IMPORTANTÍSSIMO: DIVULGANDO INFORMAÇÕES RECEBIDAS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
A mídia frequentemente divulga matérias que estimulam a instalação de armadilhas confeccionadas com garrafas PET, ou outras de simples confecção com ou sem alpiste ou outros materiais orgânicos, como uma forma de eliminar os mosquitos da dengue nas moradias. Questionados sobre esta situação esclarecemos:
O uso de armadilhas que coletam ovos larvas ou insetos adultos é um grande aliado, mas apenas para ações de monitoramento dos índices de infestação do mosquito. Lembramos que qualquer local com água parada, com alpiste ou sem alpiste, é utilizado pelo Aedes para a postura dos ovos .
A fêmea do mosquito da dengue não prefere utilizar as armadilhas a outros depósitos com água parada. Em seu instinto natural para sobrevivência dos ovos os dispersa em pequenas quantidades em vários locais dentro da residência.
Para ela, a presença da armadilha será entendida apenas um criadouro a mais e não impedirá que pratinhos de planta, caixas d'água e outros depósitos sejam utilizados para a desova. Mesmo as armadilhas que capturam as fêmeas não garantem que os ovos não tenham sido dispersados antes que elas entrem na armadilha, darão ao morador uma falsa sensação de segurança pois, ao ver mosquitos dentro do recipiente provavelmente descuidará na eliminação dos outros possíveis criadouros que existirem em sua casa.
Se não forem bem cuidadas e monitoradas as armadilhas oferecerão ainda maior risco para a população. O Ministério da Saúde recomenda cuidados especiais na utilização de qualquer tipo de armadilha para o Aedes aegypti e não aprova seu uso indiscriminado. Nas Diretrizes Nacionais Para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue em sua página 80 o Ministério orienta: “No entanto, deve-se destacar que não existem evidencias de que estas armadilhas atuem como supressoras de mosquitos do meio ambiente; portanto, sua presença não tem impacto na redução de mosquitos e, por consequência, na transmissão de dengue.(...) não existe recomendação técnica para sua utilização pelos municípios na rotina das atividades de controle do Aedes aegypti.”
As armadilhas no monitoramento da dengue: Em Sete Lagoas já foram utilizadas armadilhas que capturam fêmeas adultas - Mosquitrap - e a atualmente estão sendo utilizadas armadilhas que capturam ovos - Ovitrampas, por serem mais "sensíveis" segundo os pesquisadores. No trabalho de monitoramento, desenvolvido pelas equipes do controle da dengue, atualmente, são utilizadas 113 armadilhas colocadas a 300 metros de distancia mínima entre uma e outra. Cada armadilha está registrada e tem um numero de controle e tem sua localização indicada no mapa/croqui da área. São visitadas semanalmente, quando são coletadas as palhetas onde a fêmea colocou os ovos, higienizada e colocada nova palheta identificada. O período de visita semanal para sua limpeza não pode ser ampliado ou interrompido. Em caso de impedimento para a continuidade da pesquisa, a armadilha deve ser "desativada" como acontece nos feriados prolongados. Os dados obtidos destas armadilhas são analisados junto a outros indicadores para monitoramento da presença do Aedes nos diversos pontos da cidade e então a Secretaria de Saúde planeja as ações contra a dengue para cada situação encontrada.
É importante ficar atento!
Contra o mosquito da dengue não existem soluções mágicas!
Apenas a verificação e eliminação dos criadouros existentes nos imóveis pelo menos uma vez a cada 7 dias garante uma maior segurança para todos!
Dengue! Ou a gente acaba com ela, ou ela acaba com a gente!
Atenciosamente,
Maria José T F Lanza
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