Os medicamentos genéricos são medicamentos que contêm o mesmo princípio ativo, na mesma dose, forma farmacêutica e indicação terapêutica que os medicamentos de referência, também chamados de medicamentos de marca. Eles são aprovados por órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no Brasil, que avalia rigorosamente sua qualidade, eficácia e segurança antes da liberação para comercialização.
Como surgiram os medicamentos genéricos?
A ideia dos medicamentos genéricos surgiu para promover o acesso a tratamentos de saúde mais baratos, garantindo que a população pudesse obter medicamentos eficazes sem pagar preços elevados pela marca. A legislação brasileira para medicamentos genéricos foi instituída em 1999, com a Lei nº 9.787, marcando um avanço importante na política pública de saúde. O objetivo era ampliar o acesso, aumentar a concorrência e estimular a redução dos custos na cadeia farmacêutica.
No cenário internacional, muitos países já adotavam essa prática com sucesso, e o Brasil seguiu essa tendência para democratizar o acesso a medicamentos essenciais.
Diferenças entre medicamentos genéricos e de marca
Apesar de conterem o mesmo princípio ativo e apresentarem efeitos terapêuticos equivalentes, os medicamentos genéricos e os de marca diferem principalmente em:
-
Nome comercial: O medicamento de marca é comercializado sob um nome específico registrado, enquanto o genérico usa o nome do princípio ativo.
-
Preço: O genérico costuma ser significativamente mais barato, já que não precisa arcar com os custos de pesquisa, desenvolvimento e propaganda que o medicamento de marca teve.
-
Embalagem e apresentação: A embalagem do medicamento genérico é padronizada e deve conter a expressão “medicamento genérico”, além do nome do princípio ativo e informações claras ao consumidor.
Vantagens dos medicamentos genéricos
-
Acessibilidade econômica: Preços mais baixos possibilitam que um número maior de pessoas tenha acesso a tratamentos necessários.
-
Eficácia comprovada: São exigidos estudos que comprovem a equivalência terapêutica em relação ao medicamento de referência.
-
Estímulo à concorrência: A presença dos genéricos no mercado incentiva a redução dos preços dos medicamentos de marca.
-
Ampliação do acesso à saúde pública: Com mais opções acessíveis, os sistemas públicos e privados conseguem distribuir medicamentos para um maior número de pacientes.
Fake news e mitos sobre medicamentos genéricos
Apesar da regulamentação rigorosa e da comprovação científica, circulam várias informações equivocadas sobre os genéricos, entre elas:
-
“Medicamento genérico é de qualidade inferior”: Falso. Todos os genéricos passam por testes rigorosos de bioequivalência e qualidade antes de serem aprovados.
-
“Genéricos têm mais efeitos colaterais”: Não há evidências que comprovem maior risco ou número de efeitos adversos.
-
“São cópias ilegais”: Errado. Os genéricos são fabricados legalmente, respeitando patentes e leis de propriedade intelectual.
-
“Genéricos demoram mais para agir”: A farmacocinética dos genéricos é equivalente à dos medicamentos de marca, ou seja, possuem o mesmo tempo de ação.
-
“O uso de genéricos é inseguro”: Pelo contrário, eles são monitorados por órgãos reguladores que asseguram sua segurança para o consumidor.
Considerações finais
Os medicamentos genéricos representam um avanço importante na democratização do acesso à saúde, combinando eficácia, segurança e custo acessível. A disseminação correta de informações sobre seu uso é fundamental para combater preconceitos e garantir que a população se beneficie de alternativas terapêuticas confiáveis.
Ao escolher um medicamento, o mais importante é seguir sempre a orientação médica e utilizar produtos aprovados pelos órgãos reguladores competentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Clique em "Participar deste site" e siga o blog para sempre receber informações sobre atualizações. O seu comentário será publicado após ser lido pelo administrador do blog.