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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Camuflagem

Impressionante este exemplo de camuflagem:

Serra do Cipó - 2006

Não bastassem as manchas no dorso que imitam com perfeição a casca da árvore, o anfíbio também tem uma coloração ventral na mesma tonalidade dos locais em que a casca se soltou.
Não posso deixar de citar o último parágrafo do livro "A ORIGEM DAS ESPÉCIES", de Charles Darwin:
É interessante contemplar um riacho luxuriante, atapetado com numerosas plantas pertencentes a numerosas espécies, abrigando aves que cantam nos ramos, insetos variados que volitam aqui e ali, vermes que rastejam na terra úmida, se se pensar que estas formas tão admiravelmente construídas, tão diferentemente conformadas, e dependentes umas das outras de uma maneira tão complexa, têm sido todas produzidas por leis que atuam em volta de nós. Estas leis, tomadas no seu sentido mais lato, são: a lei do crescimento e reprodução; a lei da hereditariedade que implica quase a lei de reprodução; a lei de variabilidade, resultante da ação direta e indireta das condições de existência, do uso e não uso; a lei da multiplicação das espécies em razão bastante elevada para trazer a luta pela existência, que tem como conseqüência a seleção natural, que determina a divergência de caracteres, a extinção de formas menos aperfeiçoadas. O resultado direto desta guerra da natureza que se traduz pela fome e pela morte, é, pois, o fato mais admirável que podemos conceber, a saber: a produção de animais superiores. Não há uma verdadeira grandeza nesta forma de considerar a vida, com os seus poderes diversos atribuídos primitivamente pelo Criador a um pequeno número de formas, ou mesmo a uma só? Ora, enquanto que o nosso planeta, obedecendo à lei fixa da gravitação, continua a girar na sua órbita, uma quantidade infinita de belas e admiráveis formas, saídas de um começo tão simples, não têm cessado de se desenvolver e desenvolvem-se ainda!


Fotos: Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Esse tópico está sendo republicado. Uma coisa que não mencionei quando foi publicado da primeira vez é que quem viu o anfíbio não fui eu, foi minha filha, então com 7 anos de idade. Viu e foi correndo me chamar para ver. 

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