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sábado, 31 de maio de 2025

Algumas observações interessantes sobre o famoso "Experimento de Rutherford" e sobre o formato dos orbitais atômicos

SOBRE O EXPERIMENTO DE RUTHERFORD

O experimento de Rutherford foi um marco fundamental na história da ciência, pois derrubou o modelo atômico anterior proposto por Thomson e levou à formulação de um novo modelo para o átomo. Realizado em 1909 por Hans Geiger e Ernest Marsden sob a supervisão de Ernest Rutherford, o experimento consistiu em bombardear uma fina lâmina metálica com partículas alfa. A expectativa, segundo o modelo de Thomson (o chamado “modelo do pudim de passas”), era que essas partículas atravessassem a lâmina com pouca ou nenhuma deflexão.


No entanto, os resultados surpreenderam: a maioria das partículas passou direto, mas algumas foram desviadas em grandes ângulos e outras até mesmo ricochetearam. Com base nisso, Rutherford concluiu que o átomo possuía um núcleo pequeno, denso e com carga positiva, onde se concentrava quase toda a massa do átomo. Essa descoberta deu origem ao modelo nuclear do átomo, no qual os elétrons orbitam em torno de um núcleo central — um conceito que revolucionou a física e a química.

No experimento clássico de Rutherford, o principal metal utilizado foi o ouro, na forma de uma fina lâmina metálica (com espessura de apenas alguns átomos).

No entanto, posteriormente, Rutherford e outros pesquisadores repetiram experimentos semelhantes com outros metais, como prata, platina, alumínio e cobre, para verificar se o padrão de espalhamento das partículas alfa variava com o tipo de átomo.

Por que o ouro foi o escolhido inicialmente?

  • O ouro pode ser laminado em folhas extremamente finas (menor que 1 µm). É quimicamente estável e não oxida facilmente. Possui número atômico elevado (Z = 79), o que intensifica o efeito de espalhamento das partículas alfa, facilitando a detecção.

E os outros metais?

  • Metais com menor número atômico, como alumínio (Z = 13) ou cobre (Z = 29), também foram usados, mas o desvio das partículas alfa era menos acentuado. Esses experimentos complementares ajudaram Rutherford a propor que a deflexão das partículas alfa está relacionada à carga nuclear do átomo — quanto maior o número atômico, maior a deflexão.


SOBRE O FORMATO DOS ORBITAIS ATÔMICOS

A equação de Schrödinger é fundamental para entender a origem e a forma dos orbitais atômicos, pois ela descreve, de maneira matemática, o comportamento das partículas quânticas, como os elétrons em um átomo.


O quadrado do módulo da função de onda, Ψ2|\Psi|^2, representa a 
densidade de probabilidade de encontrar o elétron em uma certa posição.

🔬 Como isso se relaciona aos orbitais atômicos?

    A equação de Schrödinger é uma equação diferencial que, no caso do átomo de hidrogênio (o mais simples), pode ser resolvida exatamente. Sua solução nos dá uma função de onda ψ, que contém todas as informações possíveis sobre o elétron.

    O quadrado da função de onda (∣ψ∣²) representa a probabilidade de encontrar o elétron em determinada região do espaço — ou seja, define a distribuição espacial do elétron em torno do núcleo.

    As soluções da equação de Schrödinger para o elétron em um átomo fornecem conjuntos de números quânticos:

        n (principal): energia e tamanho do orbital

        l (secundário ou azimutal): forma do orbital

        m (magnético): orientação espacial


📐 E as formas dos orbitais?

As diferentes soluções para a equação, com diferentes valores de nn, ll e mm, resultam em funções de onda com diferentes geometrias — que chamamos de orbitais atômicos:


✳️ Resumindo:

A equação de Schrödinger fornece as funções de onda que descrevem os orbitais. A forma dos orbitais atômicos surge naturalmente dessas soluções — são as regiões onde há maior probabilidade de encontrar os elétrons.

Portanto, sem a equação de Schrödinger, não haveria base teórica rigorosa para explicar por que os orbitais têm as formas que têm.



Ramon Lamar de Oliveira Junior a partir de informações fornecidas pelo ChatGPT

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Algumas proteínas importantes mas pouco conhecidas da maioria dos estudantes

As proteínas são moléculas essenciais para a vida, responsáveis por quase todas as funções celulares. Para funcionar corretamente, uma proteína precisa se dobrar em uma forma tridimensional específica, chamada estrutura nativa. Esse processo de dobramento é complexo e delicado, pois até pequenas falhas podem impedir a proteína de desempenhar seu papel ou até torná-la prejudicial.

Ilustração mostra coronavírus (SarsCov-2) atacando células humanas.

É aí que entram as chaperonas — proteínas especiais que ajudam outras proteínas a se dobrarem corretamente. Elas agem como “ajudantes” dentro da célula, garantindo que as proteínas recém-sintetizadas ou desnaturadas não se enrolem de maneira errada ou não se agreguem umas às outras, formando “bolas” que não funcionam.

As chaperonas não fazem parte da estrutura final da proteína; elas apenas acompanham o processo de dobramento, fornecendo um ambiente seguro para que a proteína alcance sua forma correta. Além disso, em alguns casos, as chaperonas também podem ajudar proteínas que foram desnaturadas (perderam sua forma original por calor, químicos ou outras causas) a voltar a se dobrar corretamente, um processo chamado renaturação. (Convém lembrar que, nesse caso, a renaturação é possível se o efeito sobre as proteínas for moderado, um leve aquecimento por exemplo. Fora das células, com ações extremas sobre as proteínas - como a fervura - e sem a presença das chaperonas, não há como ocorrer renaturação.)

Sem a ação das chaperonas, muitas proteínas importantes simplesmente não conseguiriam atingir sua forma funcional, o que afetaria o funcionamento das células e, consequentemente, do organismo como um todo. As chaperonas são fundamentais para a qualidade e estabilidade das proteínas, garantindo que elas se formem da maneira certa para manter a vida funcionando perfeitamente.


Proteínas de Choque Térmico: Protetoras das Células em Situações Extremas

As proteínas de choque térmico (ou HSPs, do inglês Heat Shock Proteins) são um tipo especial de proteínas que ajudam as células a sobreviver em condições de estresse, como calor excessivo, frio extremo, falta de oxigênio, exposição a substâncias tóxicas e outros tipos de agressão.

Quando uma célula é submetida a um estresse forte, muitas proteínas dentro dela podem se desnaturar — ou seja, perder sua forma correta — e se tornar incapazes de funcionar. As proteínas de choque térmico entram em ação justamente nessas situações para proteger outras proteínas.

Elas atuam como chaperonas, ajudando as proteínas desnaturadas a se dobrarem novamente em sua forma funcional, prevenindo a formação de aglomerados de proteínas que poderiam ser tóxicos para a célula. Além disso, as HSPs podem ajudar a eliminar proteínas danificadas que não podem ser reparadas.

Essas proteínas são essenciais para a sobrevivência celular, porque permitem que a célula resista a condições adversas que, de outra forma, seriam letais. Por isso, as proteínas de choque térmico são encontradas em praticamente todos os organismos, desde bactérias até humanos.

Além do papel protetor, as HSPs têm importância em diversas áreas da medicina, como no estudo do câncer e doenças neurodegenerativas, onde o controle do dobramento das proteínas é fundamental.

Febre e vírus

É comum ouvir que a febre ajuda a combater vírus porque eles não possuem chaperonas do tipo "proteínas de choque térmico" e, portanto, não conseguem se recuperar do calor, mas essa explicação é simplista e incorreta. Na verdade, vírus não são organismos vivos independentes; eles dependem da célula hospedeira para produzir suas proteínas e se replicar. Assim, mesmo que o vírus não tenha chaperonas próprias, as proteínas da célula infectada — que sim, possuem chaperonas — são utilizadas para montar as estruturas virais. Portanto, a ausência de chaperonas nos vírus não é a razão pela qual a febre ajuda a combater infecções. O verdadeiro papel da febre está em ativar o sistema imunológico, dificultar a replicação viral e criar um ambiente menos favorável ao avanço do patógeno.

Apesar disso, não controlar a febre pode ser perigoso. Embora febres leves (até cerca de 38°C) geralmente não precisem de medicação e possam até ser benéficas (por ativarem o sistema imunológico), valores mais altos já exigem atenção, pois podem causar desconforto, desidratação e, em alguns casos, convulsões — especialmente em crianças pequenas, idosos ou pessoas com doenças crônicas. Aliás, febres nesse público citado, sempre merecem ser acompanhadas de perto, mesmo febres baixas. Febres altas (acima de 39°C) são motivo de alerta e requerem avaliação médica imediata. Assim, embora a febre possa ser um aliado do corpo, ela precisa ser monitorada cuidadosamente para garantir que seus benefícios não sejam superados por riscos à saúde.

Texto produzido por ChatGPT, revisado e ampliado por Ramon L. O. Junior

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Perguntando ao ChatGPT: Existe remédio para aumentar a imunidade? (E ele deu a resposta que eu já sabia!)

Existe realmente, com base científica, algum medicamento que aumenta a imunidade?

❌ Resposta direta: Não existe, para pessoas saudáveis, um medicamento com comprovação científica robusta que “aumente” genericamente a imunidade de forma segura.

O sistema imunológico é complexo, equilibrado e sensível. "Aumentar" sua atividade indiscriminadamente não é desejável — pode até ser perigoso. O ideal é manter seu funcionamento eficiente e regulado, o que envolve múltiplos fatores: nutrição, sono, atividade física, estresse, presença de doenças, etc.

Figura criada pelo ChatGPT a meu pedido, baseado em uma charge sobre o assunto.


✅ O que existe com base científica:

1. Medicamentos imunomoduladores (uso clínico específico)

Esses fármacos não aumentam a imunidade no sentido comum do termo, mas modulam a resposta imune (ou a reduzem ou a estimulam), geralmente de forma dirigida.

Exemplos:

- Interferons e interleucinas: usados em câncer, hepatite C, esclerose múltipla, etc.

- Imunossupressores: usados após transplantes para evitar rejeição, ou em doenças autoimunes.

- Imunoglobulinas (anticorpos prontos): para imunodeficiências ou em exposições a certos vírus (como raiva ou hepatite B).

➤ Conclusão: têm efeito importante, mas são indicados em casos específicos e sob prescrição médica rigorosa.

2. Vacinas

São a intervenção mais eficaz e segura para treinar e fortalecer o sistema imune contra doenças infecciosas específicas.

Funcionam expondo o corpo a versões atenuadas ou fragmentos de microrganismos, preparando o sistema imune para uma resposta rápida e eficiente no futuro.

Exemplos comprovados: Vacinas contra gripe, COVID-19, HPV, hepatite B, sarampo, entre outras.

➤ Conclusão: não aumentam a imunidade de forma geral, mas fortalecem a resposta contra agentes específicos, com comprovação científica robusta.

3. Suplementação de vitaminas e minerais (com evidência dependendo do contexto)

Alguns micronutrientes são essenciais para o funcionamento ideal da imunidade. A deficiência deles pode comprometer a resposta imune, aumentando o risco de infecções.

➤ Quando há benefício?

- Em pessoas com deficiência nutricional comprovada (por exames ou condições clínicas), a suplementação corrige o problema e restaura a função imune.

- Em pessoas bem nutridas, a suplementação geralmente não traz benefício extra e pode ser prejudicial em excesso.

4. Estilo de vida saudável (base fortemente comprovada)

Há sólida base científica mostrando que fatores do estilo de vida impactam diretamente o funcionamento do sistema imunológico.

Principais práticas associadas à boa imunidade:

- Sono adequado (7–9 horas): a privação do sono reduz a produção de anticorpos e a atividade de células imunes.

- Alimentação equilibrada: com frutas, legumes, fibras e proteínas magras. Micronutrientes (zinco, selênio, vitamina C, D) vêm preferencialmente dos alimentos.

- Atividade física regular e moderada: melhora a circulação de células imunes e reduz marcadores inflamatórios.

- Controle do estresse: estresse crônico aumenta o cortisol, que pode suprimir a resposta imune.

- Evitar álcool em excesso e tabagismo: ambos afetam negativamente a imunidade inata e adaptativa.

➤ Conclusão: não são medicamentos, mas são as principais estratégias validadas para manter um sistema imune equilibrado e eficaz.


🚨 Cuidado com promessas enganosas

Muitos produtos no mercado se dizem "estimulantes imunológicos", mas:

- Raramente têm estudos clínicos confiáveis.

- Podem conter dosagens inadequadas, combinações sem sentido ou ingredientes mal estudados.

- Alguns compostos naturais, como equinácea ou própolis, têm estudos preliminares, mas evidência inconsistente ou limitada.


✅ Conclusão geral

Situação:

- Para "aumentar a imunidade" em pessoas saudáveis: ❌ Não — nenhuma substância comprovada

- Para corrigir deficiência nutricional: ✅ Sim — com suplementação adequada

- Para doenças específicas (autoimunes, câncer, HIV etc.): ✅ Sim — com imunomoduladores específicos

- Para prevenir doenças específicas: ✅ Sim — com vacinas

- Para melhorar imunidade naturalmente: ✅ Sim — com sono, alimentação, exercícios


domingo, 11 de maio de 2025

Conversando com o ChatGPT sobre BALÕES BIODEGRADÁVEIS!

Pergunta: Balões de material biodegradável, que podem ser usados em eventos e soltos no ambiente sem causar problemas ambientais, realmente existem?

Resposta: Sim, balões feitos de material biodegradável existem, mas é importante esclarecer alguns pontos:

1. Látex natural é biodegradável, mas...

Muitos balões são feitos de látex natural, um produto extraído da seringueira (Hevea brasiliensis). Esse tipo de látex é biodegradável, ou seja, pode se decompor naturalmente com o tempo, especialmente sob condições ideais de umidade, calor e presença de micro-organismos.

  • Estudos indicam que balões de látex podem levar de 6 meses a 4 anos para se decompor completamente, dependendo do ambiente.

  • Sendo assim, esse processo de biodegradação do material não é imediato, e enquanto o balão estiver intacto, pode causar danos à fauna se ingerido por animais.


2. Biodegradável não significa inofensivo

Mesmo balões biodegradáveis podem causar problemas ambientais:

  • Animais (como aves, tartarugas e mamíferos marinhos) podem confundir fragmentos de balões com alimento e sofrer obstruções intestinais ou asfixia. O mesmo acontece com animais que também são de regiões de terra firme como matas, cerrados e campos abertos. Sem contar com o risco da formação de microplásticos, hoje sabidamente de relevante potencial agressivo.

  • Fitas plásticas ou barbantes presos aos balões muitas vezes não são biodegradáveis, permanecendo no ambiente por muito tempo.

3. Soltar balões ainda é prejudicial

Mesmo os de látex natural, não devem ser soltos no ambiente. Organizações ambientais e especialistas alertam que não há forma segura de liberar balões ao ar livre, pois eles quase sempre acabam em locais inadequados, como oceanos, rios ou áreas naturais.

IMPORTANTE LEMBRAR: Biodegradação x Fragmentação

  • A biodegradação verdadeira envolve a quebra completa do material em compostos mais simples (como CO₂ e água), graças à ação de micro-organismos.

  • A fragmentação (como ocorre com muitos plásticos e até parte dos balões de látex industrializados) é a quebra em pedaços menores, sem que esses resíduos desapareçam — formando microplásticos.


Conclusão:

  • Sim, existem balões biodegradáveis, geralmente feitos de látex natural.

  • Não, soltar esses balões na natureza não é ambientalmente seguro, mesmo que biodegradáveis.

  • Para eventos sustentáveis, o ideal é usar decorações reutilizáveis e evitar práticas que envolvam liberar objetos no meio ambiente.

quarta-feira, 7 de maio de 2025

O lixo é sempre coletável? Limpou, tá novo? (Mais sobre a questão do lixo na Serra de Santa Helena.)

(ESCLARECIMENTO: Fui obrigado a "ressuscitar" esta postagem depois da que ouvi, vindo de dentro da prefeitura: que a sujeira após a festa da Serra de Santa  Helena não é problema ambiental... pois a prefeitura foi lá e varreu tudo depois. DEVE TER VARRIDO TAMBÉM AS DEZENAS DE LITRO DE ÓLEO DE FRITURA QUE SE INFILTRARAM NO TERRENO! DEVE TER VARRIDO UM POUCO DE EDUCAÇÃO PARA DENTRO DE QUEM SUJOU A SERRA E NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA O MEIO AMBIENTE QUER SEJA NATURAL OU URBANO! DEVE TER VARRIDO SEM GASTAR UM CENTAVO DOS IMPOSTOS QUE PAGAMOS! FRANCAMENTE!!! QUE DESPREPARO!!! A postagem original é de 2013.)

Muitas pessoas têm discutido as fotos postadas aqui no blog e pelo MUTIRÃO CIDADANIA sobre o lixo gerado na Festa da Serra de Santa Helena, ocorrida na última semana. Geralmente, as pessoas se dividem entre aquelas que condenam totalmente a quantidade de lixo gerada (me incluo entre essas pessoas) e aquelas que acham que é "um exagero, pois é só varrer e coletar o lixo". 
A questão fundamental é que o segundo grupo de pessoas (as que acham que "limpou, tá novo!") não estão conseguindo captar a dimensão do problema. Não as culpo, trata-se de ignorância (no sentido de ignorar ou não ter conhecimento) a respeito do tal lixo espalhado. Como todos os habituais frequentadores do blog sabem, sou biólogo e professor, portanto a preocupação com a educação ambiental é uma constante aqui no blog. Posso enumerar alguns aspectos, ilustrando-os com fotos e um vídeo, espero que fique mais didático e fácil de entender. 

1) CERTOS LIXOS NÃO TÊM COMO SER RECOLHIDOS! É o caso dos poluentes que se infiltram no solo, como o óleo de fritura usado que é descartado no chão. Esse óleo infiltra no solo e, no caso específico, está contaminando nossa "caixa d'água", ou seja, a área de recarga dos nossos lençóis subterrâneos. Dessa forma, coloca-se, ano após ano, um tipo de poluente que pode contaminar as inúmeras nascentes da Serra de Santa Helena. Sem contar o risco sobre o aquífero mais profundo, de abastecimento da cidade.

 Fotos: Marta Villefort

2) ALGUNS LIXOS ALIMENTAM O FOGO DURANTE OS INCÊNDIOS NA ENCOSTA DA SERRA DE SANTA HELENA! Papel e plástico ajudam a aumentar a intensidade do fogo em alguns pontos, dificultando o combate e aumentando a temperatura por mais tempo junto às árvores da encosta. No caso específico dos incidentes da última semana, encontramos as caixas de papelão usadas para a distribuição dos copos plásticos de água durante a subida da procissão, os próprios copos plásticos e os "canudos" de papelão dos fogos de artifício jogados na mata. Esse tipo de lixo é frequentemente esquecido pela "limpeza pública" que só remove o lixo das ruas e calçadas.


 Fotos: Ramon L. O. Junior

3) LIXOS QUE COLOCAM EM RISCO OS BRIGADISTAS QUE VÃO COMBATER OS INCÊNDIOS NA ENCOSTA DA SERRA DE SANTA HELENA! Nessa categoria estão as garrafas de vidro. Inúmeras garrafas e seus cacos foram coletadas na encosta da serra e muitas outras ainda devem estar por lá. Também não são alvo da "limpeza pública", mas podem provocar sérios ferimentos nos brigadistas e também, é claro, nos animais em fuga dos incêndios e nas crianças que, inadvertidamente brincam na área. 

Foto: Ramon L. O. Junior

4) OS PEQUENOS LIXOS QUE PODEM SER INGERIDOS POR ANIMAIS, PROVOCANDO SUA MORTE! São papéis de bala, tampinhas, fragmentos de plástico ou de vidro... materiais brilhantes que atraem os pássaros e outros animais e podem por eles ser ingeridos. Isso encontramos por toda parte. No caso da Serra de Santa Helena, ainda chama atenção a enorme quantidade de preservativos (evidentemente usados) encontrados em alguns locais. Abaixo, o link para um vídeo onde são registradas as mortes de aves marinhas pela ingestão de lixo desse tipo... chocante. São apenas 4 minutos do seu tempo. Vale a pena ver.


E então? Deu para entender toda a nossa preocupação com o lixo? E nessa conversa não paramos para discutir a questão do lixo que armazena água e serve como local de proliferação dos mosquitos transmissores de doenças (como a dengue, né?). É isso.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

TURISMO, CULTURA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DEVEM ANDAR DE MÃOS DADAS!

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Vestibular seriado da UFMG - Primeiras Informações

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) implementará, a partir de 2025, um novo modelo de ingresso: o Processo Seletivo de Avaliação Seriada (PSAS). Esse sistema permitirá que estudantes realizem provas ao final de cada ano do Ensino Médio, avaliando conteúdos específicos de cada série. A primeira etapa está programada para 14 de dezembro de 2025, destinada aos alunos do 1º ano. ​


O PSAS será responsável por 30% das vagas de cada curso de graduação, enquanto os 70% restantes continuarão sendo preenchidos pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU) e por processos seletivos específicos, como os de habilidades para cursos como Música e Artes Visuais. 

A UFMG divulgará, em maio de 2025, um documento orientador contendo os conteúdos cobrados em cada etapa, a estrutura das provas e orientações pedagógicas para professores e alunos. As inscrições para a primeira etapa estão previstas para a segunda quinzena de agosto de 2025, com detalhes sobre taxas e critérios de isenção a serem definidos no edital oficial.

Atenção: O PSAS é aberto a estudantes que estejam cursando o Ensino Médio ou a Educação de Jovens e Adultos (EJA), bem como a qualquer pessoa que tenha concluído, a qualquer tempo, esse segmento ou modalidade de ensino da educação básica. A legislação que rege a reserva de vagas pelo sistema de cotas será aplicada também nesse caso, da mesma forma como ocorre com o SiSU/UFMG. 

Para mais informações e atualizações, estaremos acompanhando o site oficial da UFMG e a página da Pró-Reitoria de Graduação.

PS.: Em breve divulgaremos aqui no Blog, várias provas antigas do Vestibular da UFMG.