Período chuvoso e quente alerta sobre o risco de acidentes com animais peçonhentos
Ocorrências envolvendo escorpiões estão entre os principais casos. A prevenção continua sendo a melhor medida para impedir esses acidentes.
Em todo Brasil, as ocorrências envolvendo acidentes com animais peçonhentos como escorpiões, aranhas e serpentes tendem a aumentar no período das chuvas e calor, principalmente de dezembro a março. As causas para esse crescimento se deve aos atuais desequilíbrios ecológicos, as chuvas que desalojam os animais entocados, e ainda, o período reprodutivo de alguns desses animais que coincide com o verão.
No estado de Minas Gerais, os números de acidentes envolvendo animais peçonhentos diminuíram este ano em mais de dois mil casos em relação a 2013.No ano de 2014, até o momento, os acidentes por aranhas, serpentes, escorpiões, abelhas e lagartas somam mais de 22 mil casos no estado. Destes, a maior incidência é de acidentes por escorpiões que são aproximadamente mais da metade dos atendimentos, com 14.311 casos, seguido de aranha: 2.360, serpente: 2.108, abelha: 1.633 e lagarta: 664. No total, 30 pessoas morreram em 2014 em decorrência de picadas de animais peçonhentos.
O município de Montes Claros é onde ocorrerem os maiores números de notificações com 2.931 casos. Desse total, 2.413 foram de acidentes por escorpião. Eles são os responsáveis pela maior ocorrência destes acidentes, pois o escorpião se alimenta de baratas, portanto, sobrevive em ambientes urbanos e rurais com facilidade. Os sintomas mais comuns da picada de escorpião são dores intensas, sensação de ardência ou agulhadas e inflamação no local. Nos casos mais graves, pode acarretar aumento da frequência cardíaca, suores, enjoos, dificuldade para respirar e queda de pressão.
A Referência Técnica Estadual da Diretoria de Vigilância Ambiental, Mariana Gontijo de Brito, explica que a primeira medida a ser adotada quando alguém recebe uma ferroada de um escorpião é colocar compressas de água morna sobre a ferida. O procedimento ajuda a aliviar a dor até a chegada ao serviço de saúde mais próximo. “Compressas com gelo ou água gelada costumam acentuar a sensação dolorosa não sendo, portanto, indicadas. Qualquer outra medida ou procedimento local está contra-indicado. Também é importante ressaltar que a dor no local da picada, por si só, não é indicação de uso de antiveneneno (soro)”.
Prevenção: A melhor forma de evitar acidentes é adotar medidas de prevenção. Por isso, conforme o Manual de Controle de escorpiões do Ministério da Saúde recomenda-se na área externa das residências manterem limpos quintais e jardins, não acumular folhas secas e lixo domiciliar. Também evitar a formação de ambientes favoráveis ao abrigo de escorpiões, como obras de construção civil e terraplenagens que possam deixar entulho, superfícies sem revestimento e umidade. Já na área interna manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados. Além disso, colocar telas nas aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos fechados.
Cuidados: É importante estar atento a outros cuidados, além das medidas básicas de prevenção. Em caso de acidente, a pessoa deve limpar o local com água e sabão, e também procurar orientação médica imediata e mais próxima do local da ocorrência do acidente (UBS, posto de saúde, hospital de referência). Se for possível, capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde, pois a identificação do escorpião causador do acidente pode auxiliar o diagnóstico.
Como ter acesso ao serviço: Os acidentes podem até levar à morte, caso a pessoa não seja socorrida e tratada adequadamente, quando necessário, com soro específico.
Por Peterson Moreira - Governo de Minas
Natália Andrade
Assessora Chefe de Comunicação Social
Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas
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