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quarta-feira, 19 de março de 2025

POR QUE EXISTEM FAKE NEWS?

As fake news, ou notícias falsas, se espalham rapidamente pelas redes sociais, e isso acontece por vários motivos. Algumas pessoas compartilham essas informações por interesses políticos ou ideológicos, enquanto outras fazem isso para ganhar dinheiro. A monetização de conteúdo na internet tem um grande impacto nisso, pois permite que criadores de fake news lucrem com suas publicações.

As redes sociais funcionam com algoritmos que favorecem conteúdos que geram muitas curtidas, comentários e compartilhamentos. Como as fake news costumam ser mais chamativas e polêmicas, elas atraem muito mais atenção do que notícias verdadeiras. Quanto mais interação um post recebe, maior é a visibilidade e, consequentemente, maiores são os ganhos financeiros através de anúncios e parcerias pagas.

Outro jeito de lucrar com fake news é por meio de cliques em sites que espalham desinformação. Muitos desses sites são feitos para atrair visitantes e ganhar dinheiro com propagandas. Técnicas como clickbait, que usam títulos exagerados para chamar a atenção, são comuns para fazer com que as pessoas cliquem e gerem receita para os donos desses sites.

Além disso, existem redes organizadas que criam e compartilham fake news de forma planejada. Muitas vezes, essas redes têm apoio financeiro de grupos políticos ou empresariais, que querem influenciar opiniões e decisões importantes, como eleições e debates sociais. Para ampliar o alcance dessas notícias falsas, essas redes usam perfis falsos e robôs para espalhá-las ainda mais.

A propagação de fake news também afeta negativamente o jornalismo sério. Enquanto veículos de comunicação investem tempo e dinheiro para verificar informações, criadores de fake news conseguem altos lucros sem se preocupar com a verdade. Isso prejudica o acesso das pessoas a notícias confiáveis e atrapalha a discussão de assuntos importantes.

Para combater esse problema, é fundamental que as redes sociais criem maneiras mais eficazes de identificar e remover fake news e que mudem seus sistemas de monetização para evitar que a desinformação gere lucro. Além disso, é essencial investir na educação digital para ajudar as pessoas a reconhecer e evitar a propagação de fake news. A responsabilidade de manter a internet um espaço com informações confiáveis é de todos.

Mas infelizmente, pelo que parece, está longe o dia em que as fake news irão acabar.


Ramon Lamar de Oliveira Junior

terça-feira, 18 de março de 2025

Lula, Bolsonaro e os sempre presentes danos ambientais.

É possível abordar comparações de danos ambientais entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro de forma imparcial, analisando os efeitos de políticas e projetos sem se concentrar em questões partidárias ou ideológicas. Para isso, podemos focar nas ações e suas consequências para o meio ambiente, considerando tanto as obras de infraestrutura e os projetos de desenvolvimento quanto as mudanças nas estruturas de fiscalização e regulação ambiental.


Governo Lula (2003-2010, 2023...):

Durante o governo de Lula, diversos projetos de infraestrutura foram impulsionados com o objetivo de fomentar o desenvolvimento econômico e social do país. Entre esses projetos, destacam-se a Transposição do Rio São Francisco, a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, e as atividades relacionadas ao pré-sal, além das discussões sobre a exploração de petróleo nas proximidades da foz do Amazonas.

  1. Transposição do Rio São Francisco: Embora tenha o objetivo de aliviar os efeitos da seca no semiárido, a transposição gerou impactos ambientais significativos, como a alteração no ecossistema do rio e possíveis alterações no regime hídrico da região, afetando a fauna e flora local, além de alterar o fluxo de água na foz do São Francisco, com implicações para a pesca e para a biodiversidade. Reiterados avisos da comunidade científica alertaram para os riscos da transposição, apontando que o projeto poderia não atingir seus objetivos de forma eficiente e sustentável. Pesquisadores apontaram também os potenciais danos ambientais e sociais, como a degradação de áreas de preservação, os impactos sobre as populações que dependem do rio e o risco de comprometimento dos ecossistemas locais.

  2. Usina Hidrelétrica de Belo Monte: A construção da usina gerou grandes impactos ambientais na região amazônica, incluindo a alteração do fluxo do Rio Xingu e a inundação de vastas áreas de floresta, afetando comunidades tradicionais e alterando ecossistemas inteiros. A comunidade científica também se opôs ao projeto, apontando os riscos ambientais da obra, como o impacto sobre a biodiversidade e o bem-estar das populações indígenas da região. As previsões de impacto negativo para o ecossistema aquático e as comunidades ribeirinhas foram ignoradas em grande parte na execução do projeto.

  3. Exploração do Pré-Sal: A descoberta do pré-sal representou um grande marco para o Brasil, com o potencial de trazer enorme riqueza econômica. Porém, essa exploração também gerou controvérsias e preocupações ambientais. A política energética que privilegiava a exploração do petróleo e o uso dos recursos do pré-sal significou um relativo abandono das políticas de incentivo ao etanol como uma alternativa energética mais sustentável. A partir da descoberta do pré-sal, houve um redirecionamento das políticas energéticas em favor do petróleo, o que foi criticado por muitos ambientalistas, que apontavam que a valorização do petróleo poderia agravar problemas ambientais como as emissões de gases de efeito estufa. A exploração de petróleo no pré-sal também gerou preocupações sobre os riscos de vazamentos e os impactos nos ecossistemas marinhos.

  4. Exploração de petróleo perto da foz do Amazonas: A exploração de petróleo nas proximidades da foz do Amazonas (uma questão que tem movimentado a área ambiental no terceiro governo do presidente Lula) em uma área de grande biodiversidade, levanta preocupações sobre os danos irreversíveis a ecossistemas sensíveis e as populações que dependem desses ambientes. A comunidade científica tem enfatizado os riscos de exploração em regiões tão delicadas e biodiversas, dado o potencial impacto sobre a fauna e flora marinha, além dos danos ao equilíbrio dos ecossistemas da região.

Além desses projetos, o governo Lula também foi marcado por tensões com a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que se opôs a algumas das iniciativas do governo, especialmente a construção de grandes hidrelétricas e projetos de infraestrutura. Marina Silva, defensora de uma agenda ambiental mais rigorosa, saiu do governo em 2008 devido a discordâncias com a forma como os projetos eram conduzidos, acreditando que eles negligenciavam os impactos ambientais. Esse episódio gerou uma crise interna no governo, evidenciando um conflito entre os interesses de desenvolvimento e a preservação ambiental.

No entanto, durante o governo Lula também houve um esforço para combater o desmatamento na Amazônia, com políticas de fiscalização mais rígidas e a criação de unidades de conservação, embora a pressão de setores como a bancada ruralista, especialmente no Congresso Nacional, tenha influenciado decisões em prol de maior flexibilização na regulamentação ambiental, como a revisão do Código Florestal, que reduziu a área de proteção de áreas de preservação permanente e foi criticada por ambientalistas.

Governo Bolsonaro (2019-2022):
No governo Bolsonaro, houve uma série de mudanças nas políticas de fiscalização e regulação ambiental, com destaque para o enfraquecimento de órgãos ambientais e o relaxamento de legislações ambientais.

  1. Enfraquecimento da fiscalização: A gestão de Bolsonaro foi marcada pela redução de investimentos e estrutura de órgãos de fiscalização e gestão ambiental, como o IBAMA e o ICMBio, o que dificultou a fiscalização de atividades potencialmente prejudiciais ao meio ambiente, como desmatamento ilegal, garimpo e queimadas.

  2. Relaxamento das leis ambientais: A administração também foi caracterizada por uma flexibilização das normas ambientais, com o discurso de que a burocracia ambiental era um obstáculo ao desenvolvimento econômico. Medidas como a revogação de decretos e a redução da fiscalização ajudaram a ampliar a exploração de áreas sensíveis, como a Amazônia. A bancada do agronegócio teve grande influência nesse processo, defendendo a redução de áreas de preservação e o enfraquecimento de regulamentos ambientais que, segundo eles, dificultariam a expansão da produção agrícola e pecuária.

  3. Desmatamento e queimadas: Durante o governo Bolsonaro, o Brasil viu um aumento nas taxas de desmatamento na Amazônia e um crescimento das queimadas, especialmente em 2019, quando o número de focos de incêndio foi o maior registrado na última década. Esse aumento foi associado à diminuição da fiscalização e ao enfraquecimento da atuação do governo no combate a crimes ambientais.

  4. Garimpo ilegal na Amazônia e impactos sobre o povo Yanomami: O aumento da atividade de garimpo ilegal na Amazônia, incentivado pela flexibilização das leis ambientais e pela redução da fiscalização, teve sérias consequências para os Yanomami, um dos povos indígenas mais afetados. O garimpo no território Yanomami resultou na poluição dos rios com mercúrio, destruição de habitats naturais e confrontos violentos. O enfraquecimento do IBAMA e da FUNAI permitiu que a atividade ilegal se expandisse sem as devidas restrições, colocando em risco a saúde e os direitos territoriais dos povos indígenas.

  5. Críticas à ciência e às universidades: No governo Bolsonaro, houve uma crítica sistemática às universidades e aos pesquisadores, especialmente no que se refere a temas ambientais como o aquecimento global. O governo se alinhou com uma retórica que desqualificava os dados científicos e minava a credibilidade dos pesquisadores, gerando um clima de desconfiança na população em relação aos alertas feitos pela comunidade científica. A política de desinformação e as frequentes tentativas de deslegitimar os dados e estudos científicos tiveram impactos diretos na conscientização ambiental e dificultaram o avanço de políticas públicas baseadas em evidências científicas.

Conclusão:
Ambos os governos apresentaram ações que resultaram em impactos ambientais significativos, embora de naturezas diferentes. O governo Lula priorizou grandes projetos de infraestrutura, com ênfase em obras de energia e recursos hídricos, que, embora voltados para o desenvolvimento, acarretaram impactos consideráveis sobre o meio ambiente e as populações afetadas. Reiterados avisos da comunidade científica, que se posicionaram contra projetos como a Transposição do São Francisco e a usina de Belo Monte, foram em grande parte ignorados, resultando em danos aos ecossistemas e a um elevado custo ambiental.

A crise com a ministra Marina Silva, que defendeu uma agenda mais rigorosa de preservação ambiental, evidenciou a tensão entre os interesses de desenvolvimento e a proteção ambiental no governo Lula. A pressão da bancada ruralista também influenciou as políticas ambientais, especialmente em relação à flexibilização do Código Florestal e outras regulamentações.

Já o governo Bolsonaro se destacou por um afrouxamento das regras ambientais, impulsionado por setores como a bancada do agronegócio, e pela diminuição da fiscalização, o que levou a um aumento no desmatamento e nas queimadas, além de potencializar a exploração de recursos naturais sem a devida proteção ambiental. O aumento do garimpo ilegal na Amazônia e os impactos sobre o povo Yanomami são um reflexo direto da falta de fiscalização e da redução das estruturas de proteção territorial e ambiental.

Adicionalmente, a desqualificação da ciência e das universidades, combinada com a retórica contra o aquecimento global e outros fenômenos ambientais, contribuiu para uma falta de confiança nos dados científicos que poderiam orientar decisões mais prudentes em relação ao meio ambiente.

A comparação entre os dois períodos mostra que, enquanto um governo focou em grandes projetos de infraestrutura com consideráveis impactos ambientais, o outro diminuiu a fiscalização e relaxou a legislação, com consequências diretas no aumento de danos ambientais e na vulnerabilidade das populações indígenas. Ambos os modelos têm implicações para o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental, evidenciando a necessidade de políticas públicas que integrem sustentabilidade e crescimento.


Texto construído pelo ChatGPT a partir de informações e indagações sobre o tema.

segunda-feira, 17 de março de 2025

BARRAGEM DE ASSUÃ E LAGO NASSER: IMPACTOS NEGATIVOS SOBRE O EGITO

A Barragem de Assuã, localizada no rio Nilo, no Egito, foi uma das obras de engenharia mais importantes do século XX. Construída entre 1960 e 1970, teve como principal objetivo regular a vazão do rio, controlar enchentes e garantir o fornecimento de água para irrigação e geração de energia hidrelétrica. Com 111 metros de altura e 3,6 quilômetros de extensão, a barragem criou o Lago Nasser, um dos maiores reservatórios artificiais do mundo, com aproximadamente 5.250 km² de área e capacidade para armazenar cerca de 132 km³ de água. No entanto, a barragem trouxe uma série de consequências ambientais, sociais e culturais que alteraram profundamente a dinâmica da região.

Imagem aérea da Barragem de Assuã.

Houve uma redução da vazão do rio à jusante da barragem, com menos água chegando até a foz. A evaporação intensa no Lago Nasser, localizado em uma região quente e árida, contribuiu para essa redução, pois grandes volumes de água se perdem antes de seguir rio abaixo. Outro fator importante foi o aumento da captação de água para irrigação, diminuindo o fluxo que chega ao Mediterrâneo. A infiltração da água no solo arenoso ao longo do Lago Nasser também representa uma perda considerável, reduzindo ainda mais a quantidade de água disponível para o curso inferior do rio. Além disso, a construção de outras barragens e sistemas de captação nos países a montante, como Sudão e Etiópia, reduziu ainda mais o volume de água disponível. O crescimento populacional também intensificou a demanda hídrica para abastecimento urbano, agrícola e industrial, agravando ainda mais a situação.

Um dos impactos mais significativos foi a mudança no regime de vazão do Nilo. Antes da construção da barragem, o rio apresentava ciclos naturais de cheia e vazante, que fertilizavam as planícies com o lodo rico em nutrientes. Com a regulação da vazão, essa fertilização natural foi interrompida, tornando a agricultura dependente do uso de fertilizantes artificiais. Além disso, a retenção de sedimentos na barragem reduziu a reposição de nutrientes na foz do Nilo, afetando ecossistemas costeiros e a atividade pesqueira, que viu um declínio na produção devido à redução da oferta de alimento para as cadeias tróficas marinhas. A diminuição da vazão do Nilo também impactou a salinidade na foz do rio. Antes da construção da barragem, o fluxo constante de água doce ajudava a equilibrar a salinidade na região costeira. Com a redução desse fluxo, houve um aumento na intrusão da água salgada no delta, afetando ecossistemas aquáticos e reduzindo a disponibilidade de alimento para diversas espécies marinhas e estuarinas. Como consequência, a atividade pesqueira na foz do Nilo foi prejudicada, impactando comunidades que dependiam dessa fonte de sustento.

Também a água do Mediterrâneo próximo à foz do Nilo ficou mais salina após a construção da Barragem de Assuã. Antes da barragem, o rio despejava grandes volumes de água doce no mar, diluindo a salinidade na região costeira. Com a redução do fluxo fluvial, menos água doce chega ao Mediterrâneo, permitindo que a água salgada avance mais para dentro do delta. Essa alteração no equilíbrio salino afetou o ecossistema marinho e estuarino. Espécies de peixes e crustáceos que dependiam de uma salinidade mais baixa sofreram declínios populacionais, impactando a atividade pesqueira.

Localização da Barragem de Assuã e do Lago Nasser.

A diminuição da descarga de água doce para o Mediterrâneo permitiu a intrusão da água salgada no delta do Nilo, comprometendo solos agrícolas e dificultando o cultivo de diversas espécies vegetais. Como resultado, áreas antes férteis foram degradadas, levando a prejuízos para pequenos produtores agrícolas.

Outro problema decorrente da construção da barragem foi o aumento na incidência de doenças parasitárias, como a esquistossomose. A criação do Lago Nasser proporcionou um ambiente propício para a proliferação do caramujo hospedeiro do parasita causador da doença. Com isso, a população local passou a enfrentar maiores desafios sanitários, exigindo esforços para o controle da enfermidade. Além disso, a estagnação das águas em algumas áreas favoreceu o crescimento de algas e organismos nocivos, impactando ainda mais a qualidade da água disponível.

Além das questões ambientais e sanitárias, a construção da barragem teve um grande impacto sobre o patrimônio histórico e cultural do Egito. Diversos sítios arqueológicos e templos antigos foram ameaçados pela elevação do nível das águas do Lago Nasser. Para evitar a perda dessas riquezas, monumentos como os templos de Abu Simbel e Philae tiveram que ser desmontados e realocados em áreas mais altas, em uma das maiores operações de resgate arqueológico da história, realizada com o apoio da UNESCO. No entanto, muitos sítios históricos menores e aldeias tradicionais foram submersos e perdidos para sempre, causando um impacto irreversível na herança cultural da região.

O templo de Abu Simbel foi deslocado aproximadamente 200 metros para trás e 65 metros acima de sua posição original para evitar que fosse submerso pelas águas do lago Nasser, após a construção da represa de Assuã, no Egito.

A barragem também teve implicações geopolíticas, pois o controle da vazão do Nilo tornou-se uma questão estratégica para o Egito e os países a montante do rio, como Sudão e Etiópia. A dependência da água do Nilo tornou-se um fator crítico para a estabilidade da região, e disputas sobre o uso dos recursos hídricos continuam até hoje.

Em suma, a Barragem de Assuã trouxe benefícios econômicos e estruturais para o Egito, como a segurança hídrica e a geração de energia hidrelétrica, mas também resultou em desafios ambientais e sociais. A gestão desses impactos continua sendo uma questão fundamental para a sustentabilidade da região, exigindo medidas que minimizem os efeitos negativos sobre a agricultura, a pesca, a saúde pública e o patrimônio cultural, ao mesmo tempo em que garantam o aproveitamento adequado dos recursos hídricos do Nilo.

Lições para nós: A transposição do Rio São Francisco

A transposição do Rio São Francisco é um projeto complexo com o objetivo de desviar parte das águas do rio para beneficiar áreas do semiárido brasileiro. Embora não envolva uma mudança física tão significativa quanto a construção da barragem de Assuã, que deslocou templos e causou grandes impactos, a transposição também traz impactos ambientais e sociais comparáveis aos efeitos de grandes projetos de engenharia em cursos d'água.

Assim como a represa de Assuã afetou os ecossistemas locais e alterou os níveis de água do Nilo, a transposição modifica o fluxo natural do São Francisco, impactando o ecossistema aquático e as comunidades ribeirinhas. Além disso, a salinidade da foz do São Francisco já vem se alterando, afetando a pesca e a biodiversidade local, o que pode ser intensificado pela transposição, que reduz o volume de água doce.


Ramon Lamar de Oliveira Junior, com informações próprias e acréscimos do ChatGPT na organização da estrutura do texto.

domingo, 16 de março de 2025

Tragédia dos Bens Comuns e Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC)


Bens comuns e Tragédia dos Bens Comuns

Em termos constitucionais, bens comuns são aqueles de uso geral e que pertencem ao Estado, mas cuja fruição é aberta a toda a coletividade. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 menciona esses bens no artigo 99 do Código Civil e no artigo 20 e 225 da própria Constituição.

Exemplos de Bens comuns

  1. Praias marítimas – São bens da União e de uso comum do povo.
  2. Rios e lagos de domínio público – Incluem corpos d'água que cortam mais de um estado ou são navegáveis.
  3. Praças públicas – Espaços urbanos destinados ao lazer e circulação da população.
  4. Estradas e rodovias públicas – Infraestruturas de transporte de acesso geral.
  5. Mares territoriais – Parte do oceano sob soberania nacional e de uso comum.
  6. Parques nacionais – Áreas de proteção ambiental abertas à visitação pública.
  7. Cemitérios públicos – Espaços geridos pelo poder público e acessíveis à população.

Esses bens são inalienáveis, ou seja, não podem ser vendidos ou transferidos livremente, salvo se houver destinação específica e autorização legal.

A tragédia dos bens comuns ocorre porque, embora o recurso pertença a todos, ninguém se sente responsável individualmente por preservá-lo, resultando em sua degradação. Para evitar isso, o Estado pode impor regras de uso, fiscalização e sanções ou estimular mecanismos como gestão comunitária e concessões sustentáveis.

tragédia dos bens comuns é um conceito econômico e ambiental descrito por Garrett Hardin em 1968. Esse fenômeno ocorre quando recursos de uso coletivo são explorados excessivamente, levando à sua degradação, porque indivíduos agem de forma egoísta sem considerar o impacto coletivo.

Exemplos de Tragédia dos Bens comuns envolvendo bens constitucionais:

  1. Rios e lagos públicos → Poluição por esgoto, resíduos industriais e agrotóxicos devido à falta de controle sobre seu uso.
  2. Praias marítimas → Superlotação, destruição de dunas e poluição por lixo deixado por turistas.
  3. Estradas e rodovias públicas → Excesso de veículos causando congestionamento e desgaste da infraestrutura.
  4. Mares territoriais → Pesca predatória que reduz estoques de peixes e afeta ecossistemas.
  5. Parques nacionais → Turismo descontrolado levando à destruição da flora e fauna locais.
A Constituição de 1988 no seu artigo 225 (iremos estudá-lo mais tarde em Ecologia) diz que: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. A análise desse artigo nos dá uma boa ideia de um bem comum e do nosso dever de preservá-lo.

Embora não seja um bem comum no sentido estrito, o patrimônio histórico e artístico pode sofrer com a tragédia dos bens comuns, quando seu valor coletivo não é respeitado. Exemplos:
  • Depredação de monumentos públicos por vandalismo.
  • Turismo excessivo causando degradação de sítios históricos.
  • Falta de manutenção de prédios históricos por desinteresse dos proprietários.

Por isso, o Estado impõe restrições e incentivos para a preservação, como tombamento, incentivos fiscais e regulamentação do uso desses bens.


Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC)

A Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), estabelecida pela Lei nº 12.187/ 2009 , e citada no programa da prova em questão como assunto a ser estudado, define diretrizes para reduzir a emissão de gases do efeito estufa e promover o desenvolvimento sustentável no Brasil.

Seus principais pontos incluem:

✅ Meta de redução de emissões – Compromisso voluntário de reduzir entre 36,1% e 38,9% das emissões projetadas até 2020.

✅ Plano de ação setorial – Estratégias para setores como energia, agricultura e transportes.

✅ Instrumentos de implementação – Como o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, incentivos financeiros e mecanismos de mercado.

✅ Adaptação às mudanças climáticas – Medidas para minimizar impactos ambientais e socioeconômicos.

A PNMC segue princípios do Acordo de Paris e busca equilibrar crescimento econômico com a proteção ambiental. Cumpre lembrar que a meta de redução de emissões e outras metas ambientais propostas, devido a políticas ambientais desfavoráveis não foram alcançadas até 2020 . Por exemplo, a proposta de reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia até 2020 não foi cumprida, com o desmatamento aumentando significativamente nesse período.

Ramon Lamar de Oliveira Junior