As opiniões emitidas neste blog, salvo aquelas que correspondem a citações, são de responsabilidade do autor do blog, em nada refletindo a opinião de instituições a que o autor do blog eventualmente pertença. Nossos links são verificados permanentemente e são considerados isentos de vírus. As imagens deste blog podem ser usadas livremente, desde que a fonte seja citada: http://ramonlamar.blogspot.com. Este blog faz parte do Multiverso de Ramon Lamar

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Morte do Diego Maradona e reações nas redes sociais

Ontem, 25 de novembro de 2020, faleceu o jogador argentino Diego Maradona. 

Maradona sempre foi considerado um talento, um gênio dentro das quatro linhas. Em toda a história do futebol, o único que rivalizou realmente com o Pelé. Realmente! 

Penso que Don Diego não necessita de apresentações. Quem assistiu aos jogos do futebolista é testemunha. Fora de campo (e às vezes dentro também) uma série de problemas. Mas não estou aqui para julgá-lo. E é sobre isso que eu queria falar um pouco, mas pouco mesmo. Quanto julgamento nas redes sociais!

Muitas pessoas escreveram ou destilaram palavras duras contra o falecido. Palavras duras demais. Por causa de tudo o sujeito foi apedrejado. O caminho pedregoso vai dos vícios diversos ao gol de mão (o famoso "la mano de Dios") e ao doping por efedrina que o tirou de uma Copa do Mundo e por um tempo do futebol, chamado de trapaceiro por esses eventos em campo... e desaguando como um rio caudaloso em seus paradoxais alinhamentos políticos (esperem aí, queridos democratas, posicionamento político é um direito, ou não é mais?). 

Fácil demais julgar um morto que sofreu de uma vida tão conhecida, verdadeiro telhado de vidro ambulante (ou seria um telhado de cristais?). Fácil demais escrever impropérios e mais impropérios em teclado frio. Ninguém esteve por dentro da cabeça dele (ninguém jamais esteve dentro da cabeça de outro alguém, pelo menos que eu saiba). Ninguém sabe o que ele pensou ou o que ele sofreu com os próprios erros. 

Imagine ver-se na primeira pessoa e na terceira pessoa. Sentir-se em casa um "eu-Diego" e no campo o "ele-Maradona". Paga-se um preço... e, aparentemente, ele pagou com a vida. E ainda paga juros e correção monetária após a morte. 

O episódio de tantos xingamentos que li e escutei é o que coloca aquela dúvida na minha cabeça sobre os caminhos da humanidade. Estamos prontos a perdoar erros? Não sei.. não sei... acho que ainda estamos longe.

Ramon L. O. Junior

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Clique em "Participar deste site" e siga o blog para sempre receber informações sobre atualizações. O seu comentário será publicado após ser lido pelo administrador do blog.