Após o experimento de Fred Griffith em 1928, os cientistas sabiam que algum "princípio transformante" nas bactérias era capaz de transferir características hereditárias — mas ainda não sabiam o que exatamente causava essa transformação. Seria o DNA? Ou as proteínas, que eram consideradas os principais candidatos à época?
Foi para responder a essa pergunta que, em 1944, os pesquisadores Oswald Avery, Colin MacLeod e Maclyn McCarty realizaram um experimento fundamental.
O que eles fizeram?
Eles retomaram o modelo das bactérias Streptococcus pneumoniae, com os dois tipos:
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Cepa S (virulenta, com cápsula)
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Cepa R (não virulenta, sem cápsula)
A equipe extraiu o conteúdo das bactérias S mortas por calor, que, como já se sabia, podiam transformar bactérias R vivas em S. A seguir, eles isolaram os componentes celulares dessas bactérias mortas — proteínas, lipídios, RNA, DNA e carboidratos — e testaram qual deles era responsável pela transformação.
Como foi o teste?
Eles trataram as amostras com enzimas específicas que destruíam cada tipo de molécula:
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Com enzimas que destruíam proteínas → a transformação ainda ocorria.
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Com enzimas que destruíam RNA → a transformação ainda ocorria.
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Mas quando usavam enzimas que destruíam o DNA, a transformação não acontecia.
Ou seja, sem o DNA, as bactérias R não se transformavam em S, e o camundongo sobrevia.
Conclusão: Avery, MacLeod e McCarty comprovaram que o DNA era o responsável pela transformação genética. Esse experimento foi a primeira evidência direta de que o DNA é o material genético, ou seja, a molécula que armazena as informações hereditárias nos seres vivos. Posteriormente, a natureza do DNA como material genético é confirmada por Hershey e Chase.
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