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quarta-feira, 20 de setembro de 2023

LIVROS DIDÁTICOS OU MATERIAL APOSTILADO?

Olá, queridos leitores e queridas leitoras!

Comentei em minha última aula on line sobre essa questão. 

Particularmente, eu prefiro os livros didáticos. Mas hoje estamos num tsunami de materiais apostilados ("coleções"). As famílias, acho (talvez fosse necessário fazer uma enquete), preferem materiais apostilados. É uma briga danada sobre esse material ser melhor ou pior que aquele. Vou elencar as vantagens de cada um, considerando minha atuação que é no Ensino Médio.

Livros:

- São reutilizáveis, desde que os professores/escolas não fiquem trocando todo ano de livro didático. No mínimo por 3 anos eles deveriam ser mantidos.

- Existem livros do tipo "Volume Único" que são muito bons. Podem ser usados tranquilamente nas três séries do Ensino Médio.

- Permitem que o professor/escola tenha mais controle dos conteúdos a serem ministrados dentro do que se exige ou se necessita naquela localidade. (Por exemplo: vestibulares seriados trabalham com sequências de conteúdos que se adaptam melhor ao livro didático.)

- Usando um livro tipo "Volume Único" o curso pode ser montado na sequência que for considerada a melhor pelo professor/escola.

Materiais apostilados:

- Acompanham, dentro de um contrato de fornecimento, outros materiais como Simulados e materiais de revisão.

- Geralmente implicam em menos material para se carregar para a escola.

- Têm atualizações quase que anuais, com mudanças principalmente nas listas de exercícios.

- Há a possibilidade mais fácil de contato com os autores para resolver eventuais discordâncias ou dúvidas.

No caso, minha preferência pelo livro didático tem a ver com um aspecto não relacionado acima. A questão das "frentes" em que são organizados os materiais apostilados. As "frentes" foram construídas para possibilitar o trabalho de vários professores na mesma disciplina, na mesma turma. Por exemplo: a Biologia é dividida em "frentes" A, B e C. Assim um professor pode trabalhar com cada "frente". O problema é que, muitas vezes as frentes não dialogam entre si. Acaba que, ao estudar biologia, o estudante está recebendo simultaneamente 3 conteúdos diversos, de pontos diferentes da disciplina. Isso dificulta um aprendizado com uma linearidade. A linearidade desejável na biologia seria partir do menos abrangente em direção ao mais abrangente (começar com moléculas e células e terminar com ecologia e evolução). Mesma coisa na química... a linearidade implica em que o assunto seguinte será facilitado com o aprendizado do assunto anterior. Como os materiais apostilados são meio engessados (o aluno não recebe tudo no início do ano e os simulados são propostos na sequência do material), cria-se uma certa dificuldade em se trabalhar a linearidade no sentido da construção do conhecimento.

Essa é minha opinião, apenas isso. Respeito demais as opiniões divergentes, mas gostaria de argumentos.

Ramon Lamar de Oliveira Junior


PS.: Há um material que eu adoro para seguir a sequência em sala de aula. O material que eu escrevi!!! rsrsrs

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