamente algas carófitas que ajudam a estabilizar o sedimento, mantendo a água limpa.
4) Prevenir novos problemas futuros.
5) Facilitar as ações de paisagismo da orla de forma a torná-lo mais limpo e de fácil manejo.

Situação das águas da Lagoa Paulino na manhã de 11 de julho de 2016. Observem os grandes blocos de algas no primeiro plano.
Ramon Lamar de Oliveira Junior

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