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domingo, 17 de setembro de 2023

RESUMO: TIPOS DE MICROSCOPIA

Microscopia óptica ou microscopia de luz: o material a ser estudado é cortado em finas fatias (1 a 7 micrômetros de espessura), colocado em uma lâmina de vidro e corado com corantes especiais. Fornece ampliações até 1000 vezes.

Epitélio da Traqueia
Foto: Ramon L. O. Junior


Microscopia eletrônica de transmissão: o material é cortado em fatias ultrafinas (0,02 a 0,10 micrômetros de espessura) e contrastado com metais pesados. Um feixe de elétrons atravessa o material e forma a imagem em tela fluorescente ou em um monitor. Fornece imagens de até 100.000 vezes, que podem ser ampliadas a 1.000.000 vezes.

Ápice de células intestinais de camundongo mostrando microvilosidades e complexo unitivo.
Foto: Ramon L. O. Junior


Microscopia eletrônica de varredura: o material é coberto com fina camada metálica e bombardeado por feixe de elétrons. A imagem é coletada em um monitor, mostrando a superfície do material.

Microscópio eletrônico de varredura Zeiss - UFMG
Foto: Ramon L. O. Junior

Bactérias ao Microscópio de Varredura. Fonte: Unirio


Microscopia confocal: o material é cortado em fatias de até 15 micrômetros de espessura e tratado com anticorpos fluorescentes. Um feixe de laser faz uma varredura em camadas do material e a imagem é recriada em um monitor.

Centro de Microscopia da UFMG sedia um dos projetos contemplados 
Foca Lisboa | UFMG

sábado, 16 de setembro de 2023

10 POSSÍVEIS TEMAS DE REDAÇÃO PARA O ENEM SUGERIDOS PELO CHATGPT

Aqui estão 15 temas de redação possíveis para as provas do ENEM, considerando as tendências e áreas que costumam ser abordadas:
  1. Desafios da Educação Inclusiva no Brasil: Discuta a importância da inclusão de pessoas com deficiência no sistema educacional e os obstáculos que ainda existem para alcançar a igualdade de oportunidades.
  2. Impactos da Inteligência Artificial na Sociedade: Analise como a IA está mudando a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos, abordando questões éticas, econômicas e sociais relacionadas a essa tecnologia.
  3. Caminhos para a Preservação da Amazônia: Debata estratégias para proteger a maior floresta tropical do mundo e seus recursos naturais, levando em consideração o desmatamento, a biodiversidade e os interesses econômicos.
  4. A Importância da Saúde Mental na Sociedade Moderna: Explore os desafios enfrentados pelas pessoas em relação à saúde mental, bem como as medidas que podem ser adotadas para promover o bem-estar psicológico.
  5. Desigualdade de Gênero no Mercado de Trabalho: Analise as disparidades salariais, oportunidades de carreira e outros aspectos relacionados à desigualdade de gênero, propondo soluções para promover a equidade.
  6. Desinformação e Fake News na Era Digital: Avalie como a disseminação de notícias falsas afeta a sociedade e discuta estratégias para combater a desinformação nas redes sociais e na mídia.
  7. Mobilidade Urbana Sustentável: Aborde questões de transporte público, trânsito e poluição nas cidades, propondo soluções para promover a mobilidade sustentável e reduzir os impactos ambientais.
  8. Crise Hídrica no Brasil: Explore os desafios relacionados à escassez de água em diferentes regiões do país, discutindo medidas para preservar esse recurso vital.
  9. Impacto da Globalização na Cultura Local: Analise como a globalização afeta a preservação das culturas locais e a diversidade cultural, destacando os aspectos positivos e negativos desse processo.
  10. Violência e Segurança Pública no Brasil: Discuta as causas e consequências da violência no país e apresente propostas para melhorar a segurança pública e reduzir os índices de criminalidade.
  11. Efeitos da Tecnologia na Sociedade Contemporânea: Analise como a tecnologia está moldando nossas vidas, desde a forma como nos comunicamos até como consumimos informações, e discuta os impactos positivos e negativos desse fenômeno.
  12. O Desafio da Gestão de Resíduos Urbanos no Brasil: Analise os problemas relacionados à gestão de resíduos sólidos em áreas urbanas do Brasil, incluindo a reciclagem, a disposição inadequada e as soluções sustentáveis para lidar com esse desafio.
  13. Agricultura Sustentável e Segurança Alimentar: Explore a importância da agricultura sustentável na garantia da segurança alimentar mundial, incluindo a preservação do meio ambiente e o combate ao desperdício de alimentos.
  14. Desafios da Envelhecimento da População: Analise os impactos do envelhecimento da população em áreas como previdência social, saúde e mercado de trabalho, propondo estratégias para lidar com essa transformação demográfica.
  15. Os Desafios da Preservação dos Biomas Brasileiros na Atualidade: Discuta as ameaças enfrentadas pelos diferentes biomas do Brasil, como a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica, e explore estratégias para garantir a preservação dessas áreas de grande importância ambiental.
Lembre-se de que esses temas são apenas sugestões e que o ENEM pode abordar uma ampla variedade de tópicos atuais e relevantes em suas provas de redação. É importante estar preparado para escrever sobre diferentes assuntos, mantendo-se atualizado sobre os acontecimentos e debates sociais.


ATENÇÃO, NÃO BASTA O TEMA! SIGA AS REGRAS E DICAS SEGUINTES:

Ao produzir uma redação para o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), é importante seguir as principais regras e diretrizes estabelecidas pela prova. Aqui estão as principais:
  1. Respeite o Tema Proposto: Certifique-se de que sua redação aborde o tema proposto na prova. Desviar-se do tema pode resultar em uma pontuação mais baixa.
  2. Estrutura Textual: Siga a estrutura tradicional de uma redação, que consiste em introdução, desenvolvimento e conclusão. A introdução deve apresentar o tema, o desenvolvimento deve conter argumentos e evidências, e a conclusão deve retomar as ideias principais.
  3. Clareza e Coerência: Mantenha uma progressão lógica de ideias ao longo do texto. Certifique-se de que os parágrafos estejam interligados e que o leitor possa seguir facilmente o raciocínio.
  4. Uso Adequado da Língua Portuguesa: Escreva de forma clara e evite erros de gramática, ortografia e pontuação. Um bom domínio da língua é fundamental para uma boa pontuação na redação.
  5. Argumentação Sólida: Apresente argumentos sólidos e bem fundamentados para apoiar suas ideias. Use evidências, exemplos e dados concretos sempre que possível.
  6. Citação de Fontes: Se você usar dados ou informações de fontes externas, cite-as corretamente no texto, seguindo as normas de citação.
  7. Objetividade e Concisão: Seja objetivo em sua escrita. Evite repetições desnecessárias e frases longas demais. Uma redação concisa e direta é mais eficaz.
  8. Respeito aos Direitos Humanos: Evite qualquer forma de discurso de ódio, discriminação, racismo, sexismo ou violação dos direitos humanos. Mantenha uma postura ética e respeitosa.
  9. Prosa Dissertativa: A redação do ENEM é do tipo dissertativo-argumentativo, ou seja, você deve apresentar argumentos e opiniões de forma clara e fundamentada.
  10. Rascunho e Revisão: Não hesite em fazer um rascunho antes de passar a limpo. A revisão é fundamental para corrigir erros e melhorar a clareza do texto.
  11. Limite de Linhas: Respeite o limite de linhas estabelecido na folha de redação. Textos que ultrapassam esse limite podem não ser lidos integralmente.
  12. Letra Legível: Escreva com letra legível. Lembre-se de que a correção é feita por avaliadores humanos.
Lembre-se de que a redação no ENEM é avaliada com base em cinco competências: demonstração de domínio da escrita, compreensão da proposta da redação, seleção e organização das informações, argumentação e proposta de intervenção. Portanto, é importante abordar todos esses aspectos em seu texto para obter uma boa pontuação.

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

ÉTICA E ESCOLAS

Solicitei ao ChatGPT que criasse um texto sobre Ética no Ambiente Escolar. Fui presenteado com um excelente texto. Fiz algumas adaptações e inclusões. O resultado, exponho para vocês!
"A ética no ambiente escolar desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de uma sociedade justa e responsável. É uma dimensão intrínseca à educação, que transcende a mera transmissão e repetição de conhecimentos. Abrange os valores, princípios e comportamentos que moldam o caráter dos estudantes, professores e até mesmo das famílias envolvidas no processo educativo.

Para as escolas, a ética deve ser incorporada como um princípio orientador em todas as decisões e práticas. Isso implica em criar um ambiente de respeito, igualdade e inclusão, onde todos os estudantes tenham oportunidades iguais de aprendizado e desenvolvimento. Ética também envolve a promoção da transparência na gestão escolar, o uso responsável dos recursos públicos, ou dos próprios recursos da instituição (honrando as mensalidades recebidas) e a responsabilidade social da Escola perante a comunidade.

As famílias têm um papel fundamental na formação ética de seus filhos. A ética começa em casa, com os exemplos e o ensinamento dos valores como o respeito, a honestidade, a empatia e a responsabilidade. Os pais devem ser exemplos vivos desses valores e estar envolvidos na educação de seus filhos, apoiando e incentivando seu crescimento ético.

Os estudantes também têm um papel ativo na construção de um ambiente escolar ético. Eles devem cultivar a honestidade acadêmica, evitando a trapaça e o plágio. Além disso, devem respeitar seus colegas e professores, promovendo relações saudáveis e harmoniosas no ambiente escolar. O respeito às regras da escola e o comprometimento com o aprendizado são aspectos essenciais da ética estudantil.

A ética entre escolas desempenha um papel crucial na construção de um ambiente educacional saudável. É importante que as instituições de ensino não recorram a práticas de concorrência desleal, como as ações que visam denegrir a imagem de outras escolas, a oferta de vantagens financeiras questionáveis aos estudantes ou a competição desmedida por notas e resultados acadêmicos. Em vez disso, as escolas devem buscar a colaboração e a troca de melhores práticas para elevar o nível de educação como um todo. A cooperação entre instituições educacionais pode levar a um ambiente mais enriquecedor e ético, onde o foco está no desenvolvimento integral dos estudantes, em vez de uma competição prejudicial que pode comprometer os valores e princípios éticos fundamentais.
Além disso, é essencial que as escolas mantenham-se afastadas de compromissos políticos partidários. A neutralidade político-partidária no ambiente educacional preserva a imparcialidade, garantindo que a educação seja um espaço onde os estudantes possam desenvolver seu pensamento crítico de maneira independente, sem outras influências. Isso ajuda a criar um ambiente onde a diversidade de opiniões é respeitada, promovendo a formação de cidadãos capazes de participar de maneira informada e ética na vida política e social, sem doutrinação ou polarização.
A ética no ambiente escolar não se trata apenas de seguir regras, mas de cultivar valores que moldarão o caráter dos estudantes e prepará-los para uma vida responsável na sociedade. Quando escolas, famílias, estudantes e professores trabalham em conjunto para promover a ética, estão contribuindo para a formação de cidadãos conscientes, éticos e comprometidos com o bem comum. Essa é a base para a construção de uma sociedade mais justa e responsável, onde o respeito, a honestidade e a empatia são valores fundamentais."


Texto criado com o auxílio da Inteligência Artificial (ChatGPT) a partir de solicitação de Ramon Lamar de Oliveira Junior que realizou algumas modificações no texto criado. 

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

DR. CELSO PAIVA (Celsinho), sempre nos trazendo ótimas opções!!!

Um abraço muito grande para o meu Cardiologista!!!

Sempre pensando mais em atender as pessoas, não só com uma excelente medicina, mas com uma boa conversa! Somos seus fãs de carteirinha!!!

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

PROSA DE NERD: NEGACIONISMO CIENTÍFICO

Olá, amigos!

Confiram esse papo com meu querido ex-aluno Mário Fontana sobre Negacionismo Científico!

https://www.youtube.com/watch?v=hkfhiDo1M9E


Abração para vocês, espero que apreciem!

Ramon Lamar de Oliveira Junior

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

ESTRATÉGIAS A SEGUIR NAS PROVAS DO ENEM

Pergunta: Qual prova devo fazer primeiro?

Resposta: Aquela que eu tenho mais facilidade. Para garantir mais agilidade, confiança e saber discernir perguntas fáceis, médias e difíceis.

Pergunta: Numa prova, Ciências da Natureza por exemplo, quais questões devo fazer primeiro?

Resposta: As mais fáceis, por causa do método de correção pela TRI. As mais fáceis geralmente são as que têm enunciados menores e alternativas menores. É importante acertar todas as fáceis e a maioria das médias para garantir uma boa pontuação. Questões realmente difíceis são 5 ou 6 em cada prova. Errá-las não trará grandes prejuízos na sua nota.

Pergunta: Quanto tempo devo gastar na Redação. 

Resposta: O ideal é em torno de uma hora e meia. Se você se preparou bastante, fez uma redação por semana durante sua preparação, com as técnicas corretas, não terá dificuldade em fazer a redação neste tempo ou bem próximo a ele. 

Pergunta: O que levar para comer/beber no dia da prova?

Resposta: Água ou Isotônico. Alguma coisa salgada (alguns biscoitos por exemplo) e alguma coisa doce (inclusive é sempre bom levar umas balinhas). Evite chocolates pois além de derreterem e fazer uma bagunça, costumam provocar sonolência em algumas pessoas.

Pergunta: Como não ficar nervoso(a) durante a prova?

Resposta: Isso só é possível se você confiar na preparação que fez, na forma que estudou, no tanto de exercícios e simulados que fez. Essa é a melhor maneira de evitar o nervosismo! Mas que ele aparece, sim sempre aparece. 

Pergunta: Um grande conselho???

Resposta: Exercitar suas estratégias, como as citadas acima, na realização de simulados. Faça o simulado como se fosse a prova. Verifique qual estratégia mais se adapta a você. Especialmente nos dois últimos meses, dê muita ênfase a simulado!


Ramon Lamar de Oliveira Junior

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Construção de mega-estruturas na Serra de Santa Helena

Prezados(as) e queridos(as) leitores(as) do blog.

Lá vou eu me enveredar por um novo caminho complexo. Espero ter a devida compreensão de vocês sobre a minha fala e meu ponto de vista.

A Serra de Santa Helena é um dos nossos patrimônios ambientais mais importantes. Acho que isso é consenso.

Ter um patrimônio ambiental significa que temos que cuidar dele. Isso envolve vários tópicos: número de visitantes, estruturas para os visitantes, impactos sobre o ambiente (pisoteio da vegetação, erosão de encostas, perturbação das espécies nativas, introdução de espécies exóticas, destinação de resíduos sólidos e líquidos, risco de incêndios florestais...) e manutenção dos espaços. Gerenciar tudo isso é função do Conselho Gestor da APA da Serra de Santa Helena, do Codema e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, conjuntamente e solidariamente.

Ouvi nas últimas semanas algumas histórias de que a Diocese estaria interessada em fazer um Complexo na Serra de Santa Helena. Estou chamando de "complexo" porque certamente seria algo bastante complexo. Não tenho muitos detalhes, mas me preocupo por qualquer iniciativa que seja "mega-qualquer-coisa" no local. Imaginem algo como uma mini-Aparecida, com uma visitação diária de 1000 pessoas nos finais de semana, todo o impacto gerado por trânsito, estacionamentos, destinação de resíduos, ruídos e outras formas de prejuízo ambiental. 

Sei muito bem que Sete Lagoas é uma cidade com toda característica que irá abraçar a causa da Diocese. Eu mesmo sou um defensor do Turismo Religioso, como várias vezes me manifestei aqui no blog (e que só agora vi ao menos as fitinhas de Santa Helena anexadas próximas à igrejinha). Parabéns para quem teve a ideia das fitinhas, ou a ouviu de tanto que falei dela, e colocou em prática. Contudo, sendo biólogo, não posso simplesmente deixar estar, passar pano como dizem hoje. 

Se algo vai ser feito, que seja feito estritamente dentro das regras de Zoneamento Ambiental da APA.

Relembrando algumas vezes que a Campanha da Fraternidade da CNBB abordou a temática.

Religiosidade para mim é coisa muito séria, respeito muito e falo bastante em sala de aula (quem é ou já foi meu aluno(a), sabe). Liberdade de Culto, cada um com sua religião, é coisa seríssima e que prezo muito, muito, muito. Mas Meio Ambiente também é coisa muito séria. Ciência é coisa muito séria. A preservação do Meio Ambiente para as futuras gerações é coisa tão séria que está ali, conclamada em nossa Constituição Federal.

Vamos abrir o diálogo.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

PS.: Agora, imaginem o que eu penso de bondinhos, trenzinhos no meio da mata, hotéis de seis estrelas e restaurantes gourmet na Serra de Santa Helena! Até cabe um restaurante bacana e uma pousada chique, mas nada megalomaníaco!!! Por que não pensamos, em termos de políticas públicas, nas atividades sustentáveis e culturais como o arborismo em área delimitada, rapel, trilhas ecológicas com informações para o caminhante, mirantes de contemplação da natureza e dos pássaros, área de exposições permanentes no "restaurante do Parque da Cascata", mini-biblioteca com acervos sobre a Serra de Santa Helena, área para recepcionar grupos de estudantes para trabalhos de engajamento ambiental...?

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Golpes e mais golpes no Instagram e outras redes sociais

A quantidade de informações inverídicas que tenho observado no Instagram é gigantesca. Antes era apenas o Facebook, o que me fez inclusive visitá-lo cada vez menos. Agora, as fakenews na forma de golpes pululam no Instagram. Denuncio todas!!! E aconselho vocês a fazer o mesmo. Só assim poderemos ter alguma paz.

Todos sabemos que os algoritmos das redes sociais nos enviam "propagandas" ligadas aos nossos interesses. Eu particularmente recebo muita coisa de educação (claro, né? Sou professor!) e recebo também de nutrição (pois minha filha está terminando o Curso de Nutrição e nos interessamos pelo tema.

Pois bem. De Nutrição (quer dizer, fakenutrição), recebo as propagandas de certa influencer e ex-BBB que faz o exercício enganatício da profissão, desprezando a ação de nutricionistas e médicos. Não preciso e não vou falar o nome. Sei que ela presta um desserviço enorme em nome de se enriquecer (já deve estar bilionária) às custas da saúde de muita gente. Qualquer hora vai acontecer uma tragédia e vai sobrar pra ela. Pra ela e para os Conselhos de Nutrição e de Medicina que são "coniventes" com essa prática. Ah, sim, e para a imprensa e páginas de fofoca delicada ou indelicada que ainda dão palco para essa infeliz.

De Educação (quer dizer, "deseducação"), comecei a receber o revolucionário método dos ovos de ouro para passar em qualquer concurso sem estudar absolutamente nada. O sujeito criou um método para você reconhecer qual é a resposta de uma questão sem saber nada sobre o assunto. Pasmem!!! Esse merece uns comentários mais prolongados...

Em primeiro lugar, sou professor há 41 anos. O tal método dele não tem nada de novo. Consiste em saber reconhecer a resposta de QUESTÕES MAL ELABORADAS. Aquelas questões em que a alternativa de resposta é grande demais e destoa das demais. Isso é mais velho que andar para trás. Acontece que não funciona, por exemplo, numa questão de matemática cujas alternativas são: A) 120 B) 230 C) 510 D) 780 E)1024. Ah... mas aí usamos outro método... o da média das respostas! Então faça isso com as alternativas: A) x   B) x+1   C) x-5   D) 2x+3   E) 3x. Gente, isso é ilusão!!! Ademais, hoje todo elaborador de questões de prova que se preze (das bancas renomadas) sabe fazer uma QUESTÃO BEM ELABORADA que não só fuja desses macetes infelizes, como induz quem usa esses macetes infelizes ao erro! Questões bem elaboradas trabalham com distratores para, exatamente, convencer o candidato que tal alternativa errada é a resposta.

E em segundo lugar, você quer passar num concurso sem saber nada? Para fazer exatamente o que depois? Imagine um aprovado num Vestibular de Medicina que não sabe nada de Biologia ou Química. Que bom médico ele será, não? Ou um funcionário público que não sabe nada de sua função ou não tem os pré-requisitos para tanto? Ou um promotor público que não entenda das leis? Ou um advogado que passou na prova da OAB sem saber nada? Por favor!!! Isso é a ideia de uma "mente brilhante"? Só por essa proposta deveria ser rebaixado a uma das mentes mais fracas do mundo!

Pra esse aí deixo o desafio de fazer umas provas bem elaboradas sobre assuntos que ele não entenda nada e ser aprovado.

Olha, eu passei em primeiro lugar geral em dois vestibulares concorridíssimos (Medicina CMMG e Odontologia PUCMG) e segundo lugar geral na UFMG (Medicina). Não conheço fórmula mágica que não seja estudar, aprender, estudar mais e aprender mais. Há métodos de estudo, mas métodos de enganação do sistema na verdade são métodos de enganação de quem acredita nesses métodos.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

sábado, 20 de maio de 2023

CUIDADO: muitas imprecisões nas respostas do ChatGPT em Biologia e Química!

Ultimamente tenho usado muito o ChatGPT para a construção de textos simples e/ou questões para trabalhar com meus alunos de Biologia e Química. Aprecio muito algumas abordagens feitas quando, por exemplo, peço para "ele" sugerir alternativas em questões de múltipla escolha, sempre aparecem algumas sugestões interessantes.

Contudo, percebi também que o ChatGPT frequentemente se equivoca (e depois pede desculpas) em suas respostas. É como se usasse um algoritmo para buscar a "resposta prevalente" em sua base de dados da internet. Constatado ou apontado o erro, parece que ele se desculpa e vai para outra resposta na sequência de prevalência.

Observem o "diálogo" abaixo que tive com o ChatGPT sobre aspectos da bioquímica do Ciclo de Krebs. São muitos enganos repetitivos, decorrentes de pesquisas incorretas na base de informações que o programa de "inteligência artificial" tem, recolhido da internet. Parece que ele acredita que "internet não mente". 

Ramon: Como ocorre a transformação do ácido málico em ácido oxalacético?
ChatGPT: A transformação do ácido málico em ácido oxalacético ocorre por meio de uma reação de descarboxilação oxidativa. Essa reação é catalisada pela enzima malato desidrogenase, que está presente nas mitocôndrias das células.
A reação pode ser resumida da seguinte forma:
Ácido málico + NAD+ -> Ácido oxalacético + NADH + H+
Durante a reação, o grupo carboxila (-COOH) presente no ácido málico é removido, resultando na liberação de dióxido de carbono (CO2). Simultaneamente, o cofator NAD+ é reduzido a NADH, capturando hidrogênios do ácido málico.
O ácido oxalacético formado pode então entrar no ciclo de Krebs (ou ciclo do ácido cítrico), uma etapa crucial do metabolismo celular, onde sofrerá várias reações para produzir energia e intermediários metabólicos importantes.
Essa transformação do ácido málico em ácido oxalacético desempenha um papel significativo no metabolismo dos carboidratos e na produção de energia nas células.

Ramon: Quantos carbonos tem o ácido málico e o ácido oxalacético?
ChatGPT: O ácido málico possui quatro carbonos em sua estrutura. Sua fórmula química é C4H6O5. Já o ácido oxalacético possui quatro carbonos em sua estrutura. Sua fórmula química é C4H4O5.
Ambos os ácidos possuem quatro carbonos, mas diferem em relação aos outros átomos presentes em suas estruturas químicas.

Ramon: Então como se forma o ácido oxalacético por descarboxilação do ácido málico se o número de carbonos é o mesmo?
ChatGPT: Peço desculpas pelo equívoco anterior. Houve um erro na minha resposta anterior. O ácido málico possui quatro carbonos, mas o ácido oxalacético possui apenas dois carbonos em sua estrutura.
A transformação do ácido málico em ácido oxalacético ocorre através de uma série de reações que envolvem a descarboxilação do ácido málico e a rearranjo dos átomos para formar o ácido oxalacético.
A reação pode ser resumida da seguinte forma:
Ácido málico -> Ácido oxalacético + CO2
Durante essa reação, um grupo carboxila (-COOH) é removido do ácido málico, liberando dióxido de carbono (CO2) como subproduto. O resultado é a formação do ácido oxalacético.
Peço desculpas novamente pela confusão na resposta anterior e agradeço por apontar o erro.

Ramon: O ácido oxalacético possui certamente 4 carbonos.
ChatGPT: Peço desculpas pelo erro anterior. Você está correto. O ácido oxalacético possui quatro carbonos em sua estrutura.
A fórmula química do ácido oxalacético é C4H4O5, o que indica a presença de quatro átomos de carbono em sua estrutura molecular. O ácido oxalacético é um composto importante no metabolismo intermediário e desempenha um papel fundamental no ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs) como um intermediário chave. Novamente, peço desculpas pelo equívoco anterior e agradeço por apontar o erro.

Ramon: Então como ocorre descarboxilação do ácido málico para transformar-se em ácido oxalacético?
ChatGPT: Peço desculpas pela confusão anterior. Na verdade, não há uma reação direta de descarboxilação do ácido málico para a formação do ácido oxalacético.
O ácido málico (C4H6O5) é convertido em ácido oxalacético (C4H4O5) por meio de uma série de reações bioquímicas, conhecida como ciclo do ácido cítrico ou ciclo de Krebs.
O ácido málico entra no ciclo do ácido cítrico como intermediário, sendo convertido em ácido oxalacético por meio de uma reação de desidrogenação, onde ocorre a remoção de hidrogênios.
A reação de conversão do ácido málico em ácido oxalacético pode ser resumida da seguinte forma:
Ácido málico + NAD+ -> Ácido oxalacético + NADH + H+ + CO2
Nessa reação, ocorre a remoção de um grupo hidroxila (OH) do ácido málico, resultando na formação de água (H2O), dióxido de carbono (CO2) e na conversão do ácido málico em ácido oxalacético.
Peço desculpas novamente pelo equívoco anterior e agradeço por apontar o erro.

Ramon: A equação que você apresentou mostra uma descarboxilação impossível.
ChatGPT: Peço desculpas novamente pela resposta incorreta. Houve um equívoco na minha explicação anterior. A descarboxilação direta do ácido málico para formar o ácido oxalacético não ocorre.
A conversão do ácido málico em ácido oxalacético ocorre por meio de reações bioquímicas complexas envolvendo várias etapas intermediárias. O ácido málico é oxidado e descarboxilado para formar o ácido oxalacético como parte do ciclo do ácido cítrico (ou ciclo de Krebs).
Durante o ciclo do ácido cítrico, o ácido málico é convertido em ácido oxalacético por meio de uma série de reações envolvendo a oxidação e a descarboxilação gradual dos grupos funcionais presentes na molécula.
Peço desculpas novamente pelos equívocos anteriores e por qualquer confusão causada. Agradeço por sua compreensão.

Ramon: Qual deve ser então a equação representativa do processo?
ChatGPT: A conversão do ácido málico em ácido oxalacético ocorre através de uma série de reações no ciclo do ácido cítrico, também conhecido como ciclo de Krebs. O ciclo do ácido cítrico é uma via metabólica complexa que ocorre nas mitocôndrias das células e envolve várias etapas intermediárias.
No ciclo do ácido cítrico, o ácido málico é oxidado e descarboxilado para formar o ácido oxalacético. A equação que representa essa conversão é a seguinte:
Ácido málico + NAD+ + Coenzima A -> Ácido oxalacético + NADH + H+ + CO2 + CoA
Essa reação envolve a oxidação do ácido málico, a remoção de um grupo carboxila (-COOH) na forma de dióxido de carbono (CO2) e a formação do ácido oxalacético. Além disso, o NAD+ é reduzido a NADH, e a coenzima A (CoA) também está envolvida na reação.
Mais uma vez, peço desculpas pelos equívocos anteriores e agradeço por sua paciência.

Ramon: Novamente você apresentou uma equação envolvendo descarboxilação. Já sabemos que ela é impossível pois os dois compostos têm quatro carbonos e a conversão é direta, sem intermediários.
ChatGPT: Peço desculpas novamente pelo equívoco. Agradeço por sua paciência. De fato, foi um erro mencionar descarboxilação na conversão direta do ácido málico em ácido oxalacético.
A conversão direta do ácido málico em ácido oxalacético ocorre por uma rearranjo intramolecular. A reação pode ser representada da seguinte forma:
Ácido málico ⇌ Ácido oxalacético
Essa conversão envolve uma rearranjo dos átomos na molécula, mas não ocorre a remoção direta de um grupo carboxila (-COOH) como na descarboxilação.
Peço desculpas novamente pelos erros anteriores e agradeço por sua correção.

Ramon: Não há perda de hidrogênios (oxidação) nesta reação?
ChatGPT: Peço desculpas pela informação equivocada novamente. Na conversão do ácido málico em ácido oxalacético, ocorre, de fato, uma perda de hidrogênios (oxidação).
A reação correta de conversão do ácido málico em ácido oxalacético pode ser representada da seguinte forma:
Ácido málico + NAD+ -> Ácido oxalacético + NADH + H+
Nessa reação, o ácido málico é oxidado, resultando na formação de ácido oxalacético. Durante o processo, ocorre a remoção de hidrogênios (H) do ácido málico, que são transferidos para o NAD+ (nicotinamida adenina dinucleotídeo), resultando na formação de NADH.
Peço desculpas novamente pelos equívocos anteriores e agradeço por sua correção.
OpenAI. (2023). [Conversa com um modelo de linguagem sobre a transformação do ácido málico em ácido oxalacético]. ChatGPT. Recuperado de [URL da conversa] em 20/05/2023.
Como se observa acima, numa questão não muito complexa de bioquímica, o ChatGPT errou bastante em conceitos básicos exibindo incoerência entre os textos e as fórmulas e equações apresentadas.
Sendo assim, sugiro muito cuidado com o uso dessa "inteligência artificial". Se você não tiver uma boa base de conhecimentos, irá ser induzido a cometer sérios erros conceituais.
Estarei atento a outros erros dessa natureza e os reproduzirei aqui sempre que achar interessante.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Boa resposta do ChatGPT sobre Aquecimento Global e Camada de Ozônio.

Química Ambiental é um conteúdo presente na zona limítrofe entre a Química e a Biologia no Ensino Médio. Como leciono as duas matérias, acho o assunto fascinante e uma ótima oportunidade de explorar as interações entre os dois conteúdos, além de ser extremamente importante para a compreensão do meio ambiente, do "funcionamento da ciência" e pela frequência que aparece nos vestibulares e ENEM. 
Insisto em explicar detalhadamente sobre o Aquecimento Global, Efeito Estufa, Gases de Efeito Estufa, dúvidas e certezas da comunidade científica sobre o tema. Entretanto, mesmo com repetidos avisos, quando os estudantes são questionados em prova sobre as causas do Aquecimento Global, um percentual muito grande de respostas (algo entre 30 e 40%, pelo menos) cita como causa principal os "buracos da camada de ozônio" que é outro tema debatido dentro da Química Ambiental.
A impressão que tenho é que "alguém" previamente lhes ofereceu uma explicação errada. E esse erro entranhou nos neurônios dos estudantes. E deslocar esse erro para fora da cabeça deles é extremamente difícil. 
Gostei muito da resposta do ChatGPT sobre essa questão e compartilho com vocês.
Ramon: Qual a relação entre o aquecimento global e os buracos da camada de ozônio?
ChatGPT: O aquecimento global e os buracos na camada de ozônio são dois fenômenos ambientais distintos, mas estão relacionados indiretamente por meio de suas interações com a atmosfera terrestre.
O aquecimento global refere-se ao aumento gradual da temperatura média da Terra devido ao aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Esses gases, como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), retêm o calor solar na atmosfera, causando o chamado efeito estufa e contribuindo para o aumento da temperatura.
Os buracos na camada de ozônio, por outro lado, estão relacionados à depleção da camada de ozônio estratosférico. A camada de ozônio está localizada a uma altitude de aproximadamente 10 a 50 quilômetros acima da superfície da Terra e desempenha um papel vital na proteção contra a radiação ultravioleta (UV) prejudicial do sol. A destruição da camada de ozônio é causada principalmente pela liberação de substâncias químicas conhecidas como clorofluorocarbonos (CFCs), que eram amplamente utilizados em aerossóis, refrigeradores e sistemas de ar condicionado.
Embora o aquecimento global e os buracos na camada de ozônio sejam processos distintos, eles estão indiretamente relacionados devido à influência do aquecimento global no comportamento atmosférico. Acredita-se que o aumento da temperatura global possa afetar a circulação atmosférica, o que pode ter consequências sobre a dinâmica da camada de ozônio.
Além disso, é importante observar que as substâncias químicas destruidoras de ozônio, como os CFCs, também são gases de efeito estufa. Embora as ações internacionais tenham sido tomadas para reduzir a produção e o uso dessas substâncias, a sua liberação passada continua a ter impactos tanto na camada de ozônio quanto no aquecimento global.
Em resumo, embora o aquecimento global e os buracos na camada de ozônio sejam fenômenos distintos, eles estão conectados por meio de interações atmosféricas e pela influência das atividades humanas no clima e na composição química da atmosfera."

Ramon Lamar de Oliveira Junior e ChatGPT 

sábado, 22 de abril de 2023

Conversando com o ChatGPT (Inteligência Artificial) sobre os principais impactos humanos no meio ambiente.

As principais alterações que o homem tem feito no meio ambiente incluem a poluição do ar, da água e do solo, a degradação da biodiversidade, o desmatamento, a desertificação, o aquecimento global e a mudança climática, a introdução de espécies exóticas e a poluição do plástico. Essas alterações têm consequências negativas para a saúde humana, a economia, a segurança alimentar, a qualidade de vida e a sobrevivência de outras espécies no planeta.
Algumas das principais preocupações em relação a essas alterações incluem:
  • Aumento do efeito estufa e aquecimento global: a queima de combustíveis fósseis e outras atividades humanas têm aumentado as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, o que está causando o aquecimento global e a mudança climática. Isso pode levar a eventos climáticos extremos, como secas, inundações, tempestades e furacões, que podem ter impactos significativos na segurança alimentar, saúde e economia.
  • Perda de biodiversidade: a degradação de habitats naturais e a poluição têm levado à perda de espécies e ecossistemas inteiros, o que pode ter efeitos em cascata em todo o planeta. A perda de biodiversidade pode afetar negativamente a segurança alimentar, o acesso a medicamentos e outras formas de subsistência, bem como a resiliência dos ecossistemas diante de mudanças ambientais.
  • Escassez de recursos naturais: o uso insustentável de recursos naturais, como água e solo, pode levar à sua escassez, o que pode ter consequências negativas para a segurança alimentar, a economia e a saúde humana.
  • Poluição do plástico: a produção em massa de plásticos e sua disposição inadequada têm levado a uma crescente poluição em oceanos, rios e outros ecossistemas. Isso pode afetar a biodiversidade marinha, a saúde humana e a economia.
  • Uso excessivo de pesticidas e fertilizantes: o uso excessivo de pesticidas e fertilizantes pode levar à contaminação da água, do solo e dos alimentos, bem como à perda de biodiversidade. Além disso, o uso de pesticidas pode afetar a saúde humana e de outras espécies, causando doenças e mortes.
  • Introdução de espécies exóticas: a introdução de espécies exóticas pode ter impactos significativos na biodiversidade e nos ecossistemas locais, competindo com as espécies nativas por recursos, predando ou transmitindo doenças às espécies nativas e levando à redução da biodiversidade, à perda de habitats naturais e à alteração dos ecossistemas.
Essas são algumas das principais preocupações em relação às alterações que o homem tem feito no meio ambiente. É importante que indivíduos, empresas e governos trabalhem juntos para encontrar soluções sustentáveis para esses problemas, a fim de garantir um futuro mais saudável e habitável para todos.

Modificado a partir da discussão do tema com o ChatGPT.
Referência: ChatGPT. (2023, 22 de abril). As principais preocupações em relação às alterações que o homem tem feito no meio ambiente [Mensagem de serviço de conversação].

Mutualismo em verme marinho com bactérias quimiossintéticas.

Simbiose em verme marinho com bactérias quimiossintéticas.
Modificado a partir de informações fornecidas após "discussão" do tema com o CHATGPT

O verme tubular Riftia pachyptila é uma espécie de invertebrado que vive em fontes hidrotermais no fundo do oceano, onde a luz solar não consegue penetrar. Em vez de depender da fotossíntese para obter energia, o R. pachyptila tem uma relação simbiótica com bactérias quimiossintéticas que vivem dentro de seu corpo.

O verme tubular Riftia pachyptila, um anelídeo poliqueta.

Essas bactérias utilizam o sulfeto de hidrogênio (HS) como fonte de energia para a produção de compostos orgânicos, como açúcares e aminoácidos. A reação química envolvida na quimiossíntese realizada pelas bactérias simbióticas do R. pachyptila pode ser representada como:

6 CO + 24 HS + 6 O → CHO + 24 S + 18 HO

Essa reação ocorre dentro das células das bactérias simbióticas e é mediada por um conjunto de enzimas específicas que realizam as etapas necessárias para a produção de energia. O produto final da quimiossíntese bacteriana é o açúcar (CHO), que é transferido para o verme tubular, fornecendo a energia necessária para suas funções biológicas.
É importante notar que a simbiose, no caso um mutualismo, entre o R. pachyptila e as bactérias quimiossintéticas é altamente especializada e complexa. O verme tubular fornece um ambiente protegido e nutriente para as bactérias, enquanto as bactérias produzem os compostos orgânicos necessários para a sobrevivência do verme tubular. Sem a presença dessas bactérias simbióticas, o R. pachyptila não seria capaz de sobreviver nas profundezas do oceano, onde a luz solar não consegue penetrar e a disponibilidade de nutrientes é limitada.

Ramon Lamar + ChatGPT

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Seu voto está sendo valorizado?

A cada eleição depositamos nosso voto, e junto com ele nossa esperança na palavra dos candidatos que se nos apresentam.

Às vezes os conhecemos profundamente, sabemos de sua competência e neles votamos sem aperto no coração. Isso já aconteceu comigo várias vezes, inclusive na última vez que votei para vereador em Sete Lagoas, cravando o apoio ao meu amigo Caio Valace.

Mas às vezes votamos sob certa pressão, especialmente quando pretendemos mudar uma direção que não estamos vendo como correta.

É importante sempre torcer pelo sucesso de quem foi eleito, de que faça o melhor possível. Para isso determinamos mentalmente uma linha tênue que não pode ser ultrapassada. Até onde ele pode errar, o quanto ele acertou e qual o balanço dessas ações. Com base nisso decidimos se vamos falar bem, se vamos falar mau ou se vamos ficar calados, só observando.

As redes sociais nos deram uma falsa impressão de sermos ouvidos. Na verdade, o máximo que conseguimos é conversar com nossos eleitos localmente, por meios diretos ou indiretos. Mas isso nunca dependeu de redes sociais. Conversar com nossos eleitos a nível estadual e federal já é bem mais complicado. Com certeza vão nos ouvir (pois a audição ou a visão no caso da leitura é apenas uma função biológica que temos), mas será que nos escutam? Quão significativa é a nossa fala para cada um deles? Conversamos com eles ou com assessores e subordinados administradores de suas redes sociais?

E aí vamos seguindo, com as melhorias vindo às vezes na forma de migalhas e as dificuldades como Everestes intransponíveis.

Ramon Lamar de Oliveira Junior

domingo, 12 de março de 2023

CURSO DE BIOLOGIA E QUÍMICA PARA O ENEM

 Serão resolvidas questões selecionadas de todas as aplicações de 2020, 2021 e 2022. 

A sequência das questões resolvidas obedecerá uma ordem lógica para facilitar a compreensão, aprendizado e/ou revisão dos conteúdos a que as mesmas se referem. Algumas questões extras poderão ser introduzidas para facilitar a compreensão dos temas.

Curso online pela plataforma Zoom. As aulas serão "ao vivo" e ficarão gravadas para acesso exclusivo dos alunos matriculados até o dia do ENEM.

Valor: R$ 120,00. Os pagamentos só deverão ser feitos caso a turma seja confirmada. Caso a turma passe de 20 alunos, o valor do pagamento será reduzido para R$ 100,00.

🔴 Meus alunos(as) e ex-alunos(as) pagam apenas 60% do valor! 🔴



quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

LULA-3 NÃO VAI TER VIDA FÁCIL

Tomou posse e subiu a rampa. E agora?

A resistência a um novo governo do petista é muito grande, afinal de contas o país está dividido praticamente ao meio, ou melhor, assim saiu das eleições com o resultado das urnas. Contudo, talvez e um talvez bem grande, a oposição sistemática e barulhenta mesmo não seja maior que 35% da população (algumas pesquisas têm demonstrado isso). Em termos de poder econômico, esses 35% devem representar uns 80 a 85% do país. Muitas pessoas votaram no "tanto faz" e isso pode favorecer (ou não) o novo governo.

Diversas bombas-relógio foram armadas como a desoneração de folhas de pagamento e redução ou retirada de impostos para abaixar artificialmente, via fórceps, os índices de inflação na segunda metade de 2022 já estão vindo cobrar a conta. Inevitavelmente, quando os impostos voltarem (e têm que voltar pois isso não foi feito de graça) a inflação dará um salto e a conta - graças à memória curtíssima e a contra-propaganda - cairá no colo do presidente e seus ministros da área econômica. Até convém já ir explicando isso por meio de propagandas oficiais do governo.

A resistência por parte de uma grande parcela dos três setores da economia também será grande, não descartando a possibilidade de boicote.

Mas também o governo terá que fazer muito bem o seu dever de casa. Trabalhar com uma austeridade e assertividade jamais vista. Será capaz? Aguardemos a marcha dos acontecimentos.

Ramon Lamar de Oliveira Junior


P.S.: E ainda por cima as "manifestações" do dia 08 de janeiro de 2023.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

PARA LER, GUARDAR, COBRAR E ANALISAR: DISCURSOS DE LULA NA POSSE 2023 - ÍNTEGRA DOS DISCURSOS NO CONGRESSO E NO PARLATÓRIO

NO CONGRESSO

Se estamos aqui é graças à consciência política da sociedade brasileira e à frente democrática que formamos. Foi a democracia a grande vitoriosa, superando a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu; as mais violentas ameaças à liberdade do voto.

Ao retornar a este plenário da Câmara dos Deputados, onde participei da Assembleia Constituinte de 1988, recordo com emoção os embates que travamos aqui, democraticamente, para inscrever na Constituição o mais amplo conjunto de direitos sociais, individuais e coletivos.

Quando fui eleito presidente pela 1ª vez, ao lado do José Alencar, iniciei o discurso de posse com a palavra “mudança”. A mudança que pretendíamos era simplesmente concretizar os preceitos constitucionais. O direito à vida digna, sem fome, com acesso ao emprego, saúde e educação.

Disse, naquela ocasião, que a missão de minha vida estaria cumprida quando cada brasileiro e brasileira pudesse fazer 3 refeições por dia. Ter de repetir este compromisso no dia de hoje é o mais grave sintoma da devastação que se impôs ao país nos anos recentes.

Nossa mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução. O grande edifício de direitos, de soberania e de desenvolvimento que esta Nação levantou vinha sendo sistematicamente demolido nos anos recentes. É para reerguer este edifício que vamos dirigir todos os nossos esforços.

Em 2002, dizíamos que a esperança tinha vencido o medo, no sentido de superar os temores diante da inédita eleição de um representante da classe trabalhadora. Em oito anos de governo deixamos claro que os temores eram infundados. Do contrário, não estaríamos aqui novamente.

Ficou demonstrado que um representante da classe trabalhadora podia, sim, dialogar com a sociedade para promover o crescimento econômico de forma sustentável e em benefício de todos, especialmente dos mais necessitados.

Ficou demonstrado que era possível, sim, governar este país com a mais ampla participação social, incluindo os trabalhadores e os mais pobres no orçamento e nas decisões de governo.

Ao longo desta campanha eleitoral vi a esperança brilhar nos olhos de um povo sofrido, em decorrência da destruição de políticas públicas que promoviam a cidadania, os direitos essenciais, a saúde e a educação.

O diagnóstico que recebemos do Gabinete de Transição é estarrecedor. Esvaziaram os recursos da Saúde. Desmontaram a Educação, a Cultura, Ciência e Tecnologia. Destruíram a proteção ao Meio Ambiente. Não deixaram recursos para a merenda escolar, a vacinação, a segurança pública.

É sobre estas terríveis ruínas que assumo o compromisso de, junto com o povo brasileiro, reconstruir o país e fazer novamente um Brasil de todos e para todos.

Diante do desastre orçamentário que recebemos, apresentei ao Congresso Nacional propostas que nos permitam apoiar a imensa camada da população que necessita do estado para sobreviver. Agradeço à Câmara e ao Senado pela sensibilidade frente às urgências do povo brasileiro.

Nenhuma nação se ergueu nem poderá se erguer sobre a miséria de seu povo. Este compromisso começa pela garantia de um Programa Bolsa Família renovado, mais forte e mais justo, para atender a quem mais necessita.

Nossas primeiras ações visam a resgatar da fome 33 milhões de pessoas e resgatar da pobreza mais de 100 milhões de brasileiras e brasileiros, que suportaram a mais dura carga do projeto de destruição nacional que hoje se encerra.

A liberdade que sempre defendemos é a de viver com dignidade, com pleno direito de expressão, manifestação e organização. A liberdade que eles pregam é a de oprimir o vulnerável, massacrar o oponente e impor a lei do mais forte acima das leis. O nome disso é barbárie.

A partir de hoje, a Lei de Acesso à Informação voltará a ser cumprida, o Portal da Transparência voltará a cumprir seu papel, os controles republicanos voltarão a ser exercidos para defender o interesse público.

Não carregamos nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a Nação a seus desígnios pessoais e ideológicos, mas vamos garantir o primado da lei. Quem errou responderá por seus erros, com direito amplo de defesa, dentro do devido processo legal.

O mandato que recebemos, frente a adversários inspirados no fascismo, será defendido com os poderes que a Constituição confere à democracia. Ao ódio, responderemos com amor. À mentira, com verdade. Ao terror e à violência, responderemos com a Lei e suas mais duras consequências.

Sob os ventos da redemocratização, dizíamos: ditadura nunca mais! Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre!

Em diálogo com os 27 governadores, vamos definir prioridades para retomar obras irresponsavelmente paralisadas, que são mais de 14 mil no país. Vamos retomar o Minha Casa Minha Vida e estruturar um novo PAC para gerar empregos na velocidade que o Brasil requer.

Vamos impulsionar as pequenas e médias empresas, potencialmente as maiores geradoras de emprego e renda, o empreendedorismo, o cooperativismo e a economia criativa. A roda da economia vai voltar a girar e o consumo popular terá papel central neste processo.

O Brasil pode e deve figurar na primeira linha da economia global. Caberá ao estado articular a transição digital e trazer a indústria brasileira para o Século XXI, com uma política industrial que apoie a inovação, estimule a cooperação público-privada e fortaleça a ciência.

Nenhum outro país tem as condições do Brasil para se tornar uma grande potência ambiental. Vamos iniciar a transição energética e ecológica para uma agropecuária e uma mineração sustentáveis, uma agricultura familiar mais forte, uma indústria mais verde.

Nossa meta é alcançar desmatamento zero na Amazônia e emissão zero de gases do efeito estufa na matriz elétrica, além de estimular o reaproveitamento de pastagens degradadas. O Brasil não precisa desmatar para manter e ampliar sua estratégica fronteira agrícola.

Incentivaremos, sim, a prosperidade na terra. Liberdade e oportunidade de criar, plantar e colher continuará sendo nosso objetivo. O que não podemos admitir é que seja uma terra sem lei. Não vamos tolerar a violência contra os pequenos, o desmatamento e a degradação do ambiente.

Esta é uma das razões, não a única, da criação do Ministério dos Povos Indígenas. Ninguém conhece melhor nossas florestas nem é mais eficaz de defendê-las do que os que estavam aqui desde tempos imemoriais. Vamos revogar todas as injustiças cometidas contra os povos indígenas.

Não é admissível que negros e pardos continuem sendo a maioria pobre e oprimida. Criamos o Ministério da Promoção da Igualdade Racial para ampliar a política de cotas, além de retomar as políticas voltadas para o povo negro e pardo na saúde, educação e cultura.

Estamos refundando o Ministério da Cultura, com a ambição de retomar mais intensamente as políticas de incentivo e de acesso aos bens culturais, interrompidas pelo obscurantismo nos últimos anos. Uma política cultural democrática não pode temer a crítica nem eleger favoritos.

Que brotem todas as flores e sejam colhidos todos os frutos da nossa criatividade, Que todos possam dela usufruir, sem censura nem discriminações.

É inadmissível que as mulheres recebam menos que os homens, realizando a mesma função. Que não sejam reconhecidas em um mundo político machista. Que sejam assediadas impunemente nas ruas e no trabalho. Que sejam vítimas da violência dentro e fora de casa.Estamos refundando também o Ministério das Mulheres para demolir este castelo secular de desigualdade e preconceito.

Sob a proteção de Deus, inauguro este mandato reafirmando que no Brasil a fé pode estar presente em todas as moradas, nos diversos templos, igrejas e cultos. Neste país todos poderão exercer livremente sua religiosidade.

O período que se encerra foi marcado por uma das maiores tragédias: a Covid-19. Em nenhum outro país a quantidade de vítimas fatais foi tão alta proporcionalmente à população quanto no Brasil, um dos países mais preparados para enfrentar emergências sanitárias, graças ao SUS.

O Ministério da Justiça e da Segurança Pública atuará para harmonizar os Poderes e entes federados no objetivo de promover a paz onde ela é mais urgente: nas comunidades pobres, no seio das famílias vulneráveis ao crime organizado, às milícias e à violência, venha de onde vier.

Este paradoxo só se explica pela atitude criminosa de um governo negacionista e insensível à vida. As responsabilidades por este genocídio hão de ser apuradas e não devem ficar impunes. O que nos cabe, no momento, é prestar solidariedade aos familiares de quase 700 mil vítimas.

Estamos revogando os criminosos decretos de ampliação do acesso a armas e munições, que tanta insegurança e tanto mal causaram às famílias brasileiras. O Brasil não quer mais armas; quer paz e segurança para seu povo.

O modelo que propomos, aprovado nas urnas, exige, sim, compromisso com a responsabilidade, a credibilidade e a previsibilidade. Não podemos fazer diferente. Teremos de fazer melhor.

Os olhos do mundo estiveram voltados para o Brasil nestas eleições. O mundo espera que o Brasil volte a ser um líder no enfrentamento à crise climática e um exemplo de país social e ambientalmente responsável, capaz de promover o crescimento econômico com distribuição de renda.

O Brasil tem de ser dono de si mesmo, dono de seu destino. Tem de voltar a ser um país soberano. Com soberania e responsabilidade seremos respeitados para compartilhar essa grandeza com a humanidade – solidariamente, jamais com subordinação.

A relevância da eleição no Brasil refere-se, por fim, às ameaças que o modelo democrático vem enfrentando. Ao redor do planeta, articula-se uma onda de extremismo autoritário que dissemina o ódio e a mentira por meios tecnológicos que não se submetem a controles transparentes.

Reafirmo, para o Brasil e para o mundo, a convicção de que a Política, em seu mais elevado sentido – e apesar de todas as suas limitações – é o melhor caminho para o diálogo entre interesses divergentes. Negar a política, desvalorizá-la e criminalizá-la é o caminho das tiranias.

Minha mais importante missão será honrar a confiança recebida e corresponder às esperanças de um povo sofrido, que jamais perdeu a fé no futuro nem em sua capacidade de superar os desafios. Com a força do povo e as bênçãos de Deus, haveremos der reconstruir este país.


NO PARLATÓRIO

Quero começar fazendo uma saudação especial a cada um e a cada uma de vocês. Uma forma de lembrar e retribuir o carinho e a força que recebia todos os dias do povo brasileiro —representado pela Vigília Lula Livre—, num dos momentos mais difíceis da minha vida.

Hoje, neste que é um dos dias mais felizes da minha vida, a saudação que eu faço a vocês não poderia ser outra, tão singela e ao mesmo tempo tão cheia de significado:

Boa tarde, povo brasileiro!

Minha gratidão a vocês, que enfrentaram a violência política antes, durante e depois da campanha eleitoral. Que ocuparam as redes sociais, e que tomaram as ruas, debaixo de sol e chuva, nem que fosse para conquistar um único e precioso voto.

Que tiveram a coragem de vestir a nossa camisa e, ao mesmo tempo, agitar a bandeira do Brasil —quando uma minoria violenta e antidemocrática tentava censurar nossas cores e se apropriar do verde e amarelo, que pertence a todo o povo brasileiro.

A vocês, que vieram de todos os cantos deste país —de perto ou de muito longe, de avião, de ônibus, de carro ou na boleia de caminhão. De moto, bicicleta e até mesmo a pé, numa verdadeira caravana da esperança, para esta festa da democracia.

Mas quero me dirigir também aos que optaram por outros candidatos. Vou governar para os 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para quem votou em mim.

Vou governar para todas e todos, olhando para o nosso luminoso futuro em comum, e não pelo retrovisor de um passado de divisão e intolerância.

A ninguém interessa um país em permanente pé de guerra, ou uma família vivendo em desarmonia. É hora de reatarmos os laços com amigos e familiares, rompidos pelo discurso de ódio e pela disseminação de tantas mentiras.

O povo brasileiro rejeita a violência de uma pequena minoria radicalizada que se recusa a viver num regime democrático.

Chega de ódio, fake news, armas e bombas. Nosso povo quer paz para trabalhar, estudar, cuidar da família e ser feliz.

A disputa eleitoral acabou. Repito o que disse no meu pronunciamento após a vitória em 30 de outubro, sobre a necessidade de unir o nosso país.

"Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo, uma grande nação."

Somos todos brasileiros e brasileiras, e compartilhamos uma mesma virtude: nós não desistimos nunca.

Ainda que nos arranquem todas as flores, uma por uma, pétala por pétala, nós sabemos que é sempre tempo de replantio, e que a primavera há de chegar. E a primavera chegou.

Hoje, a alegria toma posse do Brasil, de braços dados com a esperança.

Minhas queridas amigas e meus amigos.

Recentemente, reli o discurso da minha primeira posse na Presidência, em 2003. E o que li tornou ainda mais evidente o quanto o Brasil andou para trás.

Naquele 1º de janeiro de 2003, aqui nesta mesma praça, eu e meu querido vice José Alencar assumimos o compromisso de recuperar a dignidade e a autoestima do povo brasileiro —e recuperamos. De investir para melhorar as condições de vida de quem mais necessita —e investimos. De cuidar com muito carinho da saúde e da educação —e cuidamos.

Mas o principal compromisso que assumimos em 2003 foi o de lutar contra a desigualdade e a extrema pobreza, e garantir a cada pessoa deste país o direito de tomar café da manhã, almoçar e jantar todo santo dia —e nós cumprimos esse compromisso: acabamos com a fome e a miséria, e reduzimos fortemente a desigualdade.

Infelizmente hoje, 20 anos depois, voltamos a um passado que julgávamos enterrado. Muito do que fizemos foi desfeito de forma irresponsável e criminosa.

A desigualdade e a extrema pobreza voltaram a crescer. A fome está de volta —e não por força do destino, não por obra da natureza, nem por vontade divina.

A volta da fome é um crime, o mais grave de todos, cometido contra o povo brasileiro.

A fome é filha da desigualdade, que é mãe dos grandes males que atrasam o desenvolvimento do Brasil. A desigualdade apequena este nosso país de dimensões continentais, ao dividi-lo em partes que não se reconhecem.

De um lado, uma pequena parcela da população que tudo tem. Do outro lado, uma multidão a quem tudo falta, e uma classe média que vem empobrecendo ano após ano.

Juntos, somos fortes. Divididos, seremos sempre o país do futuro que nunca chega, e que vive em dívida permanente com o seu povo.

Se queremos construir hoje o nosso futuro, se queremos viver num país plenamente desenvolvido para todos e todas, não pode haver lugar para tanta desigualdade.

O Brasil é grande, mas a real grandeza de um país reside na felicidade de seu povo. E ninguém é feliz de fato em meio a tanta desigualdade.

Minhas amigas e meus amigos,

Quando digo "governar", eu quero dizer "cuidar". Mais do que governar, vou cuidar com muito carinho deste país e do povo brasileiro.

Nestes últimos anos, o Brasil voltou a ser um dos países mais desiguais do mundo. Há muito tempo não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas.

Mães garimpando lixo, em busca do alimento para seus filhos.

Famílias inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo.

Crianças vendendo bala ou pedindo esmola, quando deveriam estar na escola, vivendo plenamente a infância a que têm direito.

Trabalhadoras e trabalhadores desempregados exibindo, nos semáforos, cartazes de papelão com a frase que nos envergonha a todos: "Por favor, me ajuda".

Fila na porta dos açougues, em busca de ossos para aliviar a fome. E, ao mesmo tempo, filas de espera para a compra de automóveis importados e jatinhos particulares.

Tamanho abismo social é um obstáculo à construção de uma sociedade verdadeiramente justa e democrática, e de uma economia próspera e moderna.

Por isso, eu e meu vice Geraldo Alckmin assumimos hoje, diante de vocês e de todo o povo brasileiro, o compromisso de combater dia e noite todas as formas de desigualdade.

Desigualdade de renda, de gênero e de raça. Desigualdade no mercado de trabalho, na representação política, nas carreiras do Estado. Desigualdade no acesso a saúde, educação e demais serviços públicos.

Desigualdade entre a criança que frequenta a melhor escola particular, e a criança que engraxa sapato na rodoviária, sem escola e sem futuro. Entre a criança feliz com o brinquedo que acabou de ganhar de presente, e a criança que chora de fome na noite de Natal.

Desigualdade entre quem joga comida fora, e quem só se alimenta das sobras.

É inadmissível que os 5% mais ricos deste país detenham a mesma fatia de renda que os demais 95%.

Que seis bilionários brasileiros tenham uma riqueza equivalente ao patrimônio dos 100 milhões mais pobres do país.

Que um trabalhador ou trabalhadora que ganha um salário mínimo mensal leve 19 anos para receber o equivalente ao que um super-rico recebe em um único mês.

E não adianta subir o vidro do automóvel de luxo, para não ver nossos irmãos que se amontoam debaixo dos viadutos, carentes de tudo —a realidade salta aos olhos em cada esquina.

Minhas amigas e meus amigos.

É inaceitável que continuemos a conviver com o preconceito, a discriminação e o racismo. Somos um povo de muitas cores, e todas devem ter os mesmos direitos e oportunidades.

Ninguém será cidadão ou cidadã de segunda classe, ninguém terá mais ou menos amparo do Estado, ninguém será obrigado a enfrentar mais ou menos obstáculos apenas pela cor de sua pele.

Por isso estamos recriando o Ministério da Igualdade Racial, para enterrar a trágica herança do nosso passado escravista.

Os povos indígenas precisam ter suas terras demarcadas e livres das ameaças das atividades econômicas ilegais e predatórias. Precisam ter sua cultura preservada, sua dignidade respeitada e sua sustentabilidade garantida.

Eles não são obstáculos ao desenvolvimento —são guardiões de nossos rios e florestas, e parte fundamental da nossa grandeza enquanto nação. Por isso estamos criando o Ministério dos Povos Indígenas, para combater 500 anos de desigualdade.

Não podemos continuar a conviver com a odiosa opressão imposta às mulheres, submetidas diariamente à violência nas ruas e dentro de suas próprias casas.

É inadmissível que continuem a receber salários inferiores ao dos homens, quando no exercício de uma mesma função. Elas precisam conquistar cada vez mais espaço nas instâncias decisórias deste país —na política, na economia, em todas as áreas estratégicas.

As mulheres devem ser o que elas quiserem ser, devem estar onde quiserem estar. Por isso, estamos trazendo de volta o Ministério das Mulheres.

Foi para combater a desigualdade e suas sequelas que nós vencemos a eleição. E esta será a grande marca do nosso governo.

Dessa luta fundamental surgirá um país transformado. Um país grande, próspero, forte e justo. Um país de todos, por todos e para todos. Um país generoso e solidário, que não deixará ninguém para trás.

Minhas queridas companheiras e meus queridos companheiros.

Reassumo o compromisso de cuidar de todos os brasileiros e brasileiras, sobretudo daqueles que mais necessitam. De acabar outra vez com a fome neste país. De tirar o pobre da fila do osso para colocá-lo novamente no Orçamento.

Temos um imenso legado, ainda vivo na memória de cada brasileiro e cada brasileira, beneficiário ou não das políticas públicas que fizeram uma revolução neste país.

Mas não nos interessa viver do passado. Por isso, longe de qualquer saudosismo, nosso legado será sempre o espelho do futuro que vamos construir para este país.

Em nossos governos, o Brasil conciliou crescimento econômico recorde com a maior inclusão social da história. E se tornou a sexta maior economia do mundo, ao mesmo tempo em que 36 milhões de brasileiras e brasileiros saíram da extrema pobreza.

Geramos mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada e todos os direitos assegurados. Reajustamos o salário mínimo sempre acima de inflação.

Batemos recorde de investimentos em educação —da creche à universidade—, para fazer do Brasil um exportador também de inteligência e conhecimento, e não apenas de commodities e matéria-prima.

Nós mais que dobramos o número de estudantes no ensino superior, e abrimos as portas das universidades para a juventude pobre deste país. Jovens brancos, negros e indígenas, para quem o diploma universitário era um sonho inalcançável, tornaram-se doutores.

Combatemos um dos grandes focos de desigualdade —o acesso à saúde. Porque o direito à vida não pode ser refém da quantidade de dinheiro que se tem no banco.

Fizermos o Farmácia Popular, que forneceu medicamentos a quem mais precisava, e o Mais Médicos, que levou atendimento a cerca de 60 milhões de brasileiros e brasileiras, nas periferias das grandes cidades e nos pontos mais remotos do Brasil.

Criamos o Brasil Sorridente, para cuidar da saúde bucal de todos os brasileiros e brasileiras.

Fortalecemos o nosso Sistema Único de Saúde. E quero aproveitar para fazer um agradecimento especial aos profissionais do SUS, pela grandiosidade do trabalho durante a pandemia. Enfrentaram bravamente, ao mesmo tempo, um vírus letal e um governo irresponsável e desumano.

Nos nossos governos, investimos na agricultura familiar e nos pequenos e médios agricultores, responsáveis por 70% dos alimentos que chegam à nossa mesa. E fizemos isso sem descuidar do agronegócio, que obteve investimentos e safras recordes, ano após ano.

Tomamos medidas concretas para conter as mudanças climáticas, e reduzimos o desmatamento da Amazônia em mais de 80%.

O Brasil consolidou-se como referência mundial no combate à desigualdade e à fome, e passou a ser internacionalmente respeitado, pela sua política externa ativa e altiva.

Fomos capazes de realizar tudo isso cuidando com total responsabilidade das finanças do país. Nunca fomos irresponsáveis com o dinheiro público.

Fizemos superávit fiscal todos os anos, eliminamos a dívida externa, acumulamos reservas de cerca de 370 bilhões de dólares e reduzimos a dívida interna a quase metade do que era anteriormente.

Nos nossos governos, nunca houve nem haverá gastança alguma. Sempre investimos, e voltaremos a investir, em nosso bem mais precioso: o povo brasileiro.

Infelizmente, muito do que construímos em 13 anos foi destruído em menos da metade desse tempo. Primeiro, pelo golpe de 2016 contra a presidenta Dilma. E na sequência, pelos quatro anos de um governo de destruição nacional cujo legado a História jamais perdoará:

700 mil brasileiros e brasileiras mortos pela Covid.

125 milhões sofrendo algum grau de insegurança alimentar, de moderada a muito grave. 33 milhões passando fome.

Estes são apenas alguns números. Que na verdade não são apenas números, estatísticas, indicadores —são pessoas. Homens, mulheres e crianças, vítimas de um desgoverno afinal derrotado pelo povo, no histórico 30 de outubro de 2022.

Os grupos técnicos do Gabinete de Transição, que por dois meses mergulharam nas entranhas do governo anterior, trouxeram a público a real dimensão da tragédia.

O que o povo brasileiro sofreu nestes últimos anos foi a lenta e progressiva construção de um genocídio.

Quero citar, a título de exemplo, um pequeno trecho das 100 páginas desse verdadeiro relatório do caos produzido pelo Gabinete de Transição. Diz o relatório:

"O Brasil bateu recordes de feminicídios, as políticas de igualdade racial sofreram severos retrocessos, produziu-se um desmonte das políticas de juventude, e os direitos indígenas nunca foram tão ultrajados na história recente do país.

Os livros didáticos que deverão ser usados no ano letivo de 2023 ainda não começaram a ser editados; faltam remédios no Farmácia Popular; não há estoques de vacinas para o enfrentamento das novas variantes da Covid-19.

Faltam recursos para a compra de merenda escolar; as universidades corriam o risco de não concluir o ano letivo; não existem recursos para a Defesa Civil e a prevenção de acidentes e desastres. Quem está pagando a conta deste apagão é o povo brasileiro".

Meus amigos e minhas amigas.

Nesses últimos anos, vivemos, sem dúvida, um dos piores períodos da nossa história. Uma era de sombras, de incertezas e de muito sofrimento. Mas esse pesadelo chegou ao fim, pelo voto soberano, na eleição mais importante desde a redemocratização do país.

Uma eleição que demonstrou o compromisso do povo brasileiro com a democracia e suas instituições.

Essa extraordinária vitória da democracia nos obriga a olhar para a frente e a esquecer nossas diferenças, que são muito menores que aquilo que nos une para sempre: o amor pelo Brasil e a fé inquebrantável em nosso povo.

Agora, é hora de reacendermos a chama da esperança, da solidariedade e do amor ao próximo.

Agora é hora de voltar a cuidar do Brasil e do povo brasileiro. Gerar empregos, reajustar o salário mínimo acima da inflação, baratear o preço dos alimentos.

Criar ainda mais vagas nas universidades, investir fortemente na saúde, na educação, na ciência e na cultura.

Retomar as obras de infraestrutura e do Minha Casa, Minha Vida, abandonadas pelo descaso do governo que se foi.

É hora de trazer investimentos e reindustrializar o Brasil. Combater outra vez as mudanças climáticas e acabar de uma vez por todas com a devastação de nossos biomas, sobretudo a Amazônia.

Romper com o isolamento internacional e voltar a se relacionar com todos os países do mundo.

Não é hora para ressentimentos estéreis. Agora é hora de o Brasil olhar para a frente e voltar a sorrir.

Vamos virar essa página e escrever, em conjunto, um novo e decisivo capítulo da nossa história.

Nosso desafio comum é o da criação de um país justo, inclusivo, sustentável, criativo, democrático e soberano, para todos os brasileiros e brasileiras.

Fiz questão de dizer ao longo de toda a campanha: o Brasil tem jeito. E volto a dizer com toda convicção, mesmo diante do quadro de destruição revelado pelo Gabinete de Transição: o Brasil tem jeito. Depende de nós, de todos nós.

Em meus quatro anos de mandato, vamos trabalhar todos os dias para o Brasil vencer o atraso de mais de 350 anos de escravidão. Para recuperar o tempo e as oportunidades perdidas nesses últimos anos. Para reconquistar seu lugar de destaque no mundo. E para que cada brasileiro e cada brasileira tenha o direito de voltar a sonhar, e as oportunidades para realizar aquilo que sonha.

Precisamos, todos juntos, reconstruir e transformar o Brasil. Mas só reconstruiremos e transformaremos de fato este país se lutarmos com todas as forças contra tudo aquilo que o torna tão desigual.

Essa tarefa não pode ser de apenas um presidente ou mesmo de um governo. É urgente e necessária a formação de uma frente ampla contra a desigualdade, que envolva a sociedade como um todo: trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, governadores, prefeitos, deputados, senadores, sindicatos, movimentos sociais, associações de classe, servidores públicos, profissionais liberais, líderes religiosos, cidadãos e cidadãs comuns.

É tempo de união e reconstrução.

Por isso, faço este chamamento a todos os brasileiros e brasileiras que desejam um Brasil mais justo, solidário e democrático: juntem-se a nós num grande mutirão contra a desigualdade.

Quero terminar pedindo a cada um e a cada uma de vocês: que a alegria de hoje seja a matéria-prima da luta de amanhã e de todos os dias que virão. Que a esperança de hoje fermente o pão que há de ser repartido entre todos.

E que estejamos sempre prontos a reagir, em paz e em ordem, a quaisquer ataques de extremistas que queiram sabotar e destruir a nossa democracia.

Na luta pelo bem do Brasil, usaremos as armas que nossos adversários mais temem: a verdade, que se sobrepôs à mentira; a esperança, que venceu o medo; e o amor, que derrotou o ódio.

Viva o Brasil. E viva o povo brasileiro.

domingo, 1 de janeiro de 2023

Pronunciamento do Vice-Presidente General Humberto Mourão em 30 de janeiro de 2022

Brasileiras e brasileiros, boa noite!
No momento em que concluímos mais um ano pleno de atividades e de intensos engajamentos de toda a ordem, na condição de Presidente da República em exercício, julgo relevante trazer uma palavra de esperança, de estímulo e de apreço ao povo brasileiro, especialmente na ocasião em que o nosso governo conclui o período constitucional de gestão pública do País, iniciado em 1º de janeiro de 2019.
Vislumbro que os acontecimentos políticos, econômicos e sociais que têm marcado a presente quadra da nossa História seguirão impactando a vida da gente brasileira nos próximos anos, tornando a caminhada ainda mais desafiadora, visto que o mundo ainda se ressente da pandemia da Covid-19 e a economia mundial sofre as consequências da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
O Governo que ora termina, ao longo de quatro anos, fez entregas significativas na Economia, no avanço da digitalização da gestão pública, na regulamentação da tecnologia da informação, na privatização de estatais, tendo promovido uma eficaz e silenciosa reforma administrativa, não recompletando vagas disponibilizadas por aposentadoria, além da renovação de nosso modelo previdenciário e ainda potencializou o agronegócio e vários campos do conhecimento humano.
Juntos, trabalhamos duramente contra a pandemia, auxiliando os mais necessitados, apoiando as empresas na manutenção dos salários de empregados e desonerando suas folhas de pagamento.
Apoiamos governos estaduais e municipais com recursos, médicos e medicamentos, independentemente da posição política ou ideológica dos chefes do Executivo, permitindo que seus governos os direcionassem para as áreas onde aquela administração achasse conveniente.
Trabalhamos e entregaremos ao próximo governo um país equilibrado, livre de práticas sistemáticas de corrupção, em ascensão econômica e com as contas públicas equilibradas, projetando o Brasil como uma das economias mais prósperas e com resultados mais significativos pós-pandemia, no concerto das nações.
Tais iniciativas permitiram pleitear o ingresso do País na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, o que possibilitará a melhoria ao acesso a mercados e a novas parcerias. Cabe destacar que o OCDE tem como princípios básicos a Democracia e o Livre Mercado. Nem todas as empreitadas obtiveram o sucesso que almejávamos.
Na área ambiental, por exemplo, tivemos percalços, embora tenhamos alcançado reduções importantes no desmatamento da Amazônia, a região ainda necessita de muito trabalho e de cuidados específicos, engajando as elites e as comunidades locais, cortejadas permanentemente pela sanha predatória oriunda dos tempos coloniais. Dirijo-me agora aos apoiadores de nosso governo, aqueles que credibilizaram nosso trabalho por meio do voto consignado às nossas propostas, sobretudo nas últimas eleições. Muito obrigado por seu voto!
Desejo concitá-los a lutar pela preservação da democracia, dos nossos valores, do estado de direito e pela consolidação de uma economia liberal, forte, autônoma e pragmática e que nos últimos tempos foi tão vilipendiada e sabotada por representantes dos três poderes da República, pouco identificados com o desafio da promoção do bem comum.
A falta de confiança de parcela significativa da sociedade nas principais instituições públicas decorre da abstenção intencional desses entes do fiel cumprimento dos imperativos constitucionais, gerando a equivocada canalização de aspirações e expectativas para outros atores públicos que, no regime vigente, carecem de lastro legal para o saneamento do desequilíbrio institucional em curso.
Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de País deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros por fomentar um pretenso golpe. A alternância do poder em uma democracia é saudável e deve ser preservada.
Aos eleitos, cumpre o dever de dar continuidade aos projetos iniciados e direcionar seus esforços para que, à luz de suas propostas, o País tenha assegurada uma democracia pujante e plural, em um ambiente seguro e socialmente justo. Aos que farão oposição ao governo que entra, cumprirá a missão de opor-se a desmandos, desvios de conduta e a toda e qualquer tentativa de abandono do perfil democrático e plural, duramente conquistado por todos os cidadãos. Buscando-se a redução das desigualdades por meio da educação isenta e eficaz, criando oportunidades iguais a todos os brasileiros.
Destaco que a partir do dia 1º de janeiro de 2023 mudaremos de governo, mas não de regime! Manteremos nosso caráter democrático, com Poderes equilibrados e harmônicos, alternância política pelo sufrágio universal, pessoal, intransferível, secreto, buscando sempre maior transparência e confiabilidade. Tranquilizemo-nos! Retornemos à normalidade da vida, aos nossos afazeres e ao concerto de nossos lares, com fé e com a certeza de que nossos representantes eleitos farão dura oposição ao projeto progressista do governo de turno, sem, contudo, promover oposição ao Brasil. Estaremos atentos!
Na condição de Presidente da República em exercício, finalizo estas palavras apresentando-lhes os meus melhores votos de um ano de 2023 pleno de saúde, felicidades e muitas realizações. Que o nosso amado Brasil continue sua caminhada na direção de seu destino-manifesto, tornando-se a mais próspera e bem-sucedida democracia liberal ao Sul do equador. Feliz ano novo, êxito pessoal e prosperidade para cada um de nós que formamos esta grande nação!
Muito obrigado! Boa noite!”