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sábado, 22 de junho de 2019

Patinetes elétricos em Sete Lagoas!!!

É difícil comentar algumas publicações que vemos nas redes sociais pois nunca sabemos realmente qual o objetivo de tal postagem. Mesmo que as pessoas peçam a nossa opinião (e no caso em pauta foi feito esse pedido), fica difícil opinar (pois geralmente o que se quer com a nossa opinião é a chancela sobre o quê foi publicado). 
Humanos não gostam de ser contrariadas e não fazem o mínimo esforço para entender opiniões adversas, por mais simples que seja o assunto. Dizem respeitar nosso ponto de vista, mas escorregam feio nas entrelinhas. E olha que em certos assuntos nem precisa de um cérebro inteiro para compreender os outros argumentos... um bom par de neurônios já é suficiente.
A "bola da vez" foi um projeto de lei da vereança sete-lagoana com o objetivo de proibir o uso de patinetes elétricas nas calçadas. Apesar da condição lamentável da maioria de nossas calçadas (e exaustivamente mostradas aqui no blog e em trabalhos acadêmicos que orientamos), parece um projeto bastante óbvio e sem necessidade de contestação. Especialmente pelo fato de nossas melhores calçadas estarem em áreas como o entorno das nossas lagoas é que é necessário colocar uma lupa na questão. Acidentes com bicicletas na margem da Lagoa Paulino não são incomuns... imagine com patinetes a 20 km/h (velocidade de campeão de corrida de São Silvestre). 
Vemos as grandes cidades sofrendo com essa questão dos patinetes elétricos por não ausência de precaução logo no início do problema... no nosso caso, pelo projeto de lei, estamos nos antecipando ao problema. Gera algum gasto? Nenhum!!! Apenas autoriza a Secretaria de Trânsito a disciplinar a questão e estabelecer multas na momento da regulamentação da lei. Acho que São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte gostariam de ter tido esse instrumento legal logo no início do problema.
Algumas pessoas por condenarem sempre o trabalho dos vereadores (é... às vezes eles realmente dão bons motivos para isso... mas não é sempre!) viram ali um absurdo: gastar tempo com isso? Com nossas calçadas? Com tanta gente morrendo na oncologia? 
  • Espera, não se gastou dinheiro algum que era ou seria da oncologia! Fica parecendo que legislar de maneira preventiva que é algo fundamental venha a ser "a vergonha"... que só devemos agir quando os "números" nos mostram que é necessário. Talvez como no caso da Oncologia, onde os números são realmente assustadores e que já levou meu pai e fez minha mãe ser operada felizmente com sucesso. Mas que poderia ter se evitado a questão econômica  severa que envolve o tema talvez antes mesmo do seu início... preventivamente... orçamentos, inclusive, são pra isso... não só agir de forma curativa, mas também de forma preventiva. Se não houve prevenção quanto a esse assunto, devemos considerar que não deve haver prevenção contra nada? 
São esses argumentos mirabolantes e desproporcionais misturando coisas simples e elementares com desgraças escabrosas que nada têm, na realidade, a ver com o assunto. Nem vou usar o argumento aqui que semana passada se deu a primeira morte de usuário de patinete elétrica na Europa. Não acho esse tipo de argumento válido. Lembro do "pós-Boate-Kiss" em que qualquer reunião de pessoas era dada como altamente provável de se repetir o trágico evento de Santa Maria, inclusive acho até um desrespeito com as vítimas por banalizar uma tragédia dessa natureza. 
No fundo, parece  haver uma grande dificuldade em se entender como funcionam as coisas, especialmente as relações entre eleitores e o legislativo. É o velho problema de achar que "eu faço melhor" sem estar dentro da pele de fulano ou ciclano. Resta a via democrática de se candidatar, construir uma frente parlamentar (lembre-se que um vereador só não muda a cidade... votações para aprovação de projetos são feitas com base em se receber a maioria dos votos... a outra opção tem 8 letras e começa com D).
Às vezes me divirto... pelo menos ajuda a decidir sobre algumas coisas... votos, por exemplo!

Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Não tenho nenhum tipo de relação com o vereador (no caso, vereadora) autora da matéria, inclusive sou filiado a outro partido. Não olho as questões da cidade com essa mesquinharia de amigos e inimigos, meu partido ou seu partido; procuro analisar se realmente vai haver uma vantagem para a população (costumo ser chamado de radical por causa disso!). Essa posição sem-partido em relação a esses temas procuro deixar bem clara seja aqui, na sala de aula ou em outros ambientes.

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