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terça-feira, 17 de junho de 2025

Conflito entre Israel e Irã: Origem, Motivações e Situação Atual em 17 de junho de 2025

O conflito entre Israel e Irã não é territorial, como o conflito Israel-Palestina, mas se baseia em diferenças ideológicas, religiosas, políticas e geoestratégicas. Ele evoluiu ao longo de décadas e hoje representa uma das tensões mais perigosas do mundo moderno, especialmente com o envolvimento de armamentos avançados e ameaças nucleares.

Mapa da região. FONTE: BBC

1. Cooperação no Início

De forma surpreendente, Israel e Irã já foram aliados. Durante as décadas de 1950 a 1970, os dois países cooperaram secretamente em áreas como energia e segurança. O xá Mohammad Reza Pahlavi, então governante do Irã, era pró-Ocidente e mantinha relações discretas com Israel, fornecendo petróleo e ajudando a conter o avanço do nacionalismo árabe.

2. A Ruptura em 1979

O ponto de virada ocorreu com a Revolução Islâmica de 1979, que derrubou o xá e instaurou uma república islâmica teocrática, liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini. O novo regime passou a adotar um discurso fortemente anti-Israel e anti-Ocidente, classificando Israel como um "regime sionista ilegítimo".

Regime sionista ilegítimo é a forma como o governo iraniano chama Israel para negar a legitimidade do Estado judeu. “Sionismo” é o movimento político que defende a criação e manutenção de um Estado para o povo judeu na região histórica da Palestina. Para o Irã, esse Estado teria sido criado injustamente, por meio da expulsão e opressão dos palestinos, e por isso rejeitam sua existência legal e política.

Desde então, Israel passou a ser visto pelo Irã como um inimigo religioso e político. Por outro lado, Israel passou a considerar o Irã uma ameaça à sua existência, especialmente a partir do apoio iraniano a grupos armados e da escalada nuclear.

3. A Liderança Atual

Hoje, o Irã é comandado pelo aiatolá Ali Hosseini Khamenei, que ocupa o cargo de líder supremo desde 1989. Ele tem controle final sobre as forças armadas, o sistema judiciário e os rumos políticos do país.

Já em Israel, o primeiro-ministro é Benjamin Netanyahu, uma figura central na política israelense que tem liderado campanhas contra o programa nuclear iraniano e adotado uma política de confronto direto contra Teerã.

4. Fatores do Conflito

  • Ideologia e Religião: Israel é um Estado judeu e laico, enquanto o Irã é uma república islâmica xiita. O regime iraniano acredita que Israel não deveria existir e apoia a causa palestina como parte de sua missão islâmica.

  • Apoio a Grupos Armados: O Irã financia e treina o Hezbollah (no Líbano) e o Hamas (na Faixa de Gaza), inimigos declarados de Israel. Isso cria uma "guerra por procuração", onde os dois países se enfrentam indiretamente.

  • Programa Nuclear: Israel teme que o Irã desenvolva armas nucleares. Em várias ocasiões, Netanyahu afirmou que "não permitirá" um Irã nuclear. Já o Irã afirma que seu programa é apenas para fins civis.

5. Eventos Recentes (2020–2025)

  • 2020: O cientista Mohsen Fakhrizadeh, considerado chefe do programa nuclear militar iraniano, é assassinado. O Irã acusa Israel.

  • 2023–2024: O Irã e Israel intensificam os ataques indiretos. Bombardeios israelenses atingem alvos iranianos na Síria. O Irã responde com drones e mísseis contra Israel.

  • Abril de 2024: O Irã lança centenas de drones e mísseis contra Israel em retaliação a um ataque aéreo que destruiu seu consulado em Damasco. O ataque ao consulado em Damasco havia matado o general Qasem Soleimani Jr., filho do famoso comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, Qasem Soleimani, assassinado em 2020. Qasem Soleimani Jr. era uma figura importante na coordenação das operações iranianas na Síria, especialmente no apoio a grupos aliados como o Hezbollah e as milícias xiitas. Sua morte representou um golpe estratégico para o Irã na região.


6. Escalada Máxima em Junho de 2025

Em junho de 2025, o conflito atingiu seu ponto mais crítico:

Ataque de Israel: “Operação Leão em Ascensão”

  • Em 13 de junho de 2025, Israel lançou a Operação Rising Lion, atingindo alvos estratégicos dentro do Irã, incluindo a instalação nuclear de Natanz e depósitos militares em Teerã. Uma das principais dificuldades para Israel em atacar o programa nuclear iraniano está na instalação de Fordow, que fica escondida dentro de uma montanha perto da cidade de Qom. Essa localização subterrânea e fortificada torna o local muito resistente a ataques aéreos, exigindo operações militares complexas e altamente planejadas para conseguir atingi-la com eficácia.

  • A operação usou inteligência artificial, drones, mísseis de longo alcance e sabotagem cibernética.

  • O comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, foi morto nos ataques.

Retaliação Iraniana

  • O Irã respondeu com mais de 400 mísseis e centenas de drones, alguns atingindo alvos civis e militares em Israel. Para minimizar os danos, Israel usou seus avançados sistemas de defesa antimísseis, especialmente o Iron Dome (Cúpula de Ferro), que é eficaz na interceptação de foguetes de curto alcance e drones. Além disso, Israel conta com o David’s Sling (Estilingue de Davi), para interceptar mísseis de médio alcance, e o Arrow (Flecha), projetado para neutralizar ameaças de longo alcance, como mísseis balísticos.

  • Até 17 de junho de 2025, ao menos 224 iranianos e 23 israelenses morreram, com centenas de feridos.

  • O Irã ameaçou sair do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, aumentando o risco de desenvolver armas atômicas.

Reação Internacional

  • Os Estados Unidos reforçaram a presença militar no Oriente Médio, mas evitaram envolvimento direto.

  • A comunidade europeia iniciou evacuação de diplomatas e civis do Irã.

  • O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o Irã deveria “se render completamente”.

  • Netanyahu declarou que não descarta atingir Khamenei diretamente.


7. Conclusão

O conflito entre Israel e Irã é uma mistura explosiva de religião, geopolítica, ideologia e poder militar. Ele começou com uma revolução em 1979, ganhou força com a ascensão de líderes radicais e atingiu níveis críticos em 2025. Com armas de destruição em jogo, e mortes civis dos dois lados, o mundo observa com apreensão a possibilidade de uma guerra regional de grandes proporções — ou até algo ainda pior.

sábado, 14 de junho de 2025

GRATUITO: TODAS AS PROVAS DO ENEM E NOVO ENEM EM PDF PARA BAIXAR - DOWNLOAD - DE 1998 A 2024 - E SIMULADOS DO MEC

JÁ COM TODAS AS ÚLTIMAS PROVAS!

ABSOLUTAMENTE DE GRAÇA, SEM ENROLAÇÃO OU ARQUIVOS FALSOS. Agora basta clicar nos links para baixar as provas do nosso website. É para você que já passou raiva tentando baixar as provas do ENEM do site do MEC ou de outros sites. Aqui você poderá baixar todas, mas todas mesmo, sem desconfiança e amolação. Todos os links foram testados e os arquivos encontram-se isentos de vírus. Qualquer defeito na hora de abrir os links, por favor nos avisem.

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SIMULADOS PARA O ENEM
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Estou disponibilizando as provas LEDOR e LIBRAS divulgadas pelo INEP/MEC. Algumas questões dessas provas são diferentes das aplicadas para os demais alunos.

PROVAS
ENEM ANTIGO - 63 QUESTÕES INTERDISCIPLINARES + REDAÇÃO
1998 - CLIQUE AQUI
1999 - CLIQUE AQUI
2000 - CLIQUE AQUI
2001 - CLIQUE AQUI
2002 - CLIQUE AQUI
2003 - CLIQUE AQUI
2004 - CLIQUE AQUI
2005 - CLIQUE AQUI
2006 - CLIQUE AQUI
2007 - CLIQUE AQUI
2008 - CLIQUE AQUI

SIMULADOS DE 2009 (Feitos pelo MEC para apresentar o modelo das questões)
Ciências da Natureza: AQUI
Ciências Humanas: AQUI
Códigos de Linguagem: AQUI
Matemática: AQUI

PROVAS DE 2009 (3 provas: anulada, válida e sistema prisional)

PROVAS DE 2010
PROVAS DE 2011

PROVAS DE 2012

PROVAS DE 2013
2014 21 PROVA 2014 SEGUNDA APLICAÇÃO PRIMEIRO DIA (PPL)
2014 22 PROVA 2014 SEGUNDA APLICAÇÃO SEGUNDO DIA (PPL)
2014 31 PROVA 2014 TERCEIRA APLICAÇÃO PRIMEIRO DIA
2014 32 PROVA 2014 TERCEIRA APLICAÇÃO SEGUNDO DIA

PROVAS DE 2015 
2015 11 PROVA 2015 PRIMEIRA APLICAÇÃO PRIMEIRO DIA
2015 12 PROVA 2015 PRIMEIRA APLICAÇÃO SEGUNDO DIA
2015 21 PROVA 2015 SEGUNDA APLICAÇÃO PRIMEIRO DIA (PPL)
2015 22 PROVA 2015 SEGUNDA APLICAÇÃO SEGUNDO DIA (PPL)

PROVAS DE 2016
2016 11 PROVA 2016 PRIMEIRA APLICAÇÃO PRIMEIRO DIA
2016 12 PROVA 2016 PRIMEIRA APLICAÇÃO SEGUNDO DIA
2016 12 PROVA 2016 PRIMEIRA APLICAÇÃO SEGUNDO DIA (redação mais legível)
2016 21 PROVA 2016 SEGUNDA APLICAÇÃO PRIMEIRO DIA
2016 22 PROVA 2016 SEGUNDA APLICAÇÃO SEGUNDO DIA
2016 31 PROVA 2016 TERCEIRA APLICAÇÃO PRIMEIRO DIA (PPL)
2016 32 PROVA 2016 TERCEIRA APLICAÇÃO SEGUNDO DIA (PPL)

PROVAS DE 2017
2017 11 PROVA 2017 PRIMEIRA APLICAÇÃO PRIMEIRO DIA (RED/COD/CHU)
2017 12 PROVA 2017 PRIMEIRA APLICAÇÃO SEGUNDO DIA (CNA/MAT)
2017 21 PROVA 2017 SEGUNDA APLICAÇÃO E PPL PRIMEIRO DIA (RED/COD/CHU)
2017 22 PROVA 2017 SEGUNDA APLICAÇÃO E PPL SEGUNDO DIA (CNA/MAT)
2017 31 PROVA 2017 TERCEIRA APLICAÇÃO LIBRAS PRIMEIRO DIA (RED/COD/CHU)
2017 32 PROVA 2017 TERCEIRA APLICAÇÃO LIBRAS SEGUNDO DIA (CNA/MAT)

PROVAS DE 2018
2018 11 PROVA 2018 PRIMEIRA APLICAÇÃO PRIMEIRO DIA (RED/COD/CHU)
2018 12 PROVA 2018 PRIMEIRA APLICAÇÃO SEGUNDO DIA (CNA/MAT)
2018 21 PROVA 2018 SEGUNDA APLICAÇÃO E PPL PRIMEIRO DIA (RED/COD/CHU)
2018 22 PROVA 2018 SEGUNDA APLICAÇÃO E PPL SEGUNDO DIA (CNA/MAT)

PROVAS DE 2019
2019 11 2019 11 PROVA 2019 PRIMEIRA APLICAÇÃO PRIMEIRO DIA (RED/COD/CHU)
2019 12 2019 12 PROVA 2019 PRIMEIRA APLICAÇÃO SEGUNDO DIA (CNA/MAT)
2019 21 2019 21 PROVA 2019 SEGUNDA APLICAÇÃO E PPL PRIMEIRO DIA (RED/COD/CHU)
2019 22 2019 22 PROVA 2019 SEGUNDA APLICAÇÃO E PPL SEGUNDO DIA (CNA/MAT)

PROVAS DE 2020
2020 12 2020 12 PROVA 2020 PRIMEIRA APLICAÇÃO SEGUNDO DIA (CNA/MAT) LEDOR (Esta prova é lida para os candidatos que têm déficit de visão, por exemplo. Há questões de Biologia que são diferentes da prova aplicada para os demais candidatos. Inclusive uma questão sobre o Coronavírus que provocou a Epidemia da SARS em 2002/2003.)

PROVAS DE 2021


2023 12 2023 12 PROVA 2023 PRIMEIRA APLICAÇÃO SEGUNDO DIA - LEDOR - COM QUESTÃO DIFERENTE!

Para o sucesso dessa coletânea de provas, contamos com a pesquisa em vários sites e com as colaborações dos professores e amigos Luís Fernando Pereira e Emiliano Chemello (coautores da Coleção Química da Editora Moderna) e Sérgio Ferreira. Agradecimentos super-especiais ao Mateus Botelho por várias colaborações e principalmente pela terceira aplicação do Enem 2014 (tarefa que já julgávamos impossível de conseguir) e ao site www.ebc.com.br. Agradecimentos ao Vinícius por informar sobre a divulgação da Segunda Aplicação do ENEM 2015 no site do INEP. Agradecimentos ao Elawan Saraiva por informar sobre a divulgação da Segunda Aplicação do ENEM 2016 no site do INEP. Agradecimentos muito especiais ao Edcley de Souza Teixeira por nos auxiliar junto ao INEP a conseguir as provas do PPL 2016. Agradecimentos à Sra. Maria Inês Fani, ex-presidente do INEP. Agradecimentos ao ex-aluno e colega Marcelo, pela indicação das provas de Libras 2017.

Confiram também o aplicativo http://app.vc/ramonbiologia (com dicas de biologia).

Ramon Lamar de Oliveira Junior

terça-feira, 10 de junho de 2025

Fadiga Metálica – Uma abordagem para o Ensino Médio

A fadiga metálica é um fenômeno que ocorre em metais submetidos a esforços repetidos ou cíclicos ao longo do tempo. Mesmo que esses esforços estejam abaixo do limite de resistência do material, eles podem causar a formação e o crescimento de trincas microscópicas, que, com o tempo, podem evoluir até provocar a fratura repentina da peça metálica. Esse tipo de falha é particularmente perigoso porque ocorre de forma silenciosa e progressiva, sem sinais visíveis até estágios avançados.

A estrutura dos metais e seus defeitos

Os metais são compostos por átomos organizados em redes cristalinas regulares. Essa estrutura confere aos metais várias de suas propriedades, como ductilidade, maleabilidade e condutividade elétrica. No entanto, nenhuma rede cristalina real é perfeita. Durante o processo de solidificação ou ao longo do uso do material, ocorrem defeitos estruturais, como:

  • Discordâncias (ou deslocamentos lineares): falhas na organização das camadas de átomos.

  • Lacunas: átomos ausentes em pontos da rede.

  • Intersticiais: átomos "infiltrados" em posições irregulares.

  • Grãos e contornos de grão: os cristais que formam o metal se orientam de formas diferentes entre si.

Defeitos na rede cristalina: não são a causa da fadiga, mas podem potencializar seus efeitos.

Esses defeitos são normais e, até certo ponto, necessários para as propriedades mecânicas do material. Contudo, eles também representam pontos de fragilidade onde tensões mecânicas se concentram.

Quando um metal é submetido a ciclos repetidos de carga e descarga — como o que ocorre em peças de aviões, pontes ou carros em movimento — essas regiões com defeitos estruturais podem iniciar microtrincas. A cada novo ciclo, essas trincas se propagam de forma quase imperceptível. Ao longo de milhares ou milhões de ciclos, elas crescem na forma de "linhas de fadiga" até atingir um ponto crítico, onde a peça se rompe de maneira súbita e catastrófica.

Verifique as linhas de fadiga do ponto de origem até o ponto de ruptura catastrófica.

A importância de projetos e manutenções adequadas

Para evitar acidentes causados por fadiga metálica, é essencial que engenheiros projetem estruturas levando em conta a durabilidade dos materiais e os esforços a que estarão sujeitos. O conceito de vida útil de uma peça metálica deve considerar não apenas a resistência estática (quando a força é aplicada uma única vez), mas também a resistência à fadiga (quando há esforços repetitivos).

Além disso, manutenções regulares são fundamentais para identificar sinais de trincas ou desgaste em peças metálicas antes que ocorra uma falha. Técnicas como ultrassom, radiografia industrial e inspeção por partículas magnéticas são empregadas para detectar trincas internas que não são visíveis a olho nu.

Acidentes famosos relacionados à fadiga metálica

A história da engenharia tem vários exemplos trágicos de falhas estruturais causadas por fadiga metálica:

  1. Aviões De Havilland Comet (anos 1950): Foi um dos primeiros aviões comerciais a jato. Três deles sofreram acidentes fatais por falhas estruturais relacionadas à fadiga metálica. Os ciclos repetidos de pressurização e despressurização durante os voos provocaram o surgimento de trincas ao redor das janelas retangulares. Esses acidentes mudaram para sempre o projeto de aeronaves, que passaram a usar janelas arredondadas e reforçar os testes de fadiga.

  2. Desabamento da Passarela Hyatt Regency (Kansas City, 1981): Uma passarela suspensa sobre um saguão de hotel caiu durante um evento, matando 114 pessoas. O motivo foi uma modificação de projeto que aumentou as tensões nos suportes, levando à fadiga dos componentes metálicos.

  3. Acidente com o voo Japan Airlines 123 (1985): A explosão da parte traseira da fuselagem do Boeing 747 foi causada por uma falha de manutenção em uma emenda da cabine de pressão. A região sofreu fadiga ao longo dos anos até que o rompimento causou a perda do controle da aeronave, resultando na morte de 520 pessoas.

Acidente com o voo Japan Airlines 123

Esses exemplos mostram como a fadiga metálica não deve ser subestimada. Ela é silenciosa, mas fatal. Por isso, o conhecimento sobre a estrutura cristalina dos metais, seus defeitos e comportamentos diante de esforços cíclicos é essencial não apenas para químicos e engenheiros, mas também para a sociedade compreender a importância de investir em projetos bem elaborados e manutenção preventiva.

Conclusão

A fadiga metálica é um fenômeno que conecta a química das estruturas atômicas dos metais com a engenharia e segurança das estruturas. Ela evidencia como um conhecimento aprofundado das propriedades dos materiais pode ter impacto direto na prevenção de desastres e na preservação de vidas humanas. Para os estudantes do ensino médio, estudar esse tema é uma oportunidade de aplicar os conceitos de estrutura da matéria e ligações metálicas em situações reais do cotidiano — e compreender o papel essencial da ciência na construção de um mundo mais seguro.


P.S.: Seguradoras e a Fadiga Metálica

1. Fadiga metálica por erro de projeto

  • Normalmente é excluída da cobertura. Seguradoras tendem a não cobrir falhas decorrentes de erro de projeto, pois consideram que esse tipo de falha não é acidental, mas sim uma responsabilidade do fabricante ou do engenheiro projetista.

  • No entanto, em casos de seguros de responsabilidade civil profissional (como o seguro de responsabilidade de engenheiros ou construtoras), a empresa que projetou pode ser acionada — e então a seguradora dela pode arcar com os custos.


2. Fadiga metálica por falha de manutenção

  • Costuma ser excluída ou ter cobertura limitada. Se a fadiga metálica ocorreu por negligência na manutenção (como não seguir os prazos estabelecidos pelo fabricante ou ignorar alertas de revisão), a seguradora do bem normalmente nega o pagamento, alegando culpa do proprietário ou operador.

  • Porém, se a manutenção foi feita corretamente e ainda assim houve falha, poderá haver cobertura, dependendo da apólice.


3. Fadiga metálica como evento súbito e imprevisível

  • Se a fadiga metálica levou a uma falha súbita e inesperada, como a quebra de uma peça durante o uso normal, algumas seguradoras podem considerar o evento como acidente, especialmente se não for possível atribuir culpa por projeto ou manutenção.

  • Nesses casos, o pagamento pode ocorrer, sobretudo em seguros industriais, aeronáuticos ou de transporte.


Texto produzido por ChatGPT, dirigido e revisado por Ramon L. O. Junior

domingo, 8 de junho de 2025

O experimento de Hershey e Chase: a confirmação do DNA como o material genético

Durante muito tempo, os cientistas não tinham certeza sobre qual molécula era responsável por carregar as informações genéticas dos seres vivos. Muitos acreditavam que eram as proteínas, por serem mais complexas. Porém, essa dúvida foi resolvida em 1952, com um experimento marcante realizado pelos cientistas Alfred Hershey e Martha Chase.

Eles usaram vírus chamados bacteriófagos (ou simplesmente "fagos"), que infectam bactérias. Esses vírus são formados apenas por duas partes: uma cápsula feita de proteína e o seu interior, onde se encontra o DNA.

Para descobrir qual dessas duas partes (proteína ou DNA) entrava na bactéria e controlava seu funcionamento, Hershey e Chase fizeram o seguinte:

  1. Marcaram os vírus de duas formas diferentes:

    • Usaram enxofre radioativo (³⁵S) para marcar as proteínas do vírus, pois o enxofre está presente em proteínas, mas não no DNA.

    • Usaram fósforo radioativo (³²P) para marcar o DNA, já que o fósforo está presente no DNA, mas não nas proteínas.

  2. Deixaram os vírus infectarem bactérias e, depois de algum tempo, colocaram as amostras em um liquidificador especial para separar os vírus presos do lado de fora da bactéria.

  3. Após essa separação, observaram onde estava a radioatividade:

    • No grupo com ³⁵S (proteína marcada), a radioatividade ficou fora das bactérias.

    • No grupo com ³²P (DNA marcado), a radioatividade foi encontrada dentro das bactérias.



Conclusão: Foi o DNA, e não a proteína, que entrou nas bactérias e carregou a informação necessária para que o vírus se multiplicasse.

Esse experimento foi um marco na história da biologia, pois confirmou que o DNA é o material genético que comanda as atividades da célula e transmite as características hereditárias dos seres vivos.

Essa descoberta aconteceu há menos de 100 anos, e desde então a biologia molecular avançou rapidamente. Hoje já conhecemos a estrutura do DNA, o código genético, as técnicas de sequenciamento genético e ferramentas como a edição gênica (CRISPR), mostrando o quanto a ciência evoluiu em pouco tempo.

sábado, 7 de junho de 2025

O experimento de Avery, MacLeod e McCarty: confirmando o DNA como material genético

Após o experimento de Fred Griffith em 1928, os cientistas sabiam que algum "princípio transformante" nas bactérias era capaz de transferir características hereditárias — mas ainda não sabiam o que exatamente causava essa transformação. Seria o DNA? Ou as proteínas, que eram consideradas os principais candidatos à época?

Foi para responder a essa pergunta que, em 1944, os pesquisadores Oswald Avery, Colin MacLeod e Maclyn McCarty realizaram um experimento fundamental.

O que eles fizeram?

Eles retomaram o modelo das bactérias Streptococcus pneumoniae, com os dois tipos:

  • Cepa S (virulenta, com cápsula)

  • Cepa R (não virulenta, sem cápsula)

A equipe extraiu o conteúdo das bactérias S mortas por calor, que, como já se sabia, podiam transformar bactérias R vivas em S. A seguir, eles isolaram os componentes celulares dessas bactérias mortas — proteínas, lipídios, RNA, DNA e carboidratos — e testaram qual deles era responsável pela transformação.

Como foi o teste?

Eles trataram as amostras com enzimas específicas que destruíam cada tipo de molécula:

  • Com enzimas que destruíam proteínas → a transformação ainda ocorria.

  • Com enzimas que destruíam RNA → a transformação ainda ocorria.

  • Mas quando usavam enzimas que destruíam o DNA, a transformação não acontecia.

Ou seja, sem o DNA, as bactérias R não se transformavam em S, e o camundongo sobrevia.


Conclusão: Avery, MacLeod e McCarty comprovaram que o DNA era o responsável pela transformação genética. Esse experimento foi a primeira evidência direta de que o DNA é o material genético, ou seja, a molécula que armazena as informações hereditárias nos seres vivos. Posteriormente, a natureza do DNA como material genético é confirmada por Hershey e Chase.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

O experimento de Fred Griffith: o surgimento da ideia de transformação genética

Em 1928, o cientista britânico Fred Griffith realizou um experimento clássico com bactérias que ajudou a revelar um dos primeiros indícios de que material genético poderia ser transferido de uma célula para outra. Ele estudava a bactéria Streptococcus pneumoniae, causadora da pneumonia, e usou dois tipos (ou cepas) dessa bactéria:

  • Cepa S (Smooth): formava colônias lisas (por isso o nome Smooth) devido à presença de uma cápsula polissacarídica — uma camada protetora composta por açúcares complexos. Essa cápsula impede que a bactéria seja fagocitada pelo sistema imunológico, tornando-a virulenta, ou seja, capaz de causar doença.

  • Cepa R (Rough): formava colônias rugosas (daí o nome Rough) porque não possuía cápsula. Sem essa proteção, essas bactérias eram destruídas facilmente pelas defesas do organismo, sendo não virulentas.

Griffith realizou quatro experimentos com camundongos:

  1. Cepa R viva (não virulenta) → o camundongo viveu.

  2. Cepa S viva (virulenta) → o camundongo morreu.

  3. Cepa S morta por calor → o camundongo viveu.

  4. Mistura da cepa R viva com a cepa S morta por calor → o camundongo morreu.

Ao examinar o sangue do último camundongo, Griffith encontrou bactérias vivas do tipo S. Isso indicava que, de alguma forma, as bactérias R haviam sido transformadas em S, adquirindo a capacidade de produzir cápsula e, com isso, causar doença.


Conclusão e importância:
Griffith concluiu que algum "princípio transformante" foi passado das bactérias mortas do tipo S para as vivas do tipo R, tornando-as virulentas. Embora ele não soubesse exatamente o que era esse princípio, esse experimento sugeriu que informações genéticas podiam ser transferidas entre bactérias.

Essa hipótese foi confirmada em 1952 pelos cientistas Alfred Hershey e Martha Chase, em um experimento com vírus bacteriófagos. Eles demonstraram que era o DNA, e não as proteínas, o responsável por carregar a informação genética. Com isso, consolidou-se a ideia do DNA como o material hereditário dos seres vivos.

Esse conhecimento teve enorme impacto na biologia. Hoje sabemos que bactérias podem trocar genes entre si por processos como transformação, conjugação e transdução, permitindo que genes de resistência a antibióticos se espalhem rapidamente entre populações bacterianas. Isso representa um grave desafio para a saúde pública, pois dificulta o tratamento de infecções.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Dia Mundial do Meio Ambiente 2025 -

O Dia Mundial do Meio Ambiente é uma data internacional dedicada à conscientização e à promoção de ações em defesa do meio ambiente. Celebrado anualmente em 5 de junho, esse dia foi estabelecido em 1972 durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, na Suécia, evento que marcou a primeira grande iniciativa global voltada às questões ambientais. A escolha da data está diretamente relacionada ao início dessa conferência, que começou justamente em 5 de junho daquele ano, sendo considerada um marco para a política ambiental internacional.

A importância do Dia Mundial do Meio Ambiente reside no seu papel de alertar a sociedade, os governos e as empresas sobre os problemas ambientais que ameaçam a vida no planeta, como o desmatamento, a poluição, a perda da biodiversidade e as mudanças climáticas. A data também serve como oportunidade para divulgar práticas sustentáveis, estimular a educação ambiental e reforçar compromissos com o desenvolvimento sustentável.

Todos os anos, o dia é celebrado com um tema diferente, escolhido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que busca destacar questões urgentes e mobilizar ações práticas. 

Em 2025, o Dia Mundial do Meio Ambiente traz como tema central “Acabar com a Poluição Plástica” (Ending Plastic Pollution), reforçando a urgência de enfrentar um dos maiores desafios ambientais da atualidade. A escolha do tema reflete a crescente preocupação global com os impactos do plástico nos ecossistemas, na biodiversidade e na saúde humana. Estima-se que mais de 430 milhões de toneladas de plástico sejam produzidas anualmente, sendo que dois terços desse volume correspondem a produtos de curta duração, que rapidamente se tornam resíduos, poluindo oceanos e entrando na cadeia alimentar humana. A campanha de 2025 busca mobilizar governos, empresas e cidadãos a adotarem medidas concretas para reduzir o uso de plásticos descartáveis, promover alternativas sustentáveis e fortalecer políticas públicas voltadas à gestão adequada dos resíduos. A República da Coreia será o país anfitrião das celebrações globais, destacando-se por iniciativas como o projeto “Ilha Jeju Zero Plástico 2040”, que visa eliminar o uso de plásticos na ilha até 2040 por meio de regulamentações mais rígidas, melhorias na gestão de resíduos e sistemas inovadores de reciclagem. Além disso, a Coreia do Sul sediará a quinta sessão do Comitê Intergovernamental de Negociação sobre Poluição Plástica, com o objetivo de desenvolver um instrumento internacional juridicamente vinculante para combater a poluição por plásticos, conforme estabelecido pela resolução 5/14 da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente. 

Essas ações reforçam o compromisso global com a construção de um futuro mais limpo, saudável e sustentável para as próximas gerações. O Dia Mundial do Meio Ambiente se consolidou como um momento fundamental para refletir sobre o impacto das atividades humanas nos ecossistemas e para inspirar mudanças em favor da preservação da vida e do equilíbrio ambiental no planeta.

terça-feira, 3 de junho de 2025

O que é o Projeto Genoma Humano - PGH?

O Projeto Genoma Humano (PGH) foi uma das mais ambiciosas iniciativas científicas do século XX, com o objetivo principal de mapear e sequenciar todos os pares de bases nitrogenadas do DNA humano, identificando e localizando todos os genes presentes no genoma. O projeto começou oficialmente em 1990, nos Estados Unidos, como uma colaboração internacional envolvendo diversos países, e tinha uma previsão inicial de durar cerca de 15 anos, mas foi concluído em 2003, dois anos antes do previsto.

O principal objetivo do PGH era compreender a totalidade da informação genética humana, com vistas a avanços na medicina, biotecnologia e na compreensão da biologia humana. A ideia era identificar genes associados a doenças, entender mutações genéticas, além de fornecer subsídios para terapias gênicas e medicina personalizada.

Capas das revistas Science e Nature com os primeiros dados do PGH.

O projeto andou mais rápido do que se imaginava graças a vários fatores: o desenvolvimento de novas tecnologias de sequenciamento, o aumento exponencial da capacidade computacional e do armazenamento de dados, e a colaboração entre cientistas de diversos países e instituições, que compartilharam informações em tempo real. Além disso, a entrada de iniciativas privadas, como a empresa Celera Genomics, acelerou a corrida científica, impulsionando a conclusão do projeto.

Entre as principais conclusões mais atuais derivadas do PGH, destaca-se o fato de que o genoma humano possui cerca de 20.000 a 21.000 genes codificadores de proteínas, um número menor do que o inicialmente estimado. Foi descoberto também que apenas cerca de 1,5% do DNA humano é codificante, ou seja, está diretamente relacionado à produção de proteínas. Os cerca de 98,5% restantes são DNA não-codificante.

Por muito tempo, o DNA não-codificante foi considerado "DNA-lixo", por se supor que não tivesse função. No entanto, pesquisas mais recentes indicam que esse tipo de DNA pode desempenhar papéis importantes, como regulação da expressão gênica, controle do tempo e da intensidade com que genes são ativados ou desativados, além de abrigar elementos como RNAs não codificantes, sequências repetitivas e elementos transponíveis, que influenciam na organização estrutural do genoma e na sua evolução.

Assim, o PGH não apenas revolucionou a genética, como também abriu caminho para uma nova era de pesquisa biomédica, levando ao surgimento de áreas como a genômica funcional, a epigenética e a medicina de precisão, que continuam a evoluir e impactar profundamente o conhecimento sobre a saúde e as doenças humanas.

domingo, 1 de junho de 2025

LDL e HDL: o que são e por que são importantes?

No nosso corpo, as gorduras (ou lipídios) não se dissolvem facilmente no sangue, que é um líquido. Por isso, o organismo usa lipoproteínas — partículas compostas de lipídios e proteínas — para transportar essas gorduras pelo sangue. Entre essas lipoproteínas, duas são muito conhecidas: a LDL e a HDL.

A LDL (lipoproteína de baixa densidade) é responsável por levar o colesterol do fígado até as células, onde ele é usado para construir membranas celulares, produzir hormônios e desempenhar outras funções importantes. No entanto, quando há colesterol demais circulando ou quando a LDL não é eficientemente retirada da corrente sanguínea, ela pode se acumular nas paredes internas das artérias. Esse acúmulo leva à formação de placas de gordura (ateromas), que podem estreitar ou obstruir as artérias — um processo chamado aterosclerose. Isso aumenta o risco de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Por isso, a LDL é conhecida como "mau colesterol".

Já a HDL (lipoproteína de alta densidade) atua como uma espécie de "faxineira" do sistema circulatório. Ela capta o excesso de colesterol das células e das paredes das artérias e o transporta de volta para o fígado. No fígado, esse colesterol pode ser reutilizado ou eliminado na bile. Esse processo é chamado de transporte reverso do colesterol, e ajuda a limpar as artérias, reduzindo o risco de entupimentos e doenças cardiovasculares. Por isso, a HDL é conhecida como "bom colesterol".

FONTE: https://cienciadotreinamento.com.br/saiba-mais-sobre-o-colesterol-ldl-e-hdl/

Além da LDL e da HDL, existem outras lipoproteínas importantes, mas menos conhecidas, como:

  • VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade): transporta principalmente triglicerídeos (um tipo de gordura) do fígado para os tecidos. Após perder os triglicerídeos, transforma-se em LDL.

  • IDL (lipoproteína de densidade intermediária): é uma forma de transição entre a VLDL e a LDL, e também pode contribuir para o acúmulo de colesterol.

  • Quilomícrons: são formados no intestino após a digestão de gorduras e transportam os lipídios da alimentação para os tecidos do corpo.

Manter níveis equilibrados dessas lipoproteínas é essencial para a saúde do coração e da circulação sanguínea. Uma alimentação equilibrada, rica em fibras e pobre em gorduras saturadas e trans, a prática regular de exercícios físicos, e evitar o tabagismo são atitudes fundamentais para manter níveis saudáveis de HDL e LDL no sangue.

sábado, 31 de maio de 2025

Algumas observações interessantes sobre o famoso "Experimento de Rutherford" e sobre o formato dos orbitais atômicos

SOBRE O EXPERIMENTO DE RUTHERFORD

O experimento de Rutherford foi um marco fundamental na história da ciência, pois derrubou o modelo atômico anterior proposto por Thomson e levou à formulação de um novo modelo para o átomo. Realizado em 1909 por Hans Geiger e Ernest Marsden sob a supervisão de Ernest Rutherford, o experimento consistiu em bombardear uma fina lâmina metálica com partículas alfa. A expectativa, segundo o modelo de Thomson (o chamado “modelo do pudim de passas”), era que essas partículas atravessassem a lâmina com pouca ou nenhuma deflexão.


No entanto, os resultados surpreenderam: a maioria das partículas passou direto, mas algumas foram desviadas em grandes ângulos e outras até mesmo ricochetearam. Com base nisso, Rutherford concluiu que o átomo possuía um núcleo pequeno, denso e com carga positiva, onde se concentrava quase toda a massa do átomo. Essa descoberta deu origem ao modelo nuclear do átomo, no qual os elétrons orbitam em torno de um núcleo central — um conceito que revolucionou a física e a química.

No experimento clássico de Rutherford, o principal metal utilizado foi o ouro, na forma de uma fina lâmina metálica (com espessura de apenas alguns átomos).

No entanto, posteriormente, Rutherford e outros pesquisadores repetiram experimentos semelhantes com outros metais, como prata, platina, alumínio e cobre, para verificar se o padrão de espalhamento das partículas alfa variava com o tipo de átomo.

Por que o ouro foi o escolhido inicialmente?

  • O ouro pode ser laminado em folhas extremamente finas (menor que 1 µm). É quimicamente estável e não oxida facilmente. Possui número atômico elevado (Z = 79), o que intensifica o efeito de espalhamento das partículas alfa, facilitando a detecção.

E os outros metais?

  • Metais com menor número atômico, como alumínio (Z = 13) ou cobre (Z = 29), também foram usados, mas o desvio das partículas alfa era menos acentuado. Esses experimentos complementares ajudaram Rutherford a propor que a deflexão das partículas alfa está relacionada à carga nuclear do átomo — quanto maior o número atômico, maior a deflexão.


SOBRE O FORMATO DOS ORBITAIS ATÔMICOS

A equação de Schrödinger é fundamental para entender a origem e a forma dos orbitais atômicos, pois ela descreve, de maneira matemática, o comportamento das partículas quânticas, como os elétrons em um átomo.


O quadrado do módulo da função de onda, Ψ2|\Psi|^2, representa a 
densidade de probabilidade de encontrar o elétron em uma certa posição.

🔬 Como isso se relaciona aos orbitais atômicos?

    A equação de Schrödinger é uma equação diferencial que, no caso do átomo de hidrogênio (o mais simples), pode ser resolvida exatamente. Sua solução nos dá uma função de onda ψ, que contém todas as informações possíveis sobre o elétron.

    O quadrado da função de onda (∣ψ∣²) representa a probabilidade de encontrar o elétron em determinada região do espaço — ou seja, define a distribuição espacial do elétron em torno do núcleo.

    As soluções da equação de Schrödinger para o elétron em um átomo fornecem conjuntos de números quânticos:

        n (principal): energia e tamanho do orbital

        l (secundário ou azimutal): forma do orbital

        m (magnético): orientação espacial


📐 E as formas dos orbitais?

As diferentes soluções para a equação, com diferentes valores de nn, ll e mm, resultam em funções de onda com diferentes geometrias — que chamamos de orbitais atômicos:


✳️ Resumindo:

A equação de Schrödinger fornece as funções de onda que descrevem os orbitais. A forma dos orbitais atômicos surge naturalmente dessas soluções — são as regiões onde há maior probabilidade de encontrar os elétrons.

Portanto, sem a equação de Schrödinger, não haveria base teórica rigorosa para explicar por que os orbitais têm as formas que têm.



Ramon Lamar de Oliveira Junior a partir de informações fornecidas pelo ChatGPT

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Algumas proteínas importantes mas pouco conhecidas da maioria dos estudantes

As proteínas são moléculas essenciais para a vida, responsáveis por quase todas as funções celulares. Para funcionar corretamente, uma proteína precisa se dobrar em uma forma tridimensional específica, chamada estrutura nativa. Esse processo de dobramento é complexo e delicado, pois até pequenas falhas podem impedir a proteína de desempenhar seu papel ou até torná-la prejudicial.

Ilustração mostra coronavírus (SarsCov-2) atacando células humanas.

É aí que entram as chaperonas — proteínas especiais que ajudam outras proteínas a se dobrarem corretamente. Elas agem como “ajudantes” dentro da célula, garantindo que as proteínas recém-sintetizadas ou desnaturadas não se enrolem de maneira errada ou não se agreguem umas às outras, formando “bolas” que não funcionam.

As chaperonas não fazem parte da estrutura final da proteína; elas apenas acompanham o processo de dobramento, fornecendo um ambiente seguro para que a proteína alcance sua forma correta. Além disso, em alguns casos, as chaperonas também podem ajudar proteínas que foram desnaturadas (perderam sua forma original por calor, químicos ou outras causas) a voltar a se dobrar corretamente, um processo chamado renaturação. (Convém lembrar que, nesse caso, a renaturação é possível se o efeito sobre as proteínas for moderado, um leve aquecimento por exemplo. Fora das células, com ações extremas sobre as proteínas - como a fervura - e sem a presença das chaperonas, não há como ocorrer renaturação.)

Sem a ação das chaperonas, muitas proteínas importantes simplesmente não conseguiriam atingir sua forma funcional, o que afetaria o funcionamento das células e, consequentemente, do organismo como um todo. As chaperonas são fundamentais para a qualidade e estabilidade das proteínas, garantindo que elas se formem da maneira certa para manter a vida funcionando perfeitamente.


Proteínas de Choque Térmico: Protetoras das Células em Situações Extremas

As proteínas de choque térmico (ou HSPs, do inglês Heat Shock Proteins) são um tipo especial de proteínas que ajudam as células a sobreviver em condições de estresse, como calor excessivo, frio extremo, falta de oxigênio, exposição a substâncias tóxicas e outros tipos de agressão.

Quando uma célula é submetida a um estresse forte, muitas proteínas dentro dela podem se desnaturar — ou seja, perder sua forma correta — e se tornar incapazes de funcionar. As proteínas de choque térmico entram em ação justamente nessas situações para proteger outras proteínas.

Elas atuam como chaperonas, ajudando as proteínas desnaturadas a se dobrarem novamente em sua forma funcional, prevenindo a formação de aglomerados de proteínas que poderiam ser tóxicos para a célula. Além disso, as HSPs podem ajudar a eliminar proteínas danificadas que não podem ser reparadas.

Essas proteínas são essenciais para a sobrevivência celular, porque permitem que a célula resista a condições adversas que, de outra forma, seriam letais. Por isso, as proteínas de choque térmico são encontradas em praticamente todos os organismos, desde bactérias até humanos.

Além do papel protetor, as HSPs têm importância em diversas áreas da medicina, como no estudo do câncer e doenças neurodegenerativas, onde o controle do dobramento das proteínas é fundamental.

Febre e vírus

É comum ouvir que a febre ajuda a combater vírus porque eles não possuem chaperonas do tipo "proteínas de choque térmico" e, portanto, não conseguem se recuperar do calor, mas essa explicação é simplista e incorreta. Na verdade, vírus não são organismos vivos independentes; eles dependem da célula hospedeira para produzir suas proteínas e se replicar. Assim, mesmo que o vírus não tenha chaperonas próprias, as proteínas da célula infectada — que sim, possuem chaperonas — são utilizadas para montar as estruturas virais. Portanto, a ausência de chaperonas nos vírus não é a razão pela qual a febre ajuda a combater infecções. O verdadeiro papel da febre está em ativar o sistema imunológico, dificultar a replicação viral e criar um ambiente menos favorável ao avanço do patógeno.

Apesar disso, não controlar a febre pode ser perigoso. Embora febres leves (até cerca de 38°C) geralmente não precisem de medicação e possam até ser benéficas (por ativarem o sistema imunológico), valores mais altos já exigem atenção, pois podem causar desconforto, desidratação e, em alguns casos, convulsões — especialmente em crianças pequenas, idosos ou pessoas com doenças crônicas. Aliás, febres nesse público citado, sempre merecem ser acompanhadas de perto, mesmo febres baixas. Febres altas (acima de 39°C) são motivo de alerta e requerem avaliação médica imediata. Assim, embora a febre possa ser um aliado do corpo, ela precisa ser monitorada cuidadosamente para garantir que seus benefícios não sejam superados por riscos à saúde.

Texto produzido por ChatGPT, revisado e ampliado por Ramon L. O. Junior