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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

O "Cursinho Tradicional Pré-Vestibular" já morreu!

Pois é, leitor ou leitora. 

É exatamente isso. Pelo menos se não morreu, já está agonizante. 

Explico o motivo.

Antes da terrível Pandemia, praticamente não conhecíamos outras formas de aprendizado. Os cursos EaD eram mal vistos e considerados duvidosos no sentido de sua eficiência.

Contudo, a Pandemia escancarou o problema e mostrou que é possível aprender bem e de forma melhor direcionada com o ensino on line. Mas... é preciso um grande grau de comprometimento do estudante. Esse foi exatamente o calcanhar de Aquiles do ensino remoto durante a Pandemia: os estudantes em sua gigantesca maioria não se comprometeram. Muitos sequer assistiam as aulas, mesmo tendo todos os recursos para tal. As provas viraram tarefas de um pequeno grupo, os outros apenas postavam os resultados. O resultado, como estamos vendo nestes anos pós-Pandemia foi um tombo gigantesco no nível de conhecimento/comprometimento dos alunos. 

Então você me pergunta: Com tantos problemas, o ensino on line é o substituto melhor para os cursinhos?

É exatamente aí que quero chegar. A falha do ensino remoto durante a Pandemia foi na não preparação adequada para entrar-se nesse sistema. Entretanto, havendo consciência de que o sistema pode funcionar, que nas plataformas virtuais tudo depende do engajamento e compromisso do estudante, que não há provas onde colar, que colar em simulado é uma enorme besteira do "quero-me-enganar-ou-enganar-a-quem?" e que cada estudante pode traçar a estratégia adequada para suas aulas e horários... o ensino on line tem tudo para dar certo.

Vamos ver duas situações:

1) O estudante teve um Ensino Médio sofrível, mal viu todos os conteúdos, não se empenhou e só quando era tarde percebeu que devia ter estudado mais. Nesse caso o cursinho presencial pode ser interessante. No sentido de refazer o Ensino Médio. É preciso comprometimento em todas as disciplinas. Pode ser que um ano apenas não seja suficiente, mas dois anos é o máximo, ou seja, o tempo necessário para repor as deficiências do Ensino Médio. Para muitos cursos superiores, será o suficiente para passar no ENEM ou em uma boa faculdade particular (que, diga-se de passagem, hoje está muito fácil). Mas se você quer um curso ultraconcorrido como Medicina numa Universidade Federal... 

2) O estudante teve um bom Ensino Médio, numa escola de qualidade, viu todos os conteúdos, foi aprovado em cada ano sem apertos gigantescos... uma recuperação esporádica e tal. É exatamente nessa situação que fazer Cursinho Presencial é um grande suicídio intelectual. Andar para trás em termos de aprendizado. Lembre-se que o Cursinho Presencial trabalha pela média dos alunos e que tem como principal compromisso cumprir o programa até a véspera do ENEM/Vestibular. E que na sala de aula presencial estará presente o mesmo aluno que conversa o tempo todo e prejudica a aula, os convites para matar aula e ir na festinha, o professor que não consegue cumprir o cronograma e, principalmente, praticamente não sobra tempo para a revisão final.

Considerando-se o segundo caso exposto, e se você quer uma das concorridíssimas vagas numa Universidade Federal, seguir uma boa plataforma on line tem várias vantagens. Mas aconselho, antes de mais nada, fazer uma consultoria que poderá indicar-lhe o caminho a seguir. Nesse tipo de consultoria você precisa ser transparente, de falar sobre sua realidade, suas falhas e seus sucessos, em que é bom e em que é ruim. De posse dessas informações, será possível indicar-lhe um caminho.

Você também deve-se preparar para realizar um curso online. Em vez de gastar dinheiro com mensalidades, adquira um bom computador (desktop ou notebook) com uma tela grande, um bom microfone, uma boa câmera e uma boa caixa de som. E faça anotações, como se fosse numa aula presencial. Tudo isso em um ambiente adequado e tranquilo. Assistir aula on line pelo celular, me desculpem, é jogar tempo e dinheiro fora.

Comece o curso on line o mais cedo possível, de preferência em fevereiro, com o planejamento de terminar a parte teórica em agosto ou no máximo setembro. Com uma carga horária bem distribuída, é possível sim. Nesse período você também fará muitos exercícios e muitos simulados. Use os simulados para descobrir sua melhor estratégia.

Terminada a parte teórica, você terá setembro e outubro para redobrar as revisões em forma de mais muitos e muitos exercícios e simulados.

Garanto. Dá certo! Mas tem que ter planejamento, dedicação, foco e disciplina. Aliás, isso é apenas tudo o que seu curso superior irá pedir de você. Ou você acha que Medicina, Engenharia Química, Direito, Engenharia Mecatrônica e outros semelhantes vão exigir pouco de você?

Aqui na coluna da direita do blog eu tenho uma sugestão. Converse com o Jaques Braga. É meu amigo, colega e tem uma grande experiência no assunto. Faça uma consultoria com ele. Se você estiver no segundo ano do Ensino Médio, indo para o Terceirão, ele também pode te orientar sobre como engajar-se e fazer um ótimo Terceiro Ano, com ótimos resultados. Uma opinião sincera (e ele é sincero pra caramba), de uma pessoa que não te conhece (mas conhece o sistema a fundo), com certeza vai te ajudar.

Abraços!!!

Ramon Lamar de Oliveira Junior

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